Sucesso de bilheteria em 1992, o clássico “O Guarda-Costas” marcou a estreia de Whitney Houston no cinema. E essa história vivida por ela e pelo ator Kevin Costner ganha uma versão teatral em “O Guarda-Costas – O Musical”, com direção de Ricardo Marques e direção associada de Igor Pushinov, que estreia no Teatro Claro, em São Paulo, no dia 16 de março.
A direção musical é assinada por Paulo Nogueira, e o elenco encabeçado pela talentosa atriz e cantora Leilah Moreno, que interpreta o papel da diva e praticamente não sai de cena durante todo o espetáculo, pelo ator Fabrizio Gorziza, que dá vida ao guarda-costas e Victor Barreto, que interpreta Sy Spector, assessor e produtor da protagonista, cujo personagem foi inspirado em Clive Davis, produtor musical e empresário que descobriu a estrela.
“É um sonho participar de uma produção desta magnitude e recontar, através do teatro musical, essa história que marcou uma geração inteira“, comemora Victor que além de atuar, cantar, dançar, estuda ballet clássico e jazz, pontos que foram fundamentais para garantir o papel no elenco deste grande musical.
Whitney Houston foi a artista mais premiada de todos os tempos, a diva pop influenciou a geração da década de 80, época na qual foi descoberta por Clive Davis, em seguida lançou seu primeiro álbum da carreira, cujo título levava seu nome – “eu sou de 1989, então cresci ouvindo todos os grandes hits dela nas rádios, na TV e em todo lugar. Sempre admirei a voz, a presença, a imponência e a qualidade artística dela que, na minha opinião, foi a maior voz de sua geração“, complementa Victor Barreto.
Com muitas referências ao filme original e aos anos 90 nos figurinos e no visagismo, o musical conta a história de Rachel Marron, uma cantora e atriz muito famosa, que recebe algumas cartas com ameaças de um misterioso stalker. Para protegê-la, o empresário Sy Spector contrata Frank Framer, ex-agente do Serviço Secreto que falhou ao proteger o presidente americano em um atentado.
Diante das ameaças e do perigo, Frank e Rachel se apaixonam, mas, quanto mais eles se envolvem, mais o guarda-costas percebe que viver esse amor pode deixar a vida da cantora ainda mais vulnerável. Embora tenha virado filme nos anos 90, a história trata de alguns temas bastante relevantes para o tempo atual, revela o diretor Ricardo Marques. “A trama fala de temas importantes como o stalker e o assédio vividos por Rachel; o sentimento de solidão experimentado pela protagonista mesmo diante da fama; e o fato de que o amor pode estar ao nosso lado“, comenta.
“O Sy Spector que estou construindo no musical, sob a batuta dos diretores Ricardo Marques e Igor Pushinov, é bastante diferente daquele que vimos no filme. No espetáculo, através do trabalho de análise aprofundada do texto e das pistas lá presentes, estamos construindo nosso Sy de uma maneira que se afasta das características de quase vilania que estão muito presentes no filme, para dar lugar à figura de um produtor que, embora ainda muito ambicioso, tem também uma relação de amizade e amor pela protagonista“, explica Barreto sobre a construção de seu personagem.
O musical ainda promete encantar pessoas de todas as faixas etárias ao trazer em sua trilha sonora as canções de Whitney Houston, como o hino ‘I Will Always Love You‘, além de ‘Run to You‘ e ‘I Have Nothing‘, que concorreram ao Oscar na categoria de melhor canção original. “As canções serão cantadas em inglês. Embora seja comum, no teatro musical, que ocorra a versão para o português, esse espetáculo tem a particularidade de contar a história de uma grande diva pop, de modo que a maior parte das canções funciona perfeitamente no idioma original, mantendo também uma conexão mais próxima com a memória emocional dos fãs do filme“, adianta o ator.
Victor Barreto é cria do teatro. Resolveu mudar de carreira aos 30 anos, formado em direito, largou tudo para se dedicar ao seu sonho – atuar. Após inúmeras conversas, deixou Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sua cidade natal, rumo a São Paulo, capital dos grandes espetáculos. “Comecei a repensar todas as prioridades da minha vida, e resolvi assumir que queria levar a vida artística profissionalmente“, pontua. Por isso foi selecionado para compor o elenco de “O Guarda-Costas – O Musical”, em sua trajetória estão grandes peças como “A Morte e a Donzela”, “Naked Boys Singing Brasil”, “Sobre Meus Sapatos”, “Mistura e Manda” e tantos outros.
“Minha estreia em musicais é relativamente recente, aconteceu há dois anos, no musical ‘Naked Boys Singing Brasil’. No entanto, sinto que hoje já sou um artista completamente diferente. Cada trabalho, cada diretor, cada plateia, cada nota recebida ensina muito. O trabalho teatral (e também o trabalho de canto e dança, que caminham juntos) é um trabalho que se aprende fazendo, experimentando, arriscando, não há outro caminho. É também um trabalho muito associado ao que o ator tem para oferecer“, finaliza Victor Barreto.