NINE – O MUSICAL: Fellini, Músicas e Musas!




Möeller & Botelho reúnem elenco feminino estelar no musical “NINE”

Por Walace Toledo e Leina Mara
Fotos Walace Toledo
Na segunda-feira (18/05), realizou-se a coletiva de imprensa de “Nine – Um Musical Felliniano”, no Teatro Porto Seguro. Inspirado no clássico filme autobiográfico “8 ½” (1963), de Federico Fellini, o espetáculo está em cartaz na capital paulista.
Com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho, “Nine” conta a história do cineasta Guido Contini, interpretado pelo italiano Nicola Lama, que, ao atravessar uma crise existencial, decide se hospedar em um SPA em Veneza, onde encontra – em diversos planos, como realidade, memória, fantasia e sonho – as mulheres de sua vida, interpretadas por Beatriz Segall, Carol Castro, Letícia Birkheuer, Malu Rodrigues, Mayana Moura, Myra Ruiz e Totia Meireles.
Obra de Maury Yeston e Arthur Kopit, a montagem brasileira tem direção musical de Botelho, que também é responsável pela versão em português das canções; coreografias por Alonso Barros e Möeller; e figurinos – um espetáculo à parte – criados pelo renomado estilista Lino Villaventura.
Sonho antigo de M&B trazer “Nine – Um Musical Felliniano” (subtítulo exclusivo desta montagem) aos palcos brasileiros, a dupla confessou que chegou a comprar e perder os direitos antes de realizá-lo em parceria com as empresas Porto Seguro e Conteúdo Teatral.
Sobre as referências cinematográficas no musical, Nicola toma a frente e explica que os filmes “são muito diferentes, a peça tem mais a ver com ‘8 ½’ do que com ‘Nine’. O filme do Rob Marshall tem uma dramaturgia bem linear, é uma história contada de uma forma relativamente simples, os diálogos se esticam, a relação com as mulheres tomam outras dimensões do que na peça. Aqui é muito onírico”; Cláudio complementa, “é uma peça de cenas fortes, acho que a imagem fala mais do que um milhão de palavras, e o filme (Nine) fica muito na palavra”.

Da esq. para dir. – Paulo Nogueira, Isser Korik, Beatriz Segall, Letícia Birkheuer, Lino Villaventura, Charles Möeller, Carol Castro, Cláudio Botelho, Alonso Barros, Totia Meireles, Nicola Lama, Malu Rodrigues e Myra Ruiz conversaram com a imprensa.
O CINEASTA…

Nicola Lama no solo “GUIDO’s SONG” (foto: Michele Costa)
Um triunfo do musical é justamente ter Nicola Lama, um italiano de verdade, como protagonista. Imerso na persona Guido Contini, o ator expõe as dores humanas do cineasta de forma plena. Só não é o único homem em cena porque divide o palco com sua versão criança – papel compartilhado entre os pequenos Gabriel Ferrarini e Nicolas Cruz.
  
Oprimido, rodeado e principalmente amado por esse bando de mulheres Lama acredita que “talvez essa seja a maior dificuldade do Guido, apesar delas terem papéis diferentes na vida dele, é uma cobrança muito grande o tempo inteiro. Tem um sentimento de ‘eu não vou conseguir’. No primeiro ato é um deleite eu passar por essas emoções, porque ele vai por um lado cômico, sempre procura no humor uma saída, extravasar essa angústia, porém depois já não é mais o suficiente. No segundo ato, ele vai num lugar muito profundo. Tem uma parte da ‘Guido’s Song’ que ele diz ‘procuro esse velho cuja vida é som e fúria’; som e fúria tornaram-se palavras para construção de Contini, principalmente fúria; a gente não percebe como ela está dentro de nós, uma hora cada um vivencia esse momento, e essa fúria autodestrutiva movimenta todo meu personagem”.
 …E SUAS MULHERES



Carol e Beatriz estão entre as mulheres importantes na vida de Guido (fotos: Michele Costa)

Estreante no teatro musical, Carol Castro abre a lista das ousadas apostas ‘Globais’, “no começo confesso que foi uma mistura de susto, euforia e magia”. Carol interpreta Luisa Contini, esposa de Guido. Outra novata, Letícia Birkheuer nunca pensou que pudesse chegar no palco e cantar, “mas parece que isso é possível com muito trabalho, repetição e dedicação” – comenta animada a também modelo que dá vida à Stephanie Necrophorus, editora da revista “Vogue”. Já Mayana Moura, ausente na coletiva, interpreta Claudia Jenssen – a musa inspiradora dos filmes de Contini.

Sereias sedutoras – As belas hipnotizam o protagonista no número de “OVERTURE DELLE DONE”.
Presença frequente nos espetáculos dirigidos pela dupla Möeller e Botelho, a jovem atriz Malu Rodrigues, comentou um pouco sobre a sua sensual amante Carla Albanese: “(…) esse  é o meu trabalho mais difícil, porque tive que me despir de qualquer pudor. A gente se inspirou muito na Marilyn Monroe, fazer a personagem com o jeito doce sem ser vulgar”. Malu encarna uma ninfeta com etilo ‘pin-up’ que coloca a vida de qualquer homem de ponta-cabeça.
Um presente para o público foi a escalação de Beatriz Segall como mãe do cineasta. Aos 88 anos, uma das damas do teatro e da TV é a ‘cereja do bolo’, garante Charles. 

Totia como a ex-vedete Lilli no número “Folies Bergère” (foto: Walace Toledo)
Experiente e confortável em cena, parceira de M&B em outro musicais (Gipsy, Company, Sweet Charity) Totia Meireles é Lilli La Fleur, amiga e produtora dos filmes de Guido. No passado ela foi vedete do Cabaret “Folies Bergère”. Inesquecível na vida do pequeno ‘ragazzo’, Myra Ruiz vive a prostituta Saraghina. “Be Italian” é um dos números mais aguardados (performado pela cantora Fergie no filme “Nine”); ao som de pandeiros e um “lálálá” cantado à la tarantela, Guidinho assiste fascinado aos conselhos da bela sedutora.

Deslumbrante Myra Ruiz no vigoroso “Be Italian”
  
Acompanhado de nove músicos – regidos pelo maestro Paulo Nogueira – o elenco conta ainda com Camila Marotti, Isabella Moreira, Lais Lenci, Lola Fanucchi, Priscila Esteves e Renata Vilela.

“Nine – Um Musical Felliniano” é o primeiro espetáculo teatral a estrear no recém-inaugurado Teatro Porto Seguro, no centro de São Paulo. A temporada segue até nove de agosto. Imperdível! #BeItalian
Serviço

Local: Teatro Porto Seguro – Alameda Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos – São Paulo / SP
Temporada: até 09/08/2015
Duração: 135 min.
Classificação: 12 anos
Dias e Horários: Qui, Sex, Sáb – 21h | Dom – 19h
Valores: de R$ 80 a R$ 180
Ingressos Bilheteria: Ter a Sáb –  das 13h às 21h | Dom das 13h às 19h
Ingressos Online: www.ingressorapido.com.br

5 motivos para assistir ‘Urinal, o musical’




Por Walace Toledo
Fotos Divulgacao / Ronaldo Gutierrez

Espetáculo está em cartaz de sexta à segunda-feira no Teatro Núcleo Experimental

1 – Uma história bem ousada

Uma seca de duas décadas causa uma terrível falta de água, fazendo com que toda a atividade sanitária da população seja realizada em banheiros públicos, controlados por uma megacorporação ardilosa. Sim, este é o curioso mote narrativo de “Urinal, o musical”. Urinal, ou Urinetown do texto original, não é um nome bonito e atrativo, mas forte do jeito que faz as pessoas comprarem pra ver “qual é dessa peça?”. Pra não contar muito, deixamos só a conclusão: você se surpreenderá e voltará para casa questionando muito sobre o modo de vida atual. Obs: Saiba mais lendo nossa matéria da estreia do musical clicando aqui.
2 – Teatro

O espaço teatral do Núcleo Experimental é pequeno, são 56 lugares para plateia. A experiência de assistir um musical neste local é muito interessante porque o público é quase parte do cenário, dá a sensação de ser parte do elenco pela proximidade com os atores. 
3 – Autenticidade vocal

Quase acústico, sem vozes tratadas por recursos tecnológicos, ouvimos a crueza vocal do elenco. Essa autenticidade nos permite apreciar a qualidade do timbre de cada ator.

4 – $$$$$

Diferente das megaproduções com valores altos, o ingresso para “Urinal” custa R$ 40 a inteira, estudante paga R$ 20. Além disso, às sextas-feiras a entrada é gratuita! Vale lembrar que de sexta os ingressos são disputados e a fila costuma ser grande, portanto chegue cedo!

5 – Qualidade 

Ficamos mal-acostumados com megaproduções cheias de efeitos especiais, palcos mirabolantes, cenário imponentes. Esta montagem intimista de “Urinal” mostra que não é a gradiosidade que define a qualidade de um projeto. Um dos grandes musicais em cartaz no cenário paulistano. Imperdível!!


SERVIÇO

Local: Teatro Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637 – Barra Funda, São Paulo. Tel: 3259-0898. Capacidade 56 lugares.

Temporada: Até 6 de julho de 2015. 

Valores: R$ 40 (inteira) e R$20 (meia)

Horários: Sextas, Sábados e Segundas – às 21h. Domingos, às 19h.
OBS: Entrada gratuita às sextas-feiras, com ingressos distribuídos na bilheteria do teatro uma hora antes do início da sessão.

Duração: 1h50 min (+15 min. de intervalo)

Classificação: 10 anos

‘Chaplin – o musical’ estreia em São Paulo




Em clima de lançamento mundial Jarbas Homem de Mello e Marcello Antony contam a trajetória do gênio por trás d’O Vagabundo

Texto e imagens por Walace Toledo
Mais uma superprodução chega à capital paulista, produzido pela estrela Cláudia Raia e Sandro Chaim, “CHAPLIN – O MUSICAL” entra em cartaz no palco do Theatro NET SP. O musical revisita a vida e trajetória de Charles Chaplin, da infância pobre nas ruas de Londres ao estrelato em Hollywood.

Na terça-feira (11) elenco e equipe criativa receberam a imprensa para apresentarem dois números musicais e conversarem sobre a produção. Cláudia Raia dessa vez atua somente nos bastidores como produtora; à convite da atriz o diretor argentino radicado em Londres Mariano Detry coordena o espetáculo; aliado à direção musical e vocal de Marconi Araújo; coreografias de Alonso Barros e versão brasileira de Miguel Falabella.

Da esq. para dir.: Paulo Goulart Filho, Marcello Antony, Jarbas Homem de Mello, Cláudia Raia, Mariano Detry, Marconi Araújo e Alonso Barros em coletiva de imprensa concedida no Theatro NET SP

Chaplin nasce com um brilho diferente de outros espetáculos trazidos da Broadway, com cinco músicas inéditas compostas especialmente para a montagem brasileira o musical ganha status internacional, “é estreia meio que mundial, porque esse espetáculo não foi visto em lugar nenhum, será a primeira vez aqui no Brasil”, afirma Cláudia.

Acompanhando o trabalho de Detry desde 2001 quando dirigiu a versão nacional de “Os Miseráveis” (Les Misérables), Cláudia fez questão de ir à Londres convidá-lo para integrar a equipe, “quando resolvemos fazer o Chaplin, imediatamente pensamos no Mariano, ele é um diretor com uma visão bastante diferente, uma encenação única. Apesar de muito jovem tem uma carreira extensa no teatro musical”. O staff internacional conta ainda com a cenografia impecável de Matt Kinley e todo o apoio artístico de um dos criadores Christopher Curtis.

Marconi contou sobre a experiência ‘sui generis’ de poder participar do processo criativo direto com Chris Curtis, “é uma situação pra mim muito especial, eu raramente tenho contato com quem compõe e quando você tem um compositor vivo do seu lado e ele te diz ‘olha, nessa cena eu não queria que o andamento fosse tão rápido porque a fulana conta essa história e eu pensei assim’, então tendo essa referência para ensaiar orquestra e elenco é muito gratificante e a gente está meio que construindo tudo junto”. Empolgado, Curtis acompanhou de perto o desenvolvimento desde o início e inseriu suas ideias, desejos que não puderam entrar na montagem da Broadway.

“Vaudeville” – Sydney despede-se de Charles no backstage do teatro
“Chaplin – o musical” narra a vida pobre do pequeno Charlie pelas ruas de Londres ao lado do irmão mais velho Sydney (Marcello Antony) ao topo do estrelato cinematográfico mundial. Quando criança, Chaplin admirava pela coxia sua mãe Hannah (Naíma) brilhar nos palcos dos teatros como cantora. A relação com o pai alcoólatra, também chamado Charles, é abordada brevemente. Com a separação dos pais e os sérios problemas mentais que levam a mãe à internação, os irmãos Chaplin vão morar em um orfanato. Já na adolescência, a desenvoltura artística de Charlie chama atenção do grande empresário do Music Hall londrino Fred Karno (Leandro Luna), que convida os irmãos a participar de sua Companhia de pantomina (teatro gestual / mímico). 

Confira abaixo em três trechos o número “Vaudeville”, onde mostra os irmãos Chaplin se apresentando na “The Pantomine’s Co.” de Fred Karno seguido do convite de Mack Sennett (Paulo Goulart Filho), dono da Keystone Film Company, para Charlie fazer cinema nos Estados Unidos:
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Chaplin – O Musical
“Vaudeville” parte 1
Posted by Acesso Cultural on Sexta, 22 de maio de 2015

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Chaplin – O Musical
“Vaudeville” parte 2
Posted by Acesso Cultural on Sexta, 22 de maio de 2015

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Chaplin – O Musical
“Vaudeville” parte 3
Posted by Acesso Cultural on Sexta, 22 de maio de 2015

Sozinho, Charles parte para América, sem coragem ele demora três dias para entrar nos estúdios Keystone. Quase demitido no primeiro dia de trabalho, Sennett o deixa sob pressão para ser mais engraçado em frente às câmeras. Confuso com o modo cinematográfico de interpretar, Chaplin deve adaptar-se e reinventar-se para ter seu talento reconhecido por Sennett. Neste momento vemos a construção do Carlitos – O Vagabundo, célebre personagem do ator. Daí em diante a trama mostra a evolução e o sucesso de Charles e seus filmes, os casamentos, escândalos, ambições, a fase política até a expatriação.

No número “Sennett’s Song” Mack dirige Chaplin em seu primeiro filme no estúdio Keystone

“Chaplin – o musical” estreou originalmente no New York Musical Theatre Festival (2006) e passou pelo La Jolla Playhouse (2010) antes de chegar à Broadway, em 2012. Neste mesmo ano Sandro Chaim com os direitos do espetáculo em mãos convidou Cláudia e Jarbas para a empreitada, na época ambos estavam em cartaz com “Cabaret”. Três anos depois e muito medo de perder o papel, Jarbas realiza este sonho antigo com extrema dedicação. Segundo Cláudia Raia “Jarbas é o único ator brasileiro que poderia fazer esse papel sem dúvida, tirando o amor de lado (risos), como talento mesmo” – o protagonista é namorado da atriz há três anos.

Além de pesquisar e estudar a fundo sobre a vida de Chaplin, dar vida ao eterno Vagabundo não foi fácil, o ator conta que precisou emagrecer 8 kg, “fisicamente eu precisava diminuir, ficar mais mirradinho pra roupa ficar maior e eu ficar menor dentro dela, ele era muito magrinho, o bíceps dele era meu punho”. Jarbas fez aula de circo, acrobacia, slackline, patinação, postural de violino, tudo para entender como é que aquele corpo funcionava, por onde passava a emoção que resultava nos movimentos. “Isso deu certo, quando coloquei a roupa e comecei a trabalhar o personagem em si, meu corpo já estava respondendo de uma maneira mais intuitiva, não fui tanto pela forma, mas claro que tem as poses icônicas, precisa ter pro público identificar também, mas eu encontrei a minha maneira de fazer o Carlitos, que eu acho que é o ideal pro ator, se não a brincadeira não fica divertida!”, conta orgulhoso. 

“Aonde eu for, você vai comigo” – era a máxima de Charles ao irmão mais velho quatro anos, a maioria do público não sabe dessa relação muito próxima e parceira. “Nessa história toda ele esteve lá fazendo a base pro Charlie poder decolar artisticamente (…) poucos sabem que Sydney foi parte fundamental na carreira do irmão”, comenta Antony. Logo após a morte de Hannah, Sydney parte para Hollywood e no curso natural da vida se torna o agente de Chaplin, o braço direito que fechava os contratos, segurava a barra com a imprensa, aconselhava quando devia, porém nem sempre essa relação foi de harmonia como vemos no decorrer do musical.

Se Sydney era a base, o poderoso Mack Sennett foi a mola propulsora que provocava Charles a ser audacioso. “Eu acho muito bonita a relação dos dois, Sennett foi o grande responsável por Chaplin ter criado o Carlitos, na vida a gente é desafiado, ainda mais na nossa profissão (…) Sennett trouxe Charlie do teatro, jogou no meio dos leões, ele ficou completamente perdido, porque era uma linguagem diferente. Então Mack colocou ele na parede “se vira, se não tá na rua’’, e esse foi o empurrão! (…) Eles ganharam muito dinheiro juntos, Sennett aproveitou bastante do Carlitos”, comenta Goulart Filho sobre seu personagem.

Com quatro casamentos no currículo, a vida amorosa de Chaplin sempre foi um deleite para mídia. No musical são apresentadas duas de suas esposas, a primeira Mildred Harris (Ana Catharina Oliveira) e a última – 36 anos mais nova, com quem teve oito filhos – Oona O’Neill (Giulia Nadruz e sua doce voz). Veterana dos palcos, dona de uma grande voz Paula Capovilla interpreta a colunista e crítica ferrenha Hedda Hooper – a pimenta guardada para o segundo ato. Em seu solo “Pra Onde Correr Quando o Fim Chegar” deixa claro que ela não descansará enquanto não ver Chaplin desmoralizado e fora do país, mesmo assistindo ele se safar de todos os escândalos.  

Produtora de todos seus espetáculos, essa é a terceira vez que Cláudia não está em cena “eu amo produzir, amo tentar levantar isso tudo” e confessa “é um pouco aflitivo não poder fazer muito mais do que eu posso fazer. É gostoso também sentar na plateia e poder aplaudir os atores, esse staff todo, é a hora de eu ser público!”.

Andrezza Meddeiros, Arthur Berges, Cauã Martins, Felíppe Moraes, Fhilipe Gislon, Gabriel Cordeiro, Gustavo Ceccarelli, Júlia Duarte, Marcos Lanza, Mariana Tozzo, Maurícios Alves, Talitha Pereira e Vânia Canto completam o elenco.

Atmosfera Chapliniana desde a entrada
“VEM VER CHARLIE CHAPLIN, 
ELE É O MAIOR,
VEM VER CHARLIE CHAPLIN,
ELE É O MELHOR”

O Acesso Cultural teve o prazer de assistir o musical antes da estreia e podemos afirmar: É IMPERDÍVEL! 

Visagismo de Dicko Lorenzo (Naíma e Paula Capovilla estão quase irreconhecíveis), figurinos de Fábio Namatame, iluminação e elenco estão incríveis. A equipe criativa deixou o musical extremamente dinâmico, mutável com transições que fazem parte de uma constante encenação coreografada.

Ponto positivo para o concurso de sósias com o elenco todo vestido de Chaplin (tente achar o real) e a linda cena de construção do Carlitos, quando Charlie encontra a personalidade e trejeitos do personagem em meio a lembranças passadas. Fãs e admiradores dos filmes encontrarão referências à “O Garoto”, “Tempos Modernos”, “O Grande Ditador” entre outros durante a história.

O segundo ato com Charles maduro, ambicioso e cheio de opiniões políticas deixa o texto mais denso e dramático, isso pode tirar um pouco a atenção do público em algumas cenas. 

No processo de produção até a escolha do local foi  bem pensada, no caso o Theatro NET SP com sua decoração vintage, não poderia ser melhor. É possível sentir a atmosfera Chapliana desde a entrada, essa configuração dá a sensação ao público e elenco de que o espaço é continuação dos estúdios cinematográficos Keystone.

Um espetáculo para toda família, “Chaplin – o musical” é uma emocionante obra que homenageia em grande estilo o ator, diretor, produtor, roteirista, montador, compositor, dançarino, diretor de fotografia e até mesmo regente de orquestra Charlie Chaplin.

Elenco reunido no final da primeira apresentação com público
SERVIÇO

Local: Theatro NET SP | Shopping Vila Olímpia (Rua Olimpíadas 360 – Itaim Bibi) | 5º piso – São Paulo
Temporada: Até 12 de Julho de 2015
Horários: Quinta e Sexta – 21h | Sábado – 18h e 21h30 | Domingo – 18h
Valores: De R$ 50 a R$ 180 (inteiras)

“Chaplin – O Musical” estreia no Theatro Net SP

5 motivos para assistir ‘O Homem De La Mancha’




Por Leina Mara e Rodrigo Bueno
Fotos Divulgação

Musical ‘O Homem De La Mancha‘ com direção de Miguel Falabella em parceria com o Atelier de Cultura tem apresentações gratuitas no Sesi da Avenida Paulista até junho. Confira 5 motivos para assistir esse maravilhoso espetáculo!

1- A história

Um manicômio brasileiro no final dos anos 30. Um paciente é anunciado para internação. Apresenta-se como Miguel de Cervantes, poeta, ator de teatro e coletor de impostos. Chega na companhia de seu criado, Sancho.

Ele é abordado pelo Governador, louco que comanda os internos do hospital.  O grupo ataca seus pertences e lhe subtraem suas poucas posses. Cervantes se preocupa apenas com um manuscrito, que é arremessado entre eles.  Para dar a Cervantes a oportunidade de reaver seu manuscrito, o Governador instala um julgamento.

O Duque faz a acusação. Cervantes organiza sua defesa convidando os loucos a encenarem com ele uma peça de teatro.

É a história de D. Alonso Quijana, um velho fazendeiro aposentado, ávido leitor, desgostoso com os maus-tratos dos homens para com seus semelhantes. Melancólico com as injustiças do mundo e tomado pela loucura, imagina ser D. Quixote Senhor de La Mancha, um Cavaleiro Errante, atrás de aventuras que lhe permitam combater o mal, assistir os indefesos e praticar o bem.

2- Elenco de primeira

O elenco é formado por 35 atores entre grandes nomes do Teatro Musical como Cleto Baccic (D. Alonso Quijana/D.Quixote), Sara Sarres (Aldonza/Dulcineia), Jorge Maia (Sancho), Kiara Sasso (Antônia) e Fred Reuter (Dr. Sansão Carrasco). As cenas de ensamble são de grande imponência, pela qualidade técnica aperfeiçoada em 75 dias de ensaios.

3- Cenários e Figurinos

O cenário é uma opressiva estrutura metálica semicircular de oito metros de altura (quase o dobro da altura da última produção que esteve em cartaz no Teatro do Sesi-SP), adornado por elementos da arquitetura do início do século 20, com quatro escadas em curva, interligadas por uma passarela, que conduzem ao nível do palco, o território dos loucos. É essa estrutura que cria o cenário do manicômio e, ainda assim, remete a um local abaixo do solo, assim como na versão original que é ambientado em um calabouço da inquisição. A estrutura é recoberta por mais de 400 metros quadrados de tule importado pintada a mão pelo artista cênico Vincent Guilmoto, com escrita ao estilo de Bispo do Rosário. Toda execução de construção foi realizada pelo Senai-SP, na escola de Lençóis Paulista. Nos figurinos, joias feitas com latas amassadas, coroas de prendedores de roupas, trapos que se transformam em luxo, tudo muito minimalista.

4- Repertório

As músicas, de Mitch Leigh e letras de Joe Darion, dão destaque ao espetáculo e se tornam memoráveis ao público, como o clássico “O Sonho Impossível”, e as canções originais “Dulcineia”, “O Homem de La Mancha” e “É Tanta Preocupação”.

5- Entrada Franca

Vencedor do Prêmio APCA 2014 de Melhor Espetáculo e Melhor Ator, o musical O Homem de L a Mancha já foi visto por mais de 100 mil expectadores. A adaptação da obra Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, fica em cartaz no Teatro Sesi-SP até 28 de junho deste ano. As exibições são gratuitas e os ingressos podem ser reservados pelo site www.sesisp.org.br/meu-sesi.  Os ingressos remanescentes são distribuídos nos dias do espetáculo, a partir do horário de abertura da bilheteria (de quarta a sábado, das 13h às 21h, e aos domingos, das 11h às 19h).

Confira as entrevistas exclusivas do Acesso Cultural com os protagonistas do musical Cleto Baccic e Sara Sarres. Aperte o play!


Serviço

O HOMEM DE LA MANCHA

TEATRO DO SESI-SP (456 lugares)

Av. Paulista, 1313 – Bela Vista

Informações: www.sesisp.org.br/cultura e 11 3146-7405/7406.

Entrada gratuita

 Ingressos gratuitos reservados online pelo site www.sesisp.org.br/meu-sesi

de 15 em 15 dias a partir do dia 25 de agosto de 2014.

Apresentações entre dias 1º e 15, publicação na internet dia 25 do mês anterior.

Apresentações entre dias 16 e 31, publicação na internet dia 10 do mesmo mês.

 Serão distribuídos 50 ingressos por sessão na bilheteria, no dia do espetáculo, a partir do horário de abertura da bilheteria.

Horário da bilheteria:
Quarta a sábado, das 13h às 21h; domingo, das 11h às 19h.
Quarta a sexta às 21h | Sábado às 17h e 21h | Domingo às 19h.

Sessões para escolas: quinta às 15h.

Recomendação: 10 anos

Duração: 145 minutos

DZ6 deixa ‘Dias de Luta, Dias de Glória’




Problema de saúde afasta intérprete de Chorão do musical

Na manhã desta quinta-feira (14/05), a S3 Produções Artísticas anunciou em sua página no facebook a saída do protagonista Júlio César Hasse, conhecido como DZ6, do espetáculo “Dias de Luta, Dias de Glória“.

Segundo nota oficial de esclarecimento, o desligamento foi devido à crise renal que o cantor sofre há seis semanas. Com a saída de DZ6, o substituto Bruno Soares será alternante com outro ator não divulgado.

Confira nota completa abaixo:

NINE UM MUSICAL FELLINIANO 23/5 NO TEATRO PORTO SEGURO




Beatriz Segall, Carol Castro, Leticia Birkheuer, Malu Rodrigues, Mayana Moura, o italiano Nicola Lama e Totia Meireles estão no elenco do musical, inspirado no clássico ‘8 ½’

Lançado em 1963, ‘8 ½’ estabeleceu a consagração definitiva de Federico Fellini como um dos grandes cineastas de todos os tempos. Saudado pela crítica como obra-prima, o longa recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e representou uma quebra de paradigmas, ao misturar diversos planos narrativos. Mais de vinte anos depois, em 1982, o clássico felliniano deu origem ao musical ‘Nine’, que também promoveu uma ruptura estética na Broadway e seguiu uma carreira de sucesso, com incríveis 1729 sessões e cinco prêmios Tony, incluindo o de Melhor Musical.

Após inspirar o filme homônimo (dirigido por Rob Marshall em 2009), ‘Nine’ ganhará uma inédita versão brasileira, em um espetáculo dirigido por Charles Möeller & Claudio Botelho. Com estreia marcada para 23 de maio, ‘Nine – Um Musical Felliniano’ será a primeira produção teatral a desembarcar no palco do recém-inaugurado Teatro Porto Seguro.

O ator italiano Nicola Lama (‘Um Violinista no Telhado’, ‘O Mágico de Oz’) terá o desafio de interpretar Guido Contini, o protagonista que já foi vivido por Raul Julia (1982) e Antonio Banderas (2003) no teatro e por Daniel Day-Lewis no cinema. Ele será o único homem em um elenco formado por atrizes de gerações e referências diversas, como Beatriz Segall – que faz a sua estreia, aos 88 anos, em teatro musical – e Malu Rodrigues, já uma ‘veterana’ em seu nono musical aos 20 anos. Estrela de ‘Gypsy’, Totia Meireles retoma a vitoriosa parceria com Möeller & Botelho, enquanto Carol Castro, Leticia Birkheur e Mayana Moura fazem seu primeiro trabalho com a dupla.



Sobre mulheres, crises e memórias

Em cena, Guido Contini, diretor de cinema conhecido internacionalmente, está em uma grave crise criativa, sem saber como desenvolver o seu próximo projeto. Para fugir das tensões, ele resolve passar alguns dias em um SPA em Veneza, onde encontra – em diferentes planos, como realidade, memória, fantasia, sonho – todas as mulheres de sua vida: a mãe (Beatriz Segall), a esposa (Carol Castro), a amante (Malu Rodrigues), a musa de seus filmes (Mayana Moura), a prostituta (Myra Ruiz) e a produtora de seus filmes (Totia Meireles).
‘A mulher é a força da natureza, ela gera, concebe e cria. ‘Nine’ fala sobre o poder das mulheres e profetiza que a vida é uma festa de beleza e amor pelo sexo feminino’, ressalta Charles Möeller, que relaciona ainda a narrativa de Fellini com a obra do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875 – 1961): ‘‘8 ½’ é o mais junguiano dos seus filmes. Ele descobriu todos os seus arquétipos e ‘animas’ e os colocou no filme, que é uma cartilha de signos, sonhos e enigmas’, analisa.



Por conta da estrutura fragmentada e da falta de compromisso com o realismo, Möeller relaciona ‘Nine’ à vertiginosa dramaturgia de Nelson Rodrigues em ‘Vestido de Noiva’. A peça se passa toda dentro da cabeça do Guido, seguindo a lógica de um sonho, onde ele reencontra fantasmas do passado, revê suas musas e tenta criar o seu próximo roteiro.



Os diversos planos de ação aparecem juntos, o que será aproveitado na cenografia de Rogério Falcão, nas coreografias de Alonso Barros e Charles Möeller e no desenho de luz de Paulo Cesar Medeiros. Se Falcão, Barros e Medeiros acumulam dezenas de trabalhos com Möeller & Botelho, o estilista Lino Villaventura faz a sua estreia no teatro musical, ao assinar os figurinos do espetáculo. A coordenação artística é de Tina Salles, parceira de longa data dos diretores.




Uma saga italiana

Com a estreia de ‘Nine – Um Musical Felliniano’ (o subtítulo é exclusivo da montagem brasileira), a obra atemporal do diretor italiano ganha mais um capítulo em sua bem-sucedida trajetória. ‘Fellini era amante dos musicais e a música sempre tinha um papel fundamental em seus filmes. A sua parceria com o compositor Nino Rota é um acontecimento na história do cinema’, ressalta Claudio Botelho, que também assina a direção musical e a versão brasileira.

O desdobramento de ‘8 ½’ em musical foi, portanto, natural. Autores de ‘Nine’, Maury Yeston (compositor e letrista) e Arthur Kopit (autor do texto) começaram a trabalhar na empreitada nos anos 70. Quando estreou na Broadway decadente do início dos anos 1980, se transformou em um raro sucesso do mítico local. Na época, a Times Square estava tomada por casas de prostituição, tráfico de entorpecentes e violência.

‘Nine’ foi uma grande ruptura para a Broadway, apresentou um espetáculo cerebral, com referências bem diferentes de tudo o que foi feito até então. Foi uma reinvenção’, analisa Charles. O sucesso foi imediato e rendeu 12 indicações – e cinco prêmios – ao Tony e oito prêmios Drama Desk Award. Em 2003, um ‘revival’ trouxe Antonio Banderas como Guido e resultou em mais oito indicações ao Tony e o prêmio de Melhor Revival de Musical. Banderas recebeu ainda o Drama Desk e o Theatre World Award pelo trabalho.



Em 2009, a adaptação cinematográfica de Rob Marshall (‘Chicago’, ‘Annie’)  introduziu uma série de inovações ao musical original, principalmente no roteiro e na trilha sonora, com a inserção de novas canções. O elenco, que reuniu astros como Sophia Loren e Penelope Cruz, rodou algumas sequências na mítica Cinecittà, estúdio onde ‘8 ½’ e uma série de clássicos do cinema italiano foram filmados.



Möeller & Botelho: 35 musicais, filme e programa de TV



Trigésimo quinto musical de Charles Möeller & Claudio Botelho, ‘Nine – Um Musical Felliniano’ é também a terceira produção da Möeller & Botelho, produtora que a dupla criou para viabilizar os seus próprios trabalhos. Os outros projetos foram ‘Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos’, que prossegue em cartaz no Teatro Cetip (SP), e ‘Os Saltimbancos Trapalhões’, com estreia em São Paulo prevista para o segundo semestre.



Enquanto o primeiro musical abriu as comemorações pelos 70 anos de Chico Buarque, cumpriu quatro temporadas de sucesso e deu origem a um CD duplo, o segundo promoveu a estreia de Renato Aragão, com 80 anos, no teatro.

O ano marcará ainda a primeira incursão de Möeller & Botelho no cinema, com o roteiro e a direção de ‘Os Saltimbancos Trapalhões 2’, e a estreia de um programa de televisão inédito, criado, escrito e dirigido pela dupla. No ar a partir de 18 de maio, ‘Acredita na Peruca’ reedita a parceria dos diretores com o ator Luiz Fernando Guimarães, estrela de ‘Como Vencer na Vida Sem Fazer Força’, montado em 2013.



Direção Musical e Versão Brasileira: Claudio Botelho



Cenografia: Rogério Falcão
Figurinos: Lino Villaventura
Coreografias: Alonso Barros e Charles Möeller
Design de Som: Ademir Moraes Jr.
Design de Luz: Paulo Cesar Medeiros
Direção Musical e Regência: Paulo Nogueira
Visagismo: Beto Carramanhos 
Coordenação Artística: Tina Salles
Produção Executiva: Edson Lopes



SERVIÇO 

Teatro Porto Seguro



Alameda Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo
De 23 de maio a 9 de agosto



Quintas, Sextas e Sábados, às 21h. Domingos, às 19h.
Duração: 2h15



Classificação etária: 12 anos
Lotação: 508 lugares
Ingressos:
Quintas e Sextas
R$ 80 (Frisa/Balcão), R$ 100 (Balcão Vip), R$ 150 (Plateia) e R$ 180 (Plateia Vip).
Sábados e Domingos
R$ 100 (Frisa/Balcão), R$ 130 (Balcão Vip), R$ 180 (Plateia) e R$ 200 (Plateia Vip).
Funcionamento da Bilheteria: terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h
Formas de pagamento: Débito: Visa Eléctron/ Redeshop /
Crédito: Amex/Visa/Mastercard/Dinners/Hipercard | Não aceita pagamento em cheque / Vale Cultura
Acessibilidade
Estacionamento: Estapar – Al. Barão de Piracicaba, 618

Serviço de Vans:



De terça a sexta: das 19h à 0h



Aos sábados, das 13h à 0h
Aos domingos: das 13h às 23h
Itinerário: Estação Luz – Porto Seguro – Estação Luz (saída Praça da Luz / Rua José Paulino)