Oi Futuro e British Council lançam a série original Música – Substantivo Feminino


Artistas formadas pelo programa ASA – Arte Sônica Amplificada | Créditos: Divulgação


Quem são as mulheres que trabalham com música no Brasil? Quais são os desafios que elas encontram para conquistarem seu espaço no setor? O Oi Futuro e o British Council lançam dentro da SIM SP, a série original Música – Substantivo Feminino, que conta histórias do impacto do programa ASA – Arte Sônica Amplificada, criado em pelo Oi Futuro e o British Council para fortalecer a participação feminina do setor da música no país. O programa, que concluiu recentemente sua terceira edição, tem como objetivo impulsionar a equidade de gênero na indústria musical brasileira por meio da capacitação e do desenvolvimento de carreira de mulheres que atuam em toda a cadeia produtiva do som.

A série em cinco episódios, que está no canal do YouTube do instituto Oi Futuro, conta histórias de algumas das participantes e profissionais parceiras do programa sobre inspirações, desafios e conquistas de mulheres no mercado da música no Brasil, com uma visão de mercado, rede e inovação.

O ASA já capacitou diretamente 500 mulheres de todas as regiões do Brasil, engajou mais de 20 mil pessoas, com painéis, oficinas e shows, e ofereceu às participantes mais de 680 horas de atividades práticas em estúdio, para ensaios, gravações e mixagem no LabSonica, laboratório do Oi Futuro voltado para experimentação no campo do som, no Rio de Janeiro. O ASA é desenvolvido em parceria com as organizações britânicas Lighthouse e Shesaid.so e a brasileira WME.

Segundo dados da UBC (União Brasileira de Compositores) de 2022, as mulheres representam apenas 16% do quadro de associados e respondem por apenas 9% dos rendimentos relativos a direitos autorais. De acordo com o DataSim, pesquisa de 2019 que teve como objetivo mapear o perfil profissional das mulheres no mercado de música brasileiro, 47,7% das respondentes têm até três ofícios para compor a renda mensal, sendo pelo menos um dele relacionado à música, mesmo sendo 38,3% delas portadoras de diploma de curso superior.

Música – Substantivo Feminino

Apresentada pela cantora paraense Aíla, a série reúne cinco histórias de mulheres formadas pelo ASA, de cinco regiões do país, para debater cinco temas relativos à cadeia produtiva da música: o mercado de trabalho para as mulheres, inovação na música, colaboração em rede, relação com o público e uso das novas tecnologias no ecossistema da música.

A cada episódio, Aíla conversa com uma representante de cada região sobre suas experiências no mercado, os desafios e dificuldades enfrentadas para ampliar a representatividade feminina no setor. São elas:

· Alana Leguth (sócia da Kondzilla e idealizadora do Hervolution)

· Michelly Mury (curadora artística da Natura Musical)

· Melina Hickson (Diretora do Porto Musical e Fina produção)

· Claúdia Assef (jornalista, DJ e idealizadora do WME)

· Emily Kyriakides (Diretora executiva da Lighthouse)

Resultados do ASA

Com mais de mil mulheres inscritas em seu terceiro ano, o programa ASA oferece uma jornada de capacitação que inclui:

· Desenvolvimento de habilidades técnicas, criativas e pessoais: gerenciamento, desenvolvimento e promoção de carreiras e negócios na indústria do som, engajamento de base de fãs e comunidades, tendências do mercado, entre outros temas;

· Oportunidades de exibição e ativação: as participantes poderão mostrar seu trabalho em festivais, conferências e canais de mídia parceiros do programa ASA;

· Construção de comunidade criativa: networking e formação de redes internacionais de profissionais femininas para o desenvolvimento de projetos colaborativos.

Como resultado monitorado entre as participantes, o programa obteve um aumento de 50% na inserção no mercado musical, redução de 50% da taxa de desemprego dentro do grupo, 35% de aumento no número de projetos culturais realizados pelas participantes, 160% de aumento nas parcerias e conexões com outras profissionais da área.

Oi Futuro abre a exposição “Olamapá”, de Katie Van Scherpenberg


Créditos: Van Scherpenberg


Está em cartaz desde o  dia 4 de fevereiro no  Oi Futuro, a exposição OLAMAPÁ com trabalhos de Katie Van Scherpenberg, sob a curadoria de Gabriel Perez-Barreiro. A artista vai exibir os vídeos Menarca e Landscape painting, a série de fotografias Esperando papai e a instalação Síntese. As obras referem-se à pesquisas pictóricas, sentimentos e a história dos 20 anos em que viveu na floresta amazônica com seu pai.

A obra de Katie van Scherpenberg é fundamental para poder entender o desenvolvimento da arte brasileira desde a década de 1980 até hoje. Com forte fundamento na pintura, seu trabalho transita por diversas linguagens como instalação, vídeo, arte ambiental e fotografia. A exposição OLAMAPÁ resgata um conjunto de trabalhos realizados sobre a região do Amapá (Amazonas), onde passou a maior parte da infância e retornou por alguns anos quando adulta. Nas obras mostradas articulam-se uma série de questões sobre a vida, o tempo, a matéria e a arte que fazem de sua obra referência chave na arte contemporânea.

Créditos: Van Scherpenberg

Artista Plástica e professora, Van Scherpenberg iniciou seus trabalhos experimentais de intervenção na paisagem na década de 1980, utilizando-se de praia, rios, jardins e florestas como suporte para suas pinturas. “Tudo o que faço é pintura. Os trabalhos não são feitos no sentido happening ou uma instalação Em cada intervenção examino aspectos, técnicas e problemas estéticos da pintura: o preto e branco em Síntese, a questão da luz em Esperando Papai, a aquarela em Menarca (pigmento se dissolvendo na água). No vídeo Landscape painting, fiz intervenções na própria natureza lembrando as expedições artísticas e cientificas do século XIX. A pintura é a técnica que eu uso para pensar e sentir. Uma busca constante de crescimento, alastramento, densidade, absorção e profundidade. Eu nunca sei exatamente o que vai acontecer, o conceito e a poesia vem depois. Quando comecei estas obras, nunca pensei em mostrá-las. Eram ensaios que eu realizava para mim. Depois, quando associei os estudos com minhas pinturas é que decidi expô-las”, declara a artista.

Para o curador da mostra, Gabriel Perez-Barreiro, também curador da edição 2018 da Bienal Internacional de São Paulo, “a obra de Katie nos ensina ou nos faz lembrar que a arte e a vida não são categorias distintas – a arte não é uma reflexão sobre a vida, mas uma parte inseparável dela, feita da mesma materialidade e dos mesmos rumos. Olhar um trabalho de Katie van Scherpenberg é entregar-se a uma experiência de pathos no seu sentido mais exato, gerando uma resposta emocional por meio de um sentimento de rendição. Um trabalho que registra um processo implacável de decadência inevitável que nos faz conscientes da nossa própria mortalidade, um fato, aliás, da mais profunda indiferença para o mundo que nos cerca.”

Obras | Intervenções | Ensaios visuais

Menarca | 2000-2017

A artista utiliza-se de pigmento vermelho para “pintar” a água, fazendo referência à menarca, primeiro fluxo menstrual feminino. Usando a água como tela a artista deixa uma marca passageira na natureza que se encarrega de dissolve-la. Trabalho realizado na praia de Boa Viagem em Niterói.

Esperando por papai | 2004

Sequência de fotos realizadas no Rio Negro, Amazonas. A personagem está sentada ao lado de uma mesa, num final de tarde com a água pela cintura. Sobre a mesa, também parcialmente encoberta pela água, um lampião aceso. As imagens captam o pôr do sol e a substituição da luz natural pela iluminação de uma lamparina, enquanto se aguarda…

Síntese | 2004-2019

Remontagem do trabalho realizado em uma pequena praia ribeirinha do Rio Negro, Amazonas. Quadrados de sal grosso dispostos à margem do rio são dissolvidos aos poucos pelas águas. Gradativamente ficam cobertos de gravetos de carvão, arrastados pelas águas, vindos das árvores destruídas pelas queimadas. O sal muito branco em contraste com a areia negra da praia amazônica e a fuligem oriunda da floresta.

Landscape painting | 2004

Registro da artista pintando folhas de árvores da floresta Amazônica às margens do Rio Negro, fazendo da paisagem sua tela e a própria obra.

Serviço

Exposição Olamapá

Local: Centro Cultural Oi Futuro – Galeria 2

Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Telefone: (21) 3131-3050

Abertura: 4 de fevereiro de 2019, segunda-feira, às 19h

Visitação: de 5 de fevereiro a 31 de março de 2019

Horário: de terça-feira a domingo, das 11h às 22h

Classificação indicativa: Livre para todos os públicos

Entrada Franca

Paula Scamparini apresenta “Orun” no Rio de Janeiro


Créditos: Divulgação


Depois de rodar pelo país em busca de histórias sobre o céu, a artista Paula Scamparini apresenta no Oi Futuro a videoinstalação ORUN, com curadoria de Alberto Saraiva, no centro cultural no Flamengo. De 04 de fevereiro a 31 de março, os visitantes terão a chance de assistir a depoimentos de diferentes culturas sobre suas relações de convívio com o céu.

A exposição conta com 62 monitores suspensos, distribuídos por todo o quarto andar do Oi Futuro. Cada equipamento transmitirá em loop a fala de um ou mais participantes. Povos da cidade (incluindo astrofísicos), povos da floresta (indígenas), povos do interior pantaneiro (quilombolas), das montanhas e do sertão narram suas interpretações sobre o cosmo em variados sotaques, idiomas e dialetos.

Além dos relatos, Paula teve a chance de enriquecer seu conhecimento cultural vivenciando a rotina de cada povo. Para chegar nos 62 discursos selecionados, foram mais de 200 bate-papos em cerca de 15 idiomas. “A verdadeira história é justamente a que está viva dentro de cada um de nós. A ideia é formar uma constelação de pessoas narrando sobre sua própria maneira de se relacionar com o universo”, explica a artista, que conversou com índios, astrônomos, líderes sociais, representantes étnicos etc.

Créditos: Divulgação

Artista paulistana radicada no Rio de Janeiro, Paula Scamparini iniciou a pesquisa sobre o céu em 2016, no Morro da Conceição. O propósito era o mesmo. Sair a campo atrás de perguntas e respostas celestiais. De lá para cá não parou mais. Do Observatório do Valongo, no Centro, à Aldeia Xavante, no Mato Grosso, a artista gravou ricos discursos, que cruzarão o espaço expositivo em vários tons.

“Todos lidam com o céu de alguma maneira, desde o uso cotidiano na roça até a projeção de imagens de um sagrado, e até de si mesmas. Essa relação conecta todos os povos. Quero proporcionar a partir dessas vozes e linguagens de diferentes povos brasileiros, uma espécie de escambo de memórias, aproximando-nos, gerando empatia. Isso pode fazer pensarmos mais seriamente na maneira que vivemos hoje nas cidades. Convido o público a criar seu próprio céu e reformular seu olhar não só para o alto, mas para si mesmo”, sublinha Paula.

Serviço

Individual ORUN – Paula Scamparini

Inauguração: 04 de fevereiro de 2019, às 19h.

Visitação: 05 de fevereiro a 31 de março de 2019

Local: Centro Cultural Oi Futuro

Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo

(21) 3131.3060 | oifuturo.org.br

Visitação: 3ª a domingo, das 11h às 20h.

Entrada franca | Classificação etária: Livre