#Oscar 2017: Saiba tudo o que aconteceu e a lista dos vencedores!




Por Erlanio Lima

Na noite deste domingo (26) aconteceu no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califónia (EUA), a 89° edição do Oscar, ou Academy Awards (A.M.P.A.S). Apresentado por Jimmy Kimmel, a noite veio estrelado de artistas e celebridades que concorreram a uma tão disputada estatueta dourada.

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

O filme no topo da lista de indicações da noite foi o musical “La La Land: Cantando Estações”, com 14 indicações, estrelado por Emma Stone e Ryan Gosling foi o grande vencedor da noite com o total de 5 prêmios. Após um erro técnico onde houve uma troca dos cartões com o nome do vencedor, o filme “La La Land” tinha sido eleito o ganhador, porém após todo o elenco estar no palco, foi anunciado que o grande prêmio da noite pertencia na verdade ao filme “Moonlight: Sob a Luz do Luar”.

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Fazendo jus a todo o universo “Harry Potter”, o filme “Animais Fantásticos e Onde Habitam” levou sua primeira estatueta no Oscar. A maravilhosa atriz “Viola Davis” também ganhou seu primeiro Oscar e realizou um discurso emocionante após sua vitória. 

Durante o intervalo, a cantora Lady Gaga divulgou um comercial em parceria com a “Born This Way Foundation” e a empresa “Revlon” denominado como “The Love Project” protagonizado pela própria cantora, pelo cantor Pharrel Willians e a apresentadora Ellen Degeneres.


Com performances de Justin Timberlake com “Can’t Stop The Feeling” do filme Trolls, Sting com “The Empty Chair” do filme Jim: The James Foley Story, Jim-Manuel com “How Far I’ll Go” do filme Moana: Um Mar de Aventuras e John Legend com “Audition (The Fool Who Dreams)” e City Of Stars” de La La Land, transformaram a noite de hoje mais uma vez emocionante e encantadora, com maravilhosos ganhadores e merecedores de cada prêmio. Confira a lista de vencedores deste ano!

Melhor Ator Coadjuvante:
Marhesala Ali (Moonlight: Sob a Luz do Luar)

Melhor Design de Maquiagem e Cabelo:
Esquadrão Suicida

Melhor Figurino:
Animais Fantásticos e Onde Habitam

Melhor Documentário – Longa:
O.J.: Made In America

Melhor Edição de Som:
A Chegada

Melhor Mixagem de Som:
Até o Último Homem

Melhor Atriz Coadjuvante:
Viola Davis (Um Limite Entre Nós)

Melhor Filme em Língua Estrangeira:
O Apartamento

Melhor Curta de Animação:
Piper

Melhor Filme de Animação:
Zootopia

Melhor Design de Produção:
La La Land: Cantando Estações

Melhor Efeitos Visuais:
Mogli: O Menino Lobo

Melhor Montagem:
Até o Último Homem

Melhor Documentário de Curta-Metragem:
Os Capacetes Brancos

Melhor Curta-Metragem:
Sing

Melhor Fotografia:
La La Land: Cantando Estações

Melhor Trilha-Sonora Original:
La La Land: Cantando Estações

Melhor Canção Original:
City Of Stars (La La Land)

Melhor Roteiro Original:
Manchester À Beira-Mar

Melhor Roteiro Adaptado:
Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Direção:
Damien Chazelle (La La Land)

Melhor Ator:
Casey Affleck (Manchester À Beira-Mar)

Melhor Atriz:
Emma Stone (La La Land)

Melhor Filme:
Moonlight: Sob a Luz do Luar

Entenda como o Oscar define o melhor filme do ano




Por Erlanio Lima

Hoje, no Teatro Dolby em Los Angeles, Califórnia ocorrerá mais uma edição do Oscar, além das diversas categorias como “Fotografia”, “Melhor Trilha-Sonora”, “Canção Original”, “Direção” entre outros, se encontra a mais cobiçada da noite a de “Melhor Filme”. 

Neste ano concorrem ao prêmio, o musical “La La Land” com 14 indicações ao todo nesse ano e indicado como um dos favoritos ao prêmio, também disputando a estatueta os filmes “A Chegada”, “Lion”, “Hell or High Water”, “Estrelas Além do Tempo”, “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, “Hacksaw Ridge”, “Manchester À Beira-Mar” e “Um Limite entre Nós”.

Reprodução / Internet

A premiação que é organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (“AMPAS”, em inglês) e seus 6 mil membros, são responsáveis em escolher os indicados e obviamente selecionar os vencedores, porém, as coisas não são tão fáceis e simples como pensamos, por incrível que pareça envolve muita estratégia, manipulação de estúdios, puxa-saquismo, pressão e muita grana por debaixo dos panos, então nem sempre é por talento ou mérito, podemos dizer isso de vários filmes “injustiçados” ao nosso ver, que ganham a estatueta tão cobiçada, existe também o  preconceito velado contra atores negros e latinos, ap&oa cute’s a polêmica do ano anterior, em não ter nenhum ator ou atriz negra concorrendo nas principais categorias, este ano a Academia resolveu indicar pelo menos um negro ou negra em cada categoria principal, estranho não? Pois bem, vejamos como funcionam os segredos de votação ao melhor filme do ano.
1 – A categoria de melhor filme e algumas outras são definidas por um sistema chamado “método preferencial”. Onde até dez podem ser indicados, mas cada membro da Academia elegem apenas cinco longas-metragens que acham que merecem o prêmio. O que o membro escolheu como o melhor de todos fica obviamente em primeira posição, o voto pode ser em papel ou online.

2 – A votação é auditada por uma empresa terceirizada, a “PrinceWaterhouseCoopers (PwC)”. Para ter a oportunidade de concorrer como melhor filme, o longa precisa ter sido o primeiro na lista de pelo menos um membro da Academia. Quanto mais vezes o longa aparece em primeiro lugar, maiores as chances de indicação.

3 – Para conseguir a indicação, o longa depende de uma cota determinada de votos, chamada informalmente de “número mágico”. A fórmula é assim: o total de votos é dividido pelo total de indicações mais um (+1). Por incrível que pareça os membros não são obrigados a votar, então digamos que, neste ano, 5.625 membros participaram. Então 5.625 dividido por 11 (10 vagas + 1) dá 511,36.

4 – O número mágico é sempre arredondado para cima – neste caso, seria 512. Se um filme foi listado no primeiro lugar mais de 512 vezes, já garantiu uma das dez vagas na categoria de melhor filme. Mas e se apenas três concorrentes conseguem essa nota de corte? Aí começa uma segunda rodada.

5 – Agora, as listas cujo primeiro lugar atingiu o número mágico são desconsideradas. Digamos que sejam 240. Cria-se um novo número mágico: 5.625 menos 240, dividido por 11. O resultado arredondado é 490. Então, se algum outro filme conseguiu esse total de primeiras colocações, garante a indicação.

6 – Mas e se algum filme monopolizar os votos? Acontece outro cálculo: qualquer um que superar o número mágico em 20%, “empresta” esse excedente para filmes que não atingiram a meta. Neste caso, 20% a mais seriam 588. Portanto, um filme com esse valor teria 98 pontos para passar adiante (588 menos 490).

7 – Cada ponto excedente é dividido em duas partes. Uma fica com o filme “doador” de excedentes e outro vai para um “necessitado”. Mas a divisão não é justa, do tipo, meio a meio. A proporção é definida subtraindo o número mágico (490) do total de votos do doador (588), dividido de novo pelos votos do doador. Ou seja, 588 – 490 / 588 = 0,16 = 0,1.

8 – Esse 0,1 são multiplicados pelos 98 pontos excedentes. O resultado arredondado para cima (10) é somado aos 490 pontos do doador. Ele termina então com 500 pontos. O 0,9 restante também é multiplicado por 98, arredondado para baixo dessa vez (87) e distribuído para quem precisa dessa colher de chá de ânimo.

9 – Mais rodadas de mudança de número mágico e redistribuição de pontos são feitas até que os votos quem podem ser doados acabem (ou até que as dez vagas sejam finalmente preenchidas). Os finalistas são anunciados publicamente e, na eleição final, cada membro vota em um só (de novo em papel, ou online). Quem tiver mais votos, leva o troféu. A cabeça deu até um “bug” aqui com tantos cálculos.

Mas toda a “estratégia” não se encerra por aí, antes mesmo de qualquer filme entrar ao menos na lista para possíveis indicações, rolam muitas coisas por trás das cortinas, investimento de estúdios, briga entre elencos e diretores, muito dinheiro, marketing e propaganda para divulgação do filme e muito mais. Até porque um longa que ganha ao menos uma vitória no Oscar, garante um aumento a bilheteria do filme em US$ 14 milhões de dólares. Dentro de todo esse monopólio, só temos o poder de apenas assistirmos aos filmes e ficarmos na torcida pelo nosso favorito, que venham os vencedores de 2017.

A Odisseia rumo ao Oscar 2017!




Por Camila Moreira

Os preparativos para a maior premiação do cinema internacional já começaram a ser feitas, diversos países selecionaram os filmes que serão seus representantes na competição. No Brasil, a seleção gerou diversos problemas entre diretores, elenco e jurados. Perdeu toda essa briga? Fizemos um resumo para você ficar preparado para o que vem por aí.

No dia 12 de setembro, o ministério da cultura divulgou o nome do longa que representará o cinema brasileiro no Oscar 2017, uma comissão especial foi montada com 9 profissionais da área audiovisual brasileira, Bruno Barreto e Luiz Alberto Rodrigues incorporam o time.

Dentre os 16 filmes que foram pré-selecionados, “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho era o que recebia mais destaque, por ter conseguido um bom desempenho em festivais internacionais -venceu o festival de cinema de Sydney- e ser aclamado pela crítica, despontava como o eleito, mas, para a surpresa de toda a nação o filme escolhido foi “Pequenos detalhes” do diretor David Schumann.

Polêmicas

Aquarius ganhou repercussão nacional, principalmente, pela polêmica gerada no festival de Cannes, 17 de maio, onde o elenco presente no evento fez protestos contra o afastamento da ex- presidente Dilma Rousseff. Marcos Petruccelli, integrante da comissão especial para o Oscar, não achou a ideia correta e protestou em suas redes sociais.

Houveram réplicas e tréplicas entre Kleber Mendonça Filho e o jurado, afinal, o diretor não aceitava que Marcos fosse jurado na seleção, a intensa discussão entre a dupla conquistou uma grande torcida online, para ambas as partes, e Mendonça Filho conseguiu apoio de outros cineastas, dos quais 3 retiraram seus filmes da disputa.

Pequenos detalhes também teve seus problemas, para poder se candidatar a lista de filmes algumas regras tiveram que ser burladas, pois para se candidatar ao Oscar o filme tem que ser exibido comercialmente pelo menos 7 dias entre 1 de outubro de 2015 e 30 de setembro de 2016.

O filme dirigido por David Schumann só será lançado comercialmente em 10 de novembro, como estratégia para poder competir foram feitas algumas exibições de pré-estreia pelo Brasil.

Explicações

Houve o vazamento de algumas declarações de profissionais do audiovisual e da academia que diziam que os filmes foram analisados muito além das produções, também foi levando em conta o que Hollywood costuma consumir.

Aquarius é um filme bem artístico, que se consagra em festivais, como Cannes, e mostras de cinemas alternativos. Filmes neste estilo provavelmente não atraiam o público que Hollywood e o cinema americano querem divulgar, que são filmes que deixam a arte um pouco de lado e investem muito em roteiro e desenvolvimento de personagem para que o público se prenda a história.

Oscar 2017

A próxima fase de seleção já é internacional, e ocorre em dezembro, serão divulgados os filmes que foram pré–selecionados, não há um número certo de filmes que podem ser indicados, para o Oscar 2016 foram 9 pré- selecionados. Em janeiro os 5 finalistas serão anunciados juntamente com as outras categorias.

Os filmes pré-selecionados não precisam necessariamente ser exibidos nos EUA, pois, a única regra a ser seguida é que para a comissão avaliadora o filme seja exibido em cinema, não em outros suportes. Mas, uma boa estratégia de marketing auxilia a promoção da imagem do longa, geralmente são contratados grandes relações públicas com contatos na indústria do cinema americana para auxiliar na divulgação.