Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator Victor Maia
Por Leina Mara
Divulgação/60! Doc. Musical
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” repete o feito também em São Paulo, com temporada prorrogada no Theatro Net São Paulo.
Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer.
“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
No intuito de apresentar ao público um pouco mais sobre o elenco, divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista o ator, coreógrafo e cantor Victor Maia.
Foto: Arquivo Pessoal
AC: Conte-nos um pouco mais sobre sua o início de sua carreira e trajetória no teatro musical ?
VM: Sou formado em artes cênicas pela Unirio e foi lá que aprofundei meus conhecimentos em teatro musical participando de um projeto voltado para a categoria, onde além de atuar, também coreografava as montagens. Uma delas foi a renomada montagem universitária de “The Book Of Mormon”. Desse modo eu me desenvolvia em ambas funções. A partir dessa experiencia, comecei a atuar com mais frequência em montagens profissionais como “Alô,Dolly!” ao lado de Miguel Falabella e Marília Pera, “Quase Normal” versão brasileira do premiadíssimo “Next To Normal”, dirigido por Tadeu Aguiar, que me rendeu duas indicações ao prêmio como melhor ator coadjuvante e também “Simbora – a História de Wilson Simonal” ao lado de Ícaro Silva e “Ou Tudo ou Nada” dirigido também por Tadeu Aguiar, que me rendeu o prêmio de melhor ator coadjuvante em 2016 pelo Botequim Cultural. Paralelamente, ia desenvolvendo meu trabalho como coreógrafo na TV Globo, onde sou contratado há 6 anos, coreografando o programa Caldeirão do Huck e também no teatro, tendo como ultima experiencia e talvez a maior, o espetáculo 60! Década de Arromba, musical que eu coreografei e atuo.
Em “The Book Of Mormon” – Foto: Arquivo Pessoal
AC: Que artistas te inspiram a seguir a carreira de ator? Existe algum papel que ainda almeja interpretar?
VM: Sem dúvida alguma, Miguel Falabella. Esse profissional me fascina pela inteligência e versatilidade. Sou apaixonado por ele desde os meus 12 anos quando o assisti no teatro e a partir daí sempre que eu me projetava no futuro, me via como ele. Wanderléa é uma pessoa que também me inspira. Não só pelo talento, mas também pela energia vital que ela possui e pela generosidade. Sobre ter algum papel que eu gostaria de interpretar? Nenhum específico. Apenas gostaria de ter sempre os melhores papeis para que eu pudesse mostrar o quão versátil eu sou como ator. As pessoas tendem a me ver como bailarino, mas poucos sabem que essa é a minha ultima profissão.
Com Miguel Falabella em “Alô, Dolly” – Foto: Arquivo Pessoal
AC: Como foi o seu processo, de forma especial atuando na área coreográfica, para 60! Década de Arromba – Doc. Musical?
VM: Coreografar uma década não é nada fácil. São muitas referências e estilos.No 60! posso dizer que não somente coreografei mas fiz também a direção de movimento do espetáculo. São coisas completamente diferentes. São três horas seduzindo o olhar do público com movimentos rebuscados ou pausas. Piruetas ou apenas um olhar. Tudo é milimetricamente pensado. Cada gesto. O mais difícil é ser original o tempo todo e surpreender o público. Temos um elenco em que 5% é bailarino. Assim sendo, tive que ter muita criatividade pra obter o resultado ideal.
Em “Ou Tudo ou Nada” – Foto: Divulgação
AC: Qual sua parte favorita no musical? Por que?
VM: Sem dúvida alguma, o Medley 60, que acontece no segundo ato, quando fazermos um compilado dos maiores sucessos da Jovem Guarda no ano de 1967. O público vai ao delírio, canta junto, se emociona… no final sempre aplaudem de pé. Ali temos um triunfo coletivo por parte de toda a equipe criativa! Eu acho um auge!!!
Medley com canções do ano de 1967 – 60! Década de Arromba – Doc. Musical – Foto: Divulgação
AC: Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?
VM: Wanderléa é a artista mais generosa que eu já vi na minha vida. Ela está sempre disponível, atenta, interessada. Sabe ouvir criticas, conselhos artísticos dentro do espetáculo… Ela tem 50 anos de carreira!!! E ainda assim esta ali em prol da perfeição. Disposta a emocionar, noite após noite, aquelas pessoas da plateia, com o mesmo brilho no olho e sorriso acolhedor.
Durante número em 60! Década de Arromba – Doc. Musical – Foto: Divulgação
AC: Quais seus planos para o futuro?
VM: Seguir atuando. O palco é o meu lugar. Quero fazer mais papéis complexos em teatro.Quero dirigir também. Acumulei ao longo desses anos uma boa experiência e já me sinto seguro para colocar em prática. E quero férias. Mas o artista nunca descansa né?