Cia. Novelo estreia no Parque Augusta a peça ‘O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá’


Créditos: José de Holanda


Depois de circular por cinco anos com “Sonho de uma Noite de Verão”, a Cia. Novelo volta a ocupar espaços públicos com seu segundo trabalho: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, uma livre adaptação do romance infantojuvenil de Jorge Amado. A peça estreou nesta sexta-feira (28)  no Parque Augusta, onde fica em cartaz até 17 de julho, aos sábados e domingos, às 15h (sessões extras acontecem nos dias 16 e 17/6, no mesmo horário).

O espetáculo tem direção de Maristela Chelala; direção musical de Marco França; e elenco formado por Beatriz Kovacsik, Domitila Gonzalez, Maria Eugênia Portolano, Samya Pascotto, Thalita Trevisani e Valérie Mesquita.

O romance “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” foi escrito pelo autor baiano em 1948 como um presente de aniversário para seu filho João Jorge, que fazia um ano na ocasião. A obra, que só seria publicada pela primeira vez em 1976, é uma fábula sobre um amor proibido entre dois seres bem diferentes.

O Gato Malhado é visto pelos outros animais do parque com desconfiança, exceto pela Andorinha Sinhá, que não tem receio algum de sua presença. Mas o amor entre os dois não pode acontecer porque existe uma lei que jamais pode ser quebrada: os bichos só podem se casar com outros da mesma espécie.

“A peça fala da possibilidade de você se apaixonar. Tem uma frase que aparece nas nossas músicas: ainda dá tempo de amar. Também falamos sobre a possibilidade de se encantar com a beleza, sobre o amor de contar histórias, sobre essa ligação que existe entre as pessoas e sobre estarmos juntos e dividirmos o mesmo planeta”, define a atriz Domitila Gonzalez.

Embora tenha como ponto de partida uma obra infantojuvenil, a montagem explora essa linguagem popular, capaz de se comunicar com públicos de diferentes idades, com direito a muitas músicas originais costuradas à dramaturgia e interpretadas ao vivo pelo elenco.

Créditos: José de Holanda

“Gosto de uma frase do posfácio do livro, que define a obra como direcionada a crianças extremamente inteligentes de todas as idades. E, quando o Marco França nos provocava durante a criação do espetáculo, ele falava muito de um teatro feito para a infância – a das crianças, a minha, a sua e a de cada um de nós, sem deixar de falar as coisas importantes”, revela Samya Pascotto.

E esse caráter popular e democrático é o que mais encanta as integrantes da Cia. Novelo. “Nem cogitamos fazer teatro em uma sala, porque somos apaixonadas pela rua. É um espaço onde as pessoas realmente param para ouvir as histórias. E sempre falamos que o teatro de rua também procura despertar o olhar mais afetuoso do público para a cidade e tudo o que acontece ao seu redor. A rua é nossa, é da cidade, é do cidadão, é nosso lugar de direito. E conseguimos acessar muita gente que nunca teve a oportunidade de ir ao teatro. Tem a ver com a sensibilidade, com o afeto e com o despertar do olhar para a Cultura e para o teatro”, diz Gonzalez.

O processo criativo

A ideia de montar “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” surgiu quando o grupo decidiu partir para o seu segundo espetáculo depois de circular por cinco anos com “Sonho de uma Noite de Verão” em parques, praças, unidades do Sesc e outros espaços a céu aberto.

“Lembro de ter sugerido este texto porque já gostava muito e, quando fizemos uma leitura da obra, todo mundo terminou com lágrimas nos olhos. Logo sabíamos que ele tinha o nosso tom e tudo a ver com o que gostamos de investigar. Era lúdico, encantador, mágico, poético e engraçado, mas sem se levar tanto a sério”, comenta Pascotto.

As atrizes da companhia ainda contam que a montagem do espetáculo começou com a direção de Marco França, que foi responsável por um trabalho de provocação para a escrita da dramaturgia e composição das músicas. No começo de 2022, ele não pôde estar presente, por isso, elas convidaram a diretora Maristela Chelala para assumir a posição.

“Foi muito engraçado que quando a Maristela chegou, ela disse que a nossa voz estava à frente de tudo, que foi algo que pesquisamos bastante com o Marco. E ela trouxe esse trabalho corporal incrível, complementando tudo”, explica Maria Eugênia Portolano.

Sobre a dramaturgia criada coletivamente pelo grupo, Maristela Chelala, que dirige pela primeira vez uma peça de teatro de rua, revela: “É um texto muito escrito em cima do jogo entre as personagens e as atrizes. O teatro de rua é um universo que eu amo e me apavorava, porque, nele, o céu é o limite. Acho que, depois de tudo que passamos nos últimos anos de pandemia, temos mesmo é que ir para a rua. Temos que ocupar os espaços e falar”.

“A encenação tem muito a ver com a linguagem do palhaço, apesar de elas não usarem o nariz em cena. Mas isso tem a ver com o texto que elas me trouxeram, que tem muito do jogo do palhaço. E isso me atrai muito! A encenação acaba indo para esse lugar popular, que eu adoro, que é para todo mundo – fora e dentro do teatro”, acrescenta.

“Outra referência investigada pela Cia. Novelo foi o circo. “O circo veio com a Maristela, que trouxe junto o Dinho Hortencio, nosso preparador corporal. Tínhamos esse desejo há bastante tempo de experimentar um pouco dessa linguagem”, reflete Portolano”.

Créditos: José de Holanda

Ainda de acordo com as artistas da Cia. Novelo, o grupo passou seis anos inscrevendo projetos em leis de incentivo à Cultura e editais de empresas para tentar levantar a montagem. Mas a produção só foi possível graças ao IBT – Instituto Brasileiro de Teatro, que financiou o trabalho apenas com recursos de pessoas físicas. Este é o segundo trabalho realizado dessa maneira pela instituição, que acaba de estrear Diabinho e outras peças curtas de Caryl Churchill no MASP.

O Instituto Brasileiro de Teatro é uma organização sem fins lucrativos que tem como sonho popularizar o teatro no Brasil e valorizar o trabalho dos profissionais das artes cênicas. A entidade tem a proposta de levar ao público a oportunidade de vivenciar grandes peças teatrais, em teatros únicos, a preços populares.

“Levantamos o ‘Sonho de uma Noite de Verão’ com financiamento coletivo e passando o chapéu depois das apresentações. Desta vez, queríamos ser devidamente remuneradas pelo nosso trabalho e já estávamos quase desistindo desse projeto. Assim como queremos despertar o olhar do público na rua para a beleza, o IBT tem essa importância de mostrar para as empresas e pessoas que podem financiar o teatro que a arte é importante e que os artistas são profissionais e precisam ser valorizados”, defende a atriz Thalita Trevisani.

Serviço
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, com a Cia. Novelo
Temporada: de 28 de maio a 17 de julho, aos sábados e domingos, às 15h (com sessões extras nos dias 16 e 17 de junho. *A apresentação do dia 19/06 será no Parque do Carmo, às 15h).
Parque Augusta – Rua Augusta, 200, Consolação
Classificação: livre
Ingressos: grátis (basta chegar e assistir ao espetáculo)
Duração: 70 minutos

** Sessão do dia 19/06 acontece no Parque do Carmo.
** Sessões dos domingos com tradução em Libras.

10 principais parques para visitar em SP


Créditos: Divulgação


Quando se fala na cidade de São Paulo, imaginamos as grandes construções, opções de entretenimento sempre em shoppings ou locais fechados. Mas você sabia que existem muitos parques que podem ser visitados na cidade? A seguir, damos 10 dicas de alguns deles, para você conferir hoje mesmo! Veja:

Parque Ibirapuera

Créditos: Thais Bittar/Veja SP

O Parque é, definitivamente, uma área verde em meio ao asfalto. Consagrado em 2017 como o parque mais visitado da América Latina, ele é uma das opções favoritas de quem gosta de fotografar belos lugares. Também é considerado o queridinho de famílias e amigos que gostam de fazer um bom piquenique ao som da natureza, em contato com a grama e rodeados por majestosas árvores.

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral – Vila Mariana, São Paulo – SP

Parque Villa-Lobos

Créditos: Divulgação

Localizado em Alto de Pinheiros, na Zona Oeste, o Parque Villa-Lobos possui ciclovia, quadras, campos de futebol, playground e um bosque com espécies de Mata Atlântica. Sua área de lazer inclui aparelhos para ginástica, pista de cooper, de patins e skate, tabelas de street basketball, anfiteatro aberto com 750 lugares e área aberta para shows, sanitários adaptados e lanchonete. Muito frequentado, estima-se que, por ele, passem cerca de 5 mil pessoas por dia da semana e cerca de 20 mil aos finais de semana. Também é uma opção excelente para quem quer curtir a natureza ao lado da família.

Endereço: Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001 – Alto de Pinheiros, São Paulo – SP

Parque do Carmo

Créditos: Divulgação/Estadão

O Parque do Carmo conta com cerca de 6 mil árvores, entre cerejeiras e eucaliptos, lagos naturais e diversas espécies de animais. Além de uma vista de encher os olhos, o visitante ainda encontra por lá o Museu do Meio Ambiente, anfiteatro, aparelhos de ginástica, campos de futebol, ciclovia, pista de cooper, playgrounds, espaço para piquenique, churrasqueiras, quiosques, Monumento à Imigração Japonesa, Viveiro Arthur Etzel e Bosque da Leitura. Uma boa dica é estar atento à programação, pois lá também é realizada a Festa das Cerejeiras, que celebra a florada da árvore símbolo do Japão.

Endereço: Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, 951 – Itaquera, São Paulo – SP

Parque do Povo

Créditos: Divulgação

Inaugurado em 2008, o Parque do Povo é grande sucesso na vizinhança onde se localiza. O diferencial do local é ter um espaço exclusivo dedicado aos skatistas e pessoas que praticam os demais esportes sobre rodinhas, evitando acidentes com os pedestres que aproveitam a linda vista para correr e se exercitar. Ali existe uma versão gigante do jogo de Xadrez, para quem sabe jogar, arriscar algumas partidas. Outro ponto que vale a pena ser visitado é o Jardim Sensitivo, no qual pessoas com deficiência experimentam aromas e texturas de plantas como hortelã, alcachofra e pimenta-de-cheiro.

Endereço: Pça. Parque do Povo – Chácara Itaim, São Paulo – SP

Jardim Botânico

Créditos: Governo do Estado de SP

O Jardim Botânico, fundado em 1928 conta com diversas atrações que não ficam limitadas a quem gosta de curtir uma área verde. Para isso, ele é excelente, porém, o espaço é mais do que isso: o Instituto de Botânica dispõe de uma biblioteca com cerca de 6.400 livros e privilegiado acervo botânico. No Museu Botânico há amostras de plantas da flora brasileira, coleção de produtos extraídos de plantas e representações de ecossistemas do Estado. No conjunto arquitetônico-cultural do local destacam-se, além do Museu, duas estufas que abrigam plantas típicas da Mata Atlântica e exposições temporárias, o Jardim de Lineu, o portão histórico de 1894, e o marco das nascentes do riacho Ipiranga. Mas atenção, neste caso, o visitante necessita adquirir ingressos para entrar. O horário de funcionamento do Parque é de terça a domingo e feriados (incluindo feriados que caem na segunda-feira), das 9 às 17 horas. Para mais informações sobre valores de ingressos, acesse: https://bit.ly/2DaiR8h .

Horto Florestal

Créditos: Divulgação

Localizado na Zona Norte de São Paulo, o Horto Florestal possui uma rica representatividade de Mata Atlântica no meio da cidade. Além disso, conta com áreas de lazer, lagos e bicas. Espécies exóticas de eucalipto podem ser encontradas no Horto, assim como o Pau-Brasil. Entre os animais que circulam pelo Horto, estão tucanos, maritacas, esquilos e capivaras.

Endereço: Rua do Horto, 931 – Horto Florestal, São Paulo – SP

Parque da Água Branca

Créditos: Divulgação

O Parque da Água Branca está situado próximo à Barra Funda e Perdizes, no Bairro da Água Branca. É uma ótima opção de lazer. Com público diversificado, é um local de caminhadas, corridas atividades físicas, meditação e é comum vermos estudantes nas várias associações de criadores instalados no parque. Exposições e eventos localizados por lá também são de grande procura.

Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca, São Paulo – SP

Parque Ecológico do Tietê

Créditos: Patrícia Ribeiro/Passeios Baratos em SP

O Parque está localizado na Zona Leste de São Paulo. Comprometido com a preservação da fauna e flora da várzea do rio Tietê, o parque proporciona uma variedade de atividades culturais, educacionais, recreativas, esportivas e de lazer, recebendo mais de 330 mil visitantes todo mês. Entre as principais atrações, estão: Centro de Educação Ambiental, Centro Cultural, Museu do Tietê, biblioteca e Centro de Recepção de Animais Silvestres, que abriga 2 mil animais apreendidos ou doados.

Endereço : Rua Guirá Acangatara, 70 – Engenheiro Goulart

Parque da Juventude

Créditos: Milton Michida/Governo do Estado de SP

Desde 2003 localizado na Zona Norte de São Paulo, foi responsável por substituir o Complexo Penitenciário Carandiru por uma área de lazer e entretenimento ao ar livre. Entre suas diversas opções de entretenimento, estão uma ampla área verde, instalações para práticas de esporte, áreas de lazer e entretenimento para pessoas de todas as idades, espaço canino e espaço aberto para shows e eventos. O Parque abriga, ainda, a Biblioteca de São Paulo, com mais de 35 mil títulos, e o Acessa São Paulo, programa de inclusão digital do Governo do Estado. No local, foram mantidos referenciais históricos da época do Carandiru.

Endereço: Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 – Carandiru, São Paulo – SP

Parque da Aclimação

Créditos: Mario Rodrigues/Veja SP

Situado na Zona Sul da cidade, o Parque da Aclimação conta com um lago natural e uma área com eucaliptos, concha acústica, jardim japonês com espelho d’água, aparelhos de ginástica para o visitante que procura um local de exercícios ao ar livre, pista de cooper e caminhada, playgrounds infantis com espaço para piquenique, campo de futebol, quadras de vôlei e basquete e toda a infraestrutura necessária para visitantes. O local conta ainda com a Biblioteca Temática de Meio Ambiente.

Endereço: Rua Muniz de Sousa, 1119 – Aclimação, São Paulo – SP