CCBB apresenta o espetáculo gratuito infantil “A Futura Rainha”


Créditos: divulgação


Uma viagem ao universo da cultura popular nordestina com foco na rima, na poesia e na literatura de cordel é o pano de fundo de A FUTURA RAINHA, novo espetáculo infantil da Cia Mar, que estreia no teatro do CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL em São Paulo – com ingressos gratuitos – dia 7 de outubro, sexta-feira, 11h. A peça contada e cantada pelas atrizes Beatriz Barros e Jéssica Policastri e, pelo trio de musicistas Lua Oliveira, Camila Silva e Catarina Rossi, tem dramaturgia de Bruno Lourenço e direção de Gustavo Braunstein. A montagem traz à cena as aventuras de uma princesa muito determinada, que questiona as tradições do reino em que vive.

Contemplada pela 14ª edição do Prêmio Zé Renato de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, A FUTURA RAINHA tem como ponto de partida a história oral registrada pelo escritor e pesquisador Ricardo de Azevedo em prosa escrita no conto A Princesa que se perdeu na Floresta. O dramaturgo Bruno Lourenço transformou a prosa do escritor em gênero literário popular: a literatura de cordel, construindo uma poesia rimada e cantada.

Em A FUTURA RAINHA, uma princesa muito teimosa e corajosa, que não gosta das histórias tradicionais de princesas e reinos, discorda do funcionamento do seu reinado e junto do seu cavalo Alazão se perde em uma aventura pelo continente. Ao visitar outros reinos, encontra-se com outras princesas e príncipes que necessitam de ajuda para enfrentar feiticeiros, monstros e tradições antigas.

No palco, as duas atrizes, que narram toda a história e ao mesmo tempo dão vida aos inúmeros personagens, são acompanhadas por músicas originais e uma cantiga de domínio público, executadas ao vivo pelo trio de musicistas com instrumentos de percussão, violão, violino e rabeca. Com direção musical de Lua Oliveira, a trilha sonora é ponto de destaque em A FUTURA RAINHA, pois mostra as influências e transformações da música nordestina.

Imaginação é uma tecnologia

Para o diretor Gustavo Braunstein, a artesania da palavra (a oralidade), bem como a musicalidade e os jogos cênicos acionam a imaginação do público. “Ativada por meio de coreografias, gestualidades, jogos cômicos e a palavra falada, rimada ou cantada, o público é convidado a construir as espacialidades da jornada percorrida pela futura rainha. A ideia é atualizar os imaginários, já que a imaginação também é uma tecnologia”, conta ele.

Para isso, o espetáculo que acontece em um grande tapete redondo, estabelece uma disposição de arena sem coxias ou cortinas onde elenco, musicistas, objetos e instrumentos musicais estarão visíveis e passíveis de desconstrução constante, assim como o imaginário de princesas que vai sendo dissecado durante toda a montagem.

A FUTURA RAINHA compreende as diversas possibilidades de cruzamentos da encenação teatral tradicional desenvolvida para o espaço do palco italiano com a estrutura dramatúrgica da cultura popular. “A montagem apresenta esteticamente um Nordeste não estratificado e canonizado no estereótipo do discurso político de seca e da fome, mas que se propõe a investigar novas construções narrativas, novas possibilidades de se contar tais nordestes, além de convocar o público  a reimaginar os espaços femininos em nossas tradições”, explica a atriz Beatriz Barros.

Serviço:

A FUTURA RAINHA

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 

Período: De 7 a 30 de outubro

Horário: Sexta a domingo, 11h

Sessões extras dias 12 e 30 de outubro, 15h | Dias 16 e 28 de outubro não haverá apresentações.

IngressosMediante retirada na bilheteria do CCBB uma hora antes do espetáculo.

Entrada Gratuita 

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: Livre (recomendado a partir de 6 anos)

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP 

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças 

Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal. 

Informações: (11) 4297-0600 

Estacionamento conveniado: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento. No trajeto de volta, tem parada na estação República do Metrô. As vans funcionam entre 12 e 21h. 

Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. 

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m). 

Novo espetáculo da Cia. Mungunzá faz temporada gratuita na Praça das Artes


anonimATO Cia. Mungunzá de Teatro


Uma ode ao teatro. É assim que a Cia. Mungunzá de Teatro anuncia seu primeiro trabalho concebido para a rua. Com direção de Rogério Tarifa, anonimATO volta a se apresentar no centro de São Paulo, dessa vez na Praça da Artes em temporada de 23 de setembro a 30 de outubro, sexta-feira às 14h e sábado e domingo às 11h. Em um cortejo de 100 metros em linha reta, o espetáculo, uma homenagem ao fazer teatral, reúne 15 artistas em grandes instalações.

O espetáculo também é o primeiro musical do grupo paulistano, já que quase todos os textos foram musicados, além de contar com uma banda em cena. Para isso, anonimATO conta com direção musical e trilha sonora original de Carlos Zimbher. A junção de palavra e canto, uma das marcas da direção de Rogério Tarifa, teve o trabalho de Lucia Gayotto e Natália Nery na direção vocal interpretativa e composição musical do coro.

Idealizado inicialmente para debater o anonimato, a montagem de anonimATO foi se transformando ao longo dos ensaios até chegar com foco no ato e nas manifestações. No espetáculo oito personagens, figuras anônimas de uma cidade grande, são convocados de várias maneiras para um ato e se encontram nessa caminhada.

Os oito personagens – a mãe, a mulher-árvore, a vendedora de sonhos, o homem-placa, o pipoqueiro, o trabalhador, o homem que é “todo mundo” e a mulher que é “ninguém” – representam a multidão presente no ato e vão se transformando durante a caminhada. Para o diretor Rogério Tarifa o espetáculo tem um tom fabular a partir do momento que o ato vai se teatralizando. “anonimATO fala sobre a retomada do teatro como lugar de encontro após dois anos de pandemia. Nesse trecho de 100 metros são apresentadas muitas metáforas sobre o acontecimento teatral”, explica ele.

Já o ator Marcos Felipe conta que após Epidemia Prata, o último espetáculo da Cia. Mungunzá de Teatro, que apontava vários problemas sociais e a dureza das pessoas, a ideia com anonimATO é trazer para a cena mais esperança e utopia. “A montagem é um ponto de virada do grupo, pois saímos do seguro e adentramos em outras camadas de poesia. A Mungunzá junto com o Rogério Tarifa tenta descobrir o que é parir e matar o Teatro”.

Perna de pau e butô

Os primeiros ensaios de anonimATO, assim como a construção da dramaturgia, começaram no ambiente virtual e aos poucos foram migrando para o presencial. A atriz e dramaturga Verônica Gentilin ficou responsável pela elaboração final da dramaturgia. Em cima de textos produzidos pelo elenco e direção, Verônica foi criando novos textos. “Não foi um trabalho de emendas ou colagens, mas de atenção literária para a elaboração do macro”, acrescenta ela.

Em sua dramaturgia Verônica apresenta personagens utópicos, repletos de esperança, e a partir disso criou histórias sem compromissos com a realidade. “Os personagens vão se transformando ao longo do ato e do percurso que participam. De seres anônimos e invisíveis eles têm suas histórias contadas como alegorias. São diferentes, mas formam um coletivo e assim formam mais uma metáfora do teatro”, pontua a dramaturga.

anonimATO leva para a Praça das Artes um ato, um teatro, um encontro. Com grandes instalações, bonecos, perna de pau, figurino inflável, música e movimentação, o espetáculo é uma mescla de linguagens. Os artistas também se inspiraram no butô, dança que surgiu no Japão pós-guerra e ganhou o mundo na década de 1970, para as caminhadas no percurso de 100 metros. Para isso contaram com a orientação de Marilda Alface.

Serviço:

anonimATO

Espetáculo de rua da Cia. Mungunzá de Teatro.

De 23 de setembro a 30 de outubro, sexta-feira às 14h e sábado e domingo às 11h.

Praça das Artes – Av. São João, 281 – Sé, São Paulo. Telefone – (11) 3053-2110.

90 minutos | Livre | Gratuito.

Espetáculo”Rinoceronte” volta à Sede das Cias


Créditos: divulgação


Uma cidade pacata, que poderia ser em qualquer lugar do planeta, onde nada de extraordinário acontece, é transformada completamente pela passagem de um rinoceronte. Sem entenderem a procedência do paquiderme, as pessoas começam a entrar em conflito, enquanto a fera se prolifera incontrolável e misteriosamente. Aos poucos, começam a se dar conta de que são os próprios vizinhos, colegas e familiares que estão se transformando em rinocerontes, como uma epidemia. Todos são afetados, um a um. São cooptados a se tornarem feras, seja por violência, contágio, sedução, ou simples desistência. Apenas um homem irá resistir.

“O Rinoceronte” apresenta o horror atemporal do que Ionesco chamou de histeria coletiva. Escrita em 1959, na França, a peça é tida como uma parábola à invasão do fascismo na Europa e ao pensamento de massa que seguiu assombrando a sociedade, ainda no período pós-guerra. No entanto, a sensação de angústia metafísica pelo absurdo da condição humana, continua presente, como se vivêssemos um eterno pós-guerra; ou uma guerra sem fim. Neste cenário de tanta transformação no mundo, o texto permanece aberto para novas e surpreendentes interpretações, tão atual como uma notícia de jornal.

Serviço

TEMPORADA 11.11 a 02.12
|segunda-feira 20h|

Valor: contribuição consciente
Lotação: 60 lugares
Classificação etária: 16 anos
Duração: 90 minutos
Local: Sede das Cias – Escadaria Selarón, Rua Joaquim Silva, 91 – Lapa (RJ)

“Mucho Ruido por Nada” no Sesc Vila Mariana


Créditos: divulgação / Sesc


De 13 a 15 de setembro, o Sesc Vila Mariana recebe a curta temporada do espetáculo Mucho Ruido por Nada. A montagem, inspirada na comédia de Shakespeare, é encenada pelo Teatro La Plaza (Peru) e dirigida por Chela de Ferrari. O elenco é formado por homens, apenas, a fim de se manter o mais fiel possível ao teatro elisabetano, que na Inglaterra do século XVI proibia que mulheres atuassem. No entanto, o diálogo com a contemporaneidade é marcado pela direção de Chela, que ressalta a posição feminina na obra shakespeariana e aborda assuntos como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mucho Ruido por Nada narra a história de dois casais envolvidos em confusões amorosas. Cláudio ama Hero, porém abdica do seu amor por acreditar, erroneamente, que Hero é infiel. Já o casal Benedito e Beatriz é formado a partir de uma armação de Cláudio e de D. João, príncipe de Aragão, que tramam para unir os antigos desafetos, agora apaixonados. A montagem brinca com o imaginário do público por meio das relações conflituosas e os casais formado por homens em papeis femininos.

O Teatro La Plaza iniciou suas atividades em 2003 sob direção artística de Chela de Ferrari. O grupo procura, através de novos textos e de clássicos, instigar a discussão e compreender outras realidades. Além das montagens, atuam desde 2013 como incubadora de novos talentos, a partir do programa Sala de Parto, projeto que estimula o nascimento de obras e autores peruanos por meio de consultorias ou clínicas de roteiro, oficinas gratuitas de dramaturgia, co-produção e publicação de obras.

O espetáculo faz parte do programa de extensão do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, que acontece a cada dois anos no Sesc Santos e estende a sua programação para outras unidades.

Serviço:
Mucho Ruido por Nada
De 13 a 15 de setembro, sexta e sábado, às 21h; domingo, às 18h
Local: Teatro Sesc Vila Mariana
Não recomendado para menores de 12 anos
R$ 15 (Credencial Plena) l R$ 25 (meia) l R$ 50 (inteira)