A Gaiola reestreia em São Paulo no Teatro Vivo




Com direção de Duda Maia, adaptação teatral do livro que rendeu à autora uma indicação ao Prêmio Jabuti conta história de amor e separação entre uma menina e um passarinho

Por Andréia Bueno
A bem-sucedida adaptação teatral do livro infanto-juvenil A Gaiola, de Adriana Falcão, que foi indicada pela obra ao Prêmio Jabuti de Literatura em 2014 volta a São Paulo para uma temporada no Teatro Vivo, até 30 de setembro, com apresentações aos sábados e domingos, às 15h. Dirigido por Duda Maia, o espetáculo ganhou cinco troféus no 5º Prêmio Botequim Cultural e sete no 3º Prêmio CBTIJ.
Foto: Guga Melgar
Trata-se de uma peça que conta uma história de amor e separação entre uma menina (Carol Futuro) e um passarinho (Pablo Áscoli) que cai ferido na varanda de sua casa. Ela passa a cuidar do passarinho e eles se apaixonam. Quando chega a hora da despedida, ele mesmo pede para que ela o prenda em uma gaiola. Certo dia, a menina flagra o pássaro encantado com a beleza do dia lá fora e uma crise se instaura entre os dois. 
A tentativa de aprisionar o amor é inútil e os dois chegam a uma importante conclusão. “É uma história que aborda temas delicados, mas fala também de reinvenção e novas possibilidades, de uma forma lúdica, carregada de humor e lirismo”, define a autora.
“A Gaiola é um espetáculo que provoca sensações, onda cada um, independente da idade e experiência de vida, se identificam, por isso eu costumo dizer que é um espetáculo para a família”, afirma a diretora. 
Foto: Guga Melgar
A encenação de Duda Maia mistura teatro, dança, música, canto e contação de história. Ela criou uma partitura coreográfica que costura toda a encenação, exigindo um intenso trabalho físico dos atores. Eles também interpretam as seis canções originais, cujas letras são assinadas por Eduardo Rios sendo uma delas, um trecho do livro escrito pela autora. Os arranjos foram compostos pelo premiado diretor musical Ricco Viana. Este também é responsável pelos temas instrumentais que permeiam praticamente todo o espetáculo. 
Criada pelo artista plástico João Modé, a cenografia é uma instalação artística formada por um banco comprido e um trapézio, que servem para dividir o espaço cênico entre terra e céu, espaço do sonho e espaço da realidade, e uma grande caixa, que se transforma na gaiola. Já a luz de Renato Machado foi pensada para recortar as cenas e acentuar os diversos climas do espetáculo, e os figurinos de Flavio Souza remetem ao universo dos cartoons, com cores e muitos detalhes, trazendo contudo uma estética moderna. 
Serviço:
A GAIOLA – Estreia dia 8 de setembro no Teatro Vivo.
Duração: 50 minutos. Classificação: livre. Ingressos: R$40 (inteira); R$20 (meia-entrada)
Temporada: Até 30 de setembro. Sábados e domingos, às 15h.
TEATRO VIVO
Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi
Bilheteria: Terça a quinta, das 14h às 20h; sexta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Capacidade: 274 lugares. Informações: (11) 3279-1520. 

Josephine Baker, A Vênus Negra em cartaz na capital paulista




Por Nicole Gomez

A cantora e dançarina americana Josephine Baker, mais conhecida como Vênus Negra, inspirou um musical, onde sua trajetória de sucesso é narrada, com direção de Otávio Müller. A peça, que concorreu a três Prêmio Shell no Rio, passeia tanto pela esfera profissional da artista, onde conquistou um grande público com danças repletas de sensualidade, quanto no social, onde defendeu com toda a sua garra os direitos dos negros.

Foto: Divulgação
A norte-americana naturalizada francesa também recebeu muitas críticas, devido a seu estilo de vida rebelde e liberal. Estrelada por Aline Deluna, a artista é vista por um ponto de vista mais profundo, através de movimentos de dança, além de um trabalho vocal bem realizado.

Em cartaz em São Paulo, o espetáculo traz também uma mensagem importante de auto aceitação, mesclando por muitas vezes, a história de vida e luta de Josephine com a da própria atriz que a interpreta, Aline Deluna. Em Josephine Baker, a Vênus Negra, os fãs terão acesso a histórias que revelam muito sobre a artista que fez diferença em seu meio, em uma época onde a discriminação era vista como comum. Nos dias atuais, é uma importante reflexão.
SERVIÇO:
Josephine Baker, a Vênus Negra
Quando: até 16/09, com sessão extra dia 15/9 às 18h30. Quinta, Sexta e Sábado, às 21h, Domingo e Feriado, às 18h
Onde: Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109 – República, São Paulo
Duração: 80 minutos
Classificação Livre
Credencial plena: R$ 12,00 
Meia-entrada: R$ 20,00
Inteira: R$ 40,00
Venda de ingressos limitada a 4 por pessoa.

Diálogos sobre a Loucura na Oficina Cultural Oswald de Andrade




Por Nicole Gomez

A partir do dia 15 de agosto, começa a temporada de estreia do espetáculo Diálogos sobre a loucura, com André de Saboya, Augusto Caliman e grande elenco.

Foto: Divulgação
No ano de 1978, um grupo de jovens médicos resolve realizar uma ação para denunciar os abusos que acontecem em uma instituição psiquiátrica no Rio de Janeiro. Tomados pelo desejo de transformar a realidade do lugar, eles compartilham suas angústias, sonhos e aspirações. 

Gerado a partir de uma intensa experiência imersiva na realidade de instituições públicas de saúde mental do país, o segundo espetáculo do Performatron debate os meios de construção da loucura na contemporaneidade e busca refletir sobre a permeável fronteira que divide loucura e razão.

SERVIÇO:
Quando: 15 de agosto
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo
Duração: 120 minutos
Capacidade: 60 lugares
Ingressos gratuitos com distribuição 1h antes do início do espetáculo.

Tragicomédia Silêncio.doc, escrita pelo ator Marcelo Varzea, estreia no Teatro Tucarena




Espetáculo dirigido por Marcio Macena desnuda homem que tenta digerir uma separação amorosa. Peça fica em cartaz até 9 de setembro

Por Andréia Bueno

Sucesso de crítica e de público em sua primeira temporada no Auditório MuBE, o monólogo Silêncio.doc, de Marcelo Varzea, reestreia no TUCARENA, no dia 4 de agosto. O espetáculo segue em cartaz até 9 de setembro, com sessões às sextas, às 21h; aos sábados, às 21h30; e aos domingos, às 20h. Dirigida por Marcio Macena, a peça é o primeiro exercício de escrita dramatúrgica do ator.

Foto: Wilian Aguiar

Escrito em 2007, o texto ficou engavetado por dez anos até que o autor e o diretor resolveram fazer sua leitura nas Satyrianas 2017. E, graças ao sucesso da apresentação nesse festival, eles decidiram estrear a peça no dia 20 de fevereiro de 2018.

Com tom trágico e cômico, o espetáculo dá voz a um homem desesperado que mergulha em seu universo íntimo para entender os enigmas de uma separação amorosa devastadora e repentina. Ele busca a catarse coletiva dos ideais românticos e a possibilidade de descobrir um novo modelo de homem.

O personagem revela seu fluxo de consciência compulsivo, descrevendo sua situação de forma ora patética, ora dolorosa. O público é convidado a assistir a isso tudo de forma ativa ou apenas como espectador.

A encenação é pautada basicamente no trabalho do ator, que brinca com a morfologia e etimologia das palavras, como se o personagem estivesse escrevendo um texto, ou ministrando uma aula sobre a dor de amor. Ele filosofa e constrói teses a partir de seus pensamentos mais profundos, alternando a quebra e/ou interposição da quarta parede para que o espectador olhe para a própria vida e sinta empatia.
SERVIÇO
Silêncio.doc, de Marcelo Várzea 
Teatro TUCARENA – Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes.
Temporada: 4 de agosto a 9 de setembro
Às sextas-feiras, às 21h; aos sábados, às 21h30; e aos domingos, às 20h
Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$25 (meia-entrada) 
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 300 lugares
Informações: (11) 3670-8453

Quero morrer com o meu próprio veneno no Centro Cultural Fiesp




Por colaboradora Marcella Nascimento

O espetáculo traz Ofélia que se apresenta em três versões dela mesma, interpretada por três atrizes: aquela que fala, a que pensa e a que escuta. Uma é o presente e a visão sobre si mesma. A outra, o pensamento e a visão sobre a realidade das situações. A última, os olhares de várias pessoas, pelo seu ponto de vista. É a história de uma Ofélia contemporânea que carrega o peso de viver em uma sociedade pautada pelo homem. 

Foto: Divulgação
No decorrer da peça, surge uma Ofélia, que não quer mais se calar, nem sucumbir. Aquela que   questiona. Os ingressos são gratuitos e a peça fica em cartaz até dia 22 de julho no Centro Cultural Fiesp em São Paulo. Vale a pena conferir.


Serviço
Local: Centro cultural Fiesp – Avenida Paulista 1313- mezanino
Até 22 de julho
Ingressos: gratuito
Quarta a sábado, às 20h30
Domingo, às 19h30
Reservas de ingressos on-line: www.sesisp.org.br/meu-sesi
Distribuição de ingressos remanescentes e retirada de ingressos: de quarta a sábado a partir das 13 às 20:30 domingo das 11 ás 19:30. 
É aconselhável que se chegue com uma hora de antecedência. 

Marcius Melhem e Veronica Debom juntos na TV e no palco




Com direção de Debora Lamm, montagem reestreia em julho, com Marcius Melhem fazendo par com Veronica Debom.

 Por Andréia Bueno

Sucesso de crítica e público, a peça “O Abacaxi” reestreia no Rio, em julho, com novo elenco. Em sua versão 2018, Marcius Melhem entra em cena no lugar do ator Felipe Rocha ao lado de Veronica Debom, num mergulho sobre as relações amorosas em todas as suas possibilidades. Dirigidos por Debora Lamm, os parceiros do programa de TV, “Tá no ar”, se amam, brigam e se reconciliam na pele de diversos casais que tentam dar conta das infindáveis formas de amor. A peça, que marca a estreia de Veronica como dramaturga, fica em cartaz de 16 de julho a 14 de agosto, segundas e terças, às 19h, no Teatro SESI, no Centro.

Foto: Divulgação
Com uma dose de existencialismo, a montagem tenta refletir sobre as diferentes maneiras de amar: é possível ser livre de fato em algum modelo de relacionamento? Como fazemos para que nossos condicionamentos passados não atrapalhem a fluidez dos nossos relacionamentos presentes? Como escapar da nossa própria prisão mental? Embalados pela trilha sonora ao vivo de Rafael Rocha (que também interage com o casal), Veronica e Marcius tentam responder a essas e outras perguntas encarnando os mais variados tipos de relações – um casal com relacionamento aberto, um trisal, um casal de amigos, pessoas em busca de amor próprio -, que, em comum, estão em busca de um amor liberto.

Para dirigir todos esses personagens Veronica convidou a amiga e parceira, Debora Lamm. Segundo ela, a montagem aborda a transição que o nosso tempo vive em relação ao amor e às combinações que tentamos estabelecer para lidar com ele. “O Abacaxi é uma peça que fala com irreverência sobre as formas de amar que ainda  estamos construindo e descobrindo”, comenta a diretora.  

Foto: Divulgação / Rede Globo
A cenografia de Mina Quental dá o toque final nessa salada amorosa. Para compor a ambientação dos diferentes casais nem tanto convencionais, Mina optou por colocar os móveis e objetos típicos de todo o lar fora de sua função habitual. A geladeira, por exemplo, é o guarda-roupa. A bateria está no meio da cozinha. A cama está suspensa no teto e por aí vai.  Para completar o time, Debora convidou o parceiro, Rafael Faustini, da Faustini Produções, que está desde o início à frente da produção do projeto.
SERVIÇO:

“O ABACAXI”

Local: Teatro SESI (Av. Graça Aranha nº1, Centro) – Rio de Janeiro/RJ

Telefone: (21) 2563.4164

Temporada: 16 de julho a 14 de agosto.

Dias: segundas e terças

Horário: 19h

Preço: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Classificação: 14 anos.

Duração: 80 min. 

Capacidade: 338 lugares