Ator do Musical Mamonas, Adriano Tunes vive senhora com Alzheimer em novo drama




Assinado pelo ator, texto é encenado em sala de estar com público ao redor

Por Redação

Um dos principais componentes do elenco do espetáculo O Musical Mamonas, Adriano Tunes, que interpreta o músico Júlio Rasec, assume agora um novo desafio em sua carreira. O ator da vida a Evangelina, uma senhora de idade vítima do Alzheimer que sente profundamente a falta de seus filhos, que deixaram o lar para seguir as próprias vidas.

Foto: Nelson Pará

 O drama é o primeiro texto assinado por Tunes e entra em cartaz a partir da próxima terça-feira, 21, no Espaço Cutucada Cultural, na Consolação. A ideia da encenação, dirigida por Bernardo Berro é promover uma vivência para o público.
A história começa quando o casal de idosos vivido por Emerson Grotti (Roleta Russa) e Adriano Tunes faz um anúncio no jornal convidando as pessoas para lhes fazer companhia numa tarde de domingo, tomando uma xícara de café e degustando alguns quitutes. A intenção é que a plateia interaja com as personagens, promovendo a reflexão sobre a presença do idoso na sociedade e na família. Trazendo a tona sentimentos sobre valores e princípios familiares.
Com produção da Valentina Produções (Alice – O Musical), figurino e cenário do vencedor do Prêmio Shell, Fábio Namatame, e trilha sonora original de Peter Mesquita e Edson Penha, o espetáculo segue em cartaz todas as terças-feiras até dia 18 de abril, com duas sessões (19h30 e 21h).
SERVIÇO
Peça – Aos Domingos
Data: 21 de março a 18 de abril (terças-feiras)
Local: Espaço Cutucada Cultural – São Paulo (SP)
Endereço: Rua Matias Aires, 61, Casa 3 – Consolação
Horário: 19h30 e 21h
Preço do ingresso: R$ 30,00 (meia) a R$ 60,00 (inteira)

Estreia: Cia Repentistas do Corpo apresenta o espetáculo Corpos Brasileiros




Por Redação

O espetáculo “Corpos Brasileiros” é inspirado nas influências e confluências entre as culturas indígenas, portuguesa e africana que tomaram lugar no Brasil e moldaram nossa força motriz. O encontro destas culturas foi e continua sendo fundamental para nossa aptidão e talento na criação de ritmos, cantos e danças. Em cena, estão os gestos, os movimentos e as palavras que não nos deixam esquecer a exuberância das matrizes culturais de que somos frutos; através de uma concepção contemporânea, híbrida e plural.

Reprodução / Internet

Desde a estreia da Cia Repentistas do Corpo, em 2001,os diretores Sérgio Rocha e Cláudia Christ imprimem DNA híbrido e eclético em sua concepção cênica. Para tanto, é realizado um constante trabalho de pesquisa e garimpo, dentro do universo cultural brasileiro, na busca de elementos e motes com poder de transformar o processo criativo. Assim segue encontrando novos significados para sua dança e maneira de estar no mundo: Sempre em movimento, com um corpo brasileiro.

Serviços:
CEU Capão Redondo – 14/03/2017, às 16h e às 20h – Grátis

Endereço:Rua Daniel Gran, s/n – Capão Redondo -São Paulo- SP

CEU Guarapiranga – 16/03/2017,às 15h e às 20h – Grátis

Estrada da Baronesa, 1120 -Jardim Ângela – São Paulo – SP

CEU Feitiço da Vila – 21/03/2017, às 16h e às 20h – Grátis

Endereço:R. Feitiço da Vila, 399 -Chácara Santa Clara – São Paulo – SP

CEU Paraisópolis – 23/03/2017,às 10h e às 20h – Grátis

Endereço: R. Dr. José Augusto de Souza e Silva, s/n – Jardim Parque Morumbi – São Paulo – SP

CEU Butantã – 28/03/2017, às 16h e ás 20h – Grátis

Endereço:  Av. Eng. Heitor Antônio Eiras García, 1870 – Jardim Esmeralda, São Paulo – São Paulo  – SP
CEU Campo Limpo – 30/03/2017,às 16h e às 20h – Grátis

Endereço: Avenida Carlos Lacerda, 678 – Pirajussara, São Paulo – SP

Mara Maravilha será a estrela de musical sobre os anos 80 ainda este ano




Ícone, a apresentadora Mara Maravilha será a estrela de uma peça que  falará sobre os anos 80, com previsão de estreia para o segundo semestre

Por colaboradora Nicole Gomez

Reprodução / Internet
A apresentadora, que comemora 40 anos de carreira em 2018, será a protagonista do musical “Maravilha Anos 80″, que traz referência a grandes artistas, como Silvio Santos, Sergio Mallandro, Bozo, entre muitos outros, que farão com que o público da época mate um pouco da saudade e para que o público mais novo conheça este período de ouro da televisão brasileira. 

Dirigido por Wallace Meirelles e Newton Cannito, o espetáculo será baseado no livro “Almanaque anos 80”. Mara, que fez fama nos anos 1980, apresentará o período e seus contemporâneos (interpretados por outros atores). Haverá músicas da época – como da Turma do Balão Mágico – e possivelmente uma trilha original para amarrar as referências da década.

Marcelo Médici dá vida à drag queen de outro planeta em Rocky Horror Show




Por colaboradora Nicole Gomez

      Crédito: Factoria Comunicação

Em cartaz no Teatro Porto Seguro, “Rocky Horror Show” traz o ator Marcelo Médici, renomado por muitos papéis de sucesso na televisão, em mais um personagem icônico em sua carreira.

Na pele de Frank-N-Furter, o ator mostra que é capaz de sustentar o “carão” e o “saltão” com muita classe e bom humor, sem perder o fôlego e a atenção da plateia.

Em momentos de descontração, o espetáculo, originalmente nascido em Londres, no ano de 1973, traz frases e termos que fazem o público cair na gargalhada, por tratar-se de temas atuais. Frank-N-Furter, personagem de Médici já chega rompendo tabus de forma muito natural e mostra de maneira divertida e descontraída que ser diferente e até de outro planeta, pode ser muito bom!

Rocky Horror Show é a adaptação do conhecido musical inglês de 1975, que completa 40 anos e marca o retorno de Marcelo Médici aos musicais após 10 anos, acompanhado de Bruna Guerin, de “Urinal, o Musical” e grande elenco.
Mais informações: Rocky Horror Show

O fenômeno musical Les Misérables chega a SP em março




Verdadeira sensação dos palcos já foi vista por mais de 70 milhões de pessoas em 44 países ao redor do mundo

Por Andréia Bueno

Crédito: Divulgação

Vencedor de mais de 125 prêmios internacionais e agora o musical mais antigo do mundo, LES MISÉRABLES é baseado no clássico romance de Victor Hugo. Em contraste com o cenário da França do século XIX, LES MISÉRABLES conta uma história fascinante de sonhos, amor, paixão, sacrifício e redenção – um testemunho atemporal para a sobrevivência do espírito humano. Épico e edificante, LES MISÉRABLES é indiscutivelmente um dos musicais mais populares do mundo. Visto por mais de 70 milhões de pessoas em 44 países e traduzido para 22 línguas ao redor do globo.
Esta nova e repaginada produção da obra-prima musical de Alain Boublil e Claude-Michel Schönberg, foi reinventada para celebrar o 25º Aniversário da produção em Londres em 2010 e chegará ao Teatro Renault em São Paulo, a partir de março. Esta nova produção quebrou os recordes de bilheteria e impressionou o público e críticos ao redor do mundo inpirando os cineastas a fazer a versão do filme que ganhou três Oscar, três Globos de Ouro e quatro prêmios BAFTA, e se tornou um dos mais bem sucedidos filmes musicais já realizados.
Crédito: Divulgação

Esta novíssima produção brasileira é apresentada pelo Ministério da Cultura, patrocinada pela EMS e com o apoio da Cetip, tem letras em português e em seu elenco: Daniel Diges (Jean Valjean), Nando Pradho (Javert), Kacau Gomes (Fantine), Clara Verdier (Cosette), Laura Lobo (Eponine), Filipe Bragança (Marius); Pedro Caetano (Enjolras), Ivan Parente (Thenardier) e Andrezza Massei (Madame Thenardier) entre os personagens principais.

A magnífica produção inclui as canções clássicas “I Dreamed a Dream”, “On My Own”, “Stars”, “Bring Him Home”, “Do You Hear The People Sing?”, “One Day More”, “Empty Chairs at Empty Tables”, “Masters of the House” entre outras.

Crédito: Divulgação

A produção de Cameron Mackintosh é escrita por Alain Boublil e Claude-Michel Schönberg e é baseada no romance de Victor Hugo. Com músicas de  Claude-Michel Schönberg, poemas líricos de Herbert Kretzmer. Adaptado por Trevor Nunn e John Caird e com material adicional de James Fenton. Com novas orquestras de Christopher Jahnke, Stephen Metcalfe e Stephen Brooker. A direção é de Laurence Connor e James Powell com design de conjunto e imagem de Matt Kinley.Os trajes originais são de Andreane Neofitou, trajes adicionais de Christine Rowland, design de iluminação de Paule Constable, projeções realizadas por 59 produções e design sonoro de Mick Potter. A encenação musical é de Michael Ashcroft e Geoffrey Garratt.

Vale lembrar que a  produção original de LES MISÉRABLES abriu o Teatro Renault em São Paulo há exatos 15 anos.

Ansiosos? Aperte o play e confira uma prévia do que vem por aí.

Crítica: Você precisa ver Rent!




Por colaborador: Luca DeVito

Como resolução de ano novo. Se você é de São Paulo ou está pela cidade em Janeiro do ano que vem, diria que é quase obrigatório pra quem gosta de teatro, assistir a montagem de Rent que está em cartaz no Teatro Frei Caneca, às terças e quartas, às 21hrs.



Não sou fã de musicais. Acompanho, assisto, mas não tenho embasamento ou respaldo suficiente para discorrer muito sobre o gênero, porém de Rent eu entendo. Assisti na Broadway na semana final de apresentações, 2008 em Buenos Aires e o revival de 2011 no circuito off-broadway. Posso me considerar um Rent-head – como chamam os aficionados pela obra de Jonathan Larson. Então vou tentar me distanciar o máximo dessa minha condição que, na verdade, me colocava numa posição confortável para torcer o nariz, uma vez que a montagem não é uma réplica. 


Ninguém me convidou. Assim que soube eu comprei meu ingresso no site e fui assistir a última performance do ano, na última quarta-feira (21). Cheguei cedo e sentei quase no centro, de frente para o simples cenário que pode chocar quem espera um cenário Broadway. Quando os atores ocuparam o palco – no melhor sentido da palavra ocupação – eu sorri ao ver barracas iguais as que eu via ocupadas por moradores de rua quando morei em Nova York no começo dos anos 2000. Eu sabia que pelo menos o cenógrafo já tinha sacado algo da essência. 

Quando comecei a procurar os personagens na cena inicial, tive a sensação de ver alguns amigos depois de muito tempo. O Roger que eu conhecia tava lá, mas não como eu lembrava. O Mark não tinha cachecol e a Mimi tava de moletom. Mas tudo bem, porque a Mimi que eu conhecia usaria um moletom. E eles começaram.

Vou tentar ser sucinto e também não ser um grande estraga prazeres porque, de verdade, estou fazendo um apelo para que assistam e tirem suas próprias impressões. O que acontece nessa montagem é: todos eles entenderam a peça. A peça que eu amo. Não eu, jornalista e professor de teatro. Eu, Luca, o fã. Que viu o documentário, filme, vídeos mil e morou perto do Village. 

Eu não sei quem é o produtor de elenco desse espetáculo, mas esse profissional deveria ser ovacionado. O trio protagonista é maduro, técnico e, ao mesmo tempo, emocionam. Mark de Bruno Narchi pode ser mais melancólico do que estamos acostumados e isso gera um contra ponto interessantíssimo com o energético Thiago Machado

  Crédito : Caio Galucci (Reprodução/ Facebook) 

Mauro Sousa me fez torcer pelo Benny boa parte da história e Myra Ruiz – que tive o prazer de ver na semana anterior como Elphaba no musical Wicked, que saiu de cartaz no Teatro Renault – me surpreendeu como uma Maureen única e bem construída. Nenhum momento se deixa levar pelo vozeirão para deixar de contar a história. Diego Montez tem que ser visto. Esse garoto tem que ser visto por críticos, por drags, por fãs… A Angel está viva, está lá de verdade, fora da forma e plena. Sua cena hipnotizante antes do solo avassalador de Max Grácio, no segundo ato, é um delicioso e certeiro soco no estômago. 

Por último eu quero falar da minha parte favorita da peça: o coro. Ou ensemble. De maneira ponderada e inteligente, todos mostram seu talento e competência dentro de uma feliz unidade que conta história. Eu vi tantos amigos da época do meu intercâmbio, a empresária psicótica (excelente!), o pintor viciado e a mendiga que gritava obscenidades na frente da NYU. Todos lá. Quanta riqueza. 

O único quesito que distancia a gente é a parte técnica, que ainda precisa passar por alguns ajustes, deixando o público incomodado por querer entender por vezes coisas que as personagens falam e não conseguindo, por conta de som ou iluminação que não favorecia. Mas espero que consigam reverter. 

Façam esse favor a vocês, um espetáculo sobre amor, feito claramente com amor. E é tão difícil achar profissionais assim, com esse interesse. Uma gema!