Monique Alfradique estreia espetáculo “Como ter uma vida quase normal”


Créditos: Caio Gallucci


Monique Alfradique protagoniza a comédia sobre a vida de uma mulher contemporânea tentando encontrar seu lugar no mundo. Inspirado no livro ‘Como ter uma vida normal sendo louca’, de Camila Fremder e Jana Rosa, o espetáculo realiza curta temporada no Teatro das Artes, a partir de 11 de setembro.

Inspirado no livro homônimo, o espetáculo foi adaptado e é dirigido por Rafael Primot (Prêmio Shell). Ágil, inteligente e engraçado, o texto narra a história de uma mulher moderna, que depois de passar por decepções amorosas, fracassos profissionais e experiências nada convencionais na vida virtual, permanece incansável tentando lidar e sobreviver com seus dilemas contemporâneos (e que no fundo são os de todos nós).

Dona de seu destino, ela tenta fazer suas próprias escolhas, apesar da pressão constante da sociedade para que ela leve uma vida considerada “normal”. E afinal será que se encaixar nos padrões é assim mesmo tão necessário?

Sufocada, ansiosa, impulsiva, ela muitas vezes se perde no turbilhão de informações que recebemos por todos os lados nos dias de hoje. A peça fala sobre a vida, as dores, os amores e todas as mazelas que assolam os 30 e poucos anos: Venci na vida? Sou suficientemente independente? Sou bem sucedida? Sou amada? Sei amar?

Os efeitos da ansiedade na vida desta mulher aparecem sob o filtro de uma cabeça fervilhante de pensamentos, mãos trêmulas, falta de ar e, sobretudo, humor. E, claro, sempre rindo de si mesma o que confere a tudo isso graça, humanidade e identificação.

Ansiosa e caótica ela atravessa seus dias na busca por encontrar a si mesma e acaba descobrindo que talvez precise de muito menos do que imagina para ser feliz.

SERVIÇO

COMO TER UMA VIDA QUASE NORMAL

TEATRO DAS ARTES (769 lugares)

Shopping Eldorado – Avenida Rebouças, 3970 – 3° piso.

Telefone: 3034-0075

Bilheteria: de quinta a domingo das 13h às 19h

Acessibilidade. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.

Estacionamento R$ 18 até duas horas.

Vendas: www.sympla.com.br

Sábados e Domingos às 19h

Ingressos:

Duração: 70 minutos

Recomendação: 14 anos

Temporada: de 11 de setembro até 03 de outubro

Todo Clichê do Amor com Marjorie Estiano e grande elenco estreia nos cinemas




Por Leina Mara

Aconteceu na última segunda-feira, 09, a pré-estreia do filme “Todo Clichê do Amor”, no Shopping Cidade São Paulo. Dirigido por Rafael Primot, o longa narra as variantes do amor através de histórias que se entrelaçam. Nós, do #AC, assistimos e contaremos agora um pouco sobre o filme. 


Foto: Divulgação
Protagonizado por Maria Luísa Mendonça, Débora Falabella e Marjorie Estiano, a trama apresenta três histórias: uma mulher fútil que tenta se aproximar da enteada grávida durante o velório do marido, um entregador que chega aos extremos na tentativa de conquistar a garçonete comprometida e uma stripper passional que decide se tornar mãe.


Foto: Divulgação

Com um toque proposital de breguice, Rafael Primot traz o assunto mais clichê de todos os tempos de forma inovadora. O longa fala sobre afetos, relações amorosas, sexuais e, principalmente, a dificuldade de acessar esse sentimento tão universal e ao mesmo tempo tão particular. Vendido como um “livro ruim” que se vende nas bancas, o filme vai além ao humanizar os personagens e fazer com que enxerguemos e aceitemos o outro do jeito que é. Entre carências, encontros e erros, o longa expressa as inesperadas e diferentes formas de afeto. Tudo isso embalado por uma excelente trilha sonora.


Arte: Divulgação

Além das magistrais Maria Luísa Mendonça, Débora Falabella e Marjorie Estiano, o filme ainda tem as ótimas interpretações de Eucir de Souza, Clarissa Kiste, Amanda Mirásci, Gilda Nomacce, Giovana Zotti e João Baldasserini.

Todo Clichê de Amor estreia nos cinemas brasileiros dia 19 de abril. Aperte o play e confira o trailer.



Após temporada de sucesso em Portugal, Os Guardas do Taj estreia em São Paulo




Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi apresentam em São Paulo emocionante e premiado texto do americano Rajiv Joseph

Por Andréia Bueno

Ambientada no ano de 1648 na cidade de Agra na Índia, tendo como fundo a construção do Taj Mahal, Os Guardas do Taj leva o público à reflexão sobre vaidade, poder, rebeldia, liberdade, lealdade e amizade.

Foto: Rodrigo Bueno
Gianecchini e Tozzi dão vida a dois soldados imperiais de baixa patente  que montam guarda noturna diante de uma das mais impressionantes construções humanas, o Taj Mahal, suntuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita. Eles não podem vislumbrar a obra, sob risco de severa punição. É durante, portanto, o turno daquela noite que ao público se descortinam as trajetórias de Humayun e Babur, dois jovens amigos de caráter muito distinto. 

Enquanto Tozzi interpreta Babur, um guarda sonhador, rebelde e curioso pelo mundo ao seu redor, Giane dá vida a Humayun , que sofre com a cobrança do pai que também trabalha como soldado de alta patente para o Imperador. Em suma: Babur é emoção e Humayun é razão.

Amigos de infância,  suas vidas se transformam após serem escalados para participarem da famosa história arbitrária que o imperador ordenou que executassem. Temas como amizade, lealdade, falta de questionamento em relação ao cumprimento de ordens superiores são abordados no decorrer do espetáculo.

Foto: Rodrigo Bueno
Com direção de Rafael Primot ( que assina a tradução e adaptação do texto do americano Rajiv Joseph) e João Fonseca, produzida por Selma Morente e Célia Forte, através da Morente Forte Produções Teatrais, Os Guardas do Taj nos leva a refletir sobre valores, vaidade, o capricho dos poderosos e o quanto uma amizade pode ser colocada à prova e o preço a ser pago por ela.

Os diretores e o elenco reuniram a imprensa para coletiva no último domingo (7), data em que aconteceu a primeira sessão em território nacional, após grande sucesso na temporada de estreia que aconteceu em Portugal em 2017.

O espetáculo estreia para o público em geral, no próximo sábado (13) e fica em cartaz no Teatro Raul Cortez até o dia 25 de março. Imperdível!

Serviço
OS GUARDAS DO TAJ
Teatro Raul Cortez (513 lugares)
Rua Dr. Plínio Barreto 285 – Bela Vista
Informações: 3254.1631
Bilheteria: terça a quinta das 15h às 20h; sexta a domingo a partir das 15h. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque. Ar condicionado e acesso para deficientes. Estacionamento do teatro: R$ 23
Vendas: (11) 2626-5282 – www.compreingressos.com
Sexta e Sábado às 21h
Domingo 18h
Ingressos:
Sexta R$ 60
Sábado R$ 80
Domingo R$ 70
  
Duração: 75 minutos
Recomendação: 12 anos
Gênero: drama
Estreia dia 13 de Janeiro de 2018
Temporada: até 25 de Março

Resenha: Uma Vida Boa




Por colaboradora: Nicole Gomez

O espetáculo Uma Vida Boa, com direção de Diogo Liberano e texto, impecávelmente escrito por Rafael Primot é, como algumas pessoas disseram na saída, “um soco no estômago”, uma lição de tolerância, retratada de forma fiel de como determinadas pessoas não conseguem se adequar à sociedade, simplesmente por não se sentirem “padrão”.

Foto: Renato Mangolin/Divulgação

Antes de tudo, é preciso entender que os nomes das personagens são propositalmente ocultados, o que cria a noção de que aquelas três pessoas são muitas outras, que passam pela mesma situação todos os dias.

B. é uma pessoa como várias que estão por aí dentro da sociedade, muitas vezes até mesmo escondidas, principalmente pelo medo de julgamento e lições de como deve seguir seu caminho. Deixa de viver com os pais assim que descobre que não atendeu às expectativas de sua mãe, que esperava criar uma “princesa”. B. tem outra forma de viver sua vida, assim, vai morar em outro lugar, em busca de sua liberdade.

Durante este processo, conhece J., uma figura machista e com uma forma meio torta de viver sua vida. J. apresenta B. a L., uma garota comum que curte sair, ama cantar e se apresentar em barzinhos. Os dois acabam vivendo uma linda história, que apesar de todos os preconceitos, ensina que o amor é capaz de combater toda a maldade que existe no mundo.

Foto: Renato Mangolin/Divulgação

Com muita delicadeza e sutileza, a obra dá ao espectador uma ideia de como é viver em um mundo onde não se é aceito como é, mostrando até mesmo algumas situações onde a personagem central sofre certos tipos de violência, verbal e física, mas de uma forma onde tudo se dá a entender, com movimentos corporais por parte dos atores de uma forma até mesmo coreografada.

A atriz Amanda Mirásci foi uma ótima surpresa. De forma até mesmo visceral, encarna B., e consegue passar as dores, as alegrias e os sofrimentos da personagem, fazendo com que o espectador se envolva e se sinta um pouco na pele da personagem. Está fazendo um trabalho incrível. Julianne Trevisol, que encarna L., retrata como uma pessoa se apaixona por outra independente do que saiba sobre ela, simplesmente acontece e permanece. Daniel Chagas, intérprete de J., uma figura bruta que também não é muito diferente do que frequentemente vemos por aí, mostra de uma forma muitas vezes incômoda, exatamente por ser tão real, até onde a intolerância pode ir.

Os três formam um envolvente time. É um espetáculo para quem está disposto a rever conceitos e quebrar tabus construídos por muitos e muitos anos.

Foto: Renato Mangolin/Divulgação

Serviço
Onde: Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01311-940
Quando: de 06 de abril a 26 de maio de 2017 
Ingressos: 
(11) 3170-4059 ou pelo site: http://bit.ly/umavidaboaSP