A atriz Kizi Vaz, atualmente na série “Ilha de Ferro” na pele de Suelen, tem trabalhos de sucesso em seu currículo. Entre eles, a Novela “Salve Jorge”, de 2012, onde estreou nas telinhas, “Babilônia”, de 2014 e também, mais recentemente, “Rock Story”, que foi ao ar de 2016 a 2017. Além de trabalhos nas telonas, também coleciona sucessos no cinema e nas séries.
Conversamos sobre carreira e futuro com a atriz. Confira abaixo!
Acesso Cultural: Como foi a sua preparação para viver Suelen?
Kizi Vaz: Bem, no início de “Ilha de Ferro” todo o elenco teve a preparação com a Ana Kfouri, que é incrível, amo o trabalho dela, já tinha trabalhado com ela uma vez e agora novamente em Ilha de Ferro, mas eu sempre pego uma coach (preparadora), a Fátima Domingues, ela que me ajudou na preparação da Suelen.
AC: Qual personagem você acredita que exigiu mais de você para interpretar? Por quê?
KV: Então, eu acho que cada personagem exige uma dedicação de estudo, a Fátima Domingues sempre me ajuda em todos os trabalhos que pego, procuro me dedicar ao máximo e fazer o meu melhor em todos os personagens. Teve a Nanda, uma personagem da novela “Rock Story” que era uma secretária do Herson Capri e que virou uma psicopata apaixonada por ele, em que realmente tive que trabalhar esse lugar do psicopata, da mulher que fica louca e cega por um homem, realmente tive que aprofundar meus estudos, mas num todo eu procuro estudar sempre, é importante o ator estudar qualquer que seja o personagem.
AC: Existe algum tipo de personagem que você sonhe em interpretar? Conte para a gente!
KV: Eu tenho o desejo de fazer tudo, qualquer personagem, de transitar por essas vidas. Mas eu sempre quis muito fazer uma grande vilã, esse é um desejo muito forte.
AC: O que podemos esperar de sua personagem em “A Suspeita”?
KV: Nossa, eu fiquei muito grata de ser convidada pelo diretor, o Pedro Peregrino; minha personagem é uma comissária da Polícia Civil, não posso dar muitos detalhes, mas ela acaba se envolvendo em uma investigação policial conduzida por Lucia, também comissária de polícia, interpretada por Glória Pires.
AC: Fale um pouco sobre sua ONG “Curta Arte Caxias”.
KV: A “Curta Arte Caxias” é uma Ong voltada para crianças e adolescentes praticarem atividades físicas e culturais além da sala de aula, com oficinas de teatro, palhaçaria, esporte, dança e reciclagem. Através do “Nós do Morro” – vendo todo o movimento do Grupo eu tive a ideia de fazer o “Curta Arte Caxias”, não é fácil, não tenho apoio financeiro de nenhuma esfera, mas tenho o apoio dos meus amigos que são artistas e que me abraçam nessa causa, o projeto é feito pra levar cultura pra quem não tem acesso, pra apresentar esse lado cultural para crianças que nunca tiveram contato com a cultura, eu fiz o primeiro evento em 2017 e o segundo evento foi no final do ano passado, um “Especial de Natal” e ambos foram emocionante, primeiro porque sou de Caxias e segundo por ter conseguido fazer algo tão especial e ter plantado uma sementinha na cabeça de cada um ali, ter deixado um pouquinho de cultura pra cada um. Pra mim é muito especial, a gente ainda não tem um espaço físico, mas estou lutando pra isso.
AC: Você tem alguma personagem em sua carreira que considera mais especial? Por quê?
KV: Todos os personagens são especiais, é muito difícil dizer um especifico, mas o que abriu esse caminho pra mim na TV e no cinema foi o meu personagem que fiz na Cia de teatro “Nós do Morro” que foi a Tiana da peça “Bandeira de Retalhos” – Foi através dessa peça, desse personagem que eu consegui ter a chance fazer TV e Cinema, então a Tiana, dentre todos os lindos personagens, é um especial na minha vida.
AC: Como você enxerga a importância de suas personagens para a conscientização do cenário em que vivemos no Brasil?
KV: Eu vou falar um pouco da Suelen, que é uma taifeira, trabalha em um universo que é 90% masculino e que representa parte dessas mulheres. Agora a mulher está ganhando espaço, mas antigamente não existia mulher taifeira, era só homem que trabalhava como taifeiro. Essas são mulheres que deixam suas casas, suas famílias pra irem para a plataforma e ficarem 15 dias trabalhando e apenas 15 em casa. Me sinto muito honrada em representar essas mulheres e a força delas nesse universo que ainda é mais masculino que feminino.
Acredito que cada vez mais as mulheres estão conquistando espaços que antes só homens dominavam. E eu me sinto muito feliz de poder representar essas mulheres, assim como a Maria Casadevall e a Vitoria Ferraz que também representam essas mulheres da plataforma, essas mulheres fortes, que sentem saudade do filho, do marido, mas que estão ali com o objetivo de trabalhar e ganhar a vida.