O segundo maior rio da América Latina, o Paraná, recebe, neste mês de outubro, uma homenagem em formato de livro-reportagem, que traz também interatividade com o leitor e conteúdo exclusivo. Além da venda em livrarias, mais de 1500 exemplares de “Pelos Caminhos do Rio Paraná”, serão distribuídos em escolas públicas de ensino fundamental I e II de 53 municípios de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
O livro faz parte de um amplo projeto cultural, com foco educacional, que está sendo disponibilizado sem custo para as escolas da região, que inclui guias de estudo específicos. Este material complementar está disponível em www.projetorioparaná.com.br.
O livro interativo
A jornalista Ana Carolina do Amaral reuniu informações e histórias sobre este que é o 8º maior rio do mundo em extensão. A maioria das fotos ficaram por conta de Ricardo Martins e Danilo Fiuza, que registraram trechos do rio e captaram não só a sua beleza natural, mas também a rotina de populações ribeirinhas, a cultura local e a economia.
O livro vem acompanhado de conteúdos exclusivos que poderão ser acessados a partir de QR Codes que direcionam o leitor a vídeos com histórias, entrevistas e curiosidades sobre o rio e sua bacia hidrográfica que abrigam atividades como pesca, mergulho, turismo, produção agrícola, geração de energia e muito mais. O trabalho de captação de imagens, pesquisas, elaboração de textos e montagem da publicação consumiu 10 meses.
A história do rio Paraná
Pelos caminhos do Rio Paraná mostra como era a vida dos povos que habitavam as margens do rio, seus costumes, suas moradias e a interação para as águas abundantes. Pesquisadores encontraram, inclusive, materiais das culturas tupi-guarani, umbu e humaitá.
Ao longo dos seus 4880 km de extensão, o rio fez parte da vida de muitas comunidades indígenas. A partir do século 16 vieram os conquistadores portugueses e espanhóis, em busca de metais preciosos e outros produtos.
Potencial energético e econômico
Por onde passam, as águas do rio Paraná movimentam a economia. Além da produção de energia elétrica, destacam-se, a pesca, a piscicultura, a criação de gado, o cultivo de cana-de-açúcar e milho, a indústria da madeira e a produção de celulose.
Uma das primeiras personalidades nacionais que previram o potencial energético do rio Paraná foi Euclides da Cunha, ainda na primeira década de 1900. Atualmente, o rio Paraná possui cinco grandes hidrelétricas em seu percurso, sendo quatro no Brasil (Ilha Solteira, Jupiá, Porto Primavera e Itaipu) e uma na Argentina (Yacyretá). A usina Itaipu, localizada na divisa entre o Brasil e o Paraguai, pertence aos dois países, o que a torna binacional e responsável por grande parte da produção de energia elétrica do Brasil e do Paraguai.
O rio também colaborou com o desenvolvimento das regiões em seu entorno. A construção das usinas Ilha Solteira e Jupiá, por exemplo, foi grande propulsora do crescimento local. Afinal, mais de 40 mil trabalhadores foram alocados nas obras , em locais onde anteriormente não havia ninguém.
Projeto educacional
Uma série de encontros presenciais de facilitadores da Horizonte Educação e Comunicação foi realizada com professores de escolas públicas com o objetivo de discutir os aspectos mais importantes para se estudar sobre o rio Paraná. Essas oficinas ocorreram nas cidades próximas do trecho paulista e sul-mato-grossense do rio.
O site do projeto fornece também, aos educadores e interessados, uma série de atividades pedagógicas para desenvolver de forma dinâmica a leitura do projeto. São propostas de questionamentos, discussões e reflexões sobre os conteúdos, pensados por especialistas para enriquecer o uso do livro na sala de aula.