Por Redação
Hoje é celebrado o Dia dos Namorados no Brasil e há quem comemore com jantar, presentes, declarações, ao mesmo tempo que há aqueles casais mais contidos, mas que não deixam de demonstrar o que sentem.
Caso você prefira uma coisa mais light para a data e seu amor faça o estilo inteligente e descolado ou curta cultura pop, filmes cult e nerdices em geral, veja as dicas de filmes indicados pelo publicitário Rafael Monteiro de Castro.
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Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança (2004)
Escrito pelo genial Charlie Kaufman (Adaptação, Quero ser John Malkovich) e dirigido por Michel Gondry, entra de forma visceral na relação de um casal vivido por Jim Carrey e Kate Winslet, e nos mostra como estar com alguém pode ser algo tão contraditório: o amor anda lado a lado com mágoa, frustração, egoísmo e até crueldade, mas, no fim das contas, continua sendo amor. No filme, Joel (Carrey) contrata uma firma especializada em apagar memórias, para literalmente extrair de sua mente todas as lembranças de sua namorada Clementine (Winslet). De forma inventiva e bem-humorada, vemos de que forma as memórias vão sendo deletadas e a luta de um Joel arrependido para manter em sua mente essa mulher, que apesar de complicada e problemática, é o grande amor de sua vida.
Ela (2013)
Filme de extrema sensibilidade dirigido por Spike Jonze (que dirigiu os mesmos Adaptação e Quero ser John Malkovitch citados acima), que aborda o inusitado romance entre um homem e um sistema operacional, uma espécie de SIRI da Apple com inteligência artificial. Theodore (Joaquin Phoenix) adquire esta “mulher virtual” (apenas uma voz, sem corpo, interpretada por Scarlett Johansson), cuja função é atuar como uma espécie de secretária. O convívio de Theodore, que passa por um doloroso divórcio, com a I.A. se torna cada vez mais próximo e os dois se apaixonam. O rapaz agora terá que lidar com a estranheza daqueles que o cercam e com as óbvias questões físicas e emocionais envolvidas: Como amar uma mulher sem corpo? Como se relacionar com uma pessoa cuja inteligência e conhecimento aumentam exponencialmente ao longo do tempo?
Encontros e Desencontros (2003)
O título em português é terrível. Em inglês é Lost in Translation (termo usado quando uma piada ou trocadilho se perde na tradução para outra língua), filme dirigido por Sofia Copolla, hoje cultuada como o pai, o grande Francis Ford Copolla. O filme é interessante por tratar de um “não romance” (fica difícil explicar o porquê desse termo sem entregar spoilers do filme). Bob (Bill Murray) é um ator americano de meia idade que já teve seu auge e está no Japão para gravar um comercial. Charlotte (Scarlett Johannson) também está na Terra do Sol Nascente, acompanhando seu marido, um fotógrafo de celebridades. O casal se hospeda no mesmo hotel de Bob, mas o marido de Charlotte está sempre ausente, o que a deixa insegura e infeliz, vagando pelo hotel. É assim que ela e Bob se conhecem e desenvolvem uma amizade. Como a história desse casal improvável evolui é o que torna esse filme único.
Harry & Sally – Feitos um para o outro (1989)
Apesar de classificado como uma comédia romântica, o que de fato é, esse filme é muito mais do que isso. É um tratado muito bem-humorado sobre a relação homem/mulher. O texto afiado de Nora Ephron e a direção hilária e sensível de Rob Reiner trazem à tona os vícios comportamentais do macho e da fêmea em diferentes estágios de um relacionamento. Sally (Meg Ryan) dá carona a Harry (Billy Crystal) até Nova York, onde ambos pretendem dar início à sua vida profissional. Os anos se passam e os dois vão se reencontrando em diferentes fases de suas vidas, até que se tornam amigos. É então que uma das máximas defendidas por Harry é colocada em cheque: Um homem e uma mulher nunca serão apenas amigos, o sexo entre eles sempre será uma possibilidade. Será? O filme já vale a pena só pela cena de Meg Ryan simulando um orgasmo no meio de um restaurante lotado.
Manhattan (1979)
Uma obra-prima de Woody Allen (apesar dele próprio não gostar tanto do filme), aborda uma questão pela qual quase todo mundo já passou: Não valorizamos a pessoa com quem estamos, achamos que nossa felicidade está em outra pessoa. Aí, quando quebramos a cara, pensamos: será que é tarde para voltar atrás? Isaac (Allen) namora uma menina muito mais nova (Mariel Hemingway), mas encara a relação como algo passageiro, até que conhece Mary (Diane Keaton), a amante de seu amigo, e acredita que encontrou o amor de sua vida. Além da história e direção grandiosos de Allen, o filme se destaca pela fotografia em preto e branco sensacional, que retrata diversos cartões postais de Nova York, e que se traduz em uma bela declaração de amor à cidade.
Singles – Vida de solteiro (1992)
Além de explorar diversos problemas amorosos vividos por jovens americanos solteiros no início da década de noventa, Singles é um filme relevante por outro motivo: A história se passa em Seattle, por volta de 1991, ano em que o grunge explodiu em todo o mundo. Três das maiores bandas surgidas desse movimento fazem aparições no filme: Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains. Para quem viveu essa época, o filme tem um aspecto nostálgico, além de uma excelente trilha sonora. Mas as aparições das bandas são usadas como chamariz para a trama, que foca em um grupo de personagens e suas desventuras no amor. Dirigido por Cameron Crowe (Quase Famosos), Singles fala de sofrer por amor, paixão não correspondida, problemas de auto aceitação e dificuldade em encontrar a pessoa certa, entre outros temas universais.