Mostra Água é um alerta à preservação da natureza




Por Nicole Gomez

A mostra “Água”, que tem curadoria de Adelina von Fürstenberg, reúne 23 artistas, entre eles, nacionais e estrangeiros no SESC Belenzinho, com obras que vão desde vídeo, pinturas e fotografias, até mesmo videoinstalações que tratam de temas como mudanças no clima e poluição, questionando como a ação do ser humano interfere para a crescente escassez de recursos naturais, além de sua importância para a sobrevivência humana.

Foto: Divulgação
Entre elas, a videoinstalação do japonês Noritoshi Hirakawa debate as consequências do acidente nuclear de Fukushima, que ocorreu em 2011. 

Serviço
Onde: Sesc Belenzinho – R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada. 
Quando:Ter. a sáb.: 10h às 21h. Dom.: 10h às 19h30. Até 18/02. 
Entrada Franca.

Mirianês Zabot leva Gonzaguinha ao Sesc Belenzinho




O show de lançamento tem participação de Claudette Soares

Por Redação

Mirianês Zabot lança no próximo dia 2 de junho (sexta-feira), às 21h, no Teatro do Sesc Belenzinho, o álbum em que relê a obra de Gonzaguinha. O show conta com a participação especial de Claudette Soares, que também faz dueto com Mirianês no disco e foi a primeira intérprete do compositor.

 
Foto: Bárbara Crepaldi


“Pegou um Sonho e Partiu”, o segundo trabalho da cantora, foi recebido com reconhecimento. A audição do álbum mostra que sua interpretação capta a sensibilidade de Gonzaguinha e que o respeito à sua criação não a impede de dar vida nova a canções como “Caminhos do Coração”, “Sangrando”, “Espere por Mim”, “Morena” e “Comportamento Geral”.

Os arranjos, assinados por Oswaldo Bosbah, sublinham esse tratamento: com uma sonoridade moderna, são fiéis à natureza do cancioneiro de Gonzaguinha. Mirianês Zabot será acompanhada pelos músicos Oswaldo Bosbah (arranjos, produção musical e violão), Marinho Boffa – pianista que tocou com Gonzaguinha em show e gravação –, Rudy Arnaut (guitarra), Welington Moreira Pimpa (percussão), François de Lima (trombone), e dois ex-integrantes do Zimbo Trio: o baixista Itamar Collaço e o baterista Percio Sapia.


Saiba mais sobre a artista: www.mirianeszabot.com.br.



 

Serviço
Mirianês Zabot Canta Gonzaguinha
Participação Especial: Claudette Soares.
Dia 02/06/2017. Sexta-feira, às 21h.
Teatro (392 pessoas).
Duração: 1h10.
Não recomendado para menores de 12 anos.

Ingressos à venda pelo Portal Sesc SP a partir de 23/05/2017, às 15h30, e nas unidades, a partir de 24/05/2017, às 17h30 – R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).  Aceita cartões Visa, Mastercard e Diners.

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho – São Paulo (SP). Próximo a Estação Belém, Metrô linha 3 – Vermelha. 

Telefone: (11) 2076-9700. www.sescsp.org.br/belenzinho.
Possui: Ar condicionado / Área para fumantes / Café do Teatro / Acessibilidade Universal.

Estacionamento
Para espetáculos com venda de ingressos após às 17h:
R$ 15,00 (não matriculado); R$ 7,50 (credencial plena no SESC – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/usuário).

Chiara Civello retorna ao Brasil com seu show Canzoni




Por Leina Mara
Após quase um ano, a cantora italiana Chiara Civello estará de volta ao Brasil para a turnê do seu show Canzoni que começará dia 17 de maio no Rio de Janeiro, passará por Porto Alegre no dia 19, em São Carlos dia 25 e encerrará em São Paulo dia 26.
 
Reprodução / Internet

Canzoni é o primeiro álbum de Chiara como intérprete. Nele, a cantora faz uma homenagem à música italiana, trazendo uma nova roupagem aos clássicos dos anos 60 até hoje. O álbum ainda contém as participações dos cantores brasileiros Chico Buarque, Gilberto Gil, Ana Carolina e da americana Esperanza Spalding.

Chiara Civello lançou em março deste ano, na Itália, seu mais novo cd, Eclipse, e deve trazer algumas canções dele para o show Canzoni

Serviço:
Os ingressos para Porto Alegre e Rio de Janeiro já estão à venda. 
Para os shows de São Carlos e São Paulo começarão a ser vendidos on-line dia 16 e dia 17, no local.
Rio de Janeiro | RJ: https://goo.gl/fQqikC
Porto Alegre | RS: https://goo.gl/lnbaxM
São Paulo | SP: https://goo.gl/sJP4db
São Carlos | SP:  https://goo.gl/nlYSvA

RETRATO POPULAR É TEMA DE EXPOSIÇÃO NO SESC BELENZINHO




Obras do acervo do Memorial da Cultura Cearense, como fotopinturas de Mestre Julio, fazem parte da mostra que abre no dia 5 de maio

Retrato de Tercília da Silva, antes e depois da pintura feita pelo Mestre Julio

Um retrato pode representar uma personalidade, um estilo, a beleza e a religião como parte da cultura de um povo e a representação de pertencimento. É o recorte que pausa o tempo e oferece aos admiradores uma amostra – fictícia ou real – de um momento especial. Para celebrar esse tipo de registro, que serve tanto como um modo de preservação da história e da memória, como também da criação de uma realidade, o Sesc Belenzinho promove a exposição Retrato Popular, que abre no próximo dia 5 de maio e fica em cartaz até 31 de julho.

Sob curadoria de Rosely Nakagawa, Valeria Laena e Titus Riedl, a mostra reúne obras do acervo do Memorial da Cultura Cearense – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de Fortaleza (CE), e de colecionadores particulares, que reconstroem a história da fotografia popular, não só por meio de suas imagens, como também pelas câmeras e artifícios utilizados desde o início do século XX.

Fazem parte da exposição coleções de monóculos, ex-votos fotográficos, câmeras de lambe-lambe, os tradicionais cavalinhos e charretes para fotografias de crianças e moldes e retratos pintados por Mestre Julio, um dos maiores nomes da fotopintura brasileira. Alguns materiais do estúdio dele, como antigas fotografias restauradas e moldes que ensinam seus aprendizes a como fazer suas pinturas, também fazem parte da mostra.

Além disso, há também fotografias, gravuras, esculturas em madeira e argila e lonas pintadas por profissionais que se dedicam ao ofício, como Tiago Santana e Tonho Ceará, ambos de Juazeiro do Norte, Luiz Santos, de Recife, e o próprio Mestre Julio, de Fortaleza. Outros registros – de fotografias, muitas de personagens anônimos – fazem parte da coleção de um dos curadores, pesquisador e professor da Universidade Regional do Cariri, Titus Riedl.

A proposta da exposição Retrato Popular é mostrar a importância dessa tradição comum em todo o Brasil, que é considerada um patrimônio da história da fotografia regional e parte relevante do registro de cidadãos de todas as classes sociais. Essa fotografia popular que, ao longo dos anos, tornou-se cada vez mais rara nas feiras e passou a integrar a arte contemporânea, alcançando um status hoje considerado cult.

“A fotografia popularizou o retrato nas camadas sociais que emergiram na Revolução Industrial e se retrataram para se perpetuar como a nova classe ascendente”, diz Rosely. “Até então, apenas os nobres podiam ser retratados por um pintor que cobrava muito caro por seus serviços. Eram retratos que ostentavam a posição social e o poder do retratado por meio de roupas, adereços, objetos ao fundo (cortinas, tapetes, móveis, espelhos, etc.). A partir da descoberta do daguerreótipo, fazer um retrato ficou mais simples, necessitando apenas de uma câmera fotográfica num estúdio com iluminação adequada e um laboratório”, completa.

No Nordeste é ainda muito comum a criação de um novo contexto em torno da pessoa fotografada, que difereda realidade. Mestre Julio é o especialista nisso, que até os anos 90 utilizou tintas para suas obras, mas agora faz uso do Photoshop. Entre os retratos dele que serão exibidos estão o do médico identificado como Dr. Hermínio, que queria ter sido mecânico e pediu para ser retratado junto a alguns carros, usando uniforme e portando algumas ferramentas, e o de um menino que se veste como formando universitário e pede para que a família seja inserida na foto. Há também obras que marcam a questão da hegemonia branca e hierárquica na história brasileira, como a de Tercília da Silva, que pediu para que pintassem seus olhos na cor azul e fosse representada como uma rainha.                
Tiago Santana é o responsável pelos flagrantes da área de peregrinação em Juazeiro do Norte, enquanto Tonho Ceará e Luiz Santos são coautores de retratos de povos nômades – indígenas, circenses, ciganos, sem-terra. As imagens tanto de Tiago, quanto de Tonho e Luiz são em preto e branco.

“Enquanto montagens visuais, incorporam uma série de arranjos anteriores e posteriores à ‘captura’ da cena em si, convidando-nos a refletir sobre as imbricações entre fato e ficção”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo.

Na programação ainda estão previstas oficinas, projeções e a interação do público por meio de autorretratos (as chamadas “selfies”) com o uso de celulares com câmeras, atualizando o conceito de retrato popular. Para isso, foi especialmente criado um cenário que reproduz o ambiente de uma praça de uma pequena cidade do Nordeste.

Também serão promovidos encontros e workshops com a participação dos curadores e fotógrafos participantes da mostra, com exceção de Mestre Julio que, por problemas de saúde, estará impossibilitado de comparecer ao evento.

SERVIÇO

Exposição Retrato Popular
Abertura: 5 de maio (quinta-feira), às 20h 
Visitação: de 6 de maio a 31 de julho de 2016. 
Horário: de terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 19h30.
Local: Galpão do Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho – São Paulo (SP)
Ingresso: entrada gratuita
Mais informações: (11) 2076-9700 ou  www.sescsp.org.br/belenzinho
Agendamento de grupos: pelo email agendamento@belenzinho.sescsp.org.br 
ou (11) 2076-9704. Atendimento das 10h às 17h.
Estacionamento: Credencial Plena – Primeira hora: R$ 4,50. Adicional por hora: R$ 1,50.
Outros – Primeira hora: R$ 10,00. Adicional por hora. R$ 2,50. 

‘GUERRILHEIRAS OU PARA A TERRA NÃO HÁ DESAPARECIDOS’ REALIZA SESSÕES EXTRAS




Idealizado pela atriz Gabriela Carneiro da Cunha, espetáculo tem dramaturgia de Grace Passô e direção de Georgette Fadel

Projeções de imagens feitas por Eryk Rocha no sul do Pará trazem sons e rostos dos camponeses que ainda vivem na região

Foto: Elisa Mendes

Com direção de Georgette Fadel e dramaturgia de Grace Passô, o espetáculo “GUERRILHEIRAS OU PARA A TERRA NÃO HÁ DESAPARECIDOS” realiza sessões extras em São Paulo, nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro, no Sesc Belenzinho, sexta e sábado, às 21h30 e no domingo, às 18h30.

A estreia em São Paulo foi em 15 de janeiro e ficou em cartaz, em curta temporada de três semanas, até 31/01/2016.

Selecionado no programa Rumos Itaú Cultural 2013/2014, a peça estreou no Espaço Sesc, no Rio de Janeiro, em setembro de 2015. No Sesc Belenzinho a temporada integra a programação  “ARTE – SUBSTANTIVO FEMININO” com espetáculos, shows, intervenção, debates e oficinas acerca das questões da mulher na sociedade e nas artes. As obras escolhidas trazem ao público temáticas relevantes e de diferentes pontos de vista sobre o feminino.

“GUERRILHEIRAS OU PARA A TERRA NÃO HÁ DESAPARECIDOS” foi concebido pela atriz Gabriela Carneiro da Cunha a partir da história de 12 mulheres que lutaram e morreram em um dos mais importantes e violentos conflitos armados da ditadura militar brasileira, a Guerrilha do Araguaia.

Ocorrida entre os estados do Pará e Tocantins, na floresta amazônica, no período entre abril de 1972 e janeiro de 1975, a Guerrilha do Araguaia reuniu cerca de 70 pessoas, sendo dezessete mulheres, que saíram de diversas cidades do país para participar do movimento que pretendia derrubar a ditadura e tomar o poder cercando a cidade pelo campo.

Por meio de um diálogo entre a ficção e o documentário, “Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos” é um poema cênico criado a partir da história dessas mulheres, de sua luta e das memórias do que elas viveram e deixaram naquela região. A peça também busca iluminar esse importante episódio da história do país ainda tão nebuloso. “Certas coisas devem ser feitas: manter a chama acesa, relembrar e iluminar a história das lutas e dos lutadores, com todas as contradições que cada luta carrega”, destaca a diretora Georgette Fadel.

Após uma profunda e detalhada pesquisa sobre o tema, equipe e elenco da peça realizaram uma viagem até o sul do Pará com a diretora, a autora e as atrizes Carolina Virguez, Daniela Carmona, Fernanda Haucke e Mafalda Pequenino. Sara Antunes, que também integra o elenco, não participou da viagem, pois na ocasião estava grávida de nove meses. Assim como as guerrilheiras eram de diferentes cidades, a equipe é formada por artistas do Rio, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e da Colômbia.

Foram 36 horas de viagem de ônibus saindo do Rio de Janeiro até chegarem às margens do Araguaia, onde ouviram os relatos de quem presenciou esta história, num lugar marcado pela tradição do massacre. Em uma terra de esquecidos e desaparecidos, onde existe uma guerra velada, há um povo que dá voz àqueles que foram mortos. O cineasta Eryk Rocha documentou todo o percurso da equipe durante os quinze dias de viagem. Os registros audiovisuais, entre rostos e paisagens, serão projetados no palco do teatro, criando um diálogo com as atrizes.  Os sons captados do rio acompanham algumas cenas.

“O tema está completamente alinhado com o momento atual do país. No ano passado foram os 50 anos do Golpe Militar, tem o trabalho da Comissão da Verdade e vimos as manifestações de junho detonarem um fluxo de pensamento e questionamentos sobre os rumos do Brasil, do movimento de ocupação dos estudantes secundaristas das escolas da rede pública do estado de São Paulo, tudo isso em um cenário político árido em termos de invenção e identidade. Não é por acaso que os artistas estão trazendo fortemente em linguagem poética essas questões em suas obras, acredita a atriz. 

Para criar os figurinos, Desirée Bastos garimpou cerca de 50 peças, entre calças, camisas, vestidos, chapéus, roupas íntimas em brechós no Rio e bazares no sul do Pará. As roupas foram enterradas às margens do rio Araguaia pelas próprias atrizes. Os trajes foram desenterrados e lavados. O resultado dessas peças deterioradas faz alusão aos corpos que nunca foram encontrados.  

SERVIÇO

“Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos”
Sessões Extras nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro de 2016. Sexta e sábado, às 21h30. Domingo, às 18h30.
Sala de Espetáculos I (110 lugares).
Não recomendado para menores de 18 anos.
Duração: 90 minutos
Preços – R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Ingressos à venda pelo Portal Sesc SP (www.sescsp.org.br), ou nas unidades
Não recomendado para menores de 18 anos. 
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP
Telefone: (11) 2076-9700
www.sescsp.org.br/belenzinho
Estacionamento
Para espetáculos com venda de ingressos:
R$ 11,00 (não matriculado);
R$ 5,50 (matriculado no SESC – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário).
Realização: Sesc