Alimentação dos astronautas inspira livro para crianças


Créditos: Divulgação


A competição entre Estados Unidos e a União Soviética pela conquista do espaço alimentou a imaginação popular no século passado, culminando com a chegada do homem à Lua em 20 de julho de 1969, há exatos 50 anos. Para comemorar esta data, a Editora Bamboozinho lança “O que Comem os Astronautas?”, um livro infantil de Sandro Marques que explora a curiosidade das crianças e dos adultos sobre a alimentação dos cientistas que participaram dessa aventura humana.

A obra, ilustrada por Ivan Coutinho, tem como base uma pesquisa feita pelo autor Sandro Marques sobre as técnicas de conservação dos alimentos para que possam ser levados ao espaço. A questão é fundamental, por exemplo, para os cientistas que vivem na Estação Espacial Internacional e também nas discussões sobre uma eventual ida do homem ao planeta Marte, viagem que não duraria menos de três anos.

Sandro Marques (Créditos: Divulgação)

“Eu gosto de falar de ciência de uma maneira divertida e que possa encantar tanto aos pais como às crianças”, afirma o autor que lançou em 2017 o livro “Um Doce de Princesa”, com histórias e receitas sobre princesas verdadeiras. O livro foi selecionado pelo Programa Nacional do Livro Didático do MEC e distribuído em bibliotecas e escolas de todo o país.

Os personagens principais do livro são duas crianças, Nica e Rico, que ao ouvir na TV sobre as comemorações da chegada do homem à Lua, pergunta aos pais: “O que comem os astronautas?” A pergunta dispara o questionamento sobre diferentes alimentos – é possível comer sushi? E açaí? e o autor apresenta receitas com um nível fácil de execução e textos curtos que contextualizam historicamente os alimentos. Isso permite o uso do livro como obra paradidática para crianças entre 6 e 9 de idade ensejando a discussão com professores e a realização de atividades práticas na cozinha, explorando temas como ciência, sustentabilidade, diversidade e identidade alimentar.

A obra está à venda na loja virtual da Editora Bamboozinho e na Amazon: https://www.bamboozinho.com.br/ e https://www.amazon.com.br

Evento de lançamento terá degustação de uma das receitas do livro

Créditos: Divulgação

O lançamento da obra com a presença do autor acontece no dia 20 de julho, das 12h às 15h, no Le Burger – Hamburgueria das Galáxias (Alameda Franca, 1055 – Jardins). O evento terá contação de histórias e a hamburgueria vai colocar no cardápio o Brownie com Sorvete Espacial, uma das receitas que constam no livro. A Le Burger conta com três andares repletos de memorabilia geek e disponibiliza, espalhadas por todo o local, máscaras e chapéus para que os visitantes possam fazer suas selfies com personagens de Star Wars e outros filmes sobre o tema. No térreo, os clientes podem comprar souvenirs geeks.

Eventos pela capital paulista comemoram o feito de Neil Armstrong

O Sesc Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, vai receber no mês de julho uma série de eventos para celebrar os 50 anos da chegada do homem à Lua. “Sob o Céu do Campo Limpo” terá música, filmes, observação com telescópio, oficinas palestras e cursos. A visitação entre os dias 2 e 31 de julho será de terça a sábado, das 13h às 21h30; e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30. A programação é gratuita. O endereço do Sesc Campo Limpo é Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120. A programação completa está no site www.sescsp.org.br ou no telefone 5510-2700.

No sábado, dia 20 de julho, às 17h00, o Parque do Carmo (Rua John Speers, 137, ltaquera) realiza a sessão especial “O Homem na Lua” em seu planetário, onde desvendará esta jornada humana rumo ao nosso satélite natural, descobrindo os desafios enfrentados, as inspirações e o que mudou nos dias atuais. A partir de 8 anos – gratuito.

Serviço:

Lançamento do livro “O que Comem os Astronautas?

Autor: Sandro Marques

Editora: Bamboozinho

Público-alvo: Literatura Infantil – 4 a 10 anos

Preço: R$ 48,00

40 páginas

Evento de lançamento da obra:

Dia 20 de julho, das 12h às 15h, no Le Burger – Hamburgueria das Galáxias (Alameda Franca, 1055 – Jardins – São Paulo)

Festival Yesu Luso – Teatro lusófono acontece em três unidades do Sesc este mês




Terceira edição da mostra tem como tema “Dramaturgia em Português” e recebe espetáculos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Portugal

Por Andréia Bueno
Com a missão de aproximar os falantes da língua portuguesa, o Festival Yesu Luso chega à terceira edição entre 8 e 18 de novembro, com espetáculos encenados nas unidades do Sesc Vila Mariana, Santo Amaro e Campo Limpo. A programação, com curadoria da atriz Arieta Corrêa e do produtor Pedro Santos, reúne seis peças de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Portugal, sendo duas delas inéditas e montadas especialmente para a mostra.
Espetáculo “Os Cadernos de Kindzu”, do Amok Teatro (Brasil) é inspirado no livro “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto. Foto: Daniel Barboza
O nome do evento é derivado de um dialeto moçambicano, no qual o termo “yesu” significa “nosso”; já palavra “luso” é usada em referência ao próprio idioma. A mostra surgiu a partir de um bem-sucedido projeto-piloto chamado Festival de Teatro Lusófono, organizado por Arieta e Pedro no Sesc Bom Retiro, em 2015.
“O teatro é ancestral, é aqui e agora, vida e morte – ele é tudo o que somos. E nosso maior desejo é que estes espetáculos sejam capazes de fazer o público se identificar com esses países irmãos, que falam a mesma língua. Gostaríamos que as pessoas sejam transformadas, tocadas por um incômodo, um pensamento ou um questionamento”, conta Arieta Corrêa. 
ESPETÁCULOS
“A curadoria dos espetáculos é sempre muito minuciosa, porque fazemos essa escolha ao longo de um ano. Desta vez, o critério foi dramaturgia em português”, comenta Pedro Santos. Um dos destaques da terceira edição é o inédito “A Linha”, de Macau, inspirado livremente em uma obra do escritor lusitano José Saramago (1922-2010). Com falas em português e mandarim, a encenação é resultado de uma parceria entre a prestigiada Associação de Representação Teatral Hiu Kok e a Macao Artfusion. A trama trata da amizade entre os pastores Hon e Maria, que entram em conflito por causa da cegueira gerada pelo sentimento de posse sobre um território.
O outro espetáculo criado para a mostra é “A Última Viagem do Príncipe Perfeito”, do Grupo angolano Elinga Teatro, com direção de José Mena Abrantes. A trama narra histórias de pessoas que viajam entre Lisboa e Luanda em 1975, a bordo do navio Príncipe Perfeito (apelido do rei D. João II de Portugal). Algumas dessas figuras são um estudante que decide regressar convencido de que terá papel decisivo na revolução em curso em seu pais, uma mulher que perde todas as ilusões e luta para reencontrar um lar, um clandestino de todas as viagens que fez na vida e um casal que descobre que os sentimentos nunca morrem.
O representante brasileiro no festival é “Os Cadernos de Kindzu”, do Amok Teatro, inspirado no livro “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto. A montagem narra a trajetória do jovem Kindzu, que deixa sua vila para fugir das atrocidades de uma guerra devastadora. Durante a jornada, ele encontra outros fugitivos, refugiados e personagens cheios de humanidade.
Encenada apenas três vezes antes de chegar ao Brasil, a versão do português João Garcia Miguel para “A Casa de Bernarda Alba”, do espanhol Federico García Lorca (1898-1936), cria uma reflexão sobre o aumento do isolamento criado pelas instituições no mundo contemporâneo. A obra, que se passa em uma vila na Espanha, fala sobre a vigilância absoluta que a matriarca Bernarda Alba mantém sob suas cinco filhas, Angústias, Madalena, Martírio, Amélia e Adela, que vivem trancafiadas em casa.
A moçambicana “Nos tempos de Gungunhana”, com direção de Klemente Tsamba, narra a saga de um guerreiro chamado Umbangananamani, da tribo tsonga, que fora casado com uma linda mulher chamada Malice, da tribo Macua. Embora tenham tentado muito ter filhos, não conseguiram realizar esse sonho. Essa história da tradição oral africana é contada junto com aspectos curiosos sobre a vida na corte do rei Gungunhana.
Já o cabo-verdiano Grupo Craq’ Otchod apresenta o monólogo “Esquizofrenia”, com direção de Edilson Fortes (Di) e atuação de Renato Lopes. A peça cria uma reflexão sobre os estigmas provocados por esse transtorno mental e a necessidade de inclusão social das pessoas com essa doença.
SERVIÇO
YESU LUSO 2018 – DRAMATURGIA EM PORTUGUÊS
De 8 a 18 de novembro
Sesc Vila Mariana 
Rua Pelotas, 141, Vila Mariana.
Informações: (11) 5080-3000
Sesc Santo Amaro
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro.
Informações: (11) 5541-4000
Sesc Campo Limpo
Rua Nossa Sra. do Bom Conselho, 120, Campo Limpo.
Informações: (11) 5510-2700
Ingressos: R$20 (inteira), R$10 (meia-entrada) e R$6,50 (credencial plena)