“Tom na Fazenda” estreia no SESC Santo Amaro


Créditos: Ricardo Brajterman


Fenômeno teatral carioca de 2017 e de 2018, “Tom na Fazenda” estreia em São Paulo em 16 de março no SESC Santo Amaro para curta temporada de um mês. Idealizado pelo ator e produtor Armando Babaioff, que também assina a tradução, a montagem tem apresentações sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 18h, até 14 de abril. Dirigida por Rodrigo Portella, a peça traz no elenco Kelzy Ecard, Gustavo Vaz e Camila Nhary, além do próprio Babaioff. Desde sua estreia em março de 2017 no Rio de Janeiro, “Tom na Fazenda” fez 157 apresentações e já foi vista por mais de 18 mil pessoas.

A peça é baseada na obra Tom à la Farme, do autor canadense Michel Marc Bouchard. Foi numa conversa com um amigo que Babaioff tomou conhecimento do filme Tom na Fazenda (2013), adaptação da peça homônima, com direção do franco-canadense Xavier Dolan. Arrebatado pela obra, o ator começou a traduzir a peça, que aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, a impotência, a violência e o fracasso. Em cena, o publicitário Tom (Armando Babaioff) vai à fazenda da família para o funeral de seu companheiro. Ao chegar, descobre que a sogra (Kelzy Ecard) nunca tinha ouvido falar dele e tampouco sabia que o filho era gay. Nesse ambiente rural e austero, Tom é envolvido numa trama de mentiras criada pelo truculento irmão (Gustavo Vaz) do falecido, estabelecendo com aquela família relações de complicada dependência. A fazenda, aos poucos, vira cenário de um jogo perigoso, onde quanto mais os personagens se aproximam, maior a sombra de suas contradições.

Créditos: José Limongi

“No ano em que traduzi a peça, 347 pessoas foram assassinadas pelo simples fato de serem quem eram. O Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo, mais do que nos 13 países do Oriente e da África onde há pena de morte aos LGBT. O que me fascina em Tom na Fazenda é essa possibilidade de falar de assuntos que eu realmente acho necessário. Eu sinto essa necessidade de dizer para o mundo verdades das quais eu acredito”, diz Babaioff. “Somos felizardos em poder contar essa história, agora em são Paulo, e somos gratos à trajetória que o espetáculo está realizando sem qualquer recurso vindo de leis de incentivo”, completa Babaioff. “Tom na Fazenda” estreou no Rio de Janeiro em março de 2017 no Oi Futuro, com patrocínio da Oi. As temporadas seguintes — nos teatros SESI Centro, Dulcina, Poeirinha, Censgranrio, Leblon e no Imperator —, quase sempre com ingressos esgotados, no entanto, não tiveram qualquer apoio.

Em junho de 2018, “Tom na Fazenda” foi apresentado no Festival TransAmériques (FTA), em Montreal, no Canadá – um dos mais importantes eventos de artes cênicas do mundo —, com legendas em inglês e francês. As três apresentações naquele país renderam à peça o prêmio de melhor espetáculo estrangeiro pela Associação de Críticos de Teatro de Québec. A última temporada de “Tom na Fazenda” foi no Imperator, no Rio de Janeiro, em novembro. A peça também participou no ano passado dos nos festivais de Curitiba (abril), Palco Giratório do SESC, em Porto Alegre (maio), Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco (julho), e Cena Contemporânea, em Brasília (agosto).

“Tom na Fazenda” conta uma história bastante comum entre jovens de várias gerações, mesmo de culturas diferentes. No Canadá, no Brasil, no Oriente Médio, no Japão ou na África do Sul, homens e mulheres jovens aprendem a mentir antes mesmo de aprenderem a amar. As famílias, guardiãs das normas sobre a sexualidade, garantindo sempre a heteronormatividade, inserem nos próprios membros a semente da homofobia. “Todo redemoinho que devastará a vida dos que fogem das normas surge no núcleo de suas próprias famílias”, comenta Rodrigo Portella, que opta, mais uma vez por uma encenação com poucos elementos para que as sutilezas das relações propostas pelo texto se sobressaiam. “Bouchard compôs uma obra de estrutura impecável. Ele vai fundo nas contradições dos seus personagens, o que os torna muito próximos de nós”, acredita o diretor.

SERVIÇO

TOM NA FAZENDA

Temporada: de 16 de março a 14 de abril.

Apresentações: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 18h.

Local: Sesc Santo Amaro – Rua Amador Bueno, 505. Tel.: (11) 5541 4000.

Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia) e R$ 9 (Credencial Plena).

Duração: 120 min. Lotação: 279 lugares. Classificação etária: 18 anos.

Bilheteria: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Facebook e Instagram: @tomnafazenda

Dia Internacional da Mulher: Projeto “Mulheragem” no Sesc Santo Amaro


Créditos: Elaine Campos


No mês de março, de 08 a 16/03, o Sesc Santo Amaro realiza encontros lítero-musicais entre escritoras, compositoras, musicistas, poetas, cantoras e instrumentistas que se debruçam sobre obras de outras mulheres. O projeto “Mulheragem – a vez, a voz, o verbo” conta com bate-papo, sarau e espetáculos no dia e também na semana que sucede a comemoração do Dia Internacional da Mulher, 08 de março.

O Sarau das Pretas abre a programação do Mulheragem no dia 08/03, sexta-feira, às 19h. Em um espetáculo que acontece na palavra falada, cantada e declamada, junto com os tambores e os corpos em movimento, Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves propõem reflexões sobre o feminino, a cultura e a ancestralidade. No sarau, as protagonistas são as mulheres negras que atuam no cenário cultural periférico de São Paulo. O Sarau das Pretas entende que a escuta é o ponto central dos encontros para partilhar a palavra. Além disso, não delimitar um único espaço para essas reuniões estimula outras mulheres negras a ocuparem todos os locais.

Depois, às 21h, Elisa Lucinda dá voz e vida a seus versos no teatro da unidade com o bate-papo “O Poder da Palavra”. A artista investiga o poder na palavra em diferentes âmbitos da vida, desde a arte até as expressões do cotidiano. A palavra é o que difere os humanos de outros animais, e tudo o que fazemos está permeado pela palavra: casar, lutar, pedir, recusar, magoar, amar, acolher… o bate-papo é uma defesa da linguagem verbal e uma reflexão em torno do machismo e do racismo intrincado no ato de negar a palavra às mulheres negras na sociedade. Idealizadora e fundadora da Casa Poema, a atriz explora as potencialidades musicais, poéticas e discursivas da expressão pela palavra.

No dia 12/03, terça-feira, às 19h30, as poetas Anna Zêpa e Evelin Sin apresentam um espetáculo lítero-musical com escritos inéditos. A apresentação é construída pelos poemas do disco 37GRAUS | POESIA EM VINIL, textos das duas poetas e também de artistas como Alice Ruiz, Ferreira Gullar, Cecília Meirelles, Maria Giulia Pinheiro. Como convidados, a cantora Alessandra Leão e o multi-instrumentista Zé Nigro sobem ao palco para compor o espetáculo com trilha composta pelo produtor musical e multi-instrumentista Marcelo Cabral e cheio de projeções de imagens das poesias e das poetas.

Créditos: Duda Portella Congas

No dia 13/03, quarta-feira, às 19h30, a programação continua. O primeiro livro da cantora Karina Buhr “Desperdiçando Rima” ganha o formato de sarau no espetáculo “Voz e Tambor”. A música e as artes visuais se misturam em uma apresentação que também inclui versões originais de canções do disco Selvática, antes de receberem o arranjo com a banda e serem apenas poesias. As crônicas também fazem parte do espetáculo, com leitura e percussões executadas ao vivo pelo baterista Bruno Buarque.

No dia seguinte, 14/03, quinta-feira, também às 19h30, uma apresentação do “A Viva Voz” traz à tona a obra de Maria Firmina dos Reis. O projeto explora a obra poética de dez mulheres que viveram e publicaram entre os séculos XVIII e XX. A compositora Socorro Lira musicou 100 poemas dessas autoras que deixaram um legado pouco conhecido e, até mesmo, reconhecido na literatura. O espetáculo também conta com a presença da escritora e professora Susana Ventura e a atriz-MC Roberta Estrela D’alva.

A noite da sexta-feira, dia 15/03, traz MC Dellacroix em seu recente trabalho #NAOQUEIRA TOUR, uma apresentação híbrida entre performance, show, instalação e poesia que acontece às 19h30. Dellacroix é preta periférica, travesti e uma voz emergente no queer rap de São Paulo. Com um formato diferente em cada apresentação, a artista convida a rapper Alice Guél para apresentar rimas e poesias do seu trabalho “Alice no País que Mais Mata Travesti”. As duas artistas usam suas vozes como instrumento para espalhar poesias de Ewá, Monna Brutal, Katrina e outras.

A programação do “Mulheragem” termina dia 16/03, sábado, às 19h, com o espetáculo “Canções de Atormentar”, com a poeta Angélica Freitas e a cantora e multi-instrumentista Juliana Perdigão. A apresentação é um conjunto de quatro performances curtas criadas e apresentadas pelas duas artistas: “Canções de Atormentar”, “Crianças Kids”, “Crianças que Voam” e “Consumo”. Em uma combinação entre poesia e música, elas abordam temas como mulheres, infância, política e consumo.

SERVIÇO

SARAU DAS PRETAS
Quando: 08/03, sexta-feira
Horário: 19h
Local: Praça Coberta (térreo)
Classificação: Livre
Grátis

BATE-PAPO “O PODER DA PALAVRA”, COM ELISA LUCINDA
Quando: 08/03, sexta-feira
Horário: 21h
Local: Teatro (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

37GRAUS | POESIA EM VINIL
Quando: 12/03, terça-feira
Horário: 19h30
Local: Praça Coberta (térreo)
Classificação: Livre
Grátis

VOZ E TAMBOR, COM KARINA BUHR
Quando: 13/03, quarta-feira
Horário: 19h30
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

A VIVA VOZ, COM SUSANA VENTURA, SOCORRO LIRA E ROBERTA ESTRELA D’ALVA
Quando: 14/03, quinta-feira
Horário: 19h30
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

#NAOQUEIRA TOUR, COM MC DELLACROIX E PARTICIPAÇÃO DE ALICE GUÉL
Quando: 15/03, sexta-feira
Horário: 19h30
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: 14 anos
Grátis

CANÇÕES DE ATORMENTAR
Quando: 16/03, sábado
Horário: 19h00
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

SESC SANTO AMARO
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Contação de histórias e sarau dão asas à imaginação dos pequenos na programação do SESC Santo Amaro




As famílias são convidadas durante os sábados para viajar nas histórias contadas pelos educadores e conhecer mais sobre a cultura indígena, seres fantásticos e a natureza. 

Por Andréia Bueno
A arte da Contação de Histórias, uma das práticas mais antigas que se tem conhecimento na história da humanidade, ganha três apresentações no Sesc Santo Amaro no mês de janeiro, sempre aos sábados, às 14h, no Espaço de Brincar. É uma oportunidade para unir toda a família e se divertir ouvindo os mais diversos contos que, especialmente este mês, utilizarão a natureza e as culturas brasileira e indígena para aguçar a imaginação do público e promover a troca de saberes, preservar as culturas, valores e difundir o conhecimento e pensamento crítico.
Contação: Mitos e Cantos Indígenas (Foto: Manui Opy)
E a primeira apresentação intitulada Viva as crianças! Histórias de Curumins, Ibejís e Guris será no dia 05, sábado, às 14h com o Núcleo Esporos. Trata-se de uma história em que as crianças são os personagens principais, com sua liberdade, esperteza e brincadeiras para soltar a imaginação e criar os mais diversos cenários fictícios. Os artistas se utilizam de instrumentos musicais e técnicas de linguagem corporal para prender a atenção dos pequenos e promover momentos de união e confraternização.
Contação: Viva as Crianças! Histórias de Curumins, Ibejís e Guris (Foto: Divulgação)
No dia 19, sábado, às 14h, é a vez do Grupo Manuí apresentar Mitos e Cantos Indígenas, ressaltando em grande parte os mitos e cantos das tradições Tupi-Guarani e Kamayurá, revelando o universo dos personagens folclóricos presentes na cultura brasileira como o Curupira e a Sereia Iara. A atividade visa intercalar a apresentação de músicas e contação de histórias para gerar interação com adultos e crianças, fazendo-os discutir sobre as etnias de origem Tupi a partir da proposta dos educadores.
E para encerrar a programação de contação de histórias, a Cia. Palavras Andantes adentra o Espaço de Brincar no dia 25, sexta-feira, às 14h para agitar o feriado que comemora o aniversário da cidade de São Paulo. Nesta roda de narrativas nomeada Um Mar de Histórias, o público vivenciará uma imersão nos mistérios que envolvem os mares, rios e lagos, mergulhando neste rico e curioso mundo de encantos. Os contadores vão levar as crianças a imaginar-se na beira de um rio, com cantigas e narrativas lúdicas que permitem a expansão da imaginação e criatividade, seja tocando, cantando ou apresentando brincadeiras populares, além de recursos como o teatro de sombras para contar porque a água do mar é salgada, ou o que é o reino das focas, ou ainda quem são os seres fantásticos que habitam o mundo que existe abaixo das águas, junto aos peixes, algas e as conchas do mar.
  Contação: Um Mar de Histórias (Foto: Divulgação)
A programação dos meses de janeiro e fevereiro seguem como opções culturais para unir crianças e adultos no Sesc Santo Amaro, neste período que, além de ser pré-escolar para as crianças, é também o momento de férias para muitos adultos, onde toda a família se reúne para aproveitar o verão. E essa proposta se intensifica na Ocupação: SarauZim, nos dias 12 e 26 de janeiro, sábados às 14h estendendo-se também para o mês de fevereiro, nos dias 9 e 23, sábados, também às 14h.
Esta ocupação terá a mediação do Coletivo Literário Mesquiteiros, que desenvolve há mais de 12 anos um trabalho com instituições educacionais e culturais, promovendo a apropriação dos espaços com arte criada pelo próprio público, que inclusive se tornará a principal atração do espetáculo.
  Ocupação SarauZIM  (Foto: Divulgação)
A criação de poemas, marchinhas e apresentações em geral, valorizando o improviso e a troca de ideias, será o eixo condutor das manifestações artísticas objetivadas pelo grupo. Iniciando por meio de um cortejo com megafone, apitos e instrumentos musicais, a atividade conduzirá crianças e adultos para a cantoria e declamação de poemas, gerando interação entre os participantes, e encerrará com uma grande ciranda de roda para que todos soltem sua criatividade e desenvoltura para dançar, pular e se divertir.
SERVIÇO

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E SARAU
Viva as crianças! Histórias de Curumins, Ibejís e Guris
Quando: 05/01, sábado
Horário: 14h
Local: Espaço de Brincar (térreo)
Classificação: Livre
Grátis
Mitos e Cantos Indígenas
Quando: 19/01, sábado
Horário: 14h
Local: Espaço de Brincar (térreo)
Classificação: Livre
Grátis
Um Mar de Histórias
Quando: 19/01, sábado
Horário: 14h
Local: Espaço de Brincar (térreo)
Classificação: Livre
Grátis
Ocupação: SarauZIM
Quando: 12 e 26 de janeiro e 9 e 23 de fevereiro, sábados
Horário: 14h
Local: Espaço de Brincar (térreo)
Classificação: Livre
Grátis

SESC SANTO AMARO
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Sesc Santo Amaro realiza oficinas de xilogravura no mês de janeiro




As oficinas são ministradas pelos artistas com trabalhos expostos na mostra “Madeira Nova” e também pelos educadores da exposição

Por Andréia Bueno
Em janeiro, do dia 06 ao dia 27/01, domingos, às 14h, o Sesc Santo Amaro realiza oficinas de xilogravura com Gabriel Balbino, Santidio Pereira e educadores da unidade. As atividades fazem parte da programação paralela da exposição “Madeira Nova – Xilografia Contemporânea”, que fica em cartaz até dia 17 de fevereiro de 2019. Gabriel e Santidio são dois dos oito artistas que estão com suas obras expostas no Espaço das Artes.
Porco-espinho, obra de Gabriel Balbino ( Foto: Divulgação)
No dia 13/01, Gabriel Balbino ensinará a técnica da matriz perdida. Na oficina, os participantes desenvolverão um desenho livre em forma de uma silhueta e transferir para a matriz de madeira. Por meio dessa imagem será desenvolvida a matriz perdida, que consiste em diferentes camadas de desenhos esculpidos na mesma matriz. A combinação de cores opostas e a sobreposição também serão abordados durante a atividade.
No dia 20/01, Santidio Pereira explorará a sobreposição de cores. A oficina será dividida em cinco momentos: breve introdução da história da xilogravura; desenho com pena; pincel e nanquim; gravação da matriz; impressão colorida e refile; conversa sobre a produção. Os participantes da atividade farão um desenho que será passado para as matrizes de madeira, depois elas serão usadas para fazer impressão em preto e branco e em cores para explorar as sobreposições e o potencial pictórico da técnica.
Além dessas, mais quatro oficinas de xilogravura para todos os públicos acontecem aos domingos, às 14h, no Sesc Santo Amaro com os educadores da exposição. No dia 06/01, a oficina “Composição de sujeitos e saberes na xilogravura” apresentará os primeiros conceitos da xilogravura. No dia 13/01, os participantes da oficina “Brincando com Luz, Sombras e o Corpo” irão apreender os primeiros conceitos da luz e sombra. Depois, no dia 20/01, a oficina “Meios de impressão alternativos” abordará diferentes meios de impressão possíveis para a xilogravura. No último domingo do mês de janeiro, dia 27/01, quem participar da oficina “Palavras e imagens: construindo composições” irá conhecer algumas formas de composição em uma obra de xilogravura.
Em fevereiro de 2019, os demais artistas também participam da programação paralela da exposição. No próximo mês, dia 10/02, Rafael Toledo ministra a oficina “Multidões de uma figura só: sobreposição de planos a partir de transparência” e Júlia Bastos chega ao Sesc Santo Amaro dia 17/02 com “Suportes alternativos na xilogravura em linóleo”.
EXPOSIÇÃO “MADEIRA NOVA – XILOGRAFIA CONTEMPORÂNEA”
Com curadoria de Célia Barros, a exposição conta com mais de 20 obras – a maioria, inéditas – de oito jovens artistas: Santidio Pereira, Luisa Almeida, Kamila Vasques, Igor Santos, Julia Bastos, Gabriel Balbino, Rafael Pinto e Fernando Melo. Todos possuem estudos na xilogravura que se direcionam para a imagem em grande formato e o conhecimento de novos materiais para inovar a impressão. Assim, criam novas possiblidades de linguagem e experimentações estéticas.
“Madeira Nova” começou a se moldar a partir do convite de Célia para Santidio e Luisa, que já haviam participado de exposições em galerias. A curadora pediu, então, para que cada um deles chamasse outro jovem xilogravador; esses chamaram outros dois e assim por diante. Dessa forma surgiu a exposição, que apresenta a evolução dessa linguagem das artes visuais e sua transitoriedade entre o ambiente popular e o acadêmico.
A mostra fica em cartaz no Sesc Santo Amaro até dia 17 de fevereiro de 2019, no Espaço das Artes. A entrada é gratuita.
SERVIÇO
OFICINAS COM OS ARTISTAS
OFICINA “XILOGRAVURA COM TÉCNICA DA MATRIZ PERDIDA”, COM GABRIEL BALBINO
Quando: 13/01, domingo
Horário: 14h
Local: Espaço de Tecnologia e Artes (2º andar)
Classificação: 14 anos
Grátis. Vagas limitadas 
Inscrições na Central de Atendimento
OFICINA “O PRETO NO BRANCO: SOBREPOSIÇÃO E NUANCES”, COM SANTIDIO PEREIRA
Quando: 20/01, domingo
Horário: 14h
Local: Espaço de Tecnologia e Artes (2º andar)
Classificação: 14 anos
Grátis. Vagas limitadas 
Inscrições na Central de Atendimento
OFICINAS COM OS EDUCADORES DA EXPOSIÇÃO
OFICINA “COMPOSIÇÃO DE SUJEITOS E SABERES NA XILOGRAVURA”
Quando: 06/01, domingo
Horário: 14h
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis
OFICINA “BRINCANDO COM LUZ, SOMBRAS E O CORPO”
Quando: 13/01, domingo
Horário: 14h
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis
OFICINA “MEIOS DE IMPRESSÃO ALTERNATIVOS”
Quando: 20/01, domingo
Horário: 14h
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis
OFICINA “PALAVRAS E IMAGENS: CONSTRUINDO COMPOSIÇÕES”
Quando: 27/01, domingo
Horário: 14h
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis
EXPOSIÇÃO “MADEIRA NOVA – XILOGRAFIA CONTEMPORÂNEA”
Quando: Até 17/02/2019
Horário: Terça a sexta, das 10h30 às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Entrada gratuita
SESC SANTO AMARO
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Sesc Santo Amaro tem programação gratuita de música em Janeiro




Música caipira, jazz cigano e música erudita fazem parte do ecletismo rítmico da programação

Por Andréia Bueno
No mês de janeiro, o Sesc Santo Amaro recebe uma programação de música variada e gratuita. São shows, intervenções musicais e um concerto didático. Às sextas-feiras, a unidade continua com as apresentações do projeto “Música ao Cair da Tarde”, que acontecem às 19h.
Unidos do Swing – o grupo coloca jazz no circuito carnavalesco Foto: Rafael Beraldo
No dia 04, a banda Sopro Rural se aproxima da sonoridade da música caipira por meio dos arranjos de saxofone e flauta. Para valorizar a voz do caipira com seu sotaque e expressões, o grupo declama contos, causos e poemas, intercalando a linguagem da música instrumental com a linguagem teatral. Com Alexander Souza (sopro), Victor Mendes e Hugo Cardoso (viola caipira e baixo) e a atriz Aline Dias (percussão e atuação).
No dia 11, o Duo Tigres Tristes celebra a existência do Jazz Manouche, também conhecido como gypsy jazz ou jazz cigano. O duo de Flávio Nunes e Bruno Panichi faz um show para relembrar o ritmo que fez sucesso na boemia de Paris na década de 1930.
Na última sexta-feira do projeto, dia 18, o Camerata Darcos chega na Praça Coberta para um concerto didático. Fundado pelo violinista Paulo Paschoal, o grupo se dedica à formação da plateia para a música clássica. Para isso, o músico interage com o público e traz informações sobre compositores e instrumentos. No repertório, Bach, Bizet, Beethoven e outros.
Aos sábados, a unidade recebe três intervenções musicais na Praça Coberta, às 17h. Começa dia 05, com o Unidos do Swing, o primeiro grupo a inserir o jazz no circuito do carnaval paulistano. Criado em 2014, é inspirado pela tradição das festas de rua de New Orleans e também pela cultura do carnaval brasileiro. Dessa forma, os artistas apresentam um repertório com músicas autorais, temas consagrados do jazz em versões de Duke Ellington, Thelonious Monk, Glenn Miller, Louis Prima, Rebirth Brass Band e Herbie Hancock, além do groove, marchinha, baião e outros ritmos brasileiros.
No dia 12, o Grupo Ôncalo vem para unidade difundir o conceito de Street Band, composta por instrumentos de metais e bateria desmembrada. Formada em 2011, ela é uma junção de bandas de fanfarras de duas escolas públicas da região da Penha, em São Paulo. O repertório instrumental dos jovens músicos adota a rua como o seu grande palco.
No sábado do dia 19, é a vez da Banda Performática se apresentar na unidade. Com arranjos elaborados, composições divertidas e performances inusitadas, a banda é formada por cinco sopros e duas percussões. O repertório mescla diferentes estilos musicais e entrega a proposta de fazer música com performance.
As apresentações são gratuitas e sem necessidade de retirada de ingresso com antecedência.

SERVIÇO
SHOW – SOPRO RURAL
Quando: 04/01, sexta-feira
Horário: 19h
Local: Convivência
Duração: 80 minutos
Classificação: Livre
Grátis 
SHOW – DUO TIGRES TRISTES
Quando: 11/01, sexta-feira
Horário: 19h
Local: Convivência
Duração: 80 minutos
Classificação: Livre
Grátis
CONCERTO DIDÁTICO – CAMERATA DARCOS
Quando: 18/01, sexta-feira
Horário: 19h
Local: Praça Coberta
Duração: 80 minutos
Classificação: Livre
Grátis
INTERVENÇÃO MUSICAL – UNIDOS DO SWING
Quando: 05/01, sábado
Horário: 17h
Local: Praça Coberta
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Grátis
INTERVENÇÃO MUSICAL – GRUPO ÔNCALO
Quando: 12/01, sábado
Horário: 17h
Local: Praça Coberta
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Grátis
INTERVENÇÃO MUSICAL – BANDA PERFORMÁTICA
Quando: 19/01, sábado
Horário: 17h
Local: Praça Coberta
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Grátis
SESC SANTO AMARO
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Exposição Xilogravura no Sesc Santo Amaro




De 10 de novembro a 17 de fevereiro, oito artistas da cena contemporânea da xilografia expõem seus trabalhos na mostra Madeira Nova.

Por Andréia Bueno
Com mais de 20 trabalhos de oito artistas jovens, a exposição Madeira Nova foi aberta neste sábado (10) no Sesc Santo Amaro. A Mostra, que tem curadoria de Célia Barros, fica em cartaz no Espaço das Artes da unidade até 17 de fevereiro de 2019. A entrada é gratuita.
Figure 1 Obra Dicotomia do Ser, de Júlia Bastos, xilogravura sobre papel de arroz (2016)
Fazem parte da exposição Madeira Nova os artistas Santidio Pereira, Luisa Almeida, Kamila Vasques, Igor Santos, Julia Bastos, Gabriel Balbino, Rafael Pinto e Fernando Melo. Em comum, possuem pesquisas direcionadas para a imagem em grande formato, buscando inovar nos materiais de impressão, com novas possibilidades de linguagem e valorização da investigação estética. A maioria das obras é inédita.
A reprodução por meio de matrizes de madeira visando a multiplicação de imagens começou a ganhar mais adeptos no Brasil no século XIX – antes não se têm notícias da prática em terras brasileiras, já que os portugueses não permitiam a existência de nenhum tipo de imprensa em sua colônia. Mas a partir do final do século, já é possível encontrar alguns trabalhos feitos por esta técnica, como a literatura de cordel. Mas existem outras tantas formas de consolidação da ‘xilo’. “Artistas hoje renomados tiveram, na xilogravura, sua principal fonte de investigação estética. Após uma efervescência da xilogravura em Lambe-lambe, que ocupou os espaços públicos da cidade de São Paulo nos anos 2000, os movimentos coletivos da gravura têm-se dedicado, mais recentemente, com euforia e ótimos resultados, às feiras gráficas, onde surgem novas parcerias em projetos editoriais, formando novos circuitos e mercados para a gravura contemporânea”, conta Célia.
SERVIÇO 
Sesc Santo Amaro (Espaço das Artes)
Com Santidio Pereira, Luisa Almeida, Kamila Vasques, Igor Santos, Julia Bastos, Gabriel Balbino, Fernando Melo e Rafael Pinto
Curadoria Celia Barros
Entrada gratuita
de 10 de novembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019
Horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.