De pai para filho: O Ovo de Ouro volta em cartaz no Sesc Vila Mariana com Duda Mamberti no elenco


Créditos: Leekyung Kim


O Ovo de Ouro, com texto de Luccas Papp e direção de Ricardo Grasson volta para três sessões especiais marcando o retorno da programação presencial do Teatro Antunes Filho Sesc Vila Mariana nos dias 15, 16 e 17 de outubro, com sessões sexta e sábado, às 21h e domingo, às 18h.

Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do próprio autor. O público também poderá adquirir o livro Sérgio Mamberti: Senhor do Meu Tempo (Edições Sesc), escrita pelo ator, junto ao jornalista Dirceu Alves Jr.

O espetáculo que estreou em 2019 celebrando os 80 anos de Sérgio Mamberti, morto em setembro de 2021, trouxe à tona a função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Créditos: Leekyung Kim

Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

Contada em diferentes momentos, a trama revela a vida de Dasco Nagy, interpretado agora por Duda Mamberti, que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.

“O texto surgiu da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça começou em 2014, quando fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam”, explica Luccas Papp.

Para Duda Mamberti, o espetáculo é especial, pois foi o último trabalho do seu pai em cena nos palcos. “Estudamos juntos a peça, pois durante o processo de montagem eu batia texto com ele. Já fiz alguns personagens que ele viveu no teatro ou no cinema, mas esse trabalho é mais uma homenagem que eu presto a ele. Eu estou muito feliz por isso. O espetáculo também é especial por ser o primeiro depois da pandemia. É um momento de felicidade, voltar a sentir o teatro, viver aquele frio na barriga, são sensações de prazer indescritível. Além da importância do texto do Luccas, que serve para alertar as pessoas que o que vale é o amor e não o ódio e que a gente tem que seguir o caminho do amor.

Créditos: Leekyung Kim

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade.

A peça, que cumpriu temporada no Sesc Santo Amaro e no Teatro Porto Seguro, está indicada ao Prêmio Bibi Ferreira nas categorias Melhor Ator para Sérgio Mamberti, Texto para Luccas Papp e Ator Coadjuvante para Leonardo Miggiorin.

A encenação

A montagem tem como inspiração e referência, a sétima arte, em todos os seus desdobramentos, nuances e dezenas de relatos deixados pelos sobreviventes dos campos de extermínio. “Apontamos no tempo presente, o encontro entre a jornalista e o sobrevivente, de forma fantasmagórica, alucinógena, imprimindo uma atmosfera vibratória, de vida pulsante às cenas e aos personagens. Quando nos transportamos, ilusoriamente, ao campo de concentração, ao passado concreto, vivido pelos personagens apontamos uma atmosfera fria, enclausurada, suspensa e sem vida, que nos conduz imageticamente àquelas sensações de crueldade”, explica o diretor Ricardo Grasson.

Créditos: Leekyung Kim

A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros Sonderkomamando: No Inferno das Câmaras de Gás, de Shlomo Venezia, e Depois de Auschwitz, de Eva Schloss; e o filme O Filho de Saul, de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.

Para que não se repita

“Em tempos de pouco diálogo, imposição de ideias e ideologias, censura e extremismos é fundamental debatermos esses temas tão duros e atrozes para que os erros que provocaram tanto sofrimento no passado não se repitam. É necessário e quase que um dever recordarmos as atrocidades do holocausto nazista, para que a história vivida no final dos anos trinta e início dos quarenta, não volte a nos assombrar. Para que as novas gerações, não testemunhas deste período da história, saibam o que aconteceu e onde a intolerância pode nos conduzir. Auschwitz e outras tristes lembranças do holocausto, podem até escapar da memória, mas jamais deixarão os corações de quem viveu a tragédia, especialmente de quem se atribui a responsabilidade de manter viva, por gerações, as imagens da perversidade humana. Uma das formas de evitar a repetição de tais tragédias coletivas é recordá-la, para que não ressurjam no horizonte, sinais do restabelecimento de ódios raciais, extremismos comportamentais e ideologias sectárias, formando o caldo cultural do qual o nazismo se alimentou e cresceu”, completa Ricardo Grasson.

Serviço:

O Ovo de Ouro no Sesc Vila Mariana

Dias 15, 16 e 17 de outubro – Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h.

Classificação: 12 anos.

Duração: 90 minutos.
Venda de ingressos: a partir do dia 12/10, às 14h pelo portal Sesc SP. As vendas presenciais só serão realizadas na unidade do Sesc Vila Mariana a partir do dia 13, das 14h às 19h –
Valores: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia entrada, credencial MIS e credencial plena do Sesc).

Sobre apresentação do comprovante de vacina:
Em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 (pelo menos a 1ª dose) e documento com foto. O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico ou digital, recebido no ato da vacinação ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConecteSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Para mais informações, acesse: www.sescsp.org.br/voltagradual. O distanciamento físico, a utilização de máscara cobrindo boca e nariz, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade, seguem sendo obrigatórios.

Sesc Vila Mariana
Endereço: Rua Pelotas, 141, Vila Mariana – São Paulo
Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): terça a sexta, das 10h às 19h30; sábados, das 10h às 17h30; domingos e feriados, das 10h às 14h30 (obs.: atendimento mediante a agendamento).
Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 111 vagas.
Informações: 5080-3000

“Mucho Ruido por Nada” no Sesc Vila Mariana


Créditos: divulgação / Sesc


De 13 a 15 de setembro, o Sesc Vila Mariana recebe a curta temporada do espetáculo Mucho Ruido por Nada. A montagem, inspirada na comédia de Shakespeare, é encenada pelo Teatro La Plaza (Peru) e dirigida por Chela de Ferrari. O elenco é formado por homens, apenas, a fim de se manter o mais fiel possível ao teatro elisabetano, que na Inglaterra do século XVI proibia que mulheres atuassem. No entanto, o diálogo com a contemporaneidade é marcado pela direção de Chela, que ressalta a posição feminina na obra shakespeariana e aborda assuntos como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mucho Ruido por Nada narra a história de dois casais envolvidos em confusões amorosas. Cláudio ama Hero, porém abdica do seu amor por acreditar, erroneamente, que Hero é infiel. Já o casal Benedito e Beatriz é formado a partir de uma armação de Cláudio e de D. João, príncipe de Aragão, que tramam para unir os antigos desafetos, agora apaixonados. A montagem brinca com o imaginário do público por meio das relações conflituosas e os casais formado por homens em papeis femininos.

O Teatro La Plaza iniciou suas atividades em 2003 sob direção artística de Chela de Ferrari. O grupo procura, através de novos textos e de clássicos, instigar a discussão e compreender outras realidades. Além das montagens, atuam desde 2013 como incubadora de novos talentos, a partir do programa Sala de Parto, projeto que estimula o nascimento de obras e autores peruanos por meio de consultorias ou clínicas de roteiro, oficinas gratuitas de dramaturgia, co-produção e publicação de obras.

O espetáculo faz parte do programa de extensão do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, que acontece a cada dois anos no Sesc Santos e estende a sua programação para outras unidades.

Serviço:
Mucho Ruido por Nada
De 13 a 15 de setembro, sexta e sábado, às 21h; domingo, às 18h
Local: Teatro Sesc Vila Mariana
Não recomendado para menores de 12 anos
R$ 15 (Credencial Plena) l R$ 25 (meia) l R$ 50 (inteira)

A Zózima Trupe põe histórias do ônibus no palco do Sesc Vila Mariana


Créditos: Christiane Forcinito


No dia 13 de setembro de 2019 estreia em São Paulo, no Auditório do Sesc Vila Mariana, o espetáculo A Cobradora. A peça traz no palco a atriz Maria Alencar, sob direção de Anderson Maurício, a partir da dramaturgia de Cláudia Barral. A Zózima Trupe é um coletivo teatral paulistano reconhecido desde 2007 pela pesquisa que faz sobre o ônibus urbano como espaço cênico, um lugar democrático e descentralizado do fazer teatral. Dessa percepção, somada às muitas histórias ouvidas das cobradoras do Terminal Parque Dom Pedro, nasceu o espetáculo.

Após 12 anos com o ônibus e a cidade como mote para suas investidas e pesquisas cênicas, o grupo paulistano traz as histórias coletadas e o mundo simbólico desse universo para o palco italiano. No palco, em cena, a personagem Maria das Dores, que se renomeia Dolores por não gostar de seu nome. As mulheres podem tudo, inclusive se renomear. E ela segue sendo Dolores, um nome que traz em si a dor das mulheres que ela representa, encerra em si todas as Marias e outras mulheres que circulam por uma cidade árida, composta por empregos destinados a homens e outros a mulheres. Subverter é a ordem do dia.

A dramaturgia de Claudia Barral traz para o palco todas essas “Marias” das histórias reais, trançadas umas às outras, permeadas pela violência, por mortes, pela sobrevivência diária em busca do sustento, da dignidade, vidas que se emaranham no amor, amizade, luta, tristeza, solidão, revolta, presentes em todas as mulheres. Cada narrativa tinha sua particularidade, mas em cada uma delas algo a ligava a outra mulher, com outra história, com semelhanças na dor, ou nos receios, ou nas expectativas. Únicas, mas ligadas por sentimentos comuns.

Créditos: Leonardo Souzza

A pesquisa desenvolvida na peça tem camadas que vão além da trabalhadora das catracas de ônibus. A palavra ‘cobradora’ também assume o significado da mulher que cobra seus direitos, a que percebe a injustiça e exige reparações e igualdade. Aparece a “Lilith” que habita muitas das mulheres ouvidas pelo grupo.

Segundo alguns evangelhos apócrifos retirados da Bíblia em 325 d.C no Concílio de Nicéia, Lilith foi a primeira mulher de Adão, antes de Eva. A história conta que Deus criou Adão e Lilith, ambos do pó. Entretanto, Lilith não aceitou a condição de ser submissa a Adão, afinal eram feitos da mesma matéria. E, insubmissa, não aceitou uma posição inferior em relação ao homem, exigiu os mesmos direitos, não aceitou uma posição submissa e assim abandonou o Éden e Adão.

Serviço

A Cobradora
Quando: 13 de setembro a 19 de outubro de 2019.
Horário: Sextas, às 20h; e sábados, às 18h.

Local: Sesc Vila Mariana | Auditório | Capacidade: 128 lugares

Rua Pelotas, 141, São Paulo – SP | Informações: 5080-3000

Ingressos: R$ 20,00 (inteira). R$ 10,00 (estudantes, +60 anos e aposentados, pessoas com deficiência e servidores da escola pública). R$ 6,00 (Credencial Plena válida: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e dependentes).

BATE-PAPO

Conversação – Os deslocamentos políticos e poéticos da mulher de agora, em sua missão de cobrar

28 de setembro, após a apresentação

Os encontros-conversa são meios de diálogo que vislumbram refletir sobre o universo de pesquisa em torno das histórias orais de mulheres trabalhadoras do transporte público, manancial de construção cênica e dramatúrgica do espetáculo “A Cobradora”. O que neste tempo de agora é necessário cobrar? Existe algo que una todas as mulheres? O que pode em essência conectar Lilith, Eva e a mulher que cobra, a cobradora das catracas?
Com: Maria Alencar, Cláudia Barral, Natalia Yukie e Tatiane Lustoza

SESC VILA MARIANA

Bilheteria: Terça a sexta-feira, das 9h às 21h30; sábado, das 10h às 21h; domingo e feriado, das 10h às 18h30 (ingressos à venda em todas as unidades do Sesc).

Horário de funcionamento da Unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30.

Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): Terça a sexta-feira, das 9h às 20h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.

Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 111 vagas.

Os Paralamas do Sucesso se apresenta no Sesc Vila Mariana


Créditos: Divulgação


De 4 a 7 de julho, quinta a domingo, o Sesc Vila Mariana recebe Os Paralamas do Sucesso. Herbert, Ribeiro e Barone mostram que mesmo depois de mais de 30 anos de carreira ainda dispõem de um repertório a ser explorado e isso fica evidente com a apresentação do seu último disco, Sinais de Sim. Ao longo das apresentações o grupo mescla os sucessos que os tornaram famosos com os novos arranjos. Os ingressos variam de R$ 12 a R$ 40 e as vendas iniciam na próxima quarta, dia 26, em todas as unidades do Sesc e também pelo Portal SescSP.

Em 2017 o grupo lançou o álbum Sinais do Sim, com produção de Mario Caldato Jr, o disco traz 11 canções que dá a justa medida entre a experiência da dor e a renovação da esperança. Trabalho de um grupo maduro que ao longo de mais de 30 anos de experimentações, frustrações e muito sucesso nos convoca a entender que o sonho é uma saída potente em tempos de medo. Destaques para as faixas “Medo do Medo” que já surge um diagnóstico afiado do tempo em que Os Paralamas vivem e cantam. Mais uma vez, em meio à escuridão do futuro, a banda cria uma faixa poderosa para acender a luz no fim do túnel e isso fica bem nítido na canção que leva o nome do álbum, “Sinais do Sim”, o ouvinte é contagiado pela positividade do grupo e com trechos como “Se deixe levar por mim […] Já chegamos até aqui” Herbert e Cia reafirmam para o público que é preciso resistir, mesmo nesses tempos de desalento. Esta é uma das músicas mais emblemáticas do álbum, pois é a única que o trio toca sem acompanhamento de outros músicos.

Créditos: Divulgação

A dupla formada por Herbert Viana (guitarra e vocal) Bi Ribeiro (baixo) virou um trio assim que Vital, antigo baterista do grupo, não conseguiu acompanhar a trupe em uma apresentação e deu possibilidade para João Barone assumir o lugar que é seu até hoje. Com algumas exibições, o entrosamento do Paralamas era nítido e foi daí que se tomou coragem para enviar uma demo para a Rádio Fluminense- RJ, o resultado foi o topo das paradas com “Vital e Sua Moto”, homenagem ao antigo membro.

Em 1983 abriram o show do Lulu Santos no Circo Voador (RJ) e firmaram contrato com a gravadora EMI, lançando assim seu primeiro disco, Cinema Mudo, compilação das músicas do EP com outras composições. Mas foi com o seu segundo trabalho, Passo do Lui, que estabeleceu como uma das grandes bandas da época, isso graças às músicas “Óculos”, “Meu Erro” entre outras que também garantiu o convite à primeira edição do Rock In Rio (1985).

O lançamento do álbum Selvagem? (1986) foi marcado por duras críticas, que felizmente não se reverteram nas vendas. Com mais de 700mil cópias e uma mistura inconfundível de Rock, Reggae, Ska e elementos de MPB, o disco contou com participação de Gilberto Gil (“Alagados”) e um cover de Tim Maia (“Você”). Outro marco na carreira foi o ano de 1999, no qual gravaram o Acústico MTV que garantiu ao grupo, o até então inédito, Grammy de Melhor Álbum de Rock Brasileiro, feito este que se repetiria com o lançamento dos discos Longo Caminho (2003) e Hoje (2006). Os Paralamas do Sucessos comemoraram 30 anos de carreira em 2013 e continuam surpreendendo, angariando mais fãs para sua legião, esta que poderá reviver os grandes sucessos, mesclados com as novas canções, nos próximos dias no Sesc Vila Mariana.

Além dos shows, no dia 6 de julho, sábado, às 16h, João Barone ministra uma masterclass, na qual dividirá suas experiências no Paralamas e algumas técnicas. Os ingressos serão vendidos em todas as unidades do Sesc e no Portal SescSP.

Serviço:
Paralamas do Sucesso
De 4 a 7 de julho, quinta a sábado, às 21h e domingo, às 18h
Local: Teatro Antunes Filho (620 lugares)
Não recomendado para menores de 12 anos
Ingressos: R$ 12 (Credencial Plena) l R$ 20 (meia) l R$ 40 (inteira)

Masterclass de bateria
Com João Barone
Dia 6 de julho, sábado, às 16h
Local: Teatro Antunes Filho (620 lugares)
Não recomendado para menos de 12 anos
Ingressos: R$ 5 (Credencial Plena) l R$ 8,50 (meia) l R$ 17 (inteira)

Sesc Vila Mariana | Informações

Bilheteria: Terça a sexta-feira, das 9h às 21h30; sábado, das 10h às 21h; domingo e feriado, das 10h às 18h30 (ingressos à venda em todas as unidades do Sesc e pelo Portal SescSP).
Horário de funcionamento da Unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30.
Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): Terça a sexta-feira, das 9h às 20h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 111 vagas.

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Festival Yesu Luso – Teatro lusófono acontece em três unidades do Sesc este mês




Terceira edição da mostra tem como tema “Dramaturgia em Português” e recebe espetáculos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Portugal

Por Andréia Bueno
Com a missão de aproximar os falantes da língua portuguesa, o Festival Yesu Luso chega à terceira edição entre 8 e 18 de novembro, com espetáculos encenados nas unidades do Sesc Vila Mariana, Santo Amaro e Campo Limpo. A programação, com curadoria da atriz Arieta Corrêa e do produtor Pedro Santos, reúne seis peças de Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Portugal, sendo duas delas inéditas e montadas especialmente para a mostra.
Espetáculo “Os Cadernos de Kindzu”, do Amok Teatro (Brasil) é inspirado no livro “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto. Foto: Daniel Barboza
O nome do evento é derivado de um dialeto moçambicano, no qual o termo “yesu” significa “nosso”; já palavra “luso” é usada em referência ao próprio idioma. A mostra surgiu a partir de um bem-sucedido projeto-piloto chamado Festival de Teatro Lusófono, organizado por Arieta e Pedro no Sesc Bom Retiro, em 2015.
“O teatro é ancestral, é aqui e agora, vida e morte – ele é tudo o que somos. E nosso maior desejo é que estes espetáculos sejam capazes de fazer o público se identificar com esses países irmãos, que falam a mesma língua. Gostaríamos que as pessoas sejam transformadas, tocadas por um incômodo, um pensamento ou um questionamento”, conta Arieta Corrêa. 
ESPETÁCULOS
“A curadoria dos espetáculos é sempre muito minuciosa, porque fazemos essa escolha ao longo de um ano. Desta vez, o critério foi dramaturgia em português”, comenta Pedro Santos. Um dos destaques da terceira edição é o inédito “A Linha”, de Macau, inspirado livremente em uma obra do escritor lusitano José Saramago (1922-2010). Com falas em português e mandarim, a encenação é resultado de uma parceria entre a prestigiada Associação de Representação Teatral Hiu Kok e a Macao Artfusion. A trama trata da amizade entre os pastores Hon e Maria, que entram em conflito por causa da cegueira gerada pelo sentimento de posse sobre um território.
O outro espetáculo criado para a mostra é “A Última Viagem do Príncipe Perfeito”, do Grupo angolano Elinga Teatro, com direção de José Mena Abrantes. A trama narra histórias de pessoas que viajam entre Lisboa e Luanda em 1975, a bordo do navio Príncipe Perfeito (apelido do rei D. João II de Portugal). Algumas dessas figuras são um estudante que decide regressar convencido de que terá papel decisivo na revolução em curso em seu pais, uma mulher que perde todas as ilusões e luta para reencontrar um lar, um clandestino de todas as viagens que fez na vida e um casal que descobre que os sentimentos nunca morrem.
O representante brasileiro no festival é “Os Cadernos de Kindzu”, do Amok Teatro, inspirado no livro “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto. A montagem narra a trajetória do jovem Kindzu, que deixa sua vila para fugir das atrocidades de uma guerra devastadora. Durante a jornada, ele encontra outros fugitivos, refugiados e personagens cheios de humanidade.
Encenada apenas três vezes antes de chegar ao Brasil, a versão do português João Garcia Miguel para “A Casa de Bernarda Alba”, do espanhol Federico García Lorca (1898-1936), cria uma reflexão sobre o aumento do isolamento criado pelas instituições no mundo contemporâneo. A obra, que se passa em uma vila na Espanha, fala sobre a vigilância absoluta que a matriarca Bernarda Alba mantém sob suas cinco filhas, Angústias, Madalena, Martírio, Amélia e Adela, que vivem trancafiadas em casa.
A moçambicana “Nos tempos de Gungunhana”, com direção de Klemente Tsamba, narra a saga de um guerreiro chamado Umbangananamani, da tribo tsonga, que fora casado com uma linda mulher chamada Malice, da tribo Macua. Embora tenham tentado muito ter filhos, não conseguiram realizar esse sonho. Essa história da tradição oral africana é contada junto com aspectos curiosos sobre a vida na corte do rei Gungunhana.
Já o cabo-verdiano Grupo Craq’ Otchod apresenta o monólogo “Esquizofrenia”, com direção de Edilson Fortes (Di) e atuação de Renato Lopes. A peça cria uma reflexão sobre os estigmas provocados por esse transtorno mental e a necessidade de inclusão social das pessoas com essa doença.
SERVIÇO
YESU LUSO 2018 – DRAMATURGIA EM PORTUGUÊS
De 8 a 18 de novembro
Sesc Vila Mariana 
Rua Pelotas, 141, Vila Mariana.
Informações: (11) 5080-3000
Sesc Santo Amaro
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro.
Informações: (11) 5541-4000
Sesc Campo Limpo
Rua Nossa Sra. do Bom Conselho, 120, Campo Limpo.
Informações: (11) 5510-2700
Ingressos: R$20 (inteira), R$10 (meia-entrada) e R$6,50 (credencial plena)

Palavras Cruzadas: Lugares de fala contemporânea




Por meio de 12 telões, temas como racismo, homofobia, desigualdade social, imigração e feminismo negro literalmente cercam o público 

Por Andréia Bueno

Doze protagonistas, em doze vídeos ativados através de sensores de presença. Doze questões urgentes de visibilidade, expostas em depoimentos contundentes por diferentes representantes na luta contra preconceitos sociais. Esta é a proposta da exposição multimídia PALAVRAS CRUZADAS: LUGARES DE FALA CONTEMPORÂNEOS, no Sesc Vila Mariana.
Foto: Divulgação
Com curadoria de Daniel Lima, Élida Lima e Felipe Teixeira, a instalação é interativa; cada vídeo é acionado com a aproximação das pessoas. E isto não é por acaso: o outro é indispensável. É indispensável a quaisquer debates; para que nos façamos entender, para que possamos conviver, e tem de estar disposto a nos enxergar e ouvir. Outra escolha significativa na montagem diz respeito a seu espaço expositivo disposto em formato circular: nenhum dos temas presentes tem ascensão sobre outro; são todos igualmente importantes e prementes de reflexão. Assim, o público é convidado a acompanhar os discursos, dentro ou fora do círculo, criar analogias, reflexões e diálogos a partir das falas cruzadas. Em cartaz até o dia 23 de dezembro de 2018, a exposição tem entrada franca e é livre para todos os públicos.
O termo “lugar de fala” representa a busca pelo fim da mediação: a pessoa que sofre preconceito fala por si, como protagonista da própria luta e movimento. Nesse sentido, a exposição surge de alguns importantes questionamentos: quem pode falar? A quem é conferida a legitimidade e autoridade para se posicionar frente às realidades sociais? Quais vozes são consideradas na organização social, política, econômica e cultural das sociedades?
Doze protagonistas, das mais variadas vertentes sociais, ocuparão os lugares de fala: Movimento Indígena com David Karai, Movimento Quilombola com TC Silva, Movimento Sem Teto com Carmen Silva, Mães de Maio com Débora Silva, pessoas em situação prisional com Dexter, Movimento das Prostitutas com Lourdes Barreto, Movimento Trans com Amara Moira, Cultura Surda com Edinho Santos, Movimento Secundarista com Marcela Jesus, Feminismo Negro com Juliana Borges, Movimento LGBTs com Jéssica Tauane e Imigrantes com Shambuyi Wetu.
Detectores de presença, videomapping e programação digital em softwares de interatividades são alguns dos recursos tecnológicos utilizados pela equipe de realização do projeto. A exposição é fruto da pesquisa desenvolvida com o LabArteMidia (Laboratório de Arte, Mídia e Tecnologias Digitais), do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, criado em 2016 em vinculação à pesquisa do Prof. Dr. Almir Almas.
_PROGRAMAÇÃO INTEGRADA
PALAVRAS CRUZADAS: LUGARES DE FALA CONTEMPORÂNEOS terá uma programação integrada com oficinas, bate-papos e cursos. A partir de outubro, a grade de programação do Sesc Vila Mariana passa a oferecer atividades ligadas aos temas propostos na exposição, entendendo arte como ferramenta de transformação atuante nas causas sociais.
_EDUCATIVO
Durante todo o período em cartaz, a exposição contará com uma proposta educativa específica. A equipe de educadores terá papel fundamental na mediação dos conteúdos com o público visitante, para ativação das reflexões sobre os lugares de fala e os temas abordados pelos protagonistas, exercitando a alteridade e, estimulando a cidadania e o respeito à diversidade.Os agendamentos de grupos são realizados através do e-mail: agendamento@vilamariana.sescsp.org.br e http://bit.ly/ExpoPalavrasCruzadas
Serviço:
PALAVRAS CRUZADAS: LUGARES DE FALA CONTEMPORÂNEOS
Curadoria de Daniel Lima, Élida Lima, Felipe Teixeira e LabArteMidia
Visitação: até  23 de dezembro; terças a sextas-feiras, das 10h às 21h30; sábados, das 10h às 20h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30
Local: Hall dos Elevadores
Livre
Grátis
Horário de funcionamento da Unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30.
Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): Terça a sexta-feira, das 9h às 20h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 200 vagas.
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141, São Paulo – SP
Informações: 5080-3000