Diretora Neyde Veneziano estreia Francesco, com Paulinho Goulart fazendo 20 personagens


Créditos: Rodrigo Veneziano


Talentosa e de personalidade inquieta, a diretora Neyde Veneziano está prestes a gerar sua mais nova criação artística, a peça de teatro Francesco. Último texto do Nobel de Literatura Dario Fo, sobre a vida de São Francisco de Assis, baseado nas histórias que o povo contava, a obra estreia dia 8 de agosto, às 20 horas, no Teatro do CCBB de São Paulo. Autoridade sobre a obra do dramaturgo contemporâneo mais encenado no mundo, a diretora – que passou um ano em Milão, entre 2000 e 2001 debruçada sobre a obra de Fo, pesquisando o acervo da companhia, vendo vídeos, assistindo aos espetáculos, ensaios e palestras – convidou o ator Paulo Goulart Filho para a interpretação e cercou-se de equipe de criativos formada por Fábio Namatame (cenário e figurino), Daniel Maia (música) e André Lemes (iluminação). No tempo em que passou na Itália, por conta de sua pesquisa de pós-doutorado, Neyde Veneziano – autora do único livro sobre Dario Fo publicado no Brasil- chegou a conviver com quem considera a “figura mais emblemática de um tipo de teatro que não se esquece da plateia e das causas sociais”, inclusive frequentando sua casa.

Quando Fo morreu, em 2016, Veneziano já havia traduzido o texto e estava com os direitos de montagem da peça. Na época, Neyde estava encenando Mistério Buffo, com Domingos Montagner e era desejo do ator interpretar o personagem. Mas Domingos morreria logo depois, no mesmo ano de Dario Fo. Ao encontrar o ator Paulinho Goulart, Neyde finalmente vai encenar Francesco. Veneziano resolveu encenar o texto por paixão, pela mensagem de paz que transmite e pelo ineditismo. “Dario está dando um abraço coral no público, trata-se de um texto mais humano, sem perder a ironia e o humor.” A diretora está concebendo uma encenação calcada na arte do ator. Como Dario gostava. “O ator está no centro do palco, no centro da história, no centro das atenções.

Créditos: Rodrigo Veneziano

Porém, para deixar mais espetacular, como nosso público gosta, acrescentaremos música e teremos cenário e figurino, que será um tanto ousado.” Nos primeiros meses de trabalho, diretora e ator se encontravam virtualmente – ela, em seu apartamento em São Paulo; ele no Rio. Faziam ensaios de mesa, como são chamados os primeiros ensaios do texto, por Skype. No começo de julho, Paulinho veio para São Paulo e os trabalhos passaram a acontecer de forma presencial, como manda o figurino.

Desafio de Paulo Goulart Filho

A respeito do convite para fazer o espetáculo, Paulinho recebeu a surpresa como um desafio. “Quando a Neyde falou comigo fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, apavorado. Fazer um monólogo! E ainda mais do Dario Fo! Que desafio! Mas nossa profissão é assim, somos movidos por desafios.”

Bailarino, ator, cantor, Paulo Goulart Filho reúne as habilidades e características desejadas por Neyde para o papel. Em cena, além do próprio Francisco, interpreta todos os outros personagens que contracenam com ele. Além dos sete personagens principais – Francesco, cardeal, narrador, o lobo, o papa (o antagonista), o Colona e o padre – Paulinho interpreta o pai, a mãe, as pessoas da igreja e os amigos, num total de 25 tipos diferentes. “Enfim, uma gama de diversos tipos e características físicas, o que é um grande exercício de interpretação. Não estamos trabalhando com o naturalismo mas sim com tipos, arquétipos e uma linguagem farsesca de contadores de histórias.

Preciso utilizar toda a minha experiência como ator, todos os meus recursos e repertório físico, vocal e emocional para transformar o texto em um espetáculo divertido, performático e emocionante para o público. Confesso que dá um friozinho na barriga só de pensar. Mas isso que é bom em nossa profissão. Nunca estamos no lugar comum, na zona de conforto, sempre estamos na corda bamba sobre um precipício. Ser ator é isso, mergulhar num buraco negro sem saber o que está em baixo.”

Serviço

Teatro do CCBB – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP, 01012-000
Telefone: (11) 3113-3651

O espetáculo ficará em cartaz no CCBB, de quinta a segunda-feira, de 8 a 31 de agosto, sendo aos domingos às 18h e todos os outros dias às 20h. Serão 2 sessões extras: nos dias 11 de agosto, domingo, às 11h, e 19 de agosto, segunda, às 18h. Duração: 70 minutos. Gênero: Comédia. Os valores dos ingressos respeitarão as regras do Prêmio Zé Renato: R$ 20,00 e R$ 10,00. Acessibilidade: Sim. Capacidade: 130. Classificação: 14 anos.

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo – SP

(Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô)

(11) 3113-3651/3652 | Todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças.

Capacidade do teatro: 140 lugares

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Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja. Estacionamento conveniado: Edifício Zarvos – Rua da Consolação, 228. Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô. Valor: R$ 14 pelo período de 6 horas. É necessário carimbar o ticket na bilheteria do CCBB.

Nunca Fomos Tão Felizes prorroga temporada em SP


Créditos: Divulgação


Após dois 02 meses em cartaz, com grande sucesso de público e crítica (03 estrelas da revista Veja SP), o espetáculo Nunca Fomos tão Felizes, produção da Applauzo e Lugibi, terá a sua temporada prorrogada até o dia 12 de maio no Teatro Itália.

No elenco Eduardo Martini, Larissa Ferrara, Luccas Papp, Mateus Monteiro e Nicole Cordery, com texto e direção de Dan Rosseto (ganhador do Prêmio Nelson Rodrigues de personalidade do Teatro de 2018).

Esse novo espetáculo de Rosseto, acontece em uma noite de inverno de 1962. Nancy fez planos para comemorar o aniversário de casamento durante o jantar; seu marido Charlie sonha com a promoção na concessionária de Billie, um velho lascivo casado com Simone, uma mulher autentica com pensamentos de vanguarda.

Créditos: Divulgação

Num clima de sedução e permissividade Charlie e Nancy são presos na teia de Billie e Simone. O velho se mostra desde o início seguro, uma persona que consegue tudo o que deseja. Simone, uma mulher à frente de seu tempo, extravasa sua frustração com o cinismo e a ironia de quem manipula cada situação a seu favor.

A verdade se torna algo degradante, após a entrada do subestimado e não convidado Frank. Aos poucos o espectador monta um quebra cabeça psicológico e cruel, observando cair às máscaras sociais assumidas pelas personagens por proteção e medo de expor os sentimentos.

O que era para ser um jantar de celebração transforma-se numa fogueira das vaidades, revelando a perturbadora face de cada um. O espectador, voyer da catástrofe alheia é testemunha dos acontecimentos sem imaginar a triste sentença. Afinal todo mundo oculta a verdade nos assuntos sexuais.

SERVIÇO:
Local: Teatro Itália, (Av. Ipiranga 344 – República). 274 lugares.
Data: Até  12/05 (Sexta e Sábado 21h e Domingo 18h).
Informações:  3255-1979
Vendas pela internet: https://www.sazarte.com/
Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia).
Duração: 100 min
Classificação: 14 anos

Destaques de janeiro no cinema do IMS


Créditos: Divulgação


O cinema do IMS começa o ano com uma série de sessões especiais em sua programação. No dia 27 de janeiro, às 19h30, o IMS Paulista promove  sessão do filme Os sonâmbulos, do diretor Tiago Mata Machado. Lançado em 2018, o longa-metragem brasileiro é ambientado em um mundo em que o estado de exceção se tornou regra.

Este mês também conta com a nova edição da Sessão Mutual Films, realizada a cada dois meses nos centros culturais. O evento acontece no IMS Rio no dia 16 de janeiro, às 18h. Com curadoria de Aaron Cutler e Mariana Shellard, a Sessão Mutual Films estabelece diálogos entre diferentes filmes. Esta edição apresenta dois longas-metragens: História imortal (1968), de Orson Welles, e Berenice (1983), de Raúl Ruiz. Os filmes serão exibidos um após o outro. Durante o evento, o público poderá verificar as semelhanças e diferenças entre os títulos, ambos inspirados em obras da literatura europeia.

Créditos: Divulgação

Em janeiro, acontece também mais uma edição da Sessão Cinética, evento mensal organizado pelo IMS em parceria com a revista Cinética. A sessão acontece no IMS Paulista no dia 17 de janeiro, às 18h30. Nesta edição, será exibido o filme La danse – O balé da Ópera de Paris (2009), de Frederick Wiseman. O documentário acompanha os bastidores e apresentações de sete montagens da companhia de dança francesa. Após as exibições, haverá um debate com críticos da revista Cinética.

Serviço

IMS Paulista

26 de janeiro
19h

Os sonâmbulos

Tiago Mata Machado
Brasil, 2018, 110´, DCP

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia)

Sessão Mutual Films

27 de janeiro
19h

História imortal
Orson Welles
França,1968, 66’, 35 mm para DCP

*Antes da sessão, haverá uma breve fala dos curadores e uma apresentação em vídeo

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

21h*
Berenice

Raúl Ruiz

França, 1983, 105’, 16 mm para DCP

*Antes da sessão, haverá uma breve fala dos curadores e uma apresentação em vídeo

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

Os dois filmes serão exibidos novamente no dia 27 de janeiro.

Sessão Cinética

17 de janeiro
18h30*
La danse – O balé da Ópera de Paris
Frederick Wiseman
EUA, França, 2009, 158’, DCP

*Após a exibição, haverá um debate com críticos da revista Cinética

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

O filme será exibido novamente no dia 25 de janeiro, às 18h30.

IMS Rio

Sessão Cinética

26 de janeiro
17h

La danse – O balé da Ópera de Paris
Frederick Wiseman
EUA, França, 2009, 158’, DCP

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

Sessão Mutual Films

16 de janeiro
18h*
História imortal
Orson Welles
França,1968, 66’, 35 mm para DCP

*Antes da sessão, haverá uma breve fala dos curadores e uma apresentação em vídeo

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

19h30*
Berenice

Raúl Ruiz

França, 1983, 105’, 16 mm para DCP

*Antes da sessão, haverá uma breve fala dos curadores e uma apresentação em vídeo

Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

Os dois filmes serão exibidos novamente no dia 27 de janeiro.

Ingressos: http://ims.com.br

Espetáculo solo aproxima tragédia grega da memória escravocrata do Brasil


Créditos: Julieta Bacchin


Entrelaçando o clássico Medeia de Eurípedes e a escravidão no Brasil, o solo Medea Mina Jeje faz circulação por vários locais da cidade de São Paulo com a contemplação da 7ª. edição do Prêmio Zé Renato. A montagem é dirigida por Juliana Monteiro com dramaturgia de Rudinei Borges e atuação de Kenan Bernades.

As apresentações acontecem nos seguintes lugares: Centro Cultural Da Penha (12 e 13 de janeiro), Teatro Arthur Azevedo (De 18 de janeiro a 17 de fevereiro), Centro Cultural Vila Formosa (De 22 a 24 de fevereiro), Centro Cultural Olido (De 1 a 3 de março) e Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (16 e 17 de março). As apresentações contam com entrada gratuita.

O espetáculo, um poema cênico no qual Medea, uma mulher negra escravizada na Vila Rica de Nossa Senhora de Pilar de de Ouro Preto, nas Minas Gerais do século XVIII, narra o sacrifício de seu filho Age, é uma releitura do clássico Medeia de Eurípedes.

A dramaturgia de Rudinei Borges é constituída a partir da fricção entre a narrativa polissêmica da Medea negra da Mina Jeje e a leitura da clássica tragédia datada de 431 a.C. Na peça de Eurípedes, a protagonista mata os próprios filhos para se vingar do abandono de Jasão, por quem havia renunciado à própria família e à terra natal.

Em oposição à heroína trágica, em Medea Mina Jeje, a escravizada Medea vê na morte do filho a única libertação possível do sofrimento causado pelo trabalho escravo nas minas de ouro que moveram a economia brasileira colonial durante séculos.

“O espetáculo nasceu do desejo de conversar com a minha ancestralidade, de abrir os ouvidos para as vozes de indivíduos livres que foram trazidos para o Brasil como escravos e dar voz aos meus mortos”, afirma o intérprete Kenan Bernardes, também idealizador e produtor geral da peça. “Encontrei na tragédia de Eurípedes e na obra homônima do cineasta italiano Pasolini, o fio disparador que deu origem a esta Medea. Foram quase dois anos de pesquisa e processo que agora oferto ao público como quem deseja entregar um presente a alguém muito estimado.”

Para a diretora Juliana Monteiro, a relação entre as obras reverberou em todos os envolvidos no projeto. “A aproximação com determinados aspectos da jornada de Medeia de Eurípedes permitiu aos artistas deste espetáculo traçar uma analogia com sua própria trajetória, o encontro com desejos de reelaborar os próprios caminhos no teatro”, relata.

A mina em Ouro Preto (MG), que dá nome ao espetáculo, hoje é uma atração turística. No entanto, é mais do que isso: cicatriz da escravidão que perdurou no Brasil por mais de três séculos e trouxe consequências visíveis até hoje nas mais diversas camadas sociais do país, sobretudo para a população negra.

Muitos escravizados trabalharam nas minas na extração de minérios em Minas Gerais, um dos estados com maior concentração de negros no século XVIII. As condições de trabalho eram extremamente precárias e provocaram a morte de incontáveis vidas naquele período.

Créditos: Julieta Bacchin

Atividades Formativas

Além da apresentação do espetáculo Medea Mina Jeje, o projeto realiza uma ação formativa intitulada Diálogos Trágicos – Memórias Ancestrais E Identidades Afrodiaspóricas: Diálogos Atemporais.

Em algumas das sessões, a educadora e pesquisadora do Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora da PUC/SP, Liliane Braga, media conversa com o público em torno a reflexões provocadas pelo espetáculo.

Performances negras presentes em celebrações e rituais têm sido historicamente inferiorizadas por sistema educacional e midiático eurocêntrico, que impõem como padrão manifestações culturais pautadas em forma letrada de conhecimento. Tal sistema cria hierarquizações – como o “erudito” e o “popular”; o “mainstream” e o “underground”.

Este diálogo intenciona desnaturalizar ideias que inferiorizam o saber-fazer africano e afro-brasileiro, realizado na injunção entre mente, corpos e sentidos, aproximando-se à experiência sensorial provocada pelo teatro.

Essa ação acontecerá sempre 10 minutos após a apresentação das seguintes sessões:

Janeiro: 12 (Centro Cultural Da Penha); 18 e 27 (Teatro Municipal Arthur Azevedo);

Fevereiro: 01, 03, 08, 10 e 15 (Teatro Municipal Arthur Azevedo); 22 e 24 (Centro Cultural Vila Formosa);

Março: 01 (Centro Cultural Olido) e 17 (Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes).

SERVIÇO

MEDEA MINA JEJE

Centro Cultural Da Penha

Dias 12 e 13 de janeiro, sábado, 20h e domingo, 19h

Largo do Rosário, 20 – Penha de Franca, São Paulo

(11) 2295-0401

Teatro Municipal Arthur Azevedo

De 18 de janeiro a 17 de fevereiro, sexta e sábado, 21h e domingo, 19h

Av. Paes de Barros, 955 – Mooca, São Paulo.

(11) 2605-8007

Centro Cultural Vila Formosa

Av. Renata, 163 – Chácara Belenzinho, São Paulo

De 22 a 24 de fevereiro, sexta e sábado, 20h, e domingo, 19h

(11) 2216-1520

Centro cultural Olido – Sala Paissandu

Av. São João, 473 – Centro, São Paulo.

De 01 a 03 de março, sexta e sábado 20h, e domingo, 19h

(11) 2899-7370

Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes

R. Inácio Monteiro, 6900 – Conj. Hab. Sitio Conceição, São Paulo

Dias 16 e 17 de março, sábado 20h, e domingo, 19h

(11) 3343-8900

Festival Verão com Arte reúne cinco produções no Teatro Glaucio Gill




Haverá um passaporte promocional para o espectador que assistir às cinco produções

Por Andréia Bueno
O ano novo vai começar quente no palco do Teatro Glaucio Gill, em Copacabana. Na celebração dos 60 anos do espaço, cinco espetáculos vão se alternar na programação: quatro elogiadas produções, sucessos de público e crítica, e uma estreia. O Festival Verão com Arte vai ter início com a consagrada comédia ‘Brimas’ (sáb. e dom., às 18h), dirigida por Luiz Antonio Rocha, que há três anos leva aos teatros a relação de amizade e cumplicidade de Ester e Marion, personagens inspiradas nas avós das atrizes e autoras Beth Zalcman e Simone Kalil. Nos mesmos dias, na sessão das 21h, o público vai conhecer a improvável história de amor de ‘Alice e Gustavo’, texto de Carol Loback e Rodrigo Monteiro, com direção de Jorge Farjalla, que acompanha o encontro e o afeto crescente entre uma dona de casa evangélica e o dono de uma banca de revistas solitário e gay.
Beth Zalcman ( esquerda) & Simone Kalil em Brimas – Foto: Guga Melgar
A programação continua às terças e quartas, às 18h, momento de se emocionar com o espetáculo ‘Zilda Arns, a dona dos lírios’, que leva à cena a história de luta e perseverança da médica sanitarista, responsável por reduzir em 60% a taxa de mortalidade infantil no país. A peça repete a parceria do diretor Luiz Antonio Rocha com a atriz Simone Kalil, iniciada em ‘Brimas’. Quinta e sexta-feira vão ser dias de dobradinha novamente. Às 18h, a atriz Clara Santhana vai apresentar o sucesso ‘Deixa Clarear, musical sobre Clara Nunes’, no qual relembra, de maneira poética, momentos da vida da cantora e músicas famosas de seu repertório como ‘Morena de Angola’ e ‘Na linha do mar’. Livremente inspirado no clássico, “O Rinoceronte”, de Eugène Ionesco, ‘Os javalis’ faz sua estreia no dia 10, às 21h. Com texto de Gil Vicente Tavares e direção de Emiliano d’Avila, a montagem conta a história de um homem solitário, que tem sua casa invadida por um pretenso vendedor desesperado, anunciando o fim da humanidade, devastada por javalis.
O projeto vai oferecer um passaporte promocional para quem quiser assistir às cinco peças. O valor será de R$ 75, não cumulativo com meia-entrada e outras promoções. Saiba mais sobre cada um dos espetáculos:
Brimas
Há três anos em cartaz, indicado ao Prêmio Shell de melhor texto e visto por quase 50 mil espectadores, o espetáculo ‘Brimas’ tem um segredo para o sucesso: é a alta dose de afeto, que está presente na história criada pelas atrizes Beth Zalcman e Simone Kalil, e na relação com o público, de troca, cumplicidade e até confissões. Com direção de Luiz Antônio Rocha, a peça é baseada nas histórias das avós das atrizes, que saíram jovens de seus países de origem, Egito e Líbano respectivamente, e foram acolhidas no Brasil no início do século passado. As personagens, uma judia e a outra católica maronita, estabelecem uma relação de amizade, convivendo com tolerância e respeito, valorizando a riqueza da diversidade cultural e religiosa de cada uma. Sáb. e dom., às 18h. Duração: 1h10 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.
Alice e Gustavo
Comédia romântica escrita por Carol Loback e Rodrigo Monteiro, com direção de Jorge Farjalla, ‘Alice e Gustavo’ conta a história de um amor improvável. Insistimos em contar narrativas com uma lógica avessa à vida. Como se os fatos acontecessem de uma forma linear e conduzissem a um desfecho que atenda às nossas expectativas. Porém não é assim que acontece na vida. Com delicadeza e humor, o público vai reconhecer o nascimento do amor em situação inusitada, abrindo uma reflexão sobre as possíveis causas desse sentimento. A solidão, neste mundo grande e cheio de redes sociais virtuais, faz com que os dois personagens se encontrem e se apaixonem um pelo outro. Sáb. e dom., às 21h. Duração: 1h10 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.
Zilda Arns – A dona dos lírios

Foto: Dalton Valério
Com direção de Luiz Antonio Rocha e intepretação de Simone Kalil, o monólogo leva à cena os momentos mais importantes da fundadora da Pastoral da Criança, três vezes indicada ao Prêmio Nobel de Paz, e responsável por importante redução da mortalidade infantil no Brasil. Zilda Arns visitou todas as cidades brasileiras – chegou com a missão de salvar vidas de norte a sul do país, de lixões a aldeias indígenas, das periferias dos grandes centros aos interiores sertanejos, nenhum lugar lhe escapava. Um trabalho desbravador, que muitas vezes lembra a expedição dos irmãos Villas-Bôas. O espetáculo volta ao cartaz depois de duas temporadas de sucesso de público e crítica. 3ª e 4ª, às 18h. Duração: 1h. Classificação indicativa: Livre

Deixa Clarear, musical sobre Clara Nunes
Foto: Leo Gomes
Há cinco anos circulando pelo Brasil, com mais de 200 mil espectadores na estrada, “Deixa Clarear, musical sobre Clara Nunes” mistura música e poesia na construção de um olhar sobre a cantora Clara Nunes e sua carreira que busca incentivar a juventude a valorizar o cancioneiro brasileiro e suas raízes genuínas. No repertório estão clássicos de grandes compositores como “O canto das três raças” (Paulo Cesar Pinheiro/ Mauro Duarte), “Na linha do mar” (Paulinho da Viola), “Morena de Angola” (Chico Buarque), “Um ser de luz” (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro e Mauro Duarte), “O mar serenou” (Candeia), entre outras. 5ª e 6ª, às 18h. Duração: 1h15. Classificação indicativa: livre
Os javalis
Um homem solitário tem sua casa invadida por um pretenso vendedor que, desesperado, anuncia o fim da humanidade, devastada por javalis que tomaram conta de tudo. Inicialmente desacreditado, o dono da casa começa a ser levado pelo discurso do vendedor e por eventos estranhos que acontecem em sua casa. Uma atmosfera, entre a tensão e o humor, é criada, detonando diversas questões que levarão os dois a caminhos surpreendentes. Livremente inspirado no clássico, “O Rinoceronte”, de Eugène Ionesco, “Os Javalis” – escrito pelo renomado dramaturgo baiano, Gil Vicente Tavares – segue a tradição da estética do Absurdo na dramaturgia contemporânea. 5ª e 6ª, às 21h. Duração: 1h. Classificação indicativa: 12 anos.
Serviço
Festival Verão com Arte
Temporada: 5 de janeiro a 1º de fevereiro
Teatro Glaucio Gill: Praça Arcoverde, s/nº, Copacabana (ao lado da Estação Arcoverde)
Telefone: 2332-7904
Dias e horários:
Brimas: sáb., e dom., às 18h.
Alice e Augusto: sáb., e dom., às 21h.
Zilda Arns – A dona dos lírios: 3ª e 4ª, às 18h.
Deixa Clarear: 5ª e 6ª, às 18h.
Os javalis: 5º e 6º, às 21h.
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Passaporte: R$ 75 para as cinco peças (não cumulativo com outros descontos ou promoções).
Lotação: 130 pessoas

Tamboré Cine Open Air promove entretenimento gratuito ao ar livre




Evento acontece entre 25 e 28 de outubro com programação para toda a família

Por Andréia Bueno
Filmes que são queridinhos do público, snacks típicos de cinema e muita diversão para todas as idades: esse é o Tamboré Cine Open Air, evento que acontece no Shopping Tamboré nos dias 25, 26, 27 e 28 de outubro.
Foto: Divulgação
O festival de cinema ao ar livre estará localizado em espaço do estacionamento externo em frente à Alameda Gourmet. Com telão de 45m2, o espaço tem capacidade para 200 pessoas, conta com cenário descontraído e mistura cadeiras e pufes para que os visitantes possam assistir confortavelmente à seleção de filmes. 
Ao todo, serão 6 diferentes sessões:
25/10, quinta-feira, 20h – Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra.
26/10, sexta-feira, 20h – Se Beber, Não Case!
27/10, sábado, 16h – Monstros S.A
27/10, sábado, 19h – Os Vingadores
28/10, domingo, 16h – Os Incríveis
28/10, domingo, 19h – Doze é Demais 2
O cadastro que dá direito aos ingressos gratuitos pode ser realizado diretamente na plataforma Sympla pelo site www.sympla.com.br/tamborecineopenair.
No local, será possível encontrar ainda food truck Cinemark com pipocas doces, salgadas e milk-shake, bebidas da Bubble Kill e food bikes com crepe, batata frita e balas Fini.

Serviço: 
Tamboré Cine Open Air
Data: 25, 26, 27 e 28 de outubro
Horário: quinta e sexta-feira às 20h; sábado e domingo às 16h e às 19h
Local: Estacionamento externo
Sessões de Cinema Gratuitas mediante a cadastro na plataforma Sympla www.sympla.com.br/tamborecineopenair
Shopping Tamboré: Av. Piracema, 669