Aqui Jaz Henry volta ao Rio




Da obra homônima do canadense Daniel MacIvor, a peça fala sobre a impermanência do ser humano, as dores e amores nas relações, homossexualidade e morte.

Por Andréia Bueno
A temporada de estreia no Rio de Aqui Jaz Henry – espetáculo solo de Renato Wiemer, com direção artística de Clarissa Freire – foi subitamente interrompida com o aviso de que a Livraria Cultura, local que abrigava o Teatro Eva Herz, no Centro do Rio, encerraria suas atividades. Como numa reviravolta dramatúrgica revigorante, uma rede de solidariedade adiou o ponto final dado pela crise financeira. Ao saber do ocorrido, integrantes do MATER e da Liga Teatral, além de diretores, técnicos, produtores e atores, imediatamente se mobilizaram para encontrar um novo palco para o monólogo. Foi assim que o Solar de Botafogo abriu suas portas e acolheu Aqui Jaz Henry para uma temporada relâmpago. Agora, dia 9 de janeiro, o espetáculo volta à cidade fluminense para dois meses de apresentações no Teatro Cândido Mendes.
Foto: Patrícia Ribeiro
Com figurinos de Claudio Tovar e visagismo de Leopoldo Pacheco, a peça apresenta um homem que tenta explicar uma série de fatos sobre a existência humana. Nem ele mesmo sabe o que é verdade – e nem teria como saber – porque mente a respeito de tudo, até sobre a própria mentira.
Renato Wiemer traduziu a escrita polissêmica do autor canadense Daniel MacIvor, conhecido no Brasil pelas peças In On It, À Primeira Vista e Cine Monstro. “MacIvor tem uma maneira particular de escrita, uma dramaturgia não linear, meio ‘torta’, dissonante, mas que no final faz todo o sentido. Henry fala e se relaciona o tempo todo com a plateia. Quebrando a ‘quarta parede’ o espetáculo transporta o espectador para dentro da sua narrativa,” define Wiemer.
A paixão do ator pelo estilo de MacIvor surgiu quando assistiu a uma montagem da peça In On It. “Minha experiência ao testemunhar a escritura dramatúrgica e a riqueza impressa do texto me trouxe a certeza que não me interessava qual história contar, mas sim, como contá-la. Nada importa para além do que é dito. Mesmo que sejam mentiras”, completa.
O texto do espetáculo foi concebido em um workshop ministrado pela Da Da Kamera Cia. de Teatro no Festival Antigonish, e sua primeira montagem aconteceu no Six Stage Festival, no Buddies In Bad Times Theatre, em Toronto. A montagem brasileira estreou em outubro de 2017 no Teatro Pequeno Ato, em São Paulo.
Serviço:
AQUI JAZ HENRY 
Reestreia dia 9 de janeiro de 2019
Duração: 65 minutos. Classificação: 16 anos. Ingressos: R$50 (inteira); R$25 (meia-entrada).
Temporada: Quartas e Quintas, às 20h. Até dia 28 de fevereiro de 2019.
Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Informações: 21 2525-1000
103 lugares.

Espetáculo Sons de Vermelho em duas apresentações no Solar de Botafogo




Por Leina Mara

Inspirado na obra de poesias eróticas “O Livro Vermelho de Maria Vasco”, o espetáculo “Sons de Vermelho” traz à cena a liberdade da mulher pelo gozo em um projeto multidisciplinar que reúne linguagens teatrais, performance e dança. Concebido e dirigido por Pedro Nogh, com co-direção de Hayla Barcellos e Danielle Oliveira, o trabalho não pretende fazer arte panfletária. A busca é pela beleza poética, expressividade e, principalmente, o auto-conhecimento e auto-controle da mulher sobre seu corpo, seus desejos e seu prazer.

Foto: Divulgação

O elenco é composto por Sophia Dornellas, Danielle Oliveira, Renata Mattos, Maria Augusta Montera, Jana Torres, Bel Machado e Viviane Cataldi. As apresentações acontecem nos dias 18 e 25 de setembro no Solar de Botafogo. O roteiro da peça é uma criação coletiva do elenco e dos diretores.

SERVIÇO

Sons de Vermelho | Ensaio Aberto 

Dias: 18 e 25 de setembro (segunda-feira)

Horário: 21h

Local: Teatro Solar de Botafogo

Endereço: Rua General Polidoro 180, Botafogo – Rio de Janeiro, RJ –  Tel.: 2543.5411

Ingressos: R$40; R$20 (meia) 


Classificação: 14 anos

Casa acessível para cadeirantes