5 exposições para visitar em junho


Créditos: Divulgação


O mês de junho chegou e com ele, opções de entretenimento não faltam. Se você quer fugir das festas típicas do mês para fazer uma programação mais cultural, veja, a seguir, 5 sugestões de exposições em cartaz!

Lina Bo Bardi: Habitat

Créditos: MASP

Em cartaz no MASP, a exposição aborda a amplitude da produção e do pensamento da arquiteta que, entre muitas outras obras, projetou o prédio que hoje abriga o MASP. A exposição comemora 50 anos da abertura do prédio ao público.

Quando: Até 28 de julho. Terças, das 10 às 20h. Quarta a sexta, das 10h às 19h. Sábados e domingos, das 10h às 20h.

Onde: MASP – Av. Paulista, 1578

Ingressos: R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia). Menores de 11 anos não pagam. Entrada grátis às terças-feiras.

Japão 47 Artesãos

Créditos: D&DEPARTMENT PROJECT/CASACOR

Com curadoria do designer japonês Kenmei Nagaoka, a exposição reúne design, artesanato, contemporaneidade e tradição. As peças em exposição foram feitas por artesãos das 47 províncias que compõe o Japão e cada objeto conta um pouco sobre a história de cada uma delas.

Quando: Até 21 de julho. De terça a domingo e feriados, das 10h às 20h. Quintas, das 10h às 22h.

Onde: IMS Paulista – Av. Paulista, 2424

Grátis.

Artur Lescher: Suspensão

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Em cartaz na Pina Estação e com curadoria de Camila Bechelany, a exposição apresenta uma retrospectiva da trajetória de Artur Lescher, com cerca de 120 trabalhos do artista. Ao longo da exposição, são instalações, esculturas, maquetes e cadernos de desenho.

Quando: Até 24 de junho. De quarta a segunda, das 10h às 17h30.

Onde: Pina Estação – Largo General Osório, 66

Grátis.

Solfejo, de Felippe Moraes

Créditos: Divulgação

A exposição apresenta 29 obras e instalações de Felippe Moraes, sendo 13 delas inéditas e criadas exclusivamente para a mostra. A exibição imersiva apresenta um recorte da produção do artista, que lida com noções de som e música. As instalações contam com cheiros, formas, músicas, vídeos e textos que fazem referência a diversas expressões da musicalidade presentes no dia a dia.

Quando: Até 30 de junho. Terça a sábado, das 10h às 22h. Domingo, das 10h às 20h.

Onde: Centro Cultural Fiesp: Av. Paulista, 1313 (em frente à estação Trianon-Masp do metrô)

Grátis.

Marc Ferrez: Território e Imagem

Créditos: Acervo IMS

A mostra reúne mais de 300 itens do fotógrafo Marc Ferrez, que percorreu as diversas regiões do Brasil ao longo dos mais de 50 anos de sua atuação profissional, de 1867 a 1923. A coleção em exibição conta com fotografias, álbuns originais, negativos de vidro, câmeras e equipamentos fotográficos, correspondências, entre outros.

Quando: Até 21 de julho. De terça a domingo e feriados, das 10h às 20h. Quintas, das 10h às 22h.

Onde: IMS Paulista – Av. Paulista, 2424

Grátis.

Não perca a oportunidade de fazer um bom passeio cultural durante o mês de junho!

Felippe Moraes estreia exposição imersiva Solfejo no Centro Cultural Fiesp


Créditos: Divulgação


Redes de deitar que badalam sinos; camas com tubos que emitem sons harmônicos; um neon com um verso da música Divino Maravilhoso, de Caetano Veloso, e um cheiro de alecrim que remete à canção Tanto Mar, de Chico Buarque, integram a exposição Solfejo, que estreia no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp no dia 3 de abril. Trata-se de uma reunião de 29 peças, entre obras e instalações de Felippe Moraes, sendo 13 delas inéditas e criadas especialmente para a mostra. O público pode conferir as obras gratuitamente até o dia 30 de junho.

A nova mostra de Moraes, artista que atualmente reside em Portugal, onde faz doutorado pela Universidade de Coimbra, exibe um recorte de sua produção artística, que lida com noções de som e música. Formada por obras inéditas e outras já consagradas em seu repertório, a exposição apresenta trabalhos de grande porte, com estruturas de aço e processos técnicos, como afinação acústica e construções especializadas.

O nome Solfejo é uma referência à escala tonal, representada pela partitura, as imagens que possibilitam ao estudante “ler” a música que será executada – proposta que coincide com os objetivos de Felippe Moraes. “Os trabalhos são dispositivos para mostrar coisas que acontecem, mas não são vistas”, explica.

O artista, que também assina a expografia, cenografia e design gráfico da mostra, trabalha com diversos materiais dependendo da necessidade poética de cada projeto. “Domino as ferramentas digitais e executo as obras em seguida, ou as terceirizo, como no caso das peças inéditas de Solfejo”, adianta.

A pluralidade de materiais e recursos usados nas obras faz com que Solfejo proponha o máximo de experiências sensoriais com obras imersivas, como Intervalo Harmônico, formada por camas com tubos sonoros nas laterais que emitem pares de notas musicais harmônicas entre si; e Composição Aleatória, uma sequência de oito redes de descanso que, ao serem movimentadas, acionam o som de um sino – obra que reforça a importância do indivíduo num contexto de coletividade e permite a composição de uma música em grupo.

Destaque para a instalação olfativa Tanto Mar permite que o visitante sinta uma essência de alecrim por todo o espaço expositivo. Título homônimo ao da música composta por Chico Buarque, em 1975, faz referência ao trecho específico “manda urgentemente algum cheirinho de alecrim”. A canção faz menção à Revolução dos Cravos, que aconteceu em Portugal no mesmo período em que o Brasil passava pela ditadura militar.

Já a série Desenho Sonoro, criada em 2014, registra o efeito causado pela vibração de diferentes sons sobre uma placa de metal com areia. Os padrões foram captados pelo próprio artista em uma série de fotografias em grande escala.

A programação ainda conta com oficinas, visita guiada com o artista e debate ao longo do período expositivo. As informações sobre essas atividades serão divulgadas em breve, no site do Centro Cultural Fiesp.

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Ciência, natureza e espiritualidade

O artista conta que sua produção se direciona para temas que unem ciência, natureza e espiritualidade: “Eu lido com o que nos ultrapassa, com o que não tem um vocabulário específico para se descrever”. Sobre esse aspecto da sua obra, Felippe Moraes complementa que o que o interessa é a relação íntima entre a sua prática artística, a razão e o espiritual, visto que esses campos estão lidando com os grandes mistérios do universo e que, a partir do momento em que a ciência não dá conta de determinados fenômenos, emerge uma transcendência com narrativas mitológicas, religiosas e outros recursos que procuram dar sentido ao que não tem resposta.

“A espiritualidade está sempre um passo adiante na tentativa de criar explicações para o que o conhecimento racional ainda não responde – um alimenta o outro e ambos também se confrontam”, diz o artista. Para ele, Solfejo lida justamente com o revelar dos padrões invisíveis, com o que acontece ao redor, mas não é percebido. “A revelação desses fenômenos abre a percepção para experiências sensoriais, transcendentais e mitológicas”, completa.

Para o artista, que comemora este ano 10 anos de carreira, a mistura de obras do passado e do presente cria novas compreensões sobre os trabalhos mais antigos e estes acabam por alimentar os mais recentes.

Serviço:
Exposição Solfejo
Período: 3 de abril a 30 de junho
Horários: terça a sábado, das 10h às 22h, e domingos, das 10h às 20h
Local: Espaços de Exposições do Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1313 – em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)
Classificação indicativa: livre
Agendamentos escolares e de grupos: ccfagendamentos@sesisp.org.br
Grátis. Mais informações em  http://www.centroculturalfiesp.com.br