Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery atualiza clássico de Plínio Marcos


Créditos: Nycholas Alves


Escrita em 1966, a peça Dois Perdidos numa Noite Suja, de Plínio Marcos, aborda a precariedade no mundo do trabalho e as práticas de destituição da vida. Em montagem dirigida por José Fernando Peixoto de Azevedo, essa temática é atualizada a partir de uma perspectiva interracial. O espetáculo estreia no Teatro Aliança Francesa em uma temporada que vai de 23 de setembro a 26 de novembro de 2023, com sessões aos sábados, às 20h30 e, aos domingos, às 18h30. Os ingressos custam R$60 (inteira) e R$ 30 (meia).

Com Michel Pereira Lucas RosárioDois Perdidos numa Noite Suja – Delivery mantém o texto de Plínio Marcos na íntegra. Entretanto, os personagens que eram carregadores de caminhão no original se transformaram em entregadores delivery nesta nova proposta.

Além disso, na história dirigida por José Fernando, Tonho é um jovem negro e Paco um jovem branco. Ambos são da periferia e vivem em uma residência estudantil, pois estão lutando para se manter na universidade. “Queríamos atualizar a peça sem alterar o texto. Foi quando o Michel teve a ideia de transformá-los em entregadores. Essa precarização total da vida acaba se revelando um desdobramento daquilo que já aparece no texto de Plínio”, comenta o encenador.

A mistura desses dois universos, verificável hoje na vida universitária, pós-cotas, em que permanência e acolhimento são demandas que emergem num contexto ainda inóspito, dão a ver o tom e a fisionomia de um país em que as promessas de mobilidade social revelam o seu fundo falso no cotidiano.

“Durante a pandemia, ficávamos reclusos nas nossas casas enquanto os entregadores trabalhavam pesado. Muitas matérias foram escritas com essa temática e resolvemos  explorar isso na montagem. Há diversas referências, como o livro “Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0” (2020), do sociólogo Ricardo Antunes”,  conta Michel.

Sobre a encenação

Toda a ação acontece dentro de um quarto, que é o espaço habitado pelos protagonistas. No cenário está presente uma cama, que se converte em um objeto de disputa muito importante.

Ao mesmo tempo, existe a presença da câmera como um instrumento complementar à narrativa. Desta vez, o trânsito entre imagens captadas ao vivo e gravadas, desdobram outros aspectos da linguagem cinematográfica em jogo – marca registrada de Azevedo.

O espetáculo é permeado por uma forte sensação de claustrofobia. Tonho e Paco vivem de maneira miserável e lutam diariamente pela sobrevivência. A convivência deles naquele ambiente minúsculo ganha contornos violentos, potencializados por questões relativas ao convívio  interracial.

“Pode-se dizer que Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery é uma continuidade ao trabalho que desenvolvi em Ensaio sobre o Terror. Isso porque as duas peças discutem a dessolidarização entre brancos pobres e negros pobres. E quando colocamos esses dois jovens periféricos morando juntos, em uma situação de igualdade, o que deveria se tornar uma aliança, transforma-se em ressentimento e disputa”, detalha o diretor.

A peça de Plínio Marcos foi escrita com inspiração no conto “O Terror de Roma”, de Alberto Moravia. “A filiação aponta já para um duplo movimento: um realismo, em chave crítica, depurado em linguagem, de um lado, e a intuição sobre a violência como uma instância de terror, de outro”. Esses elementos também dialogam com a pesquisa desenvolvida por Azevedo.

Sinopse

Tonho, um jovem negro, e Paco, um jovem branco, são da periferia e dividem uma residência estudantil. Eles têm um cotidiano ambivalente, entre a chegada na universidade e a dificuldade de permanência. Os dois ganham a vida como entregadores delivery. A mistura insuspeitada desses dois universos, verificável já hoje na vida universitária pós-cotas, dá o tom e a fisionomia de um país no qual as promessas de mobilidade social revelam o seu fundo falso no cotidiano supressivo.

SERVIÇO

Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery

De 23 de setembro a 26 de novembro, aos sábados, às 20h30 e, aos domingos, às 18h30
Teatro Aliança Francesa – Rua Gen. Jardim, 182 – Vila Buarque

Ingressos: R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia) e R$20 (lista amiga)
Classificação indicativa sugerida: 16 anos

Duração: 90 minutos

Lotação: 50 lugares

Acessibilidade: elevador

Teatro Aliança Francesa inicia 2019 celebrando 40 anos do Grupo Tapa




Por Andréia Bueno

No ano em que o Teatro Aliança Francesa completa 55 anos de vida, a programação 2019 é inaugurada com dois clássicos do teatro, um internacional e outro brasileiro: O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchekhov (1860-1904), montagem do Grupo Tapa estreia no dia 10 de janeiro, quinta-feira, às 20h30, e marca os 40 anos de atividades do grupo dirigido por Eduardo Tolentino de Araujo; e Quando as Máquinas Param, de Plínio Marcos (1935-1999), com direção de Augusto Zacchi faz nova temporada a partir de 18 de janeiro.
O Jardim das Cerejeiras ( Foto: Ronaldo Gutierrez)
As duas produções têm uma história com o Teatro Aliança Francesa. O local serviu de residência artística do Grupo Tapa durante os primeiros quinze anos de atividades na cidade de São Paulo. Quando as Máquinas Param inaugurou a Sala Atelier do Teatro Aliança Francesa em outubro de 2018.
Com direção de Eduardo Tolentino de Araujo, O Jardim das Cerejeiras é a última peça escrita pelo dramaturgo russo, a trama é ambientada no início do século 20 em uma Rússia na iminência da revolução social.
Comédia dividida em quatro atos, a peça conta as peripécias de uma família aristocrata em decadência, que resiste em vender o seu jardim das cerejeiras, ao qual atribui valor afetivo, apesar de improdutivo nos últimos tempos. Um homem de negócios chega para tentar adquirir a propriedade e transformá-la em balneário para veranistas, de olho no potencial turístico.
O elenco é formado por Adriano Bedin, Alan Foster, Alexandre Martins, Anna Cecília Junqueira, Brian Penido Ross, Clara Carvalho, Gabriela Westphal, Guilherme Sant’Anna, Mariana Muniz, Natália Beukers, Paulo Marcos, Riba Carlovich, Sergio Mastropasqua e Zécarlos Machado.
Quando as Máquinas Param ( Foto: Divulgação)
Quando as Máquinas Param têm supervisão artística de Oswaldo Mendes e direção de Augusto Zacchi, além de ser protagonizado por Carol Cashie e Cesar Baccan. Escrito em 1967, o texto de Plínio Marcos mostra a dificuldade de Zé em encontrar trabalho, o que torna a relação com Nina, sua esposa, cada vez mais complicada. Nessa situação de penúria, ele revela um lado que ela antes não conhecia. Em tempos de recessão e desemprego, a atualidade da peça de Plínio Marcos é o que mais assusta.
A montagem já teve Tony Ramos, Luiz Gustavo e Marcos Paulo, nos papeis masculinos, Walderez de Barros, Yara Amaral e Miriam Mehler, nos papeis femininos, em montagens dirigidas por Nelson Xavier, Jonas Bloch e também pelo autor, Plinio Marcos.
Serviço
O Jardim das Cerejeiras
De 10 de janeiro a 25 de fevereiro
Quintas, sextas e sábados às 20h30. Domingo às 19h.
Ingressos: Quinta e sexta: R$30,00. Sábado e domingo: R$60,00.
Classificação: 10 anos.
Duração: 120 minutos.
Quando as Máquinas Param
De 18 de janeiro a 24 de fevereiro
Sextas e sábados às 21h e domingos, às 19h30
Ingressos: R$ 30 / R$15 (meia)
Classificação: 12 Anos
Duração: 60 Minutos
TEATRO ALIANÇA FRANCESA
Rua General Jardim 182 – Vila Buarque.
Capacidade: 226 lugares + 4 PNE
Sala Atelier do Teatro com capacidade: 40 lugares.
Ar condicionado
Café Espace Douce France
Estacionamento conveniado em frente e na Rua Rego Freitas 285.
Informações: (11) 3572-2379
Bilheteria
On-line: www.ingressorapido.com.br ou pelo telefone 4003.1212 ou aplicativo
No local: somente em dias de espetáculo, aberta 1h antes do início da apresentação

Com Paloma Bernardi e Kiko Pissolato, Eles não usam Black-Tie estreia em SP




Por Andréia Bueno

Um dos textos mais importantes da dramaturgia nacional volta aos palcos no dia 20 de julho no Teatro Aliança Francesa. Comemorando seus 60 anos, “Eles não usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, foi montado pela primeira vez no Teatro de Arena, no mesmo ano de sua publicação, 1958. 

Foto: Divulgação
Nesta obra, Gianfrancesco Guarnieri transcreve de maneira cotidiana questões sócio-políticas vividas por Tião, personagem que o próprio autor viveu na montagem do Arena.
A história revela, como primeira instância, a organização de uma greve com suas posições ideológicas, morais e divergentes para cada personagem, o que faz com que as discussões entre pai e filho sejam frequentes. Num plano abrangente estão apoiadas relações familiares como: gravidez, casamento, educação e religião. 
A plateia poderá vivenciar no palco uma família comovente que sobrevive de maneira humilde, mas não menos digna, refletindo o espelho de uma camada social que abrange milhões de brasileiros. Além disso, a peça tem como pano de fundo reflexões sobre a frágil condição humana, sobre os homens e seus conflitos, trazendo um verdadeiro um debate entre a coletividade e o individualismo, simultaneamente cru e sensível.

Nessa montagem o elenco será composto Adilson Azevedo, Camila Brandão, Carolina Stofella, Kiko Pissolato, Pablo Diego Garcia, Paloma Bernardi, Paulo Gabriel, Samuel Carrasco, Teca Pereira e Tiago Real, com direção de Dan Rosseto.

FICHA TÉCNICA: 
Texto: Gianfrancesco Guarnieri

Adaptação: Dan Rosseto

Direção: Dan Rosseto 

Direção de produção: Fabio Camara

Assistente de direção: Giovanna Marquelli 

Produção executiva: Ana Clara Rotta

Elenco: Adilson Azevedo (Otávio), Camila Brandão (Terezinha), Carolina Stofella (Dalva), Kiko Pissolato (Tião), Pablo Diego Garcia (João), Paloma Bernardi (Maria), Paulo Gabriel (Jesuíno), Samuel Carrasco (Chiquinho), Teca Pereira (Romana) e Tiago Real (Braúlio)

Concepção de cenário e figurinos: Dan Rosseto e Fabio Camara

Cenotécnico: Matheus Fiorentino Nanci e Jackson Oliveira

Costureira: Lili Santa Rosa

Desenho de luz: Wagner Pinto

Operador de luz: Daniel Aluísio

Operador de som: Rafael Gratieri

Designer gráfico e fotos: Kelson Spatalo

Assessoria de Imprensa: Fabio Camara 

Realização: Applauzo Produções e Lugibi Produções

SERVIÇO:  
LOCAL: Teatro Aliança Francesa – Rua General Jardim, 182 – Vila Buarque. 
CAPACIDADE: 226 lugares+ 04 PNE. (Estacionamento conveniado em frente) 
DATA: 20/07 até 16/09 (Sexta e Sábado 20h30 e Domingo 19h) 
INFORMAÇÕES: 3572 2379 e www.teatroaliancafrancesa.com.br 

Enquanto as Crianças Dormem estreia no Aliança Francesa




Por Redação
Estreia nesta quarta – feira (31), no Teatro Aliança Francesa, a nova produção da Applauzo e Lugibi, o espetáculo Enquanto as Crianças Dormem, inaugurando o novo horário de peças no Teatro, às quartas e quintas, às 20h30. 

Foto: Leekyung Kim
Nesse novo texto, um antimusical tragicômico, Dan Rosseto que também assina a direção, discute o que o ser humano seria capaz de fazer para realizar os seus sonhos.

Enquanto as Crianças Dormem, conta a história de Kelly (Carol Hubner) uma fã do musical O Mágico de Oz, que trabalha como atendente de uma rede de fast-food e sonha em imigrar para a América e se tornar uma atriz de musical na Broadway.

Sem perspectivas para realizar o seu desejo, a mulher fantasia sua rotina transformando em números musicais momentos da sua vida: um dia difícil na lanchonete se torna um show onde ela é a grande estrela. Mas como a vida não sorri para a mulher, à medida que a história avança ela acumula experiências ruins, fazendo com que os sonhos se transformem em pesadelos terríveis.

Num inusitado encontro no supermercado, Kelly vê uma possibilidade de transformar o seu sonho em realidade ao conhecer Ellen (Carolina Stofella), uma mulher disposta a financiar passagem, passaporte e dólares para bancar as suas despesas na América.

Mas qual será o preço a pagar? E se há um preço, o que pode acontecer quando alguém muda por completo a sua vida e embarca numa jornada sem redenção? Kelly e Ellen, serão cúmplices ou inimigas? E você, estaria disposto a tudo para realizar um sonho?

O elenco além das atrizes Carol Hubner e Carolina Stofella, conta com os atores, Diogo Pasquim, Haroldo Miklos, João Sá, Juan Manuel Tellategui, Roque Greco e Samuel Carrasco. A peça terá trilha sonora original composta pelo cantor, ator e compositor Fred Silveira.

FICHA TÉCNICA: 
Texto e direção: Dan Rosseto 
Assistente de direção: Diogo Pasquim 
Elenco: Carol Hubner, Carolina Stofella, Diogo Pasquim, Haroldo Miklos, João Sá, Juan Manuel Tellategui, Roque Greco e Samuel Carrasco
Direção de produção: Fabio Camara
Produção executiva: Roque Greco 
Trilha sonora original: Fred Silveira
Letras originais: Dan Rosseto
Figurinos: Kleber Montanheiro
Assistente de figurino: Marina Borges
Cenário e adereços: Luiza Curvo
Cenotécnico: Domingos Varela
Desenho de luz: César Pivetti e Vania Jaconis
Preparação de elenco: Amazyles de Almeida
Direção de movimentos e coreografias: Alessandra Rinaldo e João Sá
Operador de luz e som: Jackson Oliveira
Designer gráfico: André Kitagawa e Francine Kunghel
Fotos: Leekyung Kim
Assessoria de Imprensa: Fabio Camara 
Realização: Applauzo Produções e Lugibi Produções Artísticas

SERVIÇO:
LOCAL: Teatro Aliança Francesa, Rua General Jardim, 182 – Vila Buarque. 226 lugares+ 04 PNE. (Estacionamento conveniado em frente) 
DATA: 31/05 até 27/07 (Quartas e Quinta às 20h30) 

INFORMAÇÕES: 3572 2379 e www.teatroaliancafrancesa.com.br 

INGRESSOS: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)  

DURAÇÃO: 110 min 

CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

O Misantropo com Paula Bularmaqui volta em cartaz no Aliança Francesa




Devido ao sucesso, espetáculo volta em cartaz a partir de 13 de janeiro com sessões de sexta a domingo no Teatro Aliança Francesa

Crédito: Silvia dos Santos

Texto inédito no país, montagem celebra os 350 anos desta  obra-prima da comédia, com tradução e adaptação de Washington Luiz Gonzales.

O Misantropo, de Molière, volta em cartaz a partir do dia 13 de janeiro no Teatro Aliança Francesa.  Escrito em 1666, esta obra-prima era inédita no Brasil. O original francês foi traduzido e adaptado para esta montagem, que estreou em outubro de 2016  sob a direção artística do premiado e reconhecido encenador Marcio Aurelio.

Esta clássica comédia da literatura universal desnuda conceitos filosóficos de visão de mundo e da humanidade, questiona o comportamento social, ditado por convenções comportamentais esvaziadas de sentido, moral e ética na Versalhes de Luís XIV.

Nesta montagem, os questionamentos do texto são tratados contemporaneamente, provocando o riso através das ideias expressadas nos brilhantes diálogos, fazendo o espectador identificar a hipocrisia nas relações humanas de nosso tempo.
Sinopse

É dia de festa no apartamento cobertura de Celimene, uma viúva alegre e rica.  Amigos, familiares e amores dessa dama da sociedade se reúnem para confraternizar, beber, dançar, comer e… falar da vida alheia!
Nesse ambiente festivo, Alceste, o misantropo, tem sua visão de mundo confrontada com as convenções sociais de sua amada anfitriã e todos os convidados.
E, como tudo pode acontecer numa grande festa, o cinismo e a incoerência do que chamamos bom comportamento vão se revelando, fazendo-nos reavaliar, sob o olhar preciso da comédia, nossas próprias atitudes e comportamentos sociais.

Crédito: Silvia dos Santos
Serviço

O MISANTROPO
Temporada 2017:  a partir de 13 de janeiro

Sextas e Sábados: 20h30 | Domingos: 19h

Ingressos:

Sextas e Sábados: R$ 50/ R$25 meia

Domingo: R$ 40/R$20 meia​

Bilheteria  do teatro 2h antes do início do espetáculo. 

Pela Internet: www.ingressorapido.com.br  

Duração: 90 min.
Recomendação: 12 anos
Teatro Aliança Francesa

Rua General Jardim 182 – Vila Buarque. Capacidade: 226 lugares + 4 PNE.

Taanteatro – 25 anos




Fundada por Maura Baiocchi a Companhia fará uma homenagem ao 120º de Antonin Artaud.

A partir do dia 23 de agosto a Taanteatro Companhia fará uma dupla comemoração nos palcos dos Teatros Aliança Francesa e Sérgio Cardoso: os 25 anos da Companhia, fundada em 1991 pela coreografa Maura Baiocchi, e uma homenagem ao 120º aniversário de Antonin Artaud. 

      Foto: Divulgação

Contemplado pela 20ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, TAANTEATRO 25 ANOS é um projeto comemorativo dos 25 anos de pesquisa e criação coreográficas da Taanteatro Companhia e também a documentação-memória de sua resistência no universo da dança brasileira.

Nesses 25 anos, a Companhia encenou 58 espetáculos, foi premiada nas esferas municipal, estadual e federal. Atuou no Japão, na Alemanha, Argentina, França, Inglaterra, Bélgica, EUA, Moçambique e Rússia. Publicou quatro livros sob seu pensamento em dança e suas práticas didáticas e criativas. 

O trabalho de formação artística da companhia atrai profissionais e estudantes do Brasil e do exterior tendo como uma de suas vertentes a realização anual da Taanteatro Oficina Residência (TTOR) inaugurada em 2001. O núcleo estável da Taanteatro Companhia é formado por integrantes-fundadores e jovens integrados recentemente. 

O projeto TAANTEATRO 25 ANOS reúne, entre seus objetivos, um conjunto de 10 [dez]contaminações nos campos da pesquisa, formação, criação, circulação, reflexão, memória e publicação. Criação e circulação de dois espetáculos inéditos – Artaud, Le Momo e Mil Platôs – e dois estudos solos sob o título Esquizopresenças darão continuidade à investigação na esteira de um pensamento da diferença (Nietzsche, Deleuze e Artaud) e de uma poesia coreográfica da intensidade. Esses processos criativos vêm acompanhados por um conjunto de cursos, palestras e seminários gratuitos e abertos ao público, que aliam formação em dança à reflexão filosófica: Núcleo Taanteatro –  Formação, Pesquisa e Criação (NuTAAN 2016); Butoh Dança Veredas D’Alma (oficina); Intensidade Pura (curso de filosofia deleuziana); Pensamentos em Performance (palestras); Fórum Taanteatro (debates). Além disso, o projeto conta com segmentos de preservação de memória: a organização audiovisual do Acervo Taanteatro e a publicação do livro Taanteatro 25 Anos. 
Em seu conjunto, o projeto constitui uma celebração da vitalidade e uma continuação da produção multifacetada da Taanteatro Companhia promovendo, ao mesmo tempo, experiências artísticas singulares, inovadoras e impactantes e o aprofundamento da reflexão estética e sócio-política em torno da dança no Brasil.

Ocupação Artaud

Do dia 23 ao dia 28 de agosto o Teatro Aliança Francesa receberá a Ocupação Artaud da Taanteatro Companhia em homenagem ao 120º aniversário de Antonin Artaud. O evento terá performance, lançamento de livro, palestra e a estreia do espetáculo Artaud, Le Momo com Maura Baiocchi.

Artaud, Le Momo 

A peça apresenta o solo teatrocoreográfico baseado em textos da fase final da vida do criador do Teatro da Crueldade inéditos no Brasil – Histoire Vecue d’Artaud Le Momo, Artaud, le Momo e Suppôts et Supplications. O espetáculo mescla as linguagens da dança, da poesia, da música e do vídeo.  Seu fio condutor será “o problema da liberdade autêntica”, indissociável, para Artaud, da criação do próprio corpo e da luta contra a institucionalização das formas de vida. Maura Baiocchi trará no corpo, em seu singular processo de “devir dança”, as dimensões específicas da produção artaudiana: as crises do espírito, da cultura e da linguagem.

Na semana seguinte à Ocupação, o espetáculo segue em curta temporada no Teatro Sérgio Cardoso. A estreia internacional do espetáculo será em novembro a convite da Association Rodez Antonin Artaud no Espace Antonin Artaud, da Chapelle Paraire, último edifício remanescente do antigo hospital psiquiátrico onde o poeta ficou internado entre 1943 e 1946.

Direção, coreografia, performance e figurino: Maura Baiocchi
Dramaturgia: Maura Baiocchi, Wolfgang Pannek
Composição musical: Gustavo Lemos
Iluminação: Eduardo Alves
Vídeo: Paula Alves, Roque Onofre Fraticelli, Bruna de Araujo
Cenografia: Wolfgang Pannek

Taanteatro: [Des]Construção e Esquizopresença 

Fundada em 1991, na cidade de São Paulo, a Taanteatro Companhia é reconhecida nacionalmente pela qualidade singular e marcante de seus trabalhos, que envolvem processos criativos, reflexivos e didáticos no campo das artes performáticas. Maura Baiocchi concebeu a dinâmica taanteatro, uma investigação da linguagem cênico-corporal a partir do princípio tensão. Taanteatro: [Des]Construção e Esquizopresença apresenta dois temas: um método de criação performática e uma nova noção de presença cênica fundada no entrecruzamento dos pensamentos de Friedrich Nietzsche, Antonin Artaud e Gilles Deleuze. Amplamente ilustrado, o livro complementa as dimensões conceituais expostas em Taanteatro: Teatro Coreográfico de Tensões (2007) e expande o compartilhamento minucioso de processos criativos iniciado com Taanteatro: Rito de Passagem (2011) e Taanteatro: MAE: Mandala de Energia Corporal (2013).

O lançamento de Taanteatro: [Des]Construção e Esquizopresença é precedido pela palestra Artaud: sopro e vibração, do filósofo e professor da PUC São Paulo Peter Pál Pelbart.

Organizadores: Wolfgang Pannek e Maura Baiocchi.

Colaboradores: Alda Maria Abreu, Célia Musilli, Luiz B. L. Orlandi, Natalia Barrionuevo, Rodrigo Marcó del Pont.

Editora: Transcultura

A Face Humana

Performance dos participantes do Núcleo Taanteatro: Formação, Pequisa e Criação 2016 (NuTAAN 2016) baseado em textos e desenhos de Antonin Artaud. Realizado em parceria com a SP Escola de Teatro, a formação extensa e especializada do NuTAAN (promovido pela Taanteatro desde 2004) fomenta a pesquisa e a inventividade de profissionais e estudantes das artes performáticas através da dinâmica taanteatro. Aplicando as técnicas criativas do taanteatro (teatro coreográfico de tensões), A Face Humana é uma composição coreográfica que aborda a autodeterminação poética do corpo humano.

Coordenação e concepção: Wolfgang Pannek

Assistentes de coordenação: Isa Gouvea, Mônica Cristina

Supervisão: Maura Baiocchi

Elenco: Aminah Haman, Camila Bosso, Clara Laurentiis, Gabriela Pas, Fernanda Preta, Hozana Ferreira, Janina Arnaud, Luciana Hoppe, Priscilla Carbone, Priscila Florido, Simone Xavier, Yasmin Ribeiro, Junior Lima, Andrés Barrera, Felipe Longo, Guilherme Fernandes, Gustavo Braunstein, Jonathan Mendes, Lucas Lopes, Raffab Ajá, Ricardo Januário, Ronaldo Záphas, Thiago Abel, Wallace Ruy.

Serviço Aliança Francesa: 

LOCAL: Teatro Aliança Francesa, Rua General Jardim, 182 – Vila Buarque. 226 lugares+ 04 PNE. (Estacionamento conveniado em frente) 

A Face Humana – performance do Núcleo Taanteatro: Formação Pesquisa Criação (NuTAAN) 2016 sob coordenação de Wolfgang Pannek (23/08 – 20h30) GRATUITO

Artaud: sopro e vibração – palestra do filósofo e professor da PUC São Paulo Peter Pál Pelbart. (25/08 – 20h30) GRATUITO

Taanteatro: [Des]Construção e Esquizopresença – o lançamento do livro organizado por Wolfgang Pannek e Maura Baiocchi. (25/08 – 21h30) GRATUITO

Artaud, Le Momo – estreia nacional do solo teatrocoreográfico de Maura Baiocchi. (26 a 28/08. Sexta e sábado – 20h30, domingo – 19h). Ingressos: R$ 20,00/R$ 10,00

DURAÇÃO: 75 min

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

INFORMAÇÕES: 3017 5699 – r. 5602 e www.teatroaliancafrancesa.com.br 

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

Serviço Sérgio Cardoso

LOCAL: Sala Paschoal Carlos Magno – Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa 153 – Bela Vista), 144 lugares.

DATA: 01/09 até 04/09 (Quinta e sexta 20h, sábado 19h e Domingo 18h).

INFORMAÇÕES: 3288 0136

INGRESSOS: R$ 20,00/R$ 10,00

DURAÇÃO: 75 min

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos