Crítica: Você precisa ver Rent!




Por colaborador: Luca DeVito

Como resolução de ano novo. Se você é de São Paulo ou está pela cidade em Janeiro do ano que vem, diria que é quase obrigatório pra quem gosta de teatro, assistir a montagem de Rent que está em cartaz no Teatro Frei Caneca, às terças e quartas, às 21hrs.



Não sou fã de musicais. Acompanho, assisto, mas não tenho embasamento ou respaldo suficiente para discorrer muito sobre o gênero, porém de Rent eu entendo. Assisti na Broadway na semana final de apresentações, 2008 em Buenos Aires e o revival de 2011 no circuito off-broadway. Posso me considerar um Rent-head – como chamam os aficionados pela obra de Jonathan Larson. Então vou tentar me distanciar o máximo dessa minha condição que, na verdade, me colocava numa posição confortável para torcer o nariz, uma vez que a montagem não é uma réplica. 


Ninguém me convidou. Assim que soube eu comprei meu ingresso no site e fui assistir a última performance do ano, na última quarta-feira (21). Cheguei cedo e sentei quase no centro, de frente para o simples cenário que pode chocar quem espera um cenário Broadway. Quando os atores ocuparam o palco – no melhor sentido da palavra ocupação – eu sorri ao ver barracas iguais as que eu via ocupadas por moradores de rua quando morei em Nova York no começo dos anos 2000. Eu sabia que pelo menos o cenógrafo já tinha sacado algo da essência. 

Quando comecei a procurar os personagens na cena inicial, tive a sensação de ver alguns amigos depois de muito tempo. O Roger que eu conhecia tava lá, mas não como eu lembrava. O Mark não tinha cachecol e a Mimi tava de moletom. Mas tudo bem, porque a Mimi que eu conhecia usaria um moletom. E eles começaram.

Vou tentar ser sucinto e também não ser um grande estraga prazeres porque, de verdade, estou fazendo um apelo para que assistam e tirem suas próprias impressões. O que acontece nessa montagem é: todos eles entenderam a peça. A peça que eu amo. Não eu, jornalista e professor de teatro. Eu, Luca, o fã. Que viu o documentário, filme, vídeos mil e morou perto do Village. 

Eu não sei quem é o produtor de elenco desse espetáculo, mas esse profissional deveria ser ovacionado. O trio protagonista é maduro, técnico e, ao mesmo tempo, emocionam. Mark de Bruno Narchi pode ser mais melancólico do que estamos acostumados e isso gera um contra ponto interessantíssimo com o energético Thiago Machado

  Crédito : Caio Galucci (Reprodução/ Facebook) 

Mauro Sousa me fez torcer pelo Benny boa parte da história e Myra Ruiz – que tive o prazer de ver na semana anterior como Elphaba no musical Wicked, que saiu de cartaz no Teatro Renault – me surpreendeu como uma Maureen única e bem construída. Nenhum momento se deixa levar pelo vozeirão para deixar de contar a história. Diego Montez tem que ser visto. Esse garoto tem que ser visto por críticos, por drags, por fãs… A Angel está viva, está lá de verdade, fora da forma e plena. Sua cena hipnotizante antes do solo avassalador de Max Grácio, no segundo ato, é um delicioso e certeiro soco no estômago. 

Por último eu quero falar da minha parte favorita da peça: o coro. Ou ensemble. De maneira ponderada e inteligente, todos mostram seu talento e competência dentro de uma feliz unidade que conta história. Eu vi tantos amigos da época do meu intercâmbio, a empresária psicótica (excelente!), o pintor viciado e a mendiga que gritava obscenidades na frente da NYU. Todos lá. Quanta riqueza. 

O único quesito que distancia a gente é a parte técnica, que ainda precisa passar por alguns ajustes, deixando o público incomodado por querer entender por vezes coisas que as personagens falam e não conseguindo, por conta de som ou iluminação que não favorecia. Mas espero que consigam reverter. 

Façam esse favor a vocês, um espetáculo sobre amor, feito claramente com amor. E é tão difícil achar profissionais assim, com esse interesse. Uma gema!

Canção dos Direitos da Criança encerra temporada dia 30 de outubro




O espetáculo Canção dos Direitos da Criança cumpre temporada até domingo,  30 de outubro, 15h, no Teatro Shopping Frei Caneca.

Crédito: Divulgação

O musical dirigido por Carla Candiotto foi destaque do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de 2015, vencendo nas categorias Cenografia (Marco Lima), Melhor Atriz (Carol Badra) e Melhor Produção (Script Produções). 

A história é uma adaptação do maior trabalho musical do violonista, cantor e compositor Toquinho para o universo infantil, o disco Canção dos Direitos da Criança. As entradas vão de R$30 a R$60.

Canção dos Direitos da Criança inicia temporada sábado no Teatro Frei Caneca




Um dos maiores sucessos teatrais para crianças do ano passado retorna aos palcos

Crédito: João Caldas

A peça infantil Canção dos Direitos da Criança, adaptada de um dos trabalhos mais importantes de Toquinho para o universo infantil pela premiada diretora Carla Candiotto foi destaque do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de 2015, vencendo nas categorias Cenografia (Marco Lima), Melhor Atriz (Carol Badra) e Melhor Produção (Script Produções).

Com músicas de Toquinho e Elias Andreato, o espetáculo – realização da Script Produções – tem texto e direção de Carla Candiotto, cenário e figurino de Marco Lima, luz de Wagner Freire e direção musical e arranjos vocais de Daniel Rocha. O elenco reúne Carol Badra (Rainha), Fabiano Medeiros (Menino), André Dias / Edgar Bustamante (Faxineiro e Primeiro Ministro), Roberson Lima (Coisinha), Carolina Rocha (Coisinha), Lucas Cândido (Coisinha), Renata Airoldi (Coisinha) e Thiago Ledier (Coisinha).

      Crédito: Divulgação

Toquinho para crianças é vasta e importante a obra de Toquinho dedicada às crianças. Os trabalhos do violonista, cantor e compositor voltados ao público infantil foram criados a partir da década de 80, quando Vinicius de Moraes pediu ao parceiro que musicasse seus poemas do livro Arca de Noé. Resultaram desse trabalho os discos Arca de Noé 1 e Arca de Noé 2, lançados pela gravadora Ariola, em 1980 e 1981, respectivamente. Em 1983, veio Casa de Brinquedos, onde os brinquedos ganham vida, e viram personagens que falam por meio de seus intérpretes. A Bicicleta é Simone, O Robô é o Tom Zé, O Aviãozinho é o próprio Toquinho. Chico Buarque, Paulinho Boca de Cantor, Carlinhos Vergueiro, Baby Consuelo, Cláudio Nucci e Roupa Nova também participam.

O sucesso retorna ao teatro dia 3 de setembro, sábado, às 16 horas, no Teatro Frei Caneca para curta temporada (até dia 30 de outubro).

Classificação: Livre

Meia Entrada:

Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Teatro Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 596 – 7° andar – Consolação.

Horário de Funcionamento: De terça a domingo das 13:00 até o início do espetáculo. No dia em que não houver espetáculo a bilheteria funciona até as 19hrs. Exceto nas segundas.

Ponto de Venda Com Taxa de Conveniência: Site – www.ingressorapido.com.br
Atenção: O acesso após o início do espetáculo não garante a disponibilidade dos lugares na plateia e a ocupação dos assentos se dará por ordem de chegada.

MUSICAL DE TOQUINHO É OPÇÃO PARA O DIA DAS CRIANÇAS




Clássico do musical infantil brasileiro, “Canção dos Direitos da Criança”, tem sessão especial dia 12 de outubro no Teatro Frei Caneca

Foto: Rodrigo Bueno
Por Walace Toledo
O mais importante entre todos os trabalhos musicais do violonista, cantor e compositor Toquinho para o universo infantil, com parceria do compositor, artista plástico e designer gráfico Elifas Andreato, o disco ‘Canção dos Direitos da Criança’ (1986) – interpretado por grandes nomes da MPB, como Chico Buarque e Elba Ramalho – retorna em nova montagem teatral. O espetáculo homônimo está em cartaz no Teatro Frei Caneca, aos sábados e domingos às 16 horas e excepcionalmente na próxima segunda-feira, Dia das Crianças, no mesmo horário.
“Nós fomos os primeiros a falar de bullying com a música ‘Errar é Humano’”, afirma Toquinho durante coletiva de imprensa ao lado dos criativos e elenco do espetáculo.

Foto: Rodrigo Bueno
Produzido pela Script Promoções e Produções Artísticas, produtora responsável também pela montagem do mesmo espetáculo em 1994, conta com a expertise de 20 anos de trabalho com o público infantil de Carla Candiotto, que assina texto e direção. Muito mais recursos técnicos e profissionais marcam esta terceira montagem.
Foram selecionadas 7 das 10 canções do disco supracitado, entre elas ‘Gente Tem Sobrenome’, ‘É Bom ser Criança’, ‘Imaginem’, ‘Natureza Distraída’, ‘Herdeiros do Futuro’ e ‘Aquarela’, a única que não faz do álbum mas que não poderia ficar de fora.
Ambientado na era vitoriana, em meio à Revolução Industrial, Carla explica que se fixou em três alicerces para escrever a história: as crianças, como vítimas de uma sociedade exploradora – dispostas a convencer a todos de que precisam de mais comida; a pessoa que é o motor de tudo, uma rainha ‘má’ e perturbada com seu cão Vulcão; e um primeiro-ministro malvado, vaidoso e ganancioso.
Divertidas e engraçadas, as crianças facilmente se encantam pelas Coisinhas (como as personagens infantis são chamadas). Em 60 minutos, tempo dosado perfeitamente entre texto e música, os pequeninos não terão espaço de se entediarem, ao contrário, sairão do teatro (talvez pela primeira vez) realizados com a nova experiência e querendo mais!
“Canção dos Direitos da Criança” tem direção musical e arranjos vocais de Daniel Rocha, que também divide a preparação vocal com Jorge de Godoy (pianista ensaiador); coreografia por Roberto de Alencar; cenário e figurino assinados por Marco Lima; luz de Wagner Freire e visagismo do ator Leopoldo Pacheco. O elenco reúne Carol Badra (Rainha), Igor Miranda (Faxineiro e Primeiro-Ministro), Fabiano Medeiros (Menino), Bernardo Berro (Coisinha), Carolinha Rocha (Coisinha), Lucas Cândido (Coisinha), Rennata Airoldi (Coisinha) e Thiago Ledier (Coisinha).


Quer conhecer quais são os 10 princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança que o espetáculo foi inspirado e muito mais sobre o musical? Clique aqui para ler nossa matéria anterior.
SERVIÇO
Local: Teatro Shopping Frei Caneca (7º andar) – Rua Frei Caneca, 596, Consolação – São Paulo/SP
Lotação: 600 lugares
Temporada: De 12/09 a 01/11/2015
Dias e Horário: Sáb e Dom às 16h | Excepcionalmente 12/10 às 16h (Dia das Crianças)
Duração: 60 minutos
Classificação etária: Livre
Valor: R$60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Ingressos: venda direto na bilheteria do teatro ou pelo site www.ingressorapido.com.br

TEATRO: Canção dos Direitos da Criança estreia em SP




A mais importante obra musical de Toquinho estreia dia 12 de setembro com direção de Carla Candiotto

Clássico do musical infantil brasileiro, espetáculo de Toquinho e Elifas Andreato tem canções compostas para a Declaração Universal dos Direitos da Criança.

Foto: João Caldas

O disco – interpretado por Chico Buarque, Elba Ramalho e Leonardo, entre outros grandes nomes da MPB, ultrapassou a marca de 500 mil cópias vendidas. Para encenar a obra, foi convidada a diretora Carla Candiotto, que tem nome associado às mais importantes e premiadas produções do teatro infantil. Encabeçando o elenco está a atriz Carol Badra.

O mais importante entre todos os trabalhos musicais do violonista, cantor e compositor Toquinho para o universo infantil, o disco Canção dos Direitos da Criança (interpretado por grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Chico Buarque, Elba Ramalho e Leonardo) virou espetáculo musical que estreia no Teatro Frei Caneca dia 12 de setembro, sábado, às 16 horas, para temporada de dois meses.

A ambientação remete à era vitoriana, em meio à Revolução Industrial. Engrenagens, polias e chaminés complementam o cenário de um mundo que começa a ser regido pelas máquinas e onde as crianças são obrigadas a trabalhar mais do que gente grande. No desenrolar da história, a cenografia se desdobra e revela também objetos circenses e coloridos, e personagens característicos como o leão, o elefante e a bailarina, elementos que levam o público a um verdadeiro conto de fadas.

Com músicas de Toquinho e Elifas Andreato, o espetáculo – realização da Script Produções – tem texto e direção de Carla Candiotto, cenário e figurino de Marco Lima, luz de Wagner Freire e direção musical e arranjos vocais de Daniel Rocha. O elenco reúne Carol Badra (Rainha), Fabiano Medeiros (Menino), Igor Miranda (Faxineiro e Primeiro Ministro), Bernardo Berro (Coisinha), Carolina Rocha (Coisinha), Lucas Cândido (Coisinha), Renata Airoldi (Coisinha) e Thiago Ledier (Coisinha).

Foto: João Caldas

Inspirado na Declaração Universal dos Direitos da Criança, Toquinho e Elifas compuseram 10 músicas, cada uma para um dos 10 princípios aprovados pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1959. Para dar vida às canções e encenar o espetáculo, a premiada diretora Carla Candiotto (prêmios APCA e Coca-Cola Femsa) foi buscar na história a origem dos direitos da criança. Encontrou conteúdo na figura de uma intelectual, escritora e humanista inglesa, pioneira do movimento em defesa dos direitos da criança, Eglantyne Jebb (1876-1928).

Para a diretora, um dos desafios de seu trabalho foi criar um espetáculo sobre os direitos das crianças sem ser didática. A estratégia foi mesclar o período histórico do começo da Revolução Industrial com a linguagem clownesca. Os personagens das crianças, todos com trejeitos e personalidade, geram uma simpatia quase imediata com o público. “As crianças acabam se identificando com os personagens”, conta Carla. Os ensaios contaram com a participação crítica de Inácio e Regina, filhos de Carla Candiotto e Carol Badra, respectivamente.

Divertido e atual, o texto do espetáculo foi criado pela diretora durante os ensaios. A montagem tem o estilo característico de Carla Candiotto (criadora da premiada Cia Le Plat du Jour, ao lado de Alexandra Golik) – rápidas movimentações, corre-corre, cenas limpas e bem desenhadas, ação concentrada em um personagem para facilitar o entendimento dos pequenos, luta e bordões que marcam cada tipo.

No reino da Rainha Má, as crianças são chamadas de “Coisinha” para simplificar o tratamento e estão às voltas com planos mirabolantes para convencer a todos de que precisam de mais comida. Nessa aventura, precisam vencer o fiel escudeiro da Rainha, o Primeiro Ministro, que quer dominar o mundo e ser o mais lindão do Reino.

Com 60 minutos de duração, a peça dosa na mesma medida texto e música (foram selecionadas 7 das 10 canções do disco para integrar o musical), entre elas Gente tem sobrenome, É bom ser criança, Imaginem, Natureza distraída, Herdeiros do Futuro e Aquarela, a única que não faz parte do disco A Canção dos Direitos da Criança.

Cada uma das crianças do reino tem características bem peculiares. Há o rapaz inteligente mas prolixo, que faz todos os amigos dormirem com suas explicações; a menina cheia de ideias mirabolantes, que se expressa com a linguagem do rap, e o garoto ingênuo e bondoso, que sempre é escolhido para encarar as aventuras decididas pelo grupo. A paixão pela turma, bordões e brincadeiras de quente e frio ajudam a deixar o espetáculo ainda mais identificado com o universo da garotada.

A Rainha criada para Canção dos Direitos da Criança foge do estereótipo de poder e malvadeza de outras histórias infantis. A personagem solitária vive a conversar sozinha ou com o agressivo cachorro Vulcão. Seu motivo para ser tão má parte de um grande segredo revelado apenas no final da peça.

“Ela tem um buraco no peito e isso fez com que se esquecesse da bondade e da alegria de viver”, conta a atriz Carol Badra, intérprete da Rainha. Para Carol (integrante da companhia Os Fofos Encenam desde 2001), a personagem perdeu o encanto pela própria infância.

As coisas começam a mudar de forma quando a rainha é convidada para sair dos seus aposentos e revisitar o lado de fora do reino. “O passeio ao lado de uma criança faz com que ela recorde sua infância. Esse trecho da peça me lembra o filme Hook – A Volta do Capitão Gancho, em que o Peter Pan (interpretado por Robin Williams) volta pra Terra do Nunca depois de adulto e, já esquecido da infância, percebe como perdeu tempo ao deixar de lado a alegria de ser criança”, observa Carol.

Os demais atores da peça, escolhidos por audição entre cerca de 100 candidatos, auxiliaram Carla na composição dos personagens. “Eu analisava a disponibilidade corporal dos atores e formatava os personagens a partir daí”. O passo seguinte foi buscar química entre os atores para levá-la aos personagens.

Em uma cena memorável do espetáculo, a diretora se inspirou no tom militar de Another Brick in The Wall, clássico da banda britânica Pink Floyd, para coreografar e dar nova melodia a música Imaginem. Em meio a versos como “Armas de fogo, seria tão bom / Se fossem feitas de isopor / E aqueles mísseis de mil megatons / Fossem bombons de licor”, os personagens marcham com o intuito de mostrar para as crianças – com letra e imagens – como a guerra é algo nocivo. As referências ousadas da encenadora para a cena também foram encontradas no musical Across the Universe, com canções dos Beatles e que se passa na Guerra do Vietnã.

Dois espetáculos anteriores também se basearam no disco A Canção dos Direitos da Criança: Os Direitos da Criança, 2004, com texto de Ana Maria Machado e direção de Osvaldo Gabrieli, e Canção dos Direitos da Criança, 1997, com direção de Roberto Lage e texto de sua autoria com Elifas Andreato. A proposta da montagem atual é estimular a criatividade, passando a importância e o significado dos direitos da criança de forma irreverente e divertida.

Segundo o cenógrafo e figurinista Marco Lima, a principal diferença entre a montagem de Carla Candiotto e a Osvaldo Gabrieli – ambos com cenários criados por ele – é que o texto de Carla situa toda a ação em um só espaço, inspirado na Era Vitoriana, com toques de contos de fadas. Na primeira encenação os personagens percorriam diversos lugares com características semelhantes ao do conteúdo das letras das músicas.

“Das memórias de infância da Rainha surge um circo para transformar a rigidez desse reino industrial. Iremos utilizar alguns recursos, como teatro de sombras, bonecos, máscaras, efeitos e muito adereço para realizar um espetáculo encantador”, complementa Marco.

Foto: João Caldas

Toquinho para crianças

É vasta e importante a obra de Toquinho dedicada às crianças. Os trabalhos do violonista, cantor e compositor voltados ao público infantil foram criados a partir da década de 80, quando Vinicius de Moraes pediu ao parceiro que musicasse seus poemas do livro Arca de Noé.  Resultaram desse trabalho os discos Arca de Noé 1 e Arca de Noé 2, lançados pela gravadora Ariola, em 1980 e 1981, respectivamente. Em 1983, veio Casa de Brinquedos, onde os brinquedos ganham vida, e viram personagens que falam por meio de seus intérpretes. A Bicicleta é Simone, O Robô é o Tom Zé, O Aviãozinho é o próprio Toquinho. Chico Buarque, Paulinho Boca de Cantor, Carlinhos Vergueiro, Baby Consuelo, Cláudio Nucci  e Roupa Nova também participam.

Sobre Carla Candiotto

Prêmio APCA 2011 de Melhor Direção pelos espetáculos Histórias por Telefone (com Cia Delas, que ganhou também o prêmio Coca-Cola Femsa de Melhor Direção), A Volta ao Mundo em 80 Dias (com Cia Solas de Vento) e Sem Concerto (com Circo Amarillo), Carla Candiotto desenvolve sua carreira tanto em trabalhos na Cia Le Plat du Jour (criada junto com Alexandra Golik, e especializada em montagens modernas de clássicos como Cinderela Lá Lá Lá, Rapunzel, Alice no País das Maravilhas, João e Maria e Peter & Wendy, entre outras peças) como em produções de outros grupos de teatro. Atriz e diretora desde os 22 anos, atua também como autora e produtora teatral. Entre os recentes trabalhos com outras companhia, destaque para A Famosa Invasão dos Ursos na Sicilia (2014, de Dino Buzzatti, com Cia Delas), Simbad, o Marujo (2014, adaptação de Rodrigo Matheus, Cia Circo Mínimo), Jucazecajú (2012, de Gilles Eduar, Cia Circo Mínimo, 7 indicações ao Femsa e 2 ao CPT) e Penélope, de Flávio de Souza, com Angela Dippe e Robson Vilsac). Em teatro adulto, Carla dirigiu, recentemente, Cymbeline, de W. Shakespeare, adaptação Escola de Arte Dramática da USP (EAD); e Fala Comigo Antes da Bomba Cair, cujo texto Carla adaptou de peças de Mário Bortolotto e Tennessee Williams.

Sobre Eglantyne Jebb

Fundadora da organização social Save the Children, Eglantyne Jebb (1876-1928) dedicou sua vida, depois da Primeira Guerra Mundial, à infância europeia. É ela que está por trás da primeira versão da Declaração Universal dos Direitos da Criança, conhecida como a Declaração de Genebra de 1924. Em 1948, após a Segunda Guerra Mundial, a Declaração de Genebra ganhou dois novos importantes parágrafos, um contra a discriminação de raça, nacionalidade e religião, e outro, pela integridade da família e direitos sociais da criança. Finalmente, em 20 de novembro de 1959, a Assembleia Geral das Nações Unidas, a ONU, aprovou os dez princípios que compõem em definitivo a Declaração Universal dos Direitos da Criança, tão importantes como a Declaração Universal dos Direitos do Homem, mas praticamente desconhecidos até hoje pela maioria dos povos do mundo, que continua a ignorar os direitos da infância.

Sobre as músicas

Em 1986, da parceria com Elifas Andreato, nasceu o disco Canção dos Direitos da Criança , lançado em 1987 pela PolyGram (Philips). Sua fonte de inspiração foi a Declaração Universal dos Direitos da Criança, que, em síntese, são 10 princípios aprovados pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1959. Para cada direito Toquinho fez uma canção. O disco representa, sem dúvida, o mais importante trabalho que já se fez no Brasil com relação criança, tendo recebido da ONU uma carta como reconhecimento por sua contribuição à humanidade. Vale registrar a penetração da obra de Toquinho dedicada ao publico infantil nos âmbitos escolar e social.

Declaração dos Direitos da Criança e do Adolescente

1. Todas as crianças são iguais e têm os mesmo direitos, não importa sua cor, raça, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.

2. Todas as crianças devem ser protegidas pela família, pela sociedade e pelo Estado, para que possa se desenvolver física e intelectualmente.

3. Todas as crianças têm direito a um nome e a uma nacionalidade.

4. Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendimento médico, antes e depois do seu nascimento.

Esse direito também se aplica à sua mãe.

5. As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o direito a educação e cuidados especiais.

6. Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade.

7. Todas as crianças têm direito à educação gratuita e ao lazer.

8. Todas as crianças têm direito de ser socorrida em primeiro lugar em caso de acidentes ou catástrofes.

9. Todas as crianças devem ser protegidas contra o abandono e a exploração no trabalho.

10. Todas as crianças têm o direito de crescer em ambiente de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

Ficha Técnica

Canções: Toquinho e Elifas Andreato. Texto e Direção: Carla Candiotto. Assistentes de Direção: Fernando Escrich e Bebel Ribeiro. Elenco: Carol Badra (Rainha), Fabiano Medeiros (Menino), Igor Miranda (Faxineiro E Primeiro Ministro), Bernardo Berro (Coisinha), Carolina Rocha (Coisinha), Lucas Cândido (Coisinha), Rennata Airoldi (Coisinha) e Thiago Ledier (Coisinha). Direção Musical e Arranjos Vocais: Daniel Rocha. Co-Direção Musical e Arranjos Instrumentais: Daniel Tauszig. Composição de Músicas Incidentais: Daniel Tauszig. Preparação Vocal: Daniel Rocha e Jorge Godoy. Pianista Ensaiador: Jorge Godoy. Transcrição e Editoração de Partitura: Daniel Rocha. Gravações, Mixagem e Masterização: Estúdio Casa Da Lua.  Coreografia: Roberto Alencar. Assistente de Coreografia: Renata Aspesi. Técnica Circense: Carlos Cosmai. Cenografia: Marco Lima. Assistente de Cenografia: César Bento. Cenotécnico: Fernando Brettas (Estúdio Onozone). Figurino: Marco Lima. Adereços: Luiz Rossi. Costureiras: Zezé De Castro e Nena. Iluminação: Wagner Freire – Armazém Da Luz. Assistente de Iluminação: Cristiano Paes e Alessandra. Visagismo: Leopoldo Pacheco. Operador De Som: Eder Soares. Camareira: Terezinha Caetano. Direção de Produção: Bel Gomes. Produção: Marlene Salgado. Assistente de Produção: Carol Yamasaki. Assessoria de Imprensa: Arteplural. Design Gráfico: Luiz Briquet. Fotos de Divulgação: João Caldas. Administração: Vânia Neder. Promoção Escolar: Diverte Cultural. Coordenação Geral: Raul Leite. Realização: Script Produções.





Serviço

Local: Teatro Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 596-7o andar – Consolação. 
Lotação: 600 lugares
Temporada: de 12 de setembro a 1º de novembro
Sábados e domingos às 16 horas
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: Livre

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

Bilheteria

Horários de funcionamento:

Segunda: Fechado
Terça a domingo: das 13 h até o início do espetáculo. *
*No dia em que não houver espetáculo a bilheteria funciona
até as 19 h.
Telefones: (11) 3472-2229 e (11) 3472-2230 
(Atendimento somente nos horários de funcionamento da bilheteria)

INGRESSO RÁPIDO

FONE: (11) 4003-1212 / www.ingressorapido.com.br.

‘Meu Passado Me Condena – A Peça’ em São Paulo




Por Rodrigo Bueno

Devido ao grande sucesso, o espetáculo ‘Meu Passado Me Condena – A Peça’ em cartaz no Shopping Frei Caneca, teve sua temporada prorrogada até o dia 30 de março. A peça é uma versão para os palcos da história que foi exibida nas telas da TV e do cinema.

Foto: Divulgação

Fábio e Miá se conhecem na fila do banheiro de uma festa e um mês depois se casam.  Ao chegarem ao novo apartamento, os dois até tentam entrar no clima de noite de núpcias, mas o apartamento pequeno, os presentes, as duas famílias e o fato de não saberem nada sobre o passado um do outro começa a interferir na lua-de-mel. É risada na certa! 

O Acesso Cultural super recomenda!

SERVIÇO

Até 30 de março

Teatro Shopping Frei Caneca

Rua Frei Caneca, 569 – 7º andar do Shopping Frei Caneca – Consolação – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3472 2226
7° Andar
Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h.
Bilheteria: 13h/19h (terça a quinta e domingo); a partir das 13h (sexta e sábado). 
Estacionamento (R$ 9,00 por duas horas).
Ingresso: R$ 100,00