Escrita pela dramaturga estadunidense Cindy Lou Johnson, o drama Alaska ganha montagem inédita no Brasil sob direção de Rodrigo Pandolfo, que também está em cena ao lado de Louise D’Tuani. O espetáculo entra em cartaz no Centro Cultural São Paulo (Espaço Ademar Guerra) dia 10 de março, quinta-feira, 21h, em uma temporada curta até 27 de março de 2022.
A peça se passa no estado do Alaska. Enquanto uma nevasca cai do lado de fora, Henry (Rodrigo Pandolfo), uma figura solitária, é surpreendido por uma insistente batida na porta de sua cabana. Trata-se de uma visita desconhecida: Rosannah Deluce (Louise D’Tuani), uma jovem vestida de noiva que, após dirigir ininterruptamente por semanas, entra e se instala no local.
Segundo Pandolfo, trata-se de uma peça sobre cura. Sobre dois personagens que estão congelados pelos seus traumas a ponto de procurarem alguma forma de isolamento que os prive de viver em sociedade.
Ambos estão feridos pela cruel montanha russa da vida, fugindo de relacionamentos, compromissos, responsabilidades e, se possível, de qualquer outro contato humano.
Eles se veem presos no mesmo espaço-tempo, longe de tudo e de todos, sendo obrigados a conviver com suas verdades para, quem sabe assim, alcançarem essa possível cura. __________________________________________
ROSANNAH – Você vai me bater? Vai me trancar? Vai me jogar na sua tempestade de neve — você vai deixar de me alimentar, de me vestir, de deixar que eu durma aqui? O quê? Você não pode me machucar! Tenta! Vem! Você pode me matar, mas não vai conseguir me machucar.
HENRY – Olha, não, obrigado — eu já andei nessa montanha russa. Você fica longe de mim. Eu sempre tentei passar longe desse tipo de coisa, mas ela me encontra, me consome, mas nunca me destrói por inteiro. Ela vai deixando pedacinhos de mim, só os cacos — pra poder voltar depois. Trecho de Alaska __________________________________________
“Neste lugar solitário e gelado, eles vão se desvendando e se aproximando. Eles se afetam, numa relação de atração e repulsa”, conta Pandolfo. O diretor reforça que a relação do casal se passa em um tempo-espaço que não fica bem definido, podendo também servir como metáfora para esse encontro profundo que pode resultar na salvação do casal.
O cenário da peça exibe um chão coberto de neve, um tronco de madeira, um fogão e um baú. É neste lugar fumacento, quase onírico, que Henry e Rosannah acessam memórias, lembranças e também confusões sobre os motivos pelos quais foram traumatizados.
“No texto há referências sobre um apagão branco, sobre a queda da neve, sobre um céu da mesma cor que o chão, dando a impressão de que as personagens voam, mas que ao mesmo tempo são atingidas pela gravidade e caem no chão gelado. Esse apagão branco pode ser lido como a paralisação em que eles se encontram”, diz Pandolfo.
O artista conta que é essa é primeira vez que dirige e atua num mesmo espetáculo. “A experiência está sendo ótima, mas também muito desafiadora – para ter essa visão do todo, me envolvo em dois tipos de ensaio – o ensaio para direção e outro para atuação”, conclui.
SERVIÇO Alaska De 10 a 27 de março de 2022, quinta a sábado, às 21 horas; e domingo, às 20h Duração: 60 minutos Classificação 14 anos
Local: CCSP – Centro Cultural São Paulo – Espaço Ademar Guerra – Porão Entrada Gratuita – Bilheteria abre 1 hora antes da sessão 70 lugares
A entrada no CCSP só será autorizada mediante uso correto de máscara e apresentação de carteirinha de vacinação contra COVID-19 atualizada.
Após uma primeira temporada de sucesso em 2021, o espetáculo “Você não é todo mundo”, estrelado pelo ator Ricardo Villardo, com direção e dramaturgia de Marcos Nauer, volta aos palcos do Teatro Cândido Mendes (RJ) em curta temporada, de 4 a 26 de março com sessões às sextas e sábados às 22h.
A peça nasceu após a repercussão de um vídeo caseiro criado pelo artista e publicado em suas redes sociais, intitulado “Carta para Deus”, onde presta uma homenagem ao saudoso Paulo Gustavo. O vídeo viralizou nas redes sociais alcançando a marca de quase 4 milhões de visualizações (Instagram + Tik Tok). Ele recebeu muitos elogios pela homenagem, mas também críticas e ataques insinuando ser uma cópia nada legítima.
Na comédia “Você Não é Todo Mundo” que conta com direção geral e dramaturgia do premiado Marcos Nauer (60! Doc Musical e 70? Doc Musical), Ricardo Villardo busca uma resposta para a pergunta mais difícil: “quem eu sou?”. Durante o monólogo, ele passeia por toda sua história conectando às mulheres que o transformaram na pessoa em que se tornou, mas que agora sente a necessidade de buscar uma nova identidade artística. A dramaturgia conta a história real da vida do ator, desde sua infância, onde já apresentava seu amor pela arte apresentando performances (eu ouvi Xuxa e Sandy & Junior?) para seus familiares; sua estreia nos palcos e percalços de um típico artista brasileiro até o momento atual de personagens divertidos e que fazem grande sucesso na internet.
Para ficar mais colaborativo, quem escolheu o nome do espetáculo foi o público em uma votação aberta na rede do artista. E parte da montagem do projeto, também só foi possível pela contribuição de financiamento coletivo dos fãs do ator através da plataforma Benfeitoria. A pré-estreia nacional do projeto aconteceu em novembro em São Paulo e no Rio de Janeiro.
– Sempre digo que já estou vivendo o início de um dos meus maiores sonhos. Quando a gente trabalha a maior parte da vida com teatro infantil, eu AMO, montar um espetáculo “solo” é, no mínimo, desafiador em todos os aspectos, mas eu diria que no meu caso, está sendo transformador. Eu sempre quis ter o meu monólogo. Um espetáculo no qual eu pudesse levar para os quatro cantos desse país. E chegou o momento desse projeto acontecer – completa o ator Ricardo Villardo.
O ator iniciou sua carreira artística há 16 anos, em Brasília pela Néia e Nando Cia Teatral. Fora da capital do País, se apresentou em diversas cidades, como: Manaus, Belém, Recife e Rio de Janeiro. Atuou nos musicais “Hairspray”, “Ópera do Malandro”, “Chicago”, A Família Addams” e Grease – Nos Tempos da Brilhantina”. No universo infantil, estrelou em “Aladdin”, “O Rei Leão”, “O Mágico de Oz”, dentre muitos outros.
– Acredito que “Você não é todo mundo” traz uma narrativa muito particular, uma comédia vibrante e emocionante praticamente ao mesmo tempo. Eu quero que o público saia do teatro com aquela sensação de nostalgia gostosa, e muito feliz. Assim como eu estou agora, e vou estar em cada apresentação – finaliza Villardo.
“Você Não É Todo Mundo” é uma comédia quase terapêutica e que nos traz a seguinte reflexão: quem nós seríamos se não existissem nossos ídolos?
Os ingressos já estão à venda pelo site da Sympla.
Após uma temporada de sucesso no Teatro Renaissance, o espetáculo Loucas para Amar, protagonizado pela atriz Luiza Tomé, com participação do maestro Miguel Briamonte e direção de Rogério Fabiano reestreia dia 06 de março no Teatro D. A peça, um texto inédito de Claudia Tajes, é inspirada no best-seller Louca por Homem, também de sua autoria. Esse é o primeiro solo de Luiza Tomé em mais 43 anos de carreira, que ainda está como produtora do espetáculo.
Louca para Amar conta a história de Graça uma mulher que a cada nova paixão surge com uma nova personalidade. Com um namorado, virou especialista em sexo tântrico; com outro, se despiu dos bens materiais; com outro, conheceu o misticismo; também virou fumante, judia ortodoxa, obsessiva por limpeza, nacionalista, boêmia, esportista, às vezes até acumulando mais de uma personalidade. Independente de com quem quer que seja, amores, amigos, família, por conta de sua ansiedade para ser amada, Graça passa a incorporar os desejos, os gostos, as características e os enganos dos outros.
Graça mostra os bastidores das paixões arrebatadoras pelos olhos de uma mulher que é uma verdadeira camaleoa, além de trocar de personalidade como quem troca de roupa, Graça nunca está 100% satisfeita com sua escolha e comete uma gafe atrás da outra na tentativa de conquistar alguém.
Solteiras, casadas, enroladas, todas as mulheres vão se identificar com as estripulias de Graça – baseadas nas loucuras das que já se apaixonaram pelo menos uma vez na vida. Uma jornada para descobrir que a melhor relação que ela precisa ter na vida é com ela mesma.
A peça conta com uma trilha sonora sofisticada, composta especialmente e executada ao vivo pelo Maestro Miguel Briamonte, em participação especial. O destaque da trilha são os ritmos alegres e intensos, entre temas românticos e músicas incidentais.
SERVIÇO
LOCAL: Teatro D (Rua João Cachoeira 889, – Itaim Bibi), 350 lugares. Com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Buscando apresentar uma abordagem diferente de um clássico de Shakespeare, com recursos financeiros limitados e rico em detalhes visuais e textuais, a parceria entre Ciro Barcellos (renomado ator, coreógrafo e bailarino e integrante do grupo Dzi Croquettes) e Artur Volpi (jovem ator com uma grande bagagem teatral) para a montagem de “Prazer, Hamlet” conta com um grande diferencial: a presença de figurinos e adereços 100% recicláveis e reaproveitáveis, feitos pelo renomado figurinista Claudio Tovar (também membro do Dzi Croquettes).
“Gosto muito de me instigar a encontrar outras figuras dentro de um objeto, isto é, pegar algo já existente, transformá-lo e dar uma nova visão. Quando fui convidado para participar desse projeto, topei logo de cara, pois pude ver uma oportunidade de trabalhar com o desafio reciclado, ainda mais em uma parceria com o Ciro, que foi quem me chamou e nunca prezou por figurinos caríssimos, mas algo que tenha sua beleza realçada com um baixo orçamento”, ressalta Tovar.
Por conta da pandemia ainda presente no Brasil, e um retorno ainda gradual ao teatro, o espetáculo, produzido por Alexandre Bissoli, conta com uma verba baixa de produção, e toda equipe do espetáculo utilizou a criatividade para apresentar um trabalho que ressaltasse a personalidade de cada personagem interpretado por Artur: um ator que está se preparando para interpretar Hamlet, o Hamlet clássico com trechos e falas vindas do texto original e um novo Hamlet, que assume a função de comentarista da obra e revela o lado sarcástico da história e outros quatro personagens originais de Shakespeare.
Cada papel feito pelo ator é acompanhado pela iluminação, trilha sonora e um figurino específico, com sobras de tecidos e materiais recicláveis do lixo para montar figurinos reutilizáveis. “Trabalho com o Cláudio desde a época do Dzi Croquettes e mais uma vez ele montou figurinos lindos e que captaram a essência de cada personagem, como se cada peça de roupa e adereço falasse por si só”, aponta Ciro.
Para o monólogo, Claudio usou uma técnica japonesa chamada Borô para reciclar os tecidos, juntando pequenos pedaços de várias roupas já usadas e remendando-os para ficarem mais resistentes, como se fossem novos. Além disso, outros materiais também foram reaproveitados para a montagem das roupas e adereços, como cápsulas de cafés, prata boliviana, papel reciclado, dentre tantos outros.
“É muito interessante pegar um material considerado por muitos de “material de segunda” e dar a ele uma roupagem preciosa. Com isso, podemos mostrar que é possível fazer arte com a riqueza de detalhes da simplicidade e que chame a atenção do público”, afirma Cláudio.
“Prazer Hamlet” encerra temporada neste domingo ( 27) no teatro do Giostri Cultural. O objetivo é apresentar um trabalho inovador, que atraia novos públicos e mostre a arte como crônica dos tempos.
Serviço
Monólogo: “Prazer, Hamlet” Local: Teatro Giostri
Endereço: Rui Barbosa 201, Bela Vista, São Paulo.
Data: até o dia 27/02/01 (domingo)
Sessões: sextas e sábados 20:30h, domingos 19:00h Produção: Eureka Entretenimento
Vendas: Sympla e na bilheteria do teatro
É obrigatório o uso de máscara e a apresentação do comprovante vacinal.
A Mentira é uma comédia deliciosa do aclamado escritor Florian Zeller, que cria uma dramaturgia engenhosa e com tempos desafiadores para o público, trazendo de forma leve e divertida uma reflexão sobre os limites da fraqueza e da lealdade nas relações pessoais.
Na história, Alice surpreende o marido de sua melhor amiga com outra mulher, criando, assim, um conflito para si: contar ou não à amiga o que viu? Seu marido, Paulo, tenta convencê-la a esconder a verdade, defendendo assim a mentira. É só para proteger seu amigo? Ou ele também tem algo a esconder?
A peça tem uma narrativa brilhante e abre um diálogo instigante sobre a verdade, em um momento em que estamos sendo bombardeados por fake news, traçando um paralelo com a realidade onde não se sabe mais o que é verdade e o que é mentira.
Traduzida, dirigida e estrelada por Miguel Falabella, A Mentira é uma comédia sobre a arte de esconder para proteger aqueles que amamos ou não. A nova temporada conta com grande elenco Falabella divide o palco com Danielle Winits, Alessandra Verney e Fred Reuter.
A temporada paulistana acontece entre 4 de março e 29 de maio no Teatro Claro, localizado dentro do Shopping Vila Olímpia. Os ingressos já estão disponíveis para venda na bilheteria do teatro e pelo site da Sympla. Mais informações no serviço.
A Mentira é apresentada por Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, tem patrocínio de Claro e apoio de Sonda. A realização é da Bárbaro! e Atual Produções.
Serviço A MENTIRA Temporada a partir de 4 de março de 2022
Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000 Capacidade: 799 pessoas – http://teatroclarosp.com.br/
Classificação: 10 anos Duração: 80 minutos
Acessibilidade (18 de marco haverá sessão com audiodescrição e libras) Ar-condicionado
Sessões Sextas e Sábados às 21h Domingos às 19h
Ingressos de R$ 140,00 a R$ 180,00 Obs.: Confira a legislação vigente para meia-entrada
CANAIS DE VENDAS OFICIAIS: sympla.com.br – com taxa de serviço Bilheteria física – sem taxa de serviço
Teatro Claro (Shopping Vila Olímpia – 5º piso) – de segunda-feira a domingo, das 10h às 22h, inclusive feriados. Telefone: (11) 3448-5061
Com texto de Marília Toledo e Emílio Boechat, direção de Fernanda Chamma (que também assina a coreografia) e Marília Toledo, além de direção musical de Marco França, a comédia musical Silvio Santos Vem Aí faz nova temporada no Teatro Raul Cortez, em São Paulo, de 18 de fevereiro a 10 de abril de 2022.
O espetáculo faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel (vivido pelo ator Velson D’Souza) desde sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações.
O elenco é formado pelos atores Adriano Tunes (Velha da Praça / Nahim), Bianca Rinaldi (Íris Abravanel), Bruno Kimura (Anestesista / Bailarino Russo), Daniela Cury (Rebeca Abravanel / Hebe Camargo), Giselle Lima (Gretchen / Telemoça / Cantora de Rádio), Gustavo Daneluz (Silvio Jovem), Ivan Parente (Pedro de Lara), Ju Romano (Rosana / Telemoça), Juliana Bógus (Aracy de Almeida), Léo Rommano (Atrasildo / Manoel de Nóbrega Alternante), Lucas Colombo (Bozo), Mari Amaral (Mara Maravilha / Telemoça), Paula Flaibann (Elke Maravilha), Rafael Aragão (Alberto Abravanel / Luiz Caldas / Silvio Alternante), Roquildes Junior (Roque), Thiago Garça (Pablo / Bailarino Russo), Velson D’Souza (Silvio Santos), Verônica Goeldi (Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça), Vinícius Loyola (Gugu Liberato / Gilliard / Sérgio Mallandro) e Yasmin Calbo (Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça).
Para Marília Toledo, fazer um musical 100% nacional é um dos principais desafios deste trabalho e também o seu maior orgulho. “Falar de uma figura tão emblemática da nossa cultura popular, usando a música como fio condutor da história, nos permite uma boa liberdade estética. Isso se dá porque conhecemos bem os personagens ligados ao Silvio Santos, além dos ritmos e canções que acompanharam a trajetória do apresentador e empresário desde sua ascensão profissional até a década de 90, que é a linha cronológica da dramaturgia, escrita por mim e pelo Emilio Boechat”, comenta Marília.
Já Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio. “Investimos um bom tempo levantando uma timeline de eventos importantes na vida do Silvio. Depois jogamos esses eventos dentro da estrutura clássica de um musical. Foi quando decidimos contar a história do Sílvio por meio de um devaneio, como em ‘All That Jazz’. A partir daí, escrevemos poucas cenas juntos. Como era difícil coincidir nossas agendas de trabalho, eu escrevia algumas cenas quando podia e ela também. Pouco antes do início dos ensaios escrevemos juntos as cenas que faltavam. Mas sabíamos que com a entrada do Marco França muitas cenas com diálogos seriam transformadas em música. Era um desejo dos dois que o espetáculo fosse conduzido pelas canções”, comenta.
O ator Velson D’Souza, de 35 anos, foi o escolhido para interpretar Silvio Santos – ele trabalhou no SBT em novelas como ‘Cristal’, ‘Revelação’ e ‘Vende-se Um Véu de Noiva’, e com o próprio apresentador no Programa Sílvio Santos. Para se preparar para esse papel desafiador, ele conta que tem procurado fugir da caricatura do homenageado, que já foi imitado por tantas personalidades.
“Estou tentando partir da desconstrução. Minha abordagem é olhar as situações da vida dele com o máximo de verdade, da maneira mais próxima de mim, do que eu vivi e me colocar no lugar dele. Acho que a convivência com ele ajudou bastante, sobretudo para perceber que ele é daquela forma que conhecemos mesmo quando não está em cena. E trazer um pouco da voz do Silvio, sobretudo do timbre. Não para ficar aquela coisa carregada, mas para termos uma pequena diferenciação de quando é o showman e quando está conversando com outras pessoas fora de cena, como, por exemplo, com Manoel da Nóbrega. O grande lance é não ficar aquela caricatura do Silvio Santos que todo mundo faz. E isso também funciona para o gestual. Tem a questão da mão, que é muito presente, toda aquela postura altiva e elegante do Silvio. Eu acho que temos que entender isso e atravessar. Quando ele era jovem, provavelmente não era igual ao que é hoje. Mas temos que fazer algo que lembre como ele é hoje”, revela o ator.
Antes do início do espetáculo, haverá um pré-show com diversas atrações do programa Silvio Santos ao longo de décadas no ar, como a “Porta da Esperança”, o “Foguete do sim ou não” e o “Roletrando”, além de um bar com comidas típicas do Domingo no Parque, como salgados, pipoca, refrigerante e algodão doce, entre outros.
É justamente a novidade e o ineditismo que pautam a direção de Fernanda Chamma. “O processo criativo do musical do Silvio está sendo bem bacana. Fechamos um elenco expressivo do teatro musical, então, estou trabalhando com uma liberdade de criação dos personagens de uma maneira bem inusitada e atemporal. Eu não quero rótulos – mesmo que estejamos trabalhando com personalidades bem conhecidas, acho que tudo o que não é previsível será bem aceito. E acho que estamos fazendo um espetáculo com muito ritmo, diversão e um formato diferente. Sempre quero ser diferente e não parar de criar nunca, pois é uma forma de respeito ao público e ao teatro musical. E o Silvio Santos é isto: uma persona única, jamais existiu e nem existirá outra similar. Acho que tem que ter esse ineditismo, humor, alegria e um estilo SBT de se fazer”, explica a diretora.
A trilha sonora é composta por músicas que marcaram a trajetória de Silvio Santos até a década de 1990 e animaram os programas de auditório. “Fazer esse projeto é inevitavelmente olhar para o passado e revisitar minha infância, na qual esse universo não só do programa, mas das músicas – sobretudo da década de 1980 – esteve tão presente. A minha função primeira é ser fiel aos arranjos originais, tentando mudar minimamente, colocando um pouco da minha personalidade, mas sem ferir a identidade dessas canções que estão nesse imaginário e que fizeram parte dessa época. E a outra parte compor canções novas que tenham a ver com a necessidade da dramaturgia. Dentro desse repertório popular que estava presente nas vinhetas do programa do Silvio tem um pouco do jingle publicitário. Para reforçar esse caráter, resolvi trabalhar com o Fernando Suassuna, um grande músico e amigo de infância. Ele escreveu as letras e eu compus todas as canções originais. Acho que todos estão bem felizes com o resultado”, acrescenta o diretor musical Marco França.
Para zelar pela segurança do público e funcionários, Silvio Santos Vem Aí está seguindo as regras determinadas pelas autoridades sanitárias para prevenção da covid-19. O uso de máscara é obrigatório.
SERVIÇO: SILVIO SANTOS VEM AÍ
Temporada: 18 de fevereiro a 10 de abril de 2022
Sessões: sextas-feiras às 21h00, sábados às 16h00 e 20h00, domingos às 15h00 e 19h00
Duração do espetáculo: 2 horas e 15 minutos (com 15 minutos de intervalo)
Setores e preços: Setor I R$150,00 – Setor 2 R$120,00 – Setor 3 75,00
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