Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o atriz e cantora Deborah Marins
Por Leina Mara
Foto: Divulgação/60! Doc. Musical
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, em 2016, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” repete o feito também em São Paulo, com temporada prorrogada no Theatro Net São Paulo.
Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer.
“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
No intuito de apresentar ao público um pouco mais sobre o elenco, divulgamos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista a atriz e cantora Deborah Marins.
Foto/Divulgação
AC: Conte-nos um pouco mais sobre o inicio de sua carreira e trajetória no teatro musical?
DM: Eu comecei cantando aos 9 anos. Fazia por hobby, nas festinhas, na igreja e tal. Aos 18 escolhi fazer faculdade de Microbiologia e quando estava me formando fui convidada para cantar em um restaurante de garçons cantores. Lá recebi um convite pra fazer meu primeiro Musical que foi “Procurando Nemo”, curiosamente com o Victor Maia, e de lá fiz mais 11 musicais infantis até que fui fazer uma prática de montagem pelo CEFTEM, escola que me formei, que foi “GODSPELL” com direção do João Fonseca. A peça deu muito certo e o personagem que eu fazia era de comédia e era incrível, eu amava! Depois dali muita coisa boa aconteceu. Fiz “On Broadway”, na sequência, veio a turnê de “Cássia Eller o Musical”, fui me apresentar no Rock in Rio Lisboa com um espetáculo em comemoração aos 30 anos do RIR e então vim fazer o 60! Década de arromba – Doc Musical e também estou no elenco do infantil de Carla Candiotto “Alice no País do Iê Iê Iê”.Espero muito que não pare por aí não!! Hahahaha.
No seu primeiro espetáculo Procurando Nemo ao lado de Victor Maia – Foto: Arquivo Pessoal
AC: Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de atriz? Existe algum papel que ainda almeja interpretar?
DM: São várias, mas sempre fui muito fã das extraordinárias Fernanda Montenegro e Marília Pera. Principalmente por serem atrizes de teatro, que é onde eu amo estar, nos palcos. Da geração mais nova eu admiro muito o trabalho da Adriana Esteves, acho ela uma excelente atriz e atualmente tô vidrada na Tatiana Maslany, protagonista da série Orphan Black. Ela é incrível! Interpreta mais de 10 personagens ao mesmo tempo. Uma aula de atuação! Quanto aos personagens, eu amo a comédia né? Sou meio bagaceira! Hahaha. Tem várias coisas que eu gostaria de fazer, mas estou querendo me desafiar em algum personagem mais dramático. Será? (risos).
Em cena no músical GODSPELL com direção do João Fonseca – Foto: Arquivo Pessoal
AC: Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical?
DM: Muito intenso!! O processo de criação em conjunto é uma loucura! Uma delícia por poder partilhar as idéias e experimentar outras sem muito compromisso de ficar bom logo de cara! Sai cada coisa que você não imagina! Mas ao mesmo tempo é pavoroso por trazer mais ansiedade e medo de errar. Você sai dos ensaios e vai pra casa pensando nisso 24hs por dia! Até tudo ficar lindo é tensão total! Mas o prazer do resultado é muito recompensador! Fazer isso na companhia de um elenco incrível como esse foi um grande presente!
Em cena no musical infantil Alice, no Pais do Iê Iê Iê de Carla Candiotto – Foto: Divulgação
AC: Qual sua parte favorita no musical? Por que?
DM: Nossa! Como escolher só uma parte num musical de 3 horas? Hahaha. Eu gosto de muita coisa! No primeiro ato eu adoro o número dos retirantes que vem da platéia seguido do Beep Boop. O Splish Splash seguido de Filme Triste eu amo pela comédia da historinha e pelos meninos que arrasam! O Twist por levantar tanto a galera e pela coreografia do Victor Maia. E o melhor: a parte que a Wandeca vem naquele elevador e desce a escadaria é de tirar o fôlego! Como não se emocionar? Já no segundo ato, o Medley 60 acho fantástico visualmente e musicalmente, as Viúvas do Elvis é um número lindo pelo arranjo do Tony Lucchesi assim como os festivais. E por último o Say a Little Prayer, que além da temática do número ser forte, é uma música linda e que toca o coração da gente. Enfim, difícil escolher.
Em destaque no solo de “Medley 60” no espetáculo 60! Década de Arromba
AC: Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?
DM: Ahhh! A Wandeca é um anjo de luz. Sério, eu a admiro demais! Além de ser uma mulher guerreira e muito forte por tudo que já fez e viveu, é a generosidade em pessoa. Delicada, preocupada com a gente, sempre bem humorada e carinhosa. Trabalhar com ela é um privilégio. E a gente fica de cara com a disposição e com aquela voz! Enfim, a maior alegria de todas!
Em seu solo “Twist” em 60! Doc.Musical que arranca gargalhadas da plateia
AC: Quais seus planos futuros?
DM: Continuar podendo viver da arte, levar emoção para as pessoas. E pra isso é preciso crescer artisticamente cada vez mais. Estudar sempre, se renovar, cuidar por fora e por dentro também porque o artista precisa da sensibilidade para alcançar as pessoas. Sou uma artista que se renova cantando e se desafia e cresce atuando e dançando. E assim vou construindo meu caminho no teatro musical! Ser feliz e bem sucedida podendo fazer o que amo e escolhi. Esse é o plano!
Com a credencial do Rock In Rio Lisboa – Foto: Arquivo Pessoal