“A Invenção do Nordeste” em curta temporada no Teatro Carlos Gomes


Créditos: José Tellys Fagundes


A peça conta a história de um diretor que é contratado por uma grande produtora para realizar a missão de selecionar um ator nordestino que possa interpretar com maestria um personagem nordestino. Depois de vários testes e entrevistas, dois atores vão para a final e o diretor tem sete semanas para deixá-los prontos para o último teste. Durante as 7 semanas de preparação, os atores refletem sobre sua identidade, cultura, história pessoal e descobrem que ser e viver um personagem nordestino não é tarefa simples.

O espetáculo é dirigido por Quitéria Kelly, que motivada por reações xenófobas durante as eleições presidenciais de 2014, encontrou na obra do Professor Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior um ponto de partida para refletir as divisões sociais brasileiras. Durval é historiador e autor do livro “A Invenção do Nordeste e Outras Artes” que remonta o surgimento de um recorte espacial para gerar um lugar real tanto quanto imaginário, e todas as motivações políticas para este fim.

Créditos: José Tellys Fagundes

Durante 2 anos de pesquisa, diretora e Grupo Carmin mergulharam nos questionamentos dos mecanismos estéticos, históricos e culturais que contribuíram para a formação de uma visão do nordeste brasileiro como um espaço idealizado, deslocado do processo histórico e imune ao impacto das grandes transformações sociais. A partir daí, os dramaturgos Pablo Capistrano e Henrique Fontes escreveram a auto-ficção “A Invenção do Nordeste”, que propõe desenhar a trajetória hilária e por vezes conflitante da história recente do estabelecimento da região nordeste.

“A Invenção do Nordeste” estreou em agosto de 2017, na Casa da Ribeira, em Natal, participou da Mostra Sesc Velho Chico, em Petrolina, do Festival O Mundo Inteiro é Um Palco, em Natal, do Festival MARTE, em João Pessoa, cumpriu temporadas em São Paulo, no Sesc Belenzinho e no Itaú Cultural. Em 2018 e 2019, foi apresentado no CCBNB de Juazeiro do Norte, no Festival TREMA!, em Recife, no Festival Palco Giratório e em circulação pelo interior de São Paulo.

Créditos: José Tellys Fagundes

No Rio de Janeiro o espetáculo foi apresentado no Sesc Copacabana e no Teatro SESI Centro, sendo vencedor das principais categorias de todos os prêmios do Rio: Prêmio Shell 2019 de Melhor Dramaturgia; Prêmio Cesgranrio 2019 de Melhor Espetáculo; Prêmio APTR 2019 de Melhor Dramaturgia e Melhor Ator Coadjuvante; Prêmio do Humor 2019 de Melhor Espetáculo, Melhor Direção e Melhor Dramaturgia; Prêmio Botequim Cultural 2019 de Melhor Autor; Prêmio Questão de Crítica 2019 de Melhor Espetáculo.

Para conhecer mais sobre o Grupo Carmim acesse www.grupocarmin.com.

Serviço

A Invenção do Nordeste
Local: Teatro Carlos Gomes
Endereço: Praça Tiradentes, s/n°, Centro, Rio de Janeiro.
Informações: (21) 2224-3602
Temporada: 18 a 28 de julho de 2019.
Dias e horários: Quintas, sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 18h.
Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos
Comédia

Monólogo Borderline comemora 5 anos em cartaz


Créditos: Lu Valiatti


Bipolaridade, esquizofrenia, desejos, loucura e lucidez. Esses são os temas de Borderline, monólogo de Junior Dalberto, em cartaz na Cidade das Artes, de 2 de agosto a 1º de setembro, sextas e sábados, 20h e domingos, 19h. Destaque literário potiguar – Troféu Cultura – em 2014, montagem dirigida por Marcello Gonçalves é estrelada pelo ator Bruce Brandão.

Borderline traz o drama de Rutras, numa linguagem metafórica, atemporal numa viagem mitológica acerca do personagem inspirado no livro O Cangaço e o Carcará Sanguinolento, posicionando-se diante de questões íntimas relacionadas à família, sexualidade homo afetiva, incesto, HIV, mundo cibernético, dependência química e sua relação com a geração dos anos 90.

Créditos: Lu Valiatti

“O desafio de dirigir proposto pelo ator Bruce Brandão, me acendeu em algo que é inerente a todos nós, homens da arte: a necessidade e o comprometimento de levar aos palcos uma obra singular e plural. Suponho que aonde quer que eu vá, levarei comigo os ventos das mudanças, eu estou na onda, no ritmo, marchando nele. O registro, a interpretação, a produção e a direção”. Marcello Gonçalves – Diretor.

Para o ator Bruce Brandão, as leituras sobre o tema Borderline foram fruto do contato com o autor Junior Dalberto em Natal. Encantado com esse universo, fez suas pesquisas e se familiarizou com o tema.

“No início eu estava motivado em visitar clínicas psiquiátricas, manicômios, mas após muita pesquisa estudos, percebi que o manicômio estava dentro de cada indivíduo, que esse jeito borderline era um labirinto, um lugar extremamente difícil ser desvendado. O entendimento sobre o transtorno Borderline me fez galgar outros degraus: É o jeito de ser. Quem já não teve medo de rejeição, impulsividade, ciúmes, sensação de abandono? Porém quando se trata de um Border, o olhar é outro. Tudo tem intensidade! Olhar poeticamente a doença é mergulhar no desconhecido”. Bruce Brandão – Ator.

A nova temporada que comemora os 5 anos da Cia. Arte Nova é produzida pela Rayes Produções Artísticas, sob a direção de produção de Viviani Rayes, diretora executiva da produtora que já acumula em seu currículo sucessos como BLACKBIRD, PARA ONDE IR e POR ELAS, espetáculos, assim como Borderline, que abordam questões da condição humana em situações limite.

“É um enorme prazer produzir essa edição comemorativa do monólogo “Borderline”, que marcou a fundação da Cia Arte Nova, não só pela importância da data, mas pelo conteúdo contundente do espetáculo e pela forma generosa que o ator Bruce Brandão se entrega ao seu personagem”. Viviani Rayes – Diretora de Produção e Coach do ator. Confira o teaser do espetáculo:

SERVIÇO

Borderline

Local: Cidade Das Artes – Endereço: Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca
Temporada: De 2 de agosto até 1º de setembro de 2019
Horários: Sextas e sábados, 20h, domingos, 19h
Preço: R$ 40,00 (Inteira) R$ 20,00 (Meia)
Telefone: (21) 3325-0102
Duração: 55 min.
Classificação: 16 anos
Gênero: Drama – Capacidade: 100 lugares

‘MALVADAS – Tudo Sobre Sharon, Sheila & Shirley’ reestreia no Teatro Novo


Créditos: Michel Angelo


“O melhor da festa é ter sido convidado para ela”
Alessandro Marson

‘MALVADAS – Tudo Sobre Sharon, Sheila & Shirley’ estreou no Teatro FAAP em maio e cumpriu temporada até fim de junho. A partir de 12 de julho, a peça inicia a segunda temporada no Teatro Novo até 11 de agosto, sextas e sábados às 21h30 e domingos às 19h. A peça do escritor e dramaturgo Alessandro Marson (Novo Mundo – TV Globo), que ganha pela primeira vez montagem só com atores ( André Segatti, Marcelo Mansfield e Chico Terrah), conta a história de três irmãs que moram em um apartamento que mais parece um depósito de coisas velhas.

Numa manhã de sábado, dia oficial de faxina, as irmãs recebem um convite para uma grande festa, a mais badalada do ano, que irá acontecer naquela noite. O convite é individual e somente uma delas poderá ir, porém o envelope está ilegível e não é possível saber qual das três foi a convidada. O lado mais sombrio, competitivo e maquiavélico vai ser colocado em prática. A história conduz a uma viagem pelos sentimentos dessas irmãs numa situação de embate. Depois da primeira parte do jogo vencida por alguém vem a vingança das ‘ninguéns’, as que foram derrotadas no primeiro tempo. Várias trapaças são realizadas; brigas, discussões, alianças e traições se dão sucessivamente.

Créditos: Michel Angelo

‘Malvadas — Tudo Sobre Sharon, Sheila & Shirley’ é sobre isso. As três irmãs que tem nomes que começam com as mesmas letras: “S” e “H”, mesmo desprovidas de qualquer talento, têm uma vontade absurda de serem “alguém” e mostrar para as outras que, mesmo “começando iguais” elas podem ser diferentes”, diz Marson.

A comédia também traz como reflexão o bullying familiar. “Em meio ao besteirol e gargalhadas, a peça traz à tona o pior de cada uma e consequentemente a reflexão nas relações em família, o que é pouco falado quando se trata de bullying”, diz o diretor.

Créditos: Michel Angelo

A direção de Marcio Rosario (que já havia sido produtor executivo na primeira montagem da peça com atrizes mulheres, em 2007, dirigida pelo autor) privilegia a versatilidade de cada ator na desconstrução das personagens. Rosario faz também uma discreta homenagem aos atores Miguel Magno e Ricardo de Almeida, que atuaram em “Quem tem medo de Itália Fausta”, besteirol dos anos 1980, que marcou o diretor pela inteligência cênica.

A atriz Angela Dippe assina as coreografias, a caracterização é de Malonna, desenho de Luz de Gabriel Greghi e a cenografia, figurinos e trilha de Marcio Rosario, além da direção.

SERVIÇO
‘MALVADAS – Tudo Sobre Sharon Sheila & Shirley’

TEATRO NOVO

Endereço: R. Domingos de Morais, 348 Vila Mariana, São Paulo – SP, 04010-000 ( Próximo à estação Ana Rosa do metrô)

Capacidade: 481 pessoas

“Teatro possui acessibilidade”

Telefone: (11) 2155.0665

Estreia dia 12 de julho, sextas e sábados às 21h30, domingos às 19h.

Temporada até 11 de agosto

*Excepcionalmente não haverá espetáculo dia 03 de agosto.

Indicação de faixa etária: 10 anos

Duração: 70 minutos

Preços:
Sextas e domingos: R$70,00 (inteira) R$35,00 (meia)

Sábados: R$80,00 (inteira) R$40,00 (meia)

Gênero: Comédia

Estacionamentos conveniados:

Flat’s Estacionamento – R. Domingos de Morais, 343 (em frente ao teatro).

Geh Estacionamento – R. Azevedo de Macedo, 48 Vila Mariana (ao lado do teatro).

Informações: https://www.teatronovo.art.br/

Bilheteria: terça a quinta, das 14h às 19h; sexta a domingo a partir das 14h. Acessibilidade para cadeirantes. Estacionamento conveniado: R$ 20.

Comédia As Atrizes, de Juca de Oliveira, confirma temporada no Teatro Opus


Créditos: Priscila Prade


A comédia de Juca de Oliveira teve sua primeira encenação em 1991 com Tônia Carrero, Lucélia Santos, Mauro Mendonça, Osmar Prado e Márcia Cabrita no elenco. A montagem atual, com direção de Léo Stefanini, recebeu revisão e atualização no texto para abordar conflitos mais ligados ao universo feminino, como sexualidade, traição e maturidade, mostrando também o embate artístico entre uma atriz consagrada, que conquistou o respeito de seu público, e outra mais jovem e preocupada com o número de seguidores em suas redes sociais.

A história se passa no universo artístico, mas poderia ser perfeitamente ambientada em qualquer ambiente de trabalho. As questões retratadas são absolutamente universais e engraçadas, mostrando os personagens vivendo à beira do caos. Marilda Ziliat (Angela Dippe) é uma grande atriz de meia-idade, consagrada no teatro, que vive um momento crítico da sua vida pessoal e profissional. Está insegura porque a televisão, e os homens, preferem atrizes mais jovens. É casada com Igor (Blota Filho), um diretor de teatro que se encanta pela jovem Irma. Irma (Renata Ricci) é uma atriz ambiciosa que sonha com o estrelato, mas obtém papeis inferiores às suas pretensões em teatros vazios de público e de repercussão. Ela entra no jogo de Igor para conseguir o que quer, embora viva com Cláudio (Giovani Tozi), um ator de pouco talento e inseguro, pois percebe que a mulher, por quem é desesperadamente apaixonado, lhe escapa a cada instante. Botando mais lenha na fogueira, surge a Repórter (Mariana Melgaço), uma profissional de índole duvidosa, pouco informada, mas que adora disseminar fofocas e fake news dos famosos.

SERVIÇO

AS ATRIZES
Teatro OPUS (751 lugares)
Avenida das Nações Unidas, 4777 – Alto de Pinheiros
Shopping Villa-Lobos / 4º andar
www.teatroopus.com.br

Duração: 75 minutos
Classificação: 10 anos

Bilheteria: de terça a domingo, das 12h às 20h. Formas de pagamento: Amex, Aura, Diners, dinheiro, Hipercard, Mastercard, Visa e Visa Electron.
Estacionamento do Shopping: R$ 16 até 3 horas. Acesso para cadeirantes.

Sexta e sábado às 21h | Domingo às 20h

Ingressos especiais “Prêmio Cleyde Yáconis”: R$ 20

*Não haverá apresentação dia 07 de julho, domingo*

**Sessão para convidados: dia 08 de julho, segunda, às 21h**

Estreia dia 05 de julho de 2019
Temporada: até 11 de agosto

‘As Comadres” em curta temporada no SESC Consolação


Créditos: Divulgação


Após quase 30 anos no Théâtre du Soleil, a atriz Juliana Carneiro da Cunha desejava retornar aos palcos nacionais e trazer toda a bagagem e o processo de criação da renomada companhia francesa. Com o auxílio de Fabianna de Mello e Souza e Julia Carrera, ela convidou Ariane Mnouchkine – fundadora e líder do grupo desde 1964 – para assumir a empreitada brasileira.

A ideia inicial da encenadora foi montar a peça inspirada em ‘Les belle-soeurs’ obra do dramaturgo canadense Michel Tremblay escrita em 1965 e considerada o primeiro drama quebequense, pelo fato de o texto utilizar o joual, dialeto usado pela classe trabalhadora da cidade. Após virar um ícone e ser traduzido em mais de 25 idiomas, ele chega ao Brasil na versão musical do diretor francês René Richard Cyr. Desta maneira, o projeto marca a confluência de uma dramaturgia canadense com encenação francesa e equipe brasileira.

Créditos: Divulgação

‘A peça foi uma bomba política, no sentido positivo. Ela revolucionou o teatro e a situação das mulheres no Canadá. Tremblay escreveu um texto terrível e, no fundo, extremamente feminista’, analisa Ariane, que escolheu o texto por acreditar em sua correspondência com a situação brasileira atual.

A ação acompanha um dia na vida de Germana, moradora de um bairro periférico que ganha um milhão de selos premiados e reúne amigas e familiares para colar os selos e conversar. Com o passar da tarde, diversas situações dramáticas se desenrolam e têm como pano de fundo questões contemporâneas, como opressão, repressão e desvalorização da mulher, além de falar sobre os desejos e frustrações da classe média.

Ariane ressalta ser fiel à concepção de Richard: ‘Quando vi em Paris, chorei de rir e também chorei de verdade. Então, eu não tenho motivo para mexer nisso. Portanto, seguiremos uma espécie de livro-modelo, como Brecht fazia com suas peças. Remontei a peça tal como Tremblay e Richard a escreveram e encenaram’, conta a diretora.

A versão nacional ganhou um revezamento das atrizes nos papéis, nos moldes do que é feito nos processos de criação do Théâtre du Soleil. Desta vez, a alternância seguirá pelas apresentações. ‘Diferentes atrizes atuam em diferentes personagens, guardando suas particularidades, sem qualquer tipo de hierarquização ou julgamento de valor. Ganham as atrizes que se multiplicam em cena, ganha o público que assiste a diversas versões de um mesmo espetáculo, ganha o teatro brasileiro que vê suas possibilidades ampliadas com a passagem de Ariane Mnouchkine pelos palcos do país’, ressalta Julia Carrera, atriz, tradutora e uma das produtoras da montagem. ‘Ariane potencializa tudo isso porque o fazer teatral, para ela, é baseado na força do coletivo’, completa Fabianna de Mello e Souza, que esteve no Soleil por mais de uma década e também atua e produz o espetáculo.

Convidadas por Germana para lhe ajudar a colar um milhão de selos e assim ganhar tudo que é preciso para mobiliar sua casa, Linda, Mariângela, Branca, Romilda, Lisa, Rosa, Ivete, Lisete, Angelina, Teresa, Pietra, Gabriela, Olivina e Ginete são personagens que podem estar reunidas neste momento na periferia de São Paulo, no subúrbio do Rio ou à margem de qualquer grande cidade do mundo. Mulheres que trabalham, cuidam de seus filhos e marido, que traem e são traídas, que rezam. São amigas, cunhadas e vizinhas que, reunidas na cozinha, colando os selos, falam dos seus sonhos e dissabores, desejos e medos, anseios e frustrações.

O espetáculo estreou no 28º Festival de Curitiba nos dias 27 e 28 de março, em seguida realizou temporada no Teatro Sesc Ginástico, no Rio de Janeiro, onde teve temporada prorrogada devido ao grande sucesso.

Serviço
AS COMADRES

TEATRO ANCHIETA – SESC CONSOLAÇÃO (280 lugares)

Rua Doutor Vila Nova, 245 – Consolação

Informações: 3234.3000

Ingressos à venda pelo Portal sescsp.org.br e em toda rede Sesc SP

Quarta a Sábado às 21h | Domingo às 18h

Ingressos: R$ 40

R$ 20 (meia-entrada: estudante, servidor de escola pública, +60 anos, aposentado e pessoa com deficiência)

R$ 12 (credencial plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)

Duração: 110 minutos

Recomendação: 12 anos

Gênero: musical

Curta Temporada: de 05 a 28 de julho

“Elis, a Musical” ganha nova adaptação e estreia no Teatro Prudential


Créditos: Bianca Oliveira


“Elis, a Musical” ganha uma nova adaptação produzida pelo CEFTEM (Centro de Estudo e Formação em Teatro Musical) com apoio da Aventura Entretenimento. Produzido originalmente pela Aventura em 2013, o espetáculo foi um sucesso de público e crítica com a atriz Laila Garin vivendo a personagem título. A peça será apresentada às terças e quartas em curta temporada de 9 a 31 de julho no Teatro Prudential.

O texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade, tem direção de Pedro Rothe e direção musical de Délia Fischer, que fizeram parte da equipe da montagem de 2013, além de coreografia, e direção de movimento, de Clara da Costa. O espetáculo conta a vida e carreira da cantora Elis Regina, desde sua infância até sua morte.

Créditos: Bianca Oliveira

– É uma alegria muito grande poder montar esse espetáculo e colocar jovens atores em contato com a vida e a obra de uma das maiores artistas que já tivemos no país. Contamos com o aval de Nelson Motta e a permissão de todos os filhos da Elis: Maria Rita, Pedro Mariano e João Marcelo Bôscoli, para contarmos essa história tão potente e emocionante – diz Reiner Tenente Fundador e Diretor artístico e pedagógico do CEFTEM.

A “Pimentinha” é representada, em diferentes fases da sua vida, por diferentes atrizes, divididas não só pela cronologia, mas também pelas várias facetas da artista.

– A peça é bastante baseada na montagem original em termos de texto, até mesmo alguns números. A grande diferença está na escolha de dividir Elis em fases, não só cronológicas, mas que também exploram as diferentes facetas da artista e a coexistência dessas fases no palco em alguns momentos da peça. Partindo da ideia de memória, de lembranças de Elis, a peça é um pouco mais fragmentada e permite esses encontros de Elis com ela mesma. A cenografia também representa esta fragmentação e acúmulo de momentos que vão preenchendo o palco, se entrecruzando, montando esta memorabilidade. A coreografia e direção de movimento também se difere da original em alguns pontos, partindo dos corpos dos alunos-atores para criar este universo (na verdade, estes universos). Além de alguns cortes e uma adição de música aqui, troca de música acolá (mas não direi quais, vai ser preciso conferir ((rs)) – diz Pedro Rothe.

Créditos: Bianca Oliveira

Além disso, a nova adaptação de “Elis, a Musical” tem outro grande feito, será o primeiro musical a ser apresentado no novo Teatro Prudential.

Elis é vivida por diferentes atrizes em suas fases, na adolescência e juventude é vivida pelas atrizes Duda Santa Cruz e Karine Von Brandenburg, no auge da estrela o papel fica a cargo de Moira Osório e quando se reinventa, até o fim de sua vida, é vivida por Diana Cataldo.

Além de seus feitos na carreira, a peça aborda seus relacionamentos amorosos, o casamento com Ronaldo Bôscoli (Matheus Vieira) e, depois, com César Camargo Mariano (Gustavo Fagundes). Além de falar de seus amigos, e grandes parcerias, como Luís Carlos Miele (Felipe Durão), Lennie Dale (Pablo Marcell), seu empresário Marcos Lázaro (Kaíque Lopes), Jair Rodrigues (Celso Luz), Nelson Motta e Tom Jobim (ambos interpretados por Marco Dorville).

O espetáculo também irá abordar os conflitos familiares representados, além dos maridos, pela mãe Dona Ercy (Lívia Fraga) e pelo pai Romeu (Thiago Freitas).

Créditos: Bianca Oliveira

– Eu sempre me perguntei o que Elis estaria produzindo hoje, tanto em termos artísticos quanto em termos de discurso. Com essa montagem, procuramos dar voz àquilo que ela já cantava e que permanece pertinente. Mas ainda me pergunto: o que Elis cantaria hoje? De que forma? – finaliza Rothe.

Completam o elenco: Eduardo Lanzini, Mariana Ferreira, Paula Serra, Thais Rodrigues e Victoria Orenbuch.

SERVIÇO:
“Elis, a Musical”

Teatro: Teatro Prudential Rua do Russel, 804 – Glória (RJ)
Telefone: (21) 2558-3862
Gênero: Musical
Dias: 09, 10, 16, 17, 23, 24 30 e 31 de Julho
Lotação: 359 lugares
Horário: 20h
Classificação etária: 12 anos
Duração: 170 min
Ingressos (preço): R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia)