Por: Bruno Fidelis
Após uma sucedida estreia, o cantor apresenta um trabalho mais maduro e cheio de inspirações nos anos 90.
Ontem tivemos a oportunidade de ouvir o The Desired Effect pela primeira e vou contar para vocês exatamente como foi essa unção.
Dreams Come True abre com maestria o álbum com uma batida contagiante, que se aproxima demais do que o The Killers fez no Sam’s Town. Usando e abusando dos metais, um refrão bem estruturado e vocais femininos no apoio, Dreams Come True é daquelas músicas que são ótimas, lacre puro, mas não dizem praticamente nada sobre o que esperar do restante do álbum.
Can’t Deny My Love já era velha conhecida. Já sabia a letra de trás pra frente e de frente pra trás. É forte, tem uma letra maravilhosa, refrão chiclete que arrepia e faz você querer casar com o repeat. A melhor parte da música é quando vai da ponte para o refrão final, com uma bela representação vocal do Brandão que dá um grito que poderia quebrar os vidros aqui de casa. Como não amar?
I Can Change começa com um pianinho sem vergonha, você pensa: “ok, agora é a hora de se recuperar do lacre das músicas anteriores com uma baladinha”. Mas logo você descobre que está completamente enganado. Brandon começa a soltar o lado anos 80 do álbum. A música vai ganhando uma batidinha synth pop que vai crescendo até virar algo que poderia fazer parte da trilha sonora de qualquer filme do John Hughes. Tá tudo lá: a bateria eletrônica, o sintetizador e um refrão que faz qualquer pessoa começar a pular. LACRE! LACRE PURO! LACRE PARA TODOS LADOS!
I Still Want You também já havia sido liberada anteriormente. Não gostei quando saiu, mas já vi como eu estava completamente sob o efeito de drogas. A música é gostosa e dançante, com um coral que acompanha o mozão ao longo da música. Impossível não fazer passinhos de um lado para o outro batendo palminhas. LACRE NOVAMENTE!
Agora sim é a vez de encarar a baladinha do álbum. Between Me and You é tão amor. Outra música que o Brandon fez para esposa Tana, que deve ser um cão e fazer ele de gato e sapato, porque já tivemos vários letras sobre esse relacionamento conturbado. De qualquer forma a gente agradece porque sem ela não teríamos delicias músicas como The Way It Was e Between Me And You.
Lonely Town é a minha música mozão do álbum. Nenhuma das outras vão conseguir tirar esse título. Ela tem apenas mais de 100 execuções no meu last fm. É linda, é perfeita, é anos 80, é polainas, dá vontade de dançar, de cantar, de ser cantora de coral gospel, de beijar a boca do Brandon por ter feito uma música assim. LACROU MAIS UMA VEZ!
Diggin’ Up The Heart me lembrou qualquer música que tenha entrado para a trilha do Flashdance ou outro filme de dança dos anos 80. Dá vontade de sentar em uma cadeira e derrubar um balde de água em cima do corpo. Impossível não fazer a dança dos ombros.
Menina de Deus! Never Get You Right é tão sexy que minha roupa simplesmente caiu no chão. Fiquei procurando o primeiro pole dance pra rodar igual ao peão da casa própria, mas só encontrei frustração pelo caminho. Vamos falar da música: tem uma batida gostosa, um tecladinho safado que tem chama pra cama e uma letra mega maravilinda.
O refrão, gente! Deixa eu falar pra vocês do refrão que é daqueles que você canta com os olhinhos fechados e batendo palmas, sofrendo mais que a Helena das novelas do Manuel Carlos.
Untangled Love mantém o bom ritmo dançante do álbum. Tem um refrão interessante e poderia ser perfeitamente a última música do TDE. Tem toda uma vibe de encerramento, final do show, chuva de papel picado caindo na plateia e pirotecnia comendo solta no palco.
The Way It’s Always Been é calminha e dá tchau ao belo trabalho que Brandon Flowers fez com seu segundo projeto solo. Confesso que não curti muito a música. Foi meio lacre. Talvez ela não tenha sido colocada no lugar certo. É aquelas músicas que apenas preenchem o álbum e nada mais. Talvez se fosse colocada como faixa 5 ou 6 teria um efeito melhor. Não é forte o suficiente para encerrar. Parece aquelas músicas que tocam nos créditos finais do DVD do show. É meio lacre.
No contexto geral The Desired Effects é um belo álbum que vai ficar tocando nos meus fones por um longo tempo (ou até sair o próximo álbum do Muse rs). Bem produzido e cheio de músicas da fácil digestão. Tem tudo para ser um grande sucesso, principalmente com toda a divulgação que a Universal Music tem feito em cima do projeto. E que venha a Mozão Tour.
Nota da editora chefe: Se eu não fosse casada, eu venderia um figado no mercado negro pra casar com esse home BRASIL. Beijos sociedade.