Oscar 2018 realiza feito histórico com Presença Trans em produções concorrentes




Por Nicole Gomez

Daniela Vega, atriz transgênero e estrela  de “Uma Mulher Fantástica”  e cineasta trans dirige documentário sobre racismo.

Daniela Vega – Foto: Divulgação
Não é novidade, no Oscar, a presença de figuras transgênero, mas este ano pode ser encarado como um marco, já que são dois filmes sobre eles, também feitos e/ou protagonizados por transgêneros na disputa pelo prêmio.

Daniela Vega, atriz transgênero, interpreta Marina, uma jovem de luto, vítima dos preconceitos de uma conservadora sociedade chilena em “Uma Mulher Fantástica”. O filme está indicado ao Oscar na categoria de “Melhor Filme em língua estrangeira”. O longa é coproduzido entre Chile, Alemanha, Espanha e Estados Unidos. 

Já na categoria Documentário, Yance Ford concorre por “Strong Island”, um longa com inspiração biográfica sobre o racismo e as falhas no sistema judiciário. Ford é o primeiro cineasta trans a concorrer em todas as categorias. 

Foto: Divulgação
É importante lembrar que antes de “Uma Mulher Fantástica”, outros longas com a temática ou com transgêneros em seu elenco levaram o Oscar. “Traídos pelo Desejo” (1992) venceu na categoria roteiro; “Meninos não choram” (1998) premiou Hilary Swank; “Clube de Compras Dallas” venceu em três categorias, incluindo a de ator coadjuvante para Jared Leto por seu papel como Rayon; “A garota dinamarquesa” (2015) rendeu o Oscar de atriz coadjuvante para Alicia Vikander e virou um filme pioneiro do segmento.

Porém, todas as produções citadas foram protagonizadas por intérpretes cisgênero (pessoas cuja identidade de gênero e sexo biológico coincidem), e não por ‘trans’. Nisso, o Oscar 2018 sai à frente, provando que é tempo de quebra de preconceitos e igualdade para todos. 

Tops brasileiras desfilam para a HOPE na novela A Força do Querer




Por Andréia Bueno

A HOPE elegeu a novela “A Força do Querer”, escrita por Glória Peres, da Rede Globo, como cenário para seu desfile nessa temporada. A coleção de Verão’18 será apresentada nos últimos capítulos da novela das 21h, grande sucesso da emissora.

Foto: Divulgação
Com nomes de peso, o casting será composto por modelos concorridas internacionalmente, como Bárbara Beluco, Helly Oliveira, Flavia Oliveira, Mariane Calazan, Flavia Lucini, além da modelo transgênero Valentina Sampaio, rosto da campanha da coleção da HOPE em parceria com o Alexandre Herchcovitch, lançada esse mês.

O desfile também terá a presença da top Barbara Fialho, uma das modelos brasileiras mais concorridas internacionalmente. A modelo, que mora em NY, foi o rosto da campanha de verão 2018 da HOPE e desembarca no Brasil para participar do desfile.

Com styling de Dudu Bertholini e figurino por Nathalia Duran, as peças serão apresentadas durante um desfile nos últimos capítulos da novela, que contará com a performance de Elis Miranda, personagem de Silvero Pereira, em um show especial.

Todas as peças desfiladas estarão disponíveis nas lojas e no e-commerce da HOPE.

Modelo trans Valentina Sampaio posa de lingerie para a capa da ELLE de julho




Por Redação

A revista ELLE já é conhecida por trazer mensalmente em suas páginas temas como a diversidade de gênero e a quebra de estereótipos. Por meio de campanhas e editoriais surpreendentes a revista questiona padrões de beleza e mostra o seu posicionamento.
Foto: Nicole Heiniger
A edição de julho não é diferente: ELLE elegeu a modelo transexual Valentina Sampaio para estampar a capa. A brasileira – que fez sua primeira capa justamente na ELLE, em 2016 – encanta mais uma vez por sua beleza inquestionável. Ela foi clicada de lingerie e vestido transparente para um editorial que mostra a tendência das transparências e dos tecidos leves.
Vale lembrar que Valentina não foi a primeira transexual em destaque na ELLE, a brasileira Lea T. e a norte-americana Hari Nefi estampando suas capas. A revista chega às bancas nessa sexta-feira, dia 30 de junho.

Espetáculo que aborda temas atuais, O Príncipe Desencantado segue em cartaz no Teatro Viga




Por colaboradora Luci Cara

Estreou no início de junho e vai até 30 de julho, no teatro Viga, rua Capote Valente 1323, bem perto do metrô Sumaré , o espetáculo “O Príncipe Desencantado”.

Reprodução / Internet
Uma espécie de fábula moderna que trata com extrema delicadeza e sensibilidade de temas como a homossexualidade e a transgeneridade . O público é envolvido pelas cantorias dos personagens, e consegue compreender que é impossível para qualquer “príncipe”, “princesa”, ou rei/rainha representar um papel para a  família e a sociedade, em detrimento de sua própria felicidade.

A peça conta com a participação da excelente atriz curitibana Maite Schneider, recentemente instalada na cidade, autora do conceituado blog casa da Maitê, co-fundadora da associação brasileira de transgêneros – ABRAT , personagem de documentários, atriz, modelo em desfiles e fotos, que concedeu entrevistas para diversos programas como o do Jô na Rede Globo. Além de permanecer com seu trabalho de depilação masculina nesta cidade, dá continuidade ao ofício de atriz. 

Reprodução / Internet
Uma ótima oportunidade para conhecer seu trabalho, e prestigiar o dos outros excelentes atores da peça.
Serviço
O Príncipe Desencantado
Viga Espaço Cênico
R$ 50 (meia-entrada, R$ 25).
De 03/06 a 30/07
Sábado e domingo – 15h

Exposição marca campanha pela inclusão social de pessoas trans




Evento, que acontece em Brasília no próximo dia 23, também lançará cursos profissionalizantes certificados e direcionamento para o mercado de trabalho

Por Redação
O preconceito ainda é uma das maiores armas contra as pessoas trans. Além da violência e da marginalização, quem decide assumir o gênero que se identifica sente ainda a dificuldade de conseguir se inserir socialmente. Muitas vezes, quem consegue vencer esses desafios, sequer é lembrado. Por isso, a ONG Amigos da Vida criou a exposição fotográfica Transformadas, com fotos de pessoas transgêneros que lutaram e conseguiram a inclusão na sociedade. A abertura será no dia 23 de maio, às 16h30, no Hélio Instituto de Beleza (Lago Sul).

Foto: Divulgação
Com produção do stylist Marcos Barozzi, as modelos foram fotografadas por J.P.Telles em situações do cotidiano em estúdio, de forma a “encarar” a câmera, para dar a ideia de enfrentamento à sociedade. “A ideia da exposição é demonstrar que a identidade de gênero em nada interfere na capacidade ou na competência. Queremos mostrá-las na rotina, no cotidiano, na normalidade do dia a dia”, explica o produtor, que contou com a ajuda de Ricardo Maia, um dos mais renomados hair designer do país.

Além do preconceito, a marginalização é também um assunto que preocupa. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais do mundo. Em 2016, foram 144 assassinatos no país – um aumento de 22% em relação a 2015. “Sobre a homofobia, o risco de uma pessoa trans ou travesti ser assassinada é 14 vezes maior do que um gay, por exemplo. A expectativa de vida delas é de 35 anos, menos da metade de uma pessoa heterossexual. É assustador”, afirma Christiano Ramos, presidente da ONG Amigos da Vida.

Segundo o Relatório da violência homofóbica no Brasil, publicado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), a transfobia faz com que esse grupo “acabe tendo como única opção de sobrevivência a prostituição de rua”. Não é mera força de expressão. Estimativa feita pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), com base em dados colhidos nas diversas regionais da entidade, aponta que 90% das pessoas trans recorrem a essa possibilidade ao menos em algum momento da vida.

Com o hair designer Ricardo Maia
Cursos de capacitação

Para reverter essa realidade, a Amigos da Vida, sediada em Brasília, decidiu reunir parceiros e criar cursos de capacitação profissional exclusivos para pessoas transgênero. O projeto homônimo à exposição, Transformadas, tem como objetivo capacitar mulheres trans em cursos de Make Up Artistic, Passarela, Marketing Social, Call Center, Empreendedorismo, Geração de Renda com foco também em Advocacy, Saúde, Cultura e Educação.

“A ideia surgiu para aproveitar a sabedoria e o conhecimento da nossa rede de parceiros em suas áreas de atuação e conseguir levar esse know-how para frente. Assim, conseguimos democratizar o acesso a recursos, incentivando a inovação e descoberta de novas tecnologias sociais”, diz Patrícia Lobaccaro, presidente da BrazilFoundation, uma das investidoras da ação.

Para Pedro Alves, também da Amigos da Vida, a sensibilização de empresas parceiras foi fundamental para o sucesso do projeto. “Com esse grande apoio das empresas, conseguiremos inserir as participantes no mercado de trabalho em diferentes segmentos, corroborando para o crescimento profissional e promovendo o sentimento de pertencimento e de inclusão social”, diz.

Os cursos terão duração de 20 a 40 horas, a depender da modalidade, e serão reconhecidos por certificados às participantes. “Graças às empresas parceiras, conseguiremos encaminhar várias delas ao mercado de trabalho, seja no segmento de moda ou para trabalhos mais administrativos, como call centers”, reforça Christiano Ramos. Dentre os parceiros, o Instituto de Beleza Hélio Diff, Instituto Sabin, Fecomércio DF e Call Contact Center, empresas as quais são sediadas em Brasília/DF, região onde é executado o projeto.

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO TRANSFORMADAS

Lançamento de cursos profissionalizantes

Abertura no dia 23 de maio, a partir das 16h30

Hélio Instituto de Beleza

(SHIS QL 08 conj. 01 casa 03 – entrada pela Paróquia Perpétuo Socorro)
Mais Informações:

Telefone: 61 3234-5740

E-mail: pedro.amigosdavida@gmail.com


Youtuber transexual Amanda Guimarães lança livro




Amanda pode ser a menina da porta ao lado. É bonita, inteligente, articulada e confiante. No entanto, nem sempre foi assim. Quando encarava o espelho, Amanda simplesmente não se identificava com o que via. 


O motivo não era simples: Amanda nasceu homem. Seu corpo masculino não se ajustava a sua identidade feminina. Quando criança, a mãe perguntava o que ela mais gostaria: “de ser menina”, dizia. Ao longo de sua juventude, ela buscou ajustar-se ao que para ela era fato: ela não queria ser uma mulher. Ela sempre foi uma.
“Meu nome é Amanda” é o relato de Amanda Guimarães, 27 anos, uma mulher transexual e um fenômeno da internet. Em seu canal no Youtuber Mandy fala sobre temas de interesse dos jovens, como namoro, músicas e video games. E claro, fala de sua experiência como mulher transexual, os dilemas e as inadequações, conquistas e alegrias para superar as dificuldades e se tornar quem sempre desejou.

Você encontra o “Meu nome é Amanda” em diversas livrarias do país.  

Conheça o canal da Mandy: 

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