Vai rolar muitos filmes na faixa – Telecine vai liberar o sinal!




Por Leonardo Almeida

Quem tem TV a cabo e não é assinante do pacote Telecine pode começar a se programar para curtir muitos filmes em breve.

Segundo o jornalista Flávio Ricco a rede de canais de televisão por assinatura da Globosat, vai abrir o sinal dos seus seis canais para todo mundo. O presente para os não-assinantes se dará entre os dias 21 e 28 de outubro. Além disso, também haverá acesso liberado para conteúdo da plataforma Telecine Play.

Atmosfera retrô: chega o primeiro herói negro na Netflix




Por Douglas Humberto

Estreou na Netflix o mais novo herói do mundo Marvel: Luke Cage. Mesmo que não muito conhecido do grande público, Cage já estreia com altas expectativas, tudo por conta da chancela de sucesso que está atrelada a empresa de streaming.

Foto: Netflix/Divulgação

Desta vez o herói é um ex-prisioneiro, que decide esconder seus poderes e viver uma vida tranquila no subúrbio do Harlem, reduto formado pela maioria negra de Nova York. Com toda uma vibe setentista (que relembra muito outro herói negro, Shaft), a série é cheia de discurso implícito, porém autêntico. De cara, é possível perceber muito mais tridimensionalidade em cada um dos personagens, que parecem ter um drama inoculado e mais latentemente sociocultural. Muito diferente dos seus antecessores, Demolidor e Jessica Jones, retumbantes sucessos da Netflix com um pouco mais de ludicidade.

O jeitão duro de Luke, bem como o ritmo da trama, faz o expectador se render a trama na mesma velocidade do herói. O dia a dia aparece mais e os dilemas são ancorados na razão e na emoção, mais do que nos propósitos ou no misbehavior do personagem.

O paradoxo é essa mistura, invencibilidade versus passividade. Se os outros heróis têm fraquezas físicas, e sangram, Luke é o oposto, mais emblemático. Ele parece reprimir sua força e com isso, torna-se mais avesso ao conflito corpo a corpo. Ao mesmo tempo, sua mente parece tentar dar sentido a sua invencibilidade. Quase é possível ouvir seu pensamento: “O que eu faço com essa força?”. 

Para os entusiastas do Universo Marvel, mais um pedaço da colcha que está por vir (a Netflix ainda lançará Punho de Ferro, e depois, uma série liderada por Luke, que reunirá todos os heróis da casa, Os Defensores). Para os amantes das séries, mais um bom momento junto com uma boa pipoca!

Adeus, Velho Chico!




Por Filipe Pavão

“Adeus, Velho Chico/Diz o povo nas margens.” Ao som de Maria Bethânia, o telespectador pode se despedir com muita emoção da novela de Benedito Ruy Barbosa e do ator Domingos Montagner, falecido no dia 15 de setembro nas águas do Rio São Francisco em um momento de folga das gravações.

Foto: Divulgação

Com narrativa diferenciada, a novela fugiu do eixo Rio – São Paulo e nos levou ao nordeste do nosso país. Assim, podemos conhecer a fictícia cidade de Grotas do São Francisco, abençoada pelo misterioso Rio São Francisco. Através da rixa familiar que envolvia o romance de Maria Tereza (Camila Pitanga) e Santo dos Anjos (Domingos Montagner), a realidade de muitas cidades do Nordeste foi levada a casa de todos os brasileiros. O grande controle dos coronéis e o conservadorismo político estiveram presentes no enredo, como a necessidade de se discutir a produção orgânica de alimentos e a democracia brasileira. 

Apesar de um início um pouco confuso e baixos índices de audiência, a produção de Velho Chico não se rendeu à procura incessante por Ibope e continuou a contar sua história de uma forma diferente das demais novelas exibidas nos últimos anos. Seja pela narrativa ousada ou excelente fotografia, mas também por cumprir seu papel social de denúncia das condições de vida das pessoas que vivem na região. Foi assim que Velho Chico se desenvolveu ao longo de seis meses, contou uma história de amor sem deixar de lado as críticas sociais. Pode-se dizer que o folhetim presenteou todos os telespectadores assíduos com uma qualidade ímpar.

Foto: Divulgação

A novela não será lembrada somente pela morte do seu protagonista, mas também por cenas emocionantes, que foram muito bem realizadas através de uma sutileza única. Nos últimos capítulos, utilizou-se a câmera subjetiva para suprir a ausência do Domingos, ou melhor, para mostrar que o seu trabalho e sua alma ainda estavam presentes nesse personagem que foi muito bem construído por ele. Assim, em algumas cenas, nós vimos pelos olhos do próprio Santo dos Anjos. E na última cena da trama, mostrou-se o próprio ator sobre um barco no Rio São Francisco, onde o seu personagem via o Gaiola Encantado, barco fantasma que leva a alma das pessoas mortas segundo uma lenda. Essa foi uma pequena e sutil, mas linda homenagem feita ao ator ao som de Maria Bethânia cantando “Francisco, Francisco”.

Outras cenas também chamaram atenção pela qualidade e brilhantismo dos autores Benedito Ruy Barbosa, Edmara Barbosa e Bruno Luperi e do diretor Luiz Fernando Carvalho, como o casamento entre Santo e Tereza e a chuva no sertão. Sim, a novela fez uma lágrima cair do olhar da imagem de Nossa Senhora e chover no sertão. Isso foi possível devido à entrega de grandes atores escalados para o folhetim, como: Antônio Fagundes, Christiane Torloni, Selma Egrei, Dira Paes, Marcos Palmeira, Carlos Vereza, Luci Pereira, Gabriel Leone e um grande elenco. A trilha sonora também foi um espetáculo a parte e não só por ter Mariene de Castro e Lucy Alves cantando em alguns momentos da trama, mas também por ter Caetano Veloso, Tom Zé, Alceu Valença, Gal Costa e outros grandes nomes da nossa música.

Foto: Divulgação

Velho Chico será lembrada pelo conjunto da obra. Narrativa singular, ritmo diferenciado, fotografia, seu cunho social, além de personagens bem escritos e compostos. A novela superou as dificuldades encontradas pelo caminho assim como a população de Grotas do São Francisco. 

Resenha: Jane the virgin




Por Natanael Silva

No melhor estilo “novela mexicana”, Jane the virgin é a medida certa da mistura de bom humor e drama exagerado que a gente gosta.

A série que é de 2014 e foi adaptada de uma novela Venezuelana que já foi transmitida no Brasil pela Record em 2002 como Joana a virgem, conta sobre uma jovem noiva que numa consulta de rotina no ginecologista é acidentalmente inseminada. Daí em diante a tragédia só aumenta a cada capítulo.

Com todos os 22 capítulos liberados na Netflix, Jane the virgin traz de volta rostos já conhecidos da telinha como Jaime Camil (a feia mais bela) e Ivonne Coll (o poderoso chefão: parte II). Imperdível!

SBT cancela Parada do Dia das Crianças na Avenida Paulista




Por Rodrigo Barbosa

O SBT cancelou a Parada das Crianças que estava programada para acontecer no dia 12 de outubro, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Foto: Lourival Ribeiro/SBT
De acordo com o comunicado divulgado pela emissora, por avaliações técnicas e de logísticas relacionadas à segurança dos participantes e do público.

“O SBT ressalta lamentar esta decisão especialmente pela competência dos parceiros envolvidos e pela adesão de várias marcas renomadas, mas entende sobretudo que ignorar a existência de riscos ao público não condiz com nossa preocupação constante com o bem estar da família brasileira”, comunicou.

A Parada das Crianças foi um evento criado pela emissora de Silvio Santos e teve grande sucesso nos anos 80. A sua reedição em 2016 faria parte das comemorações dos 35 anos do SBT.

O evento pretendia reunir o elenco de chaves e artistas da casa em carros temáticos desfilando pela avenida. 

Luke Cage – primeira temporada: um herói do mundo real




Por Joana Darc Leal

Se há algo que ninguém pode negar é que a Netflix está acertando, e muito, nas adaptações dos HQs da Marvel para o mundo das séries. Jessica Jones e Demolidor, dupla responsável pela estreia das produções, deram um show que poucos aguardavam. Agora, quando novamente pouco se esperava no quesito surpresa, a primeira temporada de Luke Cage estreia e deixa a todos de boca aberta.

Foto: Divulgação

Cage é um personagem que ganhou vida pela primeira vez nos quadrinhos da Marvel Comics, na década de 70. A sequência alcançou relativo sucesso até meados dos anos 80, quando foi cancelada e o super-heroi (termo mais tarde discutido) começou a aparecer como coadjuvante em HQs de outros personagens da editora.

A história, que estreou na última sexta-feira, se passa alguns meses após o encontro de Luke com Jessica Jones. O ambiente também muda de Hell’s Kitchen para o Harlem, bairro nova-iorquino conhecido por ser um centro cultural e econômico da comunidade negra. O cenário não é escolhido ao acaso, o enredo dialoga profundamente com as questões sociais enfrentadas pela população negra – racismo e violência policial serão apenas algumas delas. O fator humano e a proximidade com a realidade – bem maior, inclusive, do que nas produções anteriores – prendem o público e são, certamente, o ponto alto da narrativa.

Ao contrário da história original dos HQs, Luke Cage não cresceu nas ruas do Harlem, é de Chicago e foi apresentado ao bairro pela ex-namorada Reva Connors – todos que assistiram Jessica Jones sabem o que acontece com ela. Ele chega ao bairro procurando descanso e discrição, após o período turbulento que viveu ao lado de Jessica. Para entender como surgiram suas habilidades, no entanto, precisamos voltar um pouco no tempo: Luke conhece Jessica em Hell’s Kitchen, onde tinha um bar, mas antes disso esteve uma longa temporada preso em Seagate, onde foi vítima de uma experiência científica que lhe conferiu superforça e pele invulnerável.

Apesar de tentar ficar longe de confusões, Luke logo dá de cara com alguns vilões, afinal, não teríamos uma história se isso não acontecesse. Assim como o cenário e a narrativa, eles se aproximam muito do mundo real. São pessoas sem nenhum poder especial além do dinheiro, que compra as pessoas e permite a criação de um sistema de corrupção. O primeiro deles é Boca de Algodão, interpretado por Mahershala Ali, um cruel traficante que, quando jovem, sonhava em se tornar pianista. Acompanhando-o teremos sua prima Mariah Dillard (Alfre Woodard) uma vereadora corrupta que faz discursos em prol do crescimento do Harlem, mas desvia verba pública e faz diversas negociações ilícitas – é uma personagem que merece atenção pela forma como cresce na história e ganha destaque.

Foto: Divulgação

O conflito principal fica por conta de Kid Cascavel, meio irmão de Luke que guarda uma série de ressentimentos do passado. Com personalidade instável e aparentemente insensível à dor alheia, ele é um dos criminosos mais temidos de New York. Ainda que não tenha nenhum poder, no decorrer da trama ele contará com alguns apetrechos especiais que lhe ajudarão a lutar com seu irmão. O último personagem do lado mau que merece menção é Shades (Theo Rossi) um antigo conhecido de Luke da época de Seagate, ele, como Mariah, ganha contornos no decorrer da série.

O time de vilões é grande, mas Luke, apesar de todo o protagonismo, não está sozinho na guerra. Sua primeira aliada é a policial Misty Knight (Simone Missick), ela cresceu nas ruas do Harlem, conhece o local como ninguém, e está obstinada a combater o crime. Outra parceira será a enfermeira Claire Temple (Rosario Dawson), uma velha conhecida de quem assistiu Demolidor e Jessica Jones, aqui ela ganha mais protagonismo e seus contornos começam a ser esmiuçados.

Foto: Divulgação

Na história, os vilões farão Luke parecer culpado de múltiplos crimes, mas aos poucos a verdade entra em cena e ele se torna o herói que o Harlem tanto precisava – ainda que recuse esse título. Luke Cage é, antes de qualquer nomenclatura ou habilidade, um homem negro em um bairro historicamente reconhecido pela luta contra o racismo. É um símbolo de que é possível, sim, ir contra um sistema opressor.

O passado de Cage aparece, aos poucos, em flashbacks e nos ajuda a amarrar a narrativa, mas há muita coisa que permanece no ar. O último episódio, por sua vez, não pode ser encarado como um desfecho, pois ficamos com uma abertura enorme para uma próxima temporada, pela qual sabe-se que a Netflix nos fará esperar bastante.

Foto: Divulgação

Vale dizer que, apesar de todas as referências, assistir JJ e Demolidor não é necessário para compreender Luke Cage, mas pode tornar a experiência bem mais divertida.

Por fim, a série do roteirista Cheo Hodari Coker nos mostra o quão bem a ficção pode representar a realidade e como alguns heróis são mais humanos do que imaginamos. As adaptações da Netflix fogem de clichês outrora encenados e transportam para o nosso mundo alguns dos heróis mais interessantes já criados.