Guia AC de Cinema: Estreias da Semana




Logan é o destaque da semana

Foto: Divulgação

Confira a programação de 2 de Março de 2017!

Logan


Direção: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen
Duração: 2h17min


Sinopse:
Em 2029, Logan (Hugh Jackman) ganha a vida como chofer de limousine, para cuidar do nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart). Debilitado fisicamente, esgotado emocionalmente, ele é procurado por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa da ajuda do ex-X-Men. Ao mesmo tempo em que ele se recusa a voltar à ativa, Logan é confrontado por um mercenário, Donald Pierce (Boyd Holbrook), interessado na menina Laura Kinney / X-23, sob a guarda de Gabriela.


Relembre a passagem rápida de Hugh Jackman por São Paulo:

Um Limite Entre Nós


Direção: Denzel Washington
Elenco: Denzel Washington, Viola Davis, Stephen Henderson
Duração: 2h19min

Sinopse:
Anos 1950. Troy Maxson (Denzel Washington) tem 53 anos e mora com a esposa, Rose (Viola Davis), e o filho mais novo, Cory (Jovan Adepo). Ele trabalha recolhendo lixo das ruas e batalha na empresa para que consiga migrar para o posto de motorista do caminhão de lixo. Troy sente um profundo rancor por não ter conseguido se tornar jogador profissional de baseball, devido à cor de sua pele, e por causa disto não quer que o filho siga como esportista. Isto faz com que o jovem bata de frente com o pai, já que um recrutador está prestes a ser enviado para observá-lo em jogos de futebol americano.

Waiting for B.

Direção: Paulo Cesar Toledo, Abigail Spindel
Duração: 1h11min

Sinopse:
O que você faria para ver de perto o seu ídolo? Em 2013, dezenas de pessoas se reuniram em São Paulo para ver Beyoncé. Os fãs chegaram a acamparam em frente ao estádio Morumbi durante dois meses, fizeram rodízios para guardar lugares e enfrentaram sol e chuva para ver a cantora.


Fotos: Divulgação

Dica de Filme: Um limite entre nós




Por colaboradora: Luci Cara

Baseado numa peça do vencedor do Pullitzer e do Tony Awards August Wilson, o filme “Um Limite entre nós” está indicado para o Oscar em quatro categorias: diretor, ator, atriz coadjuvante e adaptação.

Foto: Divulgação

Podemos acompanhar o dia a dia de um lixeiro negro, Troy Maxson, com um amigo companheiro de trabalho, e em sua casa, com seus dois filhos e a esposa. Um deles mora com uma companheira, e vem sempre visitar o pai no dia do pagamento, e lhe pedir algum dinheiro emprestado. Seu irmão foi ferido durante a guerra na cabeça, recebeu indenização do governo, mas vive perambulando pelas ruas caçando os cachorros do Inferno, ou conversando com São Pedro. De vez em quando também aparece para comer algo, ou conversar. O filho mais novo tem o sonho de ser jogador de beisebol, como seu pai já foi um dia. A esposa tenta colocar panos quentes nos conflitos, e manter o equilíbrio da família.

Troy tem um sentimento de revolta por não ter tido oportunidades parecidas com os brancos, em um país onde esse abismo era realmente gigantesco,  época em que se passa a peça/filme, 1957. Sabe que não é promovido a motorista do caminhão de lixo porque todos os negros são lixeiros. E pede uma promoção, mesmo que isso signifique perder o emprego.

Em casa, o maior conflito trava com seu filho Troy. O menino consegue uma bolsa de estudos na Universidade para ser jogador, mas o pai tem certeza de que ele nunca vai sequer ter a oportunidade de entrar em campo.

No quintal, uma cerca a ser construída, com tábuas num canto, e materiais para fazê-la. 

Pouca música, em especial cantorias melancólicas entoadas pelos próprios atores. Por ser originalmente uma peça, nós estranhamos a falta de mudança de cenário, há raros momentos que se passam fora desse local: a casa e seu quintal.

Foto: Divulgação

Então, o que faz do filme um grande filme? A atuação de Denzel Washington, que também dirige, e de Viola Davis, retratando tão bem a saga da mulher mãe e dona de casa. 

O personagem do amigo diz que a cerca a ser construída não serve para se proteger dos outros, e sim para manter quem se gosta próximo e unido. Mas há outras cercas em cada um desses protagonistas, o limite entre se entregar ao outro e se deixar amar, muito mais complicadas. 

É poesia em forma de filme. O comum e o extraordinário de cada um, muito bem retratados.