Musical ‘Silvio Santos Vem Aí’ reestreia no Teatro Raul Cortez


Créditos: Adriano Dória


Com texto de Marília Toledo e Emílio Boechat, direção de Fernanda Chamma (que também assina a coreografia) e Marília Toledo, além de direção musical de Marco França, a comédia musical Silvio Santos Vem Aí faz nova temporada no Teatro Raul Cortez, em São Paulo, de 18 de fevereiro a 10 de abril de 2022.

O espetáculo faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel (vivido pelo ator Velson D’Souza) desde sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações.

O elenco é formado pelos atores Adriano Tunes (Velha da Praça / Nahim), Bianca Rinaldi (Íris Abravanel), Bruno Kimura (Anestesista / Bailarino Russo), Daniela Cury (Rebeca Abravanel / Hebe Camargo), Giselle Lima (Gretchen / Telemoça / Cantora de Rádio), Gustavo Daneluz (Silvio Jovem), Ivan Parente (Pedro de Lara), Ju Romano (Rosana / Telemoça), Juliana Bógus (Aracy de Almeida), Léo Rommano (Atrasildo / Manoel de Nóbrega Alternante), Lucas Colombo (Bozo), Mari Amaral (Mara Maravilha / Telemoça), Paula Flaibann (Elke Maravilha), Rafael Aragão (Alberto Abravanel / Luiz Caldas / Silvio Alternante), Roquildes Junior (Roque), Thiago Garça (Pablo / Bailarino Russo), Velson D’Souza (Silvio Santos), Verônica Goeldi (Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça), Vinícius Loyola (Gugu Liberato / Gilliard / Sérgio Mallandro) e Yasmin Calbo (Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça).

Para Marília Toledo, fazer um musical 100% nacional é um dos principais desafios deste trabalho e também o seu maior orgulho. “Falar de uma figura tão emblemática da nossa cultura popular, usando a música como fio condutor da história, nos permite uma boa liberdade estética. Isso se dá porque conhecemos bem os personagens ligados ao Silvio Santos, além dos ritmos e canções que acompanharam a trajetória do apresentador e empresário desde sua ascensão profissional até a década de 90, que é a linha cronológica da dramaturgia, escrita por mim e pelo Emilio Boechat”, comenta Marília.

Créditos: Adriano Dória

Já Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio. “Investimos um bom tempo levantando uma timeline de eventos importantes na vida do Silvio. Depois jogamos esses eventos dentro da estrutura clássica de um musical. Foi quando decidimos contar a história do Sílvio por meio de um devaneio, como em ‘All That Jazz’. A partir daí, escrevemos poucas cenas juntos. Como era difícil coincidir nossas agendas de trabalho, eu escrevia algumas cenas quando podia e ela também. Pouco antes do início dos ensaios escrevemos juntos as cenas que faltavam. Mas sabíamos que com a entrada do Marco França muitas cenas com diálogos seriam transformadas em música. Era um desejo dos dois que o espetáculo fosse conduzido pelas canções”, comenta.

O ator Velson D’Souza, de 35 anos, foi o escolhido para interpretar Silvio Santos – ele trabalhou no SBT em novelas como ‘Cristal’, ‘Revelação’ e ‘Vende-se Um Véu de Noiva’, e com o próprio apresentador no Programa Sílvio Santos. Para se preparar para esse papel desafiador, ele conta que tem procurado fugir da caricatura do homenageado, que já foi imitado por tantas personalidades.

“Estou tentando partir da desconstrução. Minha abordagem é olhar as situações da vida dele com o máximo de verdade, da maneira mais próxima de mim, do que eu vivi e me colocar no lugar dele. Acho que a convivência com ele ajudou bastante, sobretudo para perceber que ele é daquela forma que conhecemos mesmo quando não está em cena. E trazer um pouco da voz do Silvio, sobretudo do timbre. Não para ficar aquela coisa carregada, mas para termos uma pequena diferenciação de quando é o showman e quando está conversando com outras pessoas fora de cena, como, por exemplo, com Manoel da Nóbrega. O grande lance é não ficar aquela caricatura do Silvio Santos que todo mundo faz. E isso também funciona para o gestual. Tem a questão da mão, que é muito presente, toda aquela postura altiva e elegante do Silvio. Eu acho que temos que entender isso e atravessar. Quando ele era jovem, provavelmente não era igual ao que é hoje. Mas temos que fazer algo que lembre como ele é hoje”, revela o ator.

Créditos: Adriano Dória

Antes do início do espetáculo, haverá um pré-show com diversas atrações do programa Silvio Santos ao longo de décadas no ar, como a “Porta da Esperança”, o “Foguete do sim ou não” e o “Roletrando”, além de um bar com comidas típicas do Domingo no Parque, como salgados, pipoca, refrigerante e algodão doce, entre outros.

É justamente a novidade e o ineditismo que pautam a direção de Fernanda Chamma. “O processo criativo do musical do Silvio está sendo bem bacana. Fechamos um elenco expressivo do teatro musical, então, estou trabalhando com uma liberdade de criação dos personagens de uma maneira bem inusitada e atemporal. Eu não quero rótulos – mesmo que estejamos trabalhando com personalidades bem conhecidas, acho que tudo o que não é previsível será bem aceito. E acho que estamos fazendo um espetáculo com muito ritmo, diversão e um formato diferente. Sempre quero ser diferente e não parar de criar nunca, pois é uma forma de respeito ao público e ao teatro musical. E o Silvio Santos é isto: uma persona única, jamais existiu e nem existirá outra similar. Acho que tem que ter esse ineditismo, humor, alegria e um estilo SBT de se fazer”, explica a diretora.

A trilha sonora é composta por músicas que marcaram a trajetória de Silvio Santos até a década de 1990 e animaram os programas de auditório. “Fazer esse projeto é inevitavelmente olhar para o passado e revisitar minha infância, na qual esse universo não só do programa, mas das músicas – sobretudo da década de 1980 – esteve tão presente. A minha função primeira é ser fiel aos arranjos originais, tentando mudar minimamente, colocando um pouco da minha personalidade, mas sem ferir a identidade dessas canções que estão nesse imaginário e que fizeram parte dessa época. E a outra parte compor canções novas que tenham a ver com a necessidade da dramaturgia. Dentro desse repertório popular que estava presente nas vinhetas do programa do Silvio tem um pouco do jingle publicitário. Para reforçar esse caráter, resolvi trabalhar com o Fernando Suassuna, um grande músico e amigo de infância. Ele escreveu as letras e eu compus todas as canções originais. Acho que todos estão bem felizes com o resultado”, acrescenta o diretor musical Marco França.

Para zelar pela segurança do público e funcionários, Silvio Santos Vem Aí está seguindo as regras determinadas pelas autoridades sanitárias para prevenção da covid-19. O uso de máscara é obrigatório.

SERVIÇO:
SILVIO SANTOS VEM AÍ

Temporada: 18 de fevereiro a 10 de abril de 2022

Sessões: sextas-feiras às 21h00, sábados às 16h00 e 20h00, domingos às 15h00 e 19h00

Duração do espetáculo: 2 horas e 15 minutos (com 15 minutos de intervalo)

Setores e preços: Setor I R$150,00 – Setor 2 R$120,00 – Setor 3 75,00

Link de vendas on-line: www.sympla.com.br

Formas de pagamento: Dinheiro, Cartão de débito e Cartão de crédito.

Endereço: R. Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01313-020

Velson D’ Souza reúne funções em nova série digital ‘Home Office’

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Créditos: Brian Love


Após retornar ao Brasil e se envolver em um intenso processo de criação e construção com a produção de espetáculo biográfico ‘Silvio Santos Vem Aí‘, o multifacetado Velson D’ Souza, com mais de 40 trabalhos no currículo e escolhido para interpretar o personagem título do musical, também precisou encontrar novas formas de manter a mente criativa ativa durante o período de quarentena, em função da pandemia do novo Coronavírus, responsável por pausar todas as atividades, especialmente as culturais. Para isso, ele se une aos autores do musical, Emílio Boechat e Marília Toledo – também produtora e uma das diretoras –, para criar a série digital ‘Home Office‘, estrelada por integrantes do elenco e que faz sua estreia online dia 1º de maio.

Inspirados por séries como ‘The Office‘ e ‘30 Rock‘, que retratam relações conflituosas de trabalho e o mundo da TV com muito bom humor, Velson recebeu o convite de se juntar à dupla de criativos para tirar do papel uma ideia original e que já rondava a cabeça de Boechat. Reunindo outras habilidades além da atuação, ele resgata agora suas experiências como diretor, roteirista e produtor, colecionadas no Brasil e também nos EUA, onde morou na última década, para somar forças nos 10 episódios iniciais, que contarão uma história que tem como pano de fundo a atual pandemia, e gira em torno dos profissionais de um programa de variedades, o ‘Em Casa’, uma espécie de revista eletrônica da fictícia TV Tupinambá.

Estamos passando por um momento muito difícil, para todos. E a classe artística sofre muito com tudo isso, até porque será a última a voltar em atividade normal. Eu sou uma pessoa que não consegue ficar muito tempo parada, tanto que quando fazia novelas no SBT eu ainda estava com no mínimo dois espetáculos de teatro em cartaz. Achei maravilhosa a ideia de criar um novo formato de série, de uma forma nunca antes feita. Tem sido incrível exercitar os músculos de escritor, produtor e diretor, coisa que eu já fazia bastante em Los Angeles e Nova Iorque (Tenho uma produtora, a BraZA Productions, e um concurso de roteiros, o Blue Draft Screenwriting Contest, no qual escolhemos o melhor roteiro e produzimos do zero). Estou muito ansioso para lançar esse projeto, temos uma equipe excelente, um elenco incrível, e acredito que o público irá se divertir bastante!“, conta.

Sem abrir mão da atuação por somar funções criativas em diversos episódios, Velson também fará participações na série, no papel do roteirista Alfredo, que sente orgulho ao se intitular dramaturgo de teatro, mesmo sem colecionar sucessos nos palcos. Na contramão, desdenha de trabalhar para um programa que integra a grade de uma emissora ocupante da terceira posição no ibope da audiência, ainda que goste de escrever para TV e almeje se tornar um renomado autor de novela. Alheio a polêmicas profissionais e por vezes controverso, se gaba da vivência no exterior e dos estudos que concluiu lá, mesmo que nem tudo tenha sido tão perfeito assim.

 

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Apostando em um formato novo, por meio da tecnologia mobile, e que se adapta ao período de isolamento social, onde as pessoas vêm se mantendo em casa e fazendo uso da internet para permanecerem conectadas com seus trabalhos e seus contatos, a série, que terá sua dramaturgia transcorrida em episódios semanais interligados, com duração de cinco a sete minutos, dialoga com o universo do ‘plano B’, uma realidade buscada por muitos artistas que têm explorado melhor seus celulares e se filmado em casa, além de trocar seus compromissos presenciais por vídeo-chamadas.

Para assistir de casa e a qualquer hora, ‘Home Office’ estará disponível nos canais oficiais da série, via YouTube e IGTV do Instagram, e já prevê outras temporadas antes mesmo de estrear, considerando novas histórias em meio a programada volta do espetáculo, prevista para o segundo semestre deste ano, no 033 Rooftop, em São Paulo, onde fez sua estreia em março.