Resenha: Minha Vida de Abobrinha
Por colaboradora: Luci Cara
O filme franco-suiço está na lista de concorrentes ao Oscar de animação, e estreia dia 02 de fevereiro no Brasil. Produzido em 2016, tem 70 minutos. Um detalhe importante: não serão lançadas cópias dubladas, apenas legendadas.

Foto: Divulgação
Minha Vida de Abobrinha não é especificamente feito para crianças, eu diria que é mais adequado para adolescentes e adultos.
É muito realista, trata de questões bastante delicadas que nenhuma criança deveria ter que enfrentar, como uso de drogas, assassinato, suicídio, etc. E as crianças aparecem melancólicas, expondo suas feridas abertas.
A estória do Abobrinha, como o protagonista gosta de ser chamado, começa em sua casa, com uma mãe alcóolatra, o pai ausente (morto?), e o falecimento da mãe, o que o leva ao orfanato. Felizmente os adultos ali são compreensivos e compassivos, tentando amenizar a dor dos pequenos.
Abobrinha vai aos poucos se acostumando ao novo lar, e escreve cartas ilustradas ao policial que o levou até lá. Ele faz amizade com uma outra novata que tem uma tia, muito malvada e egoísta, quer a guarda da menina apenas para receber algum dinheiro com isso.
As crianças vão fortalecendo seus laços, vão se apoiando o tempo todo, conseguindo até amolecer o coração do valentão da turma. Algumas delas até conseguem um final feliz em suas vidas. Exatamente como na realidade.

Foto: Divulgação
O filme é feito em stop motion, os bonequinhos são cabeçudos, têm olhos imensos, e boquinhas tristes.
É uma pitada de poesia e simpatia, um fio de esperança para nos fazer refletir.