Histórias Afro-atlânticas no MASP e Instituto Tomie Ohtake




Por Nicole Gomez

Com curadoria de Adriano Pedrosa, Ayrson Heráclito, Hélio Menezes, Lilia Moritz Schwarcz e Tomás Toledo e expografia assinada pelo escritório de arquitetura METRO Arquitetos Associados, a exposição Histórias afro-atlânticas apresenta uma seleção de 450 trabalhos de 214 artistas, do século 16 ao 21, em torno dos “fluxos e refluxos” entre a África, as Américas, o Caribe, e também a Europa, para usar a famosa expressão do etnólogo, fotógrafo e babalaô franco-baiano Pierre Verger. 
Foto: Divulgação
A mostra foi realizada a partir do desejo e da necessidade de traçar paralelos, fricções e diálogos entre as culturas visuais dos territórios afro-atlânticos—suas vivências, criações, cultos e filosofias. O Atlântico Negro, na expressão de Paul Gilroy, é uma geografia sem fronteiras precisas, um campo fluído, em que experiências africanas invadem e ocupam outras nações, territórios e culturas. Acima de tudo, a mostra tem o objetivo de propor novos debates, e questionamentos, para que as histórias afro-atlânticas sejam reconsideradas, revistas e reescritas.
Histórias afro-atlânticas não segue necessariamente uma ordem cronológica ou geográfica, sendo dividida em oito núcleos temáticos que tencionam diferentes temporalidades, territórios e suportes, nas duas instituições que coorganizam o projeto. No MASP, Mapas e Margens, Cotidianos, Ritos e Ritmos e Retratos encontram-se no primeiro andar; Modernismos Afro-Atlânticos, no primeiro subsolo e Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia estão no segundo subsolo. Já no Instituto Tomie Ohtake, Emancipações e Resistências e Ativismos podem ser localizadas.
Foto: Divulgação
No MASP, a mostra reúne um ano de exposições, palestras, cursos, oficinas, publicações e programações de filmes em torno das histórias afro-atlânticas. O programa iniciou-se com as individuais de Maria Auxiliadora, Aleijadinho e Emanoel Araujo e se completará com as de Melvin Edwards, Sonia Gomes, Rubem Valentim, Lucia Laguna e Pedro Figari. Uma parte fundamental do projeto é a Antologia que reúne em livro textos de 44 autores, resultado de dois seminários internacionais realizados em 2016 e 2017. 

SERVIÇO:
Histórias afro-atlânticas
Data: até 21 de outubro de 2018
Masp – Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Metrô mais próximo – Estação Trianon Masp / Linha 3 – Verde
Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$ 35 (entrada); R$ 17 (meia-entrada)
O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.
Instituto Tomie Ohtake – Av. Faria Lima, 201 – Pinheiros, São Paulo
Metrô mais próximo – Estação Faria Lima / Linha 4 – Amarela
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada Gratuita

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