Arte de rua, poesia visual e questões sociais em SP


Créditos: Divulgação


Grafite é cultura de rua, certo? Sim! Mas não só: no dia 20 de novembro, o poeta visual Rysco Rodriguez e mais 25 artistas independentes vão expor fotos e vídeos de múltiplas formas de expressão, incluindo muito grafite, no Fenda Bar (Rua Capote Valente, 313, Pinheiros, São Paulo, SP).

Intitulado Colabore Artivismo #2, o evento trará, nesta edição, vários trabalhos inspirados nos desafios enfrentados pelos negros ao redor do mundo e especialmente no Brasil.

No dia seguinte, 21 de novembro, acontece o Rysco Rodriguez Convida, na Galeria Alma da Rua (R. Gonçalo Afonso, 96 – o famoso “Beco do Batman”, na Vila Madalena). Os artistas farão, ao vivo, uma performance em grafite/pixo com grande impacto visual e uma mensagem de cunho antirracista. Também será exibido o documentário “Eu não consigo respirar!“, dirigido pelo multiartista @tonibaptistebrasil, com a participação especial de @eh_humano e @and.ilas e imagens de @lucanpiai.

Afinal, quem é Rysco Rodriguez?
Arquiteto por formação, poeta por vocação e grafiteiro por convicção – “meu trabalho é visceral e sinto essa necessidade de gravá-lo nas entranhas da cidade” –, Rysco Rodriguez mescla seus saberes sobre urbanismo a influências musicais, cinematográficas, literárias, teatrais e das artes plásticas: “a influência do cubismo é bem nítida na minha arte”, ele afirma. Da faculdade em Arquitetura e Urbanismo, ele traz o método de planejar suas obras artísticas em AutoCAD e o compromisso de conceber as intervenções sob a perspectiva do “diálogo com o entorno, com a cena urbana.

Arte de rua, poesia visual e questões sociais em SP
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Rysco nunca tira a balaclava nem revela seu nome verdadeiro. Síndrome de super herói? Não. Apenas um artista performático que não quer o foco para si, mas para as causas que defende.

Do que trata o vídeo “Eu não consigo respirar”?
O minidocumentário é parte de um projeto mais amplo, que leva o mesmo nome: Eu não consigo respirar!

Concebido por Rysco Rodrigues, arquiteto, artista do grafite e poeta do concreto (literalmente), o projeto inclui um grafite gigantesco, na lateral do Hotel Urbis, em São Paulo.

“Eu não consigo respirar”, grita o concreto, com a tipologia característica de Rysco grafada em preto, vermelho e branco.

O objetivo da ação é denunciar o racismo cotidiano e manter viva a memória de George Floyd, vitimado em maio deste ano pela ação truculenta de policiais de Minneapolis (EUA). No vídeo filmado por testemunhas, é possível ouvir quando Floyd, imobilizado no chão, diz: “eu não consigo respirar”. Mas o policial que o segura continua pressionando um dos joelhos contra o pescoço da vítima, até que Floyd perde os sentidos. Levado por uma ambulância pouco tempo depois, Floyd chega sem vida ao hospital. Sua morte foi o estopim de uma onda de protestos que há meses varre os Estados Unidos sob um único lema: “Black Lives Matter” (vidas negras importam).

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Leina Mara

Formada em Letras na Universidade Federal do Ceará, apaixonada por cultura italiana, tv, teatro e música. Valoriza as pequenas coisas, momentos com os amigos e sonha em viajar pelo mundo.

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