Parada Groover: Conheça a banda Saturnina


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SATURNINA é um projeto musical desenvolvido por Mia Blun, André Garotti, Léo Krieger, Vinícius Libório e Marcelo Melo nesses tempos sombrios e solitários. O EP de estreia “MELANCOLIA POR DIVERSÃO?” (lançado em 16/12/2021); é saturno, soturno e melancólico, porém a melancolia desses músicos servem para mostrar que ainda estão vivos depois de tanto tempo isolado. Não é mais um devaneio lírico ou um poema em páginas soltas, mas sim a história de cinco músicos de Brasília, capital do Brasil, que se uniram pelas ondas de Tesla, saindo dessa inércia coletiva com os filhos saturnianos.

Todas as músicas foram compostas por Mia Blun, sendo André Garotti, Allan Massay e Guto Campos responsáveis pela produção. No início André Garotti tinha apenas topado colocar as músicas em ordem (ou mais desordem) nas compostas por Mia Blun, mas só que a melancolia soturna de saturno sonora também pegou de jeito e agora esses ALTERNAUTAS (astronautas alternativos) são a chave mestra desse projeto intergaláctico candango que se mostra uma alternativa ao apreciador de ondas intensas. Mais tarde, pois, quando jovem, flui para confiança e seus amigos de para formar uma banda de amor. Com a carga excessiva de trabalho e a extinção da vida social, Mia Blun resolve criar um perfil no instagram em 21 março de 2021 para postar versões das músicas que curtia quando era adolescente em Brasília-DF. Ocorre que os seguidores e amigos, sabendo que Mia Blun desde os 12 anos de idade já tocava na noite e tinha músicas autorais, começaram a pedir para que a cantora tocasse as suas composições ao invés de fazer tributo e versões de outros artistas.

Em março de 2021, Mia Blun procurou ajuda dos produtores musicais Allan Massay e André Garotti para produzir 6 faixas e matar a sede do povo por músicas novas e diferentes. Os produtores, com a finalidade de buscar a real essência de Mia, pediu para que ela voltasse no tempo até chegar no primeiro álbum que comprou na vida. Com esse exercício ocorreu uma catarse e Mia utilizou a solidão das madrugadas e os intervalos do trabalho para escrever canções que envolviam temas relacionados à melancolia, depressão e tristeza. Dessa depressão pandêmica surgiu a ideia para o EP de estreia da SATURNINA: “MELANCOLIA POR DIVERSÃO?”, que é saturno, soturno e melancólico, porém a melancolia serve para mostrar que Mia sobrevive mesmo depois de tanto tempo de isolamento social e de ter enfrentado pela primeira vez na vida a depressão.

André Garotti gostou tanto das músicas desse projeto que resolveu formar uma banda com Mia, sendo agora um projeto de ambos. Como se trata de um desabafo melancólico nessa quarenta, nada mais justo do que colocar o nome da banda de SATURNINA.

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Em razão da grande receptividade do público e da crítica, a SATURNINA lançou em 15/06/22 o álbum “MÚSICA TRISTE PRA CHORAR”, que foi muito bem recebido pelo público e crítica especializada: “Crescendo cada vez mais no Brasil e ao redor do mundo, Saturnina lançou em 15 de junho seu primeiro álbum de estúdio, Música Triste Para Chorar. O projeto musical de Mia Blun surgiu em meio a noites de insônia durante a pandemia e ganhou rápido reconhecimento nacional. Seu primeiro single, “Gato Preto”, foi lançado em outubro de 2021, no Dia das Bruxas. Desde então, ela tem sido só sucesso. Quando conversamos, no início deste ano, Saturnina tinha acabado de lançar o EP Melancolia… Por Diversão?. No projeto, ela já se apresentava como uma artista focada na diversidade de sons e ritmos, bastante relutante a se reduzir a um único gênero ou rotular sua música. Em seu álbum de estreia, ela reforça esse conceito, mesclando diversos gêneros e referências ao longo das 12 faixas.

O disco abre com nada menos que um samba – a escolha perfeita para quem quer falar de amor e desilusão. “Chorei, Chorei” inicia a jornada de Saturnina já falando sobre o fim doído de uma relação e a dificuldade em superar o amor perdido. “Enfim, Abstinência” é um acústico sentimental que traz um refrão de pagode. O single “Meninas Más” começa como um rock lento, com foco no baixo, mas se transforma em um xote no pré-refrão e, de alguma forma, faz isso com bastante naturalidade. Música Triste Para Chorar é um nome bem propício e autoexplicativo para esse projeto. As canções são, em sua maioria, reflexões de um coração partido, e tomadas pelos sentimentos de saudade, tristeza, realizações e desabafos. Como grande entusiasta do rock, porém, e especialmente do rock nacional, Saturnina revive o som contestador de Cazuza na desafiadora faixa “Circo de Loucos”, e deixa clara a referência de Charlie Brown Jr. em “Falsos Amigos”. Dois grandes destaques do álbum são as colaborações com o cantor gaúcho Jéf. “Falando Sério” é um dueto delicado de fim de relação, buscando um ponto final com certa relutância e ar sonhador, enquanto “Sofrência e Rosas” encerra o disco com uma série de questionamentos sobre o futuro desse amor e resumindo bem a jornada das faixas anteriores no verso: “Tudo parecia mais fácil antes de eu me apegar a esse sofrência”.

O álbum de estreia de Saturnina apresenta a artista do modo como ela quer ser reconhecida: versátil e pouco disposta a seguir as regras do jogo – seja esse jogo o da indústria fonográfica ou o da sociedade moralista. Sua atitude carrega um pouco da inconformidade do rock mesmo para as faixas mais distantes desse elemento e mostra que sensibilidade e rebeldia podem, sim, andar lado a lado, e assim o fazem nas várias facetas que ela mostra em Música Triste Para Chorar.”

Andréia Bueno

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