Crítica: Priscilla, A Rainha do Deserto – O Musical da Broadway
“Priscilla, a Rainha do Deserto – O Musical da Broadway,” estrelado por Reynaldo Gianecchini, Diego Martins e Wallie Ruy, é uma vibrante celebração da diversidade, repleta de música, cores e emoção. Adaptado do filme australiano de 1994, o musical é um espetáculo que mistura humor, drama e performances exuberantes, encantando o público com sua mensagem de amor e aceitação.
Enredo e Temática
O musical acompanha a jornada de três drag queens que cruzam o deserto australiano em um ônibus chamado “Priscilla”, em busca de autoconhecimento, amizade e uma reconciliação com o passado. A trama explora temas profundos como a aceitação, o preconceito e a importância de encontrar e expressar a verdadeira identidade. Apesar dos momentos cômicos, o musical também aborda questões emocionais de maneira tocante, sem perder o brilho e a leveza característicos.
Performances
Reynaldo Gianecchini, no papel de Tick/Mitzi, entrega uma performance carismática e cheia de nuances. Ele equilibra a exuberância das apresentações de drag com a vulnerabilidade do personagem, criando uma interpretação que é ao mesmo tempo cativante e comovente. Diego Martins, como Felicia, traz uma energia explosiva ao palco, incorporando o espírito ousado e destemido do personagem. Wallie Ruy, como alternante de Bernadette, é o coração do trio, oferecendo uma performance cheia de graça e dignidade. Sua interpretação traz um equilíbrio emocional ao espetáculo, contrastando com a energia mais jovem e vibrante de seus companheiros de viagem.
Cenografia e Figurino
O cenário é um dos grandes destaques do musical, especialmente o icônico ônibus “Priscilla”, que ganha vida com efeitos de luzes e cores vibrantes, transportando o público para a vasta paisagem do deserto australiano. Os figurinos, suntuosos e extravagantes, são uma verdadeira festa visual, com uma profusão de lantejoulas, penas e tecidos brilhantes que capturam a essência glamourosa do mundo drag.
Música e Coreografia
A trilha sonora é um deleite nostálgico, com sucessos dos anos 70 e 80 como “I Will Survive“, “It’s Raining Men” e “Go West“. Esses clássicos, combinados com coreografias dinâmicas e criativas, fazem com que cada número musical seja um espetáculo à parte, elevando o espírito do público e envolvendo a todos em uma atmosfera de celebração e alegria.
Conclusão
“Priscilla, a Rainha do Deserto – O Musical da Broadway” é mais do que um espetáculo visualmente deslumbrante; é uma experiência emocionalmente rica que fala sobre a importância da aceitação, da amizade e da coragem de ser quem você realmente é. Com performances poderosas de Reynaldo Gianecchini, Diego Martins e Wallie Ruy, o musical se destaca como uma produção inesquecível, que deixa o público inspirado e comovido.
Avaliação: ✪ ✪ ✪ ✪ ✪
Rodrigo Bueno
Formado em Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, também é Fotógrafo Cultural pela Escola de Fotografia Foto Conceito, já cobriu cerca de 5 mil shows nacionais e internacionais, além de eventos exclusivos como coletivas de imprensa e pré-estreias. Também é Analista de Marketing Digital, Executivo de Negócios, Jornalista, Web Design, Criador e editor de conteúdo de redes sociais.