“O que meu corpo nu te conta?”, novo espetáculo do Coletivo Impermanente estreia temporada presencial


Créditos: Otto Blodorn


Novo espetáculo do Coletivo Impermanente, “O que meu corpo nu te conta?” realiza ensaio aberto e gratuito na  Oficina Cultural Oswald de Andrade/ Três Rios.

Os trinta e seis atuantes do Coletivo Impermanente, dirigidos por Marcelo Varzea, se revezam nesta performance onde seus corpos nus, em relatos confessionais postos em minisolos de autoficção, revelam histórias marcadas em suas peles e existências.

Créditos: Otto Blodorn

Temas como homofobia, assédio sexual, etarismo, gordofobia, machismo, disforia do espelho, pretitude, racismo, compulsão, hipervalorização do erotismo, pedofilia, transfobia, maternidade, infertilidade, educação sexual, entre outros, são abordados olho no olho, respirando junto, num ato íntimo.

Cada artista tem um piso de 2mx2m pra performar, dispostos dentro de num grande tabuleiro. A duração de cada solo é de quatro minutos. Findados, o público escolhe em qual nicho assistirá a próxima rodada em sucessivas apresentações durante uma hora. Aperte o play e confira o que vem por aí!

Outros corpos nus se movem perifericamente, e desta forma é possível fazer o revezamento no fim de cada ciclo, alterando a perspectiva.  Simultaneamente as falas se sobrepõem como numa radiografia social.

Serviço

“O que meu corpo nu te conta?”
Performance
Abertura de processo/ Ensaio aberto
Coletivo Impermanente
Direção Marcelo Varzea
Oficina Cultural Oswald de Andrade/ Três Rios
Rua Três Rios 363 – Bom Retiro, São Paulo/SP
Sala 11
Dias 6 e 7 de dezembro às 20 horas.
Gratuito.

Teatro Sérgio Cardoso recebe temporada digital do espetáculo ‘Monstro’


Créditos: Alice Jardim


Monstro, da Cia. Artera de Teatro, estreia em curta-temporada no Teatro Sérgio Cardoso Digital, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte. As transmissões digitais gratuitas via Sympla Streaming ocorrem a partir do dia 24 de junho, quinta-feira, 21h e a direção do espetáculo é de Davi Reis. Este projeto conta com o apoio institucional do Museu da Diversidade Sexual.

A peça conta a história de Léo (interpretado por Ricardo Corrêa, que também assina a dramaturgia), professor de natação de uma escola infantil que decide se candidatar a adotar uma criança. Tudo vai bem, até acontecer uma situação na qual um de seus alunos de sete anos o chama de gay. Este professor, então, resolve falar abertamente sobre o que é ser gay, encorajando uma cultura de aceitação e inclusão entre os seus alunos.

O olhar social transforma este homem em um ser monstruoso, não recomendado à sociedade. A partir do desejo de adoção, a peça faz um retrato sobre um homem que vai perdendo seus poucos direitos. Poderia ser a história de um homem que teve uma lâmpada estourada em seu rosto na Avenida Paulista, a de uma travesti que teve o seu coração arrancado ou a de um jovem morto e queimado por sua própria mãe. Mas é, sobretudo, a história de Léo.

Créditos: Alice Jardim

“E se perdêssemos nossos direitos? O que seria família no contexto contemporâneo? O que define as funções sociais de pai e mãe nos múltiplos arranjos familiares da atualidade? Vivemos uma reconstrução de paradigmas, a fim de incluir socialmente a família homoafetiva, estas novas famílias plurais vêm cada vez mais buscando a legitimação dos seus direitos. Porém, devido à forte implicação política e religiosa envolvida na atualidade, esta comunidade é marcada e perseguida por uma onda conservadora de violência e discriminações, afinal estamos em um país que mais mata LGBTQIA+ no mundo”, diz o diretor Davi Reis.

“Monstro vem sendo gestado desde 2018, criado por uma forte sensação de medo ao final da eleição presidencial. Entendemos que vivemos em uma época de monstros sociais e, juntos, decidimos explorar neste projeto a monstruosidade na condição de discurso estético e político na identidade queer. Assim, aquilo que chamamos de monstro é uma espécie de caso limítrofe, uma forma marginalizada, um caso de abjeção. A figura do monstro é rechaçada através de diversas práticas, como transfobia, homofobia, sexismo e misoginia”, diz o dramaturgo Ricardo Corrêa.

O artista prossegue afirmando sobre o quão é desolador o terreno da discussão sobre sexualidade. “Temos uma sociedade violenta: jovens entram em escolas armados, professores são perseguidos e impedidos de promover o pensamento. Ao colocarmos em cena um professor que sofre todo tipo de violência homofóbica por expor sua sexualidade, estamos problematizando as estruturas sociais e as educacionais também. Ainda há pessoas que definem gênero por azul e rosa. Essas discussões são difíceis, mas são necessárias. Percebemos que esse é um assunto sobre o qual não se fala, há um silêncio na comunidade LGBTQIA+ e por isso decidimos incluí-lo neste projeto artístico, pelos diferenciais que ele carrega em si e por sua tamanha complexidade. Falar de adoção em sistemas sociais em crise, revela a fragilidade dos direitos conquistados frente a uma onda de intolerância”, conclui.

Serviço – Monstro
Temporada: 24 de junho a 11 de julho. Quinta a domingo, 21h.
Duração: 65 minutos.
Classificação etária: 16 anos.
Gratis | www.sympla.com.br/teatrosergiocardoso

Exposição com fotos inéditas de Pierre Verger disponível online


Créditos: Divulgação


A partir de terça, dia 16 de março, uma exposição de 80 fotos do francês Pierre Verger durante sua passagem pelo Maranhão no fim dos anos 40, selecionadas pela curadora e historiadora Paula Porta, em parceria com a Fundação Pierre Verger, estará disponível no site do Centro Cultural Vale Maranhão – CCVM .

Na exposição virtual ‘Maranhão por Pierre Verger’ o público poderá ver através dos registros de Verger – até agora pouco conhecidos – um Maranhão de metade do século XX, com suas tradições religiosas e atividades econômicas, em cotidiano de resistência, ampliando a compreensão sobre a religiosidade, trabalho, arte, filosofia e tantos outros aspectos formadores de nossa cultura, herança do Atlântico Negro. É um material quase todo inédito, já que apenas 20 dessas fotografias chegaram a compor exibições ou foram publicadas em livros. “Esta exposição procura ampliar o acesso do público ao acervo de imagens históricas sobre o Maranhão e, mais uma vez, celebrar a força da cultura negra em nosso país, legado de culturas africanas que ainda não conhecemos tanto como deveríamos, mas que Pierre Verger nos ajudou a enxergar, compreender e valorizar”, afirma Paula.

Créditos: Divulgação

‘Maranhão por Pierre Verger’ tem projeto expográfico assinado pelo diretor e coordenador artístico do CCVM, o arquiteto Gabriel Gutierrez, que utilizou tecidos tingidos com cascas de mangue vermelho, numa alusão às velas das embarcações tradicionais utilizadas por pescadores do Maranhão.

A produção dos tecidos foi realizada pelo Estaleiro Escola do Maranhão, unidade vocacional do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), que capacita seus alunos a atuarem na produção artesanal de embarcações, com o diferencial de disponibilizar nos cursos importante acervo de ferramentas utilizadas durante séculos na carpintaria naval do Estado.

Serviço

O quê: Exposição Maranhão por Pierre Verger
Quando: A partir de terça, 16 de março de 2021
Onde: www.ccv-ma.org.br

Os Satyros realizam temporada gratuita de novo espetáculo


Créditos: Andre Stefano


Os Satyros fazem temporada gratuita do espetáculo “Novos normais: sobre sexo e outros desejos pandêmicos”, com roteiro de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez e direção de Rodolfo García Vázquez. No espetáculo, vinte atores levam à cena desejos e sentimentos represados que se manifestam em tempos de “novo normal”: o sexo, as carências de afeto e contato físico, as saudades das rotinas abandonadas, as compulsões adquiridas ou intensificadas pelas drogas lícitas e ilícitas e outros desejos e manias particulares.

A peça foi criada após quase seis meses de quarentena, quando surgia o conceito de “novo normal”, tentando abarcar a nova experiência de vida social que o planeta está vivendo nestes tempos pandêmicos. Este “novo normal” seria o conjunto de novas configurações das normas de contato social. O conceito também implica na aceitação de uma situação futura para a dinâmica social, com novas regras para uma nova realidade.

A “nova normalidade” se caracteriza pela normalização do uso de máscaras e outros adereços protetivos no convívio social, a revolução na utilização de recursos digitais para atividades como o trabalho, a medicina, o ensino e o contato familiar, o receio coletivo de contatos físicos, o isolamento social, novas perspectivas sobre as necessidades pessoais.

Créditos: Andre Stefano

Através de pesquisas, improvisações e debates realizados com o elenco, a companhia discutiu como o desejo se manifesta neste “novo normal”, em especial no que tange ao sexo, às carências de afeto e contato físico, às saudades das rotinas abandonadas, às compulsões adquiridas ou intensificadas pelas drogas lícitas e ilícitas e outros sentimentos represados que se expressam em nossa nova forma de estar no mundo.

“A Arte de Encarar o Medo tratava do momento de pavor que havia tomado conta de nossas vidas no início da pandemia. Era algo inédito e que destruía completamente um estilo de vida que comandávamos. Este novo trabalho traz o ‘novo normal’ como tema. O que significa viver em isolamento e receio constante de contaminação.”, conta o diretor e roteirista, Rodolfo García Vázquez.

Em 31 anos de existência, Os Satyros produziram mais de 100 espetáculos, se apresentaram em 20 países e, das mais de 100 nomeações, receberam 53 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado do Paraná.

Créditos: Andre Stefano

OS SATYROS DIGITAL

Desde o início da pandemia, Os Satyros vem mantendo atividade contínua com espetáculos de teatro digital. O espaço digital dos Satyros apresenta atualmente “A Arte de Encarar o Medo” e “Todos Os Sonhos do Mundo”, além das produções afro-europeia “The Art of Facing Fear” (versão internacional de “A Arte de Encarar o Medo”) e mais uma nova versão, agora americana, de “The Art of Facing Fear”, com estreia prevista para 05 de setembro.

“Novos normais: sobre sexo e outros desejos pandêmicos” é mais uma produção digital dos Satyros abordando os desafios do mundo atual.

SERVIÇO

“NOVOS NORMAIS:SOBRE SEXO E OUTROS DESEJOS PANDÊMICOS”

De 16 de janeiro a 21 de fevereiro

HORÁRIOS: sábados e domingos às 18h

INGRESSOS GRATUITOS E ACESSO À TRANSMISSÃO: https://www.sympla.com.br/espacodigitaldossatyros

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 anos / GÊNERO: comédia dramática / TEMPORADA: até 21 de fevereiro

www.satyros.com.br / Facebook: Satyros / Twitter: @os_satyros / Instagram: @ossatyros / YouTube: Os Satyros Cia. de Teatro

Últimos dias para conferir “Quem é o Homem do Sudário?”


Créditos: Tiago Kanno


Milhares de pessoas já passaram pela exposição “Quem é o Homem do Sudário?” que acontece no Ventura Shopping, em Curitiba. Entre painéis com estudos sobre o tecido e réplicas de objetos utilizados na morte de Cristo, a exposição coloca frente a frente fé e ciência.

A mostra gratuita apresenta mais de 30 painéis com a trajetória de Jesus Cristo e estudos sobre o tecido de linho, com manchas de água e sangue, que cobriu o Santo Sudário, e réplicas como a tumba, os pregos colocados nas mão e nos pés de Jesus, a coroa de espinhos, a lança que perfurou o coração de Cristo, e uma escultura em cobre, em tamanho real, do Homem do Sudário.

Guardado em cofre na capela real da Catedral de Turim, na Itália, o Santo Sudário é o objeto mais estudado de toda a humanidade. O curador da exposição “Quem é o Homem do Sudário?” é o padre Alexandre Paciolli, fundador da Comunidade Olhar Misericordioso, Sacerdote da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

A exposição gratuita está montada nos setores verde e azul do Ventura Shopping até o dia 31 de dezembro.

Serviço

Exposição “Quem é o homem do Sudário?” no Ventura Shopping

Data: até 31 de dezembro

Local: setores verde e azul do Ventura Shopping

Valor: entrada gratuita

Endereço: R. Itacolomi, 292 – Portão – Curitiba/PR

Com Flavio Tolezani e grande elenco, Narciso tem sua primeira leitura


Créditos: Divulgação


Terceiro texto assinado pelo multifacetado Marcelo Varzea, com direção de Leopoldo Pacheco, o espetáculo Narciso compõe o Ciclo de Leituras Teatrais da Vivo e terá sua primeira leitura, aberta ao público , na próxima terça-feira (20) no Auditório Eco Berrini. Com Flavio Tolezani, André Dias, Paula Cohen e Jota Barletta no elenco, o drama aborda a homofobia e conflitos existentes entre irmãos, independente da distância e do tempo.

No fim da década de 90, na pacata cidade do interior paulista de Atibânia, dois irmãos gêmeos univitelinos descobrem o sexo entre si, em brincadeiras homoeróticas, e acabam por viver uma espécie de romance oculto até conhecerem a brejeira Rosa, dividindo a paixão dos irmãos Henrique e Ronaldo. Uma sequência de competições, fatos e suas versões, dessas relações espelhadas provocam um escândalo na região e Henrique é escorraçado. Desaparecendo por vinte anos.

Créditos: Divulgação

Dia 11 de setembro de 2019, vinte anos depois, o pai dos gêmeos está à beira da morte no hospital. É também aniversário de dezoito anos de Caio, filho de Ronaldo e Rosa, que tem uma assustadora semelhança com o pai e o tio. Henrique volta e provoca todos os valores, tensões sexuais, questionamentos, homofobia, hipocrisia, revelações e valores da família. Uma tragédia anunciada.

Tensão sexual, assédio físico e moral, incesto e sexualidade pulsam nessa trama de reflexos. Com entrada gratuita, os ingressos podem ser reservados em https://bit.ly/2TGV70r.

Arte: Divulgação

Serviço 

Terça às 19h00
20 de Agosto
Auditório ECO BERRINI
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1376 ( próximo à estação Berrini da CPTM)
Reserva de lugares: https://bit.ly/2TGV70r
Entrada gratuita