Escrita pela dramaturga estadunidense Cindy Lou Johnson, o drama Alaska ganha montagem inédita no Brasil sob direção de Rodrigo Pandolfo, que também está em cena ao lado de Louise D’Tuani. O espetáculo entra em cartaz no Centro Cultural São Paulo (Espaço Ademar Guerra) dia 10 de março, quinta-feira, 21h, em uma temporada curta até 27 de março de 2022.
A peça se passa no estado do Alaska. Enquanto uma nevasca cai do lado de fora, Henry (Rodrigo Pandolfo), uma figura solitária, é surpreendido por uma insistente batida na porta de sua cabana. Trata-se de uma visita desconhecida: Rosannah Deluce (Louise D’Tuani), uma jovem vestida de noiva que, após dirigir ininterruptamente por semanas, entra e se instala no local.
Segundo Pandolfo, trata-se de uma peça sobre cura. Sobre dois personagens que estão congelados pelos seus traumas a ponto de procurarem alguma forma de isolamento que os prive de viver em sociedade.
Ambos estão feridos pela cruel montanha russa da vida, fugindo de relacionamentos, compromissos, responsabilidades e, se possível, de qualquer outro contato humano.
Eles se veem presos no mesmo espaço-tempo, longe de tudo e de todos, sendo obrigados a conviver com suas verdades para, quem sabe assim, alcançarem essa possível cura. __________________________________________
ROSANNAH – Você vai me bater? Vai me trancar? Vai me jogar na sua tempestade de neve — você vai deixar de me alimentar, de me vestir, de deixar que eu durma aqui? O quê? Você não pode me machucar! Tenta! Vem! Você pode me matar, mas não vai conseguir me machucar.
HENRY – Olha, não, obrigado — eu já andei nessa montanha russa. Você fica longe de mim. Eu sempre tentei passar longe desse tipo de coisa, mas ela me encontra, me consome, mas nunca me destrói por inteiro. Ela vai deixando pedacinhos de mim, só os cacos — pra poder voltar depois. Trecho de Alaska __________________________________________
“Neste lugar solitário e gelado, eles vão se desvendando e se aproximando. Eles se afetam, numa relação de atração e repulsa”, conta Pandolfo. O diretor reforça que a relação do casal se passa em um tempo-espaço que não fica bem definido, podendo também servir como metáfora para esse encontro profundo que pode resultar na salvação do casal.
O cenário da peça exibe um chão coberto de neve, um tronco de madeira, um fogão e um baú. É neste lugar fumacento, quase onírico, que Henry e Rosannah acessam memórias, lembranças e também confusões sobre os motivos pelos quais foram traumatizados.
“No texto há referências sobre um apagão branco, sobre a queda da neve, sobre um céu da mesma cor que o chão, dando a impressão de que as personagens voam, mas que ao mesmo tempo são atingidas pela gravidade e caem no chão gelado. Esse apagão branco pode ser lido como a paralisação em que eles se encontram”, diz Pandolfo.
O artista conta que é essa é primeira vez que dirige e atua num mesmo espetáculo. “A experiência está sendo ótima, mas também muito desafiadora – para ter essa visão do todo, me envolvo em dois tipos de ensaio – o ensaio para direção e outro para atuação”, conclui.
SERVIÇO Alaska De 10 a 27 de março de 2022, quinta a sábado, às 21 horas; e domingo, às 20h Duração: 60 minutos Classificação 14 anos
Local: CCSP – Centro Cultural São Paulo – Espaço Ademar Guerra – Porão Entrada Gratuita – Bilheteria abre 1 hora antes da sessão 70 lugares
A entrada no CCSP só será autorizada mediante uso correto de máscara e apresentação de carteirinha de vacinação contra COVID-19 atualizada.
Desde 2012 a C-Três Projetos Culturais vem desenvolvendo o Teatro Cego, um formato teatral onde a peça acontece completamente no escuro, proporcionando, através da arte e do entretenimento, uma experiência única ao público, convidando-o a abdicar da visão e a compreender a trama através de seus outros sentidos (olfato, paladar, tato e audição), utilizando-se de aromas, música e sensações táteis.
A peça tem em seu elenco atores com deficiência visual, cumprindo, assim, um papel social através da arte.
Os espetáculos ”O Grande Viúvo”, ”Acorda, Amor!” e ”Clarear” emocionaram espectadores em vários teatros do Brasil e tornaram-se grandes sucessos de público e de crítica. Saiba mais em www.teatrocego.com.br
Neste novo projeto o Teatro Cego firmou uma parceria com a ONG Cabelegria, que visa realizar 60 apresentações do espetáculo “Um Outro Olhar”, com entrada gratuita, atendendo a um público de 12.000 pessoas.
Fundada em outubro de 2013, a Cabelegria é uma ONG que recebe doações de cabelo, transformando-o em perucas que são doadas, por meio de Bancos de Perucas (itinerantes e fixos), para pessoas que perderam seus cabelos devido ao tratamento quimioterápico ou a outras patologias. Todo o processo é gratuito. Já foram distribuídas mais de 10 mil perucas para crianças e mulheres de todo o Brasil.
A Cabelegria acredita que a autoestima pode fazer toda a diferença durante um tratamento quimioterápico. Por isso, busca aumentar cada vez mais as doações de perucas para pacientes e expandir seu Banco de Perucas para os maiores centros de tratamento oncológico do Brasil. Saiba mais em www.cabelegria.org
SINOPSE
O Espetáculo ‘’Teatro Cego – Um Outro Olhar’’ conta a história de uma empregada doméstica e sua patroa que passam, ao mesmo tempo, por um tratamento de câncer. As duas encontram-se em momentos diferentes da doença, com a empregada praticamente curada e a patroa iniciando a quimioterapia. A relação dessas duas mulheres mostra as diferentes posturas e dificuldades que pessoas de classes sociais distantes têm diante desse desafio, ao mesmo tempo em que a compreensão das condições de cada uma delas faz nascer uma amizade que se tornará a principal ferramenta de suas lutas.
Apesar do tema delicado, a trama se desenvolve com muita leveza, bom humor e sensibilidade, levando o espectador a uma reflexão que aprofunda a discussão sobre aspectos emocionais, sociais e comportamentais da doença. A trama fala sobre generosidade, empatia, amor, medo, superação, respeito e autoestima. Por acontecer completamente no escuro, a peça se utiliza ainda mais da percepção do espectador, fazendo com que o tema proposto possa ser tratado com ainda mais sensibilidade e aprofundamento.
As apresentações acontecerão nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Natal, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, em parceria com hospitais e entidades de cada local ligadas ao câncer.
Ao término de cada apresentação, o público presente será convidado a conhecer o caminhão da Cabelegria, que estará estacionado junto ao local da apresentação, e poderá doar seu cabelo para a confecção de perucas.
Haverá, também, várias opções de perucas prontas para serem doadas a pessoas que tiverem perdido o cabelo em consequência de quimioterapia. Alguns documentos que comprovam o tratamento serão solicitados para a doação da peruca (lista de documentos necessários em anexo). Nesse caminhão, elas contarão com o auxílio de cabeleireiros, podendo sair do local já usando a peruca escolhida. O projeto é patrocinado pelo Instituto CCR, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
SERVIÇO
UM OUTRO OLHAR
Teatro Cego
Duração: 50 minutos
Recomendação: 12 anos
Memorial da América Latina – Sala Multiuso
Avenida Mário de Andrade, 664 – Barra Funda
Temporada de 15 a 20 de fevereiro
Dias 15, 16, 17 e 18 de fevereiro (duas sessões por dia) às 19h e 21h.
Dias 19 e 20 de fevereiro (três sessões por dia) às 16h, 18h e 20h.
Nos dias 15, 16, 17 e 18 o caminhão da Cabelegria começa a atender para receber doações de cabelo e doar perucas às 16h.
Nos dias 18 e 19 o caminhão da Cabelegria começa a atender para receber doações de cabelo e doar perucas às 14h.
– Os ingressos serão gratuitos e começam a ser distribuídos 1 hora antes de cada espetáculo. A distribuição será feita de acordo com a ordem de chegada, através de senhas. Só será distribuída uma senha por pessoa.
– 30% dos ingressos serão direcionados para instituições ligadas ao câncer.
Os ingressos que não forem utilizados pelas instituições serão distribuídos para o público na fila.
Doação de Perucas
• Para o Cadastro todos os pacientes deverão ter em mãos os seguintes documentos: Laudo médico, comprovante de quimioterapia, RG e CPF.
• A Cabelegria doa UMA peruca por paciente e se por ventura o paciente já tiver recebido uma peruca da ONG pelos correios ou pelos Bancos de perucas existentes o paciente não poderá receber outra peruca, caso queira ele poderá efetuar a troca da peruca, porém precisará levar a peruca doada.
• O cadastro é bem simples, será feito na parte externa do caminhão e após o cadastro, solicitaremos que o paciente assine um documento (obrigatório) “Comprovante de entrega de peruca” também perguntamos se o paciente autoriza a imagem para que possamos utilizar em nossas redes sociais. Caso aceite, o paciente assina o documento “Termo de Autorização de uso de imagem”. Lembrando que a assinatura desse documento é opcional.
• Após esse processo os pacientes serão direcionados para escolher sua peruca, assim que escolhida receberão um Kit com um álcool em gel, instruções de como cuidar de sua peruca e uma ecobag.
Está em exibição gratuitamente, na fachada da Casa Natura Musical, a mostra OUTROS FUTUROS/TERRITÓRIOS IMINENTES, co-criação do Coletivo Coletores junto à equipe da Casa Natura Musical. A exposição acontece na galeria independente de difusão de arte digital do equipamento cultural, nomeada NA FAIXA, que por meio de um painel de LED de 8,96m de comprimento por 1,92m de altura, ocupa a fachada do espaço, localizado entre as ruas Artur de Azevedo e Rua dos Pinheiros.
A mostra traz os olhares e perspectivas do Coletivo Coletores junto com as e os artistas biarritzzz & Abros, Thásya Barbosa, Pavuna Kid e Koral Alvarenga. A partir de seus imaginários, histórias, corpos e territórios não hegemônicos, as obras evocam futuros iminentes que estão sendo construídos.
Tendo como eixos curatoriais o corpo e a cidade, a tecnologia e as coletividades, OUTROS FUTUROS/TERRITÓRIOS IMINENTES apresenta um conteúdo inédito de arte digital com estéticas que convergem em uma variedade de linguagens, como vídeo-arte, dança, fotografia, linguagem 3D e realidade aumentada.
Artistas e obras expostas na Casa Natura Musical
Coletivo Coletores – É um Coletivo de arte/intervenção urbana, formado em 2008 na periferia da Zona Leste da Cidade de São Paulo pelos artistas e pesquisadores Toni Baptiste e Flávio Camargo Seres, o COLETORES tem como proposta trabalhar a cidade como meio e suporte para suas ações, a partir de conceitos como arte e jogo, design social, cyber-arte, arte relacional, além do trânsito entre diversas linguagens como instalação, fotografia, interfaces de baixas tecnologias, game art, vídeo mapping, cinema e publicações impressas.
Com uma trajetória ímpar o Coletores já participou de diferentes eventos ligados à Tecnologia, arte e cidade, como SPURBAN, FILE, FONLAD Portugal, Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Bienal de Arte Contemporânea de Dakar, Ocupação Red Bull Station, Circuito SESC, assim como uma série de ações sociais em periferias e comunidades dentro e fora do Brasil além de um histórico de ações com grandes marcas como Nike, Youse Puma, Banco Itáu, Boticário, entre outras.
Série: Oniscientes
Onisciência baliza uma das principais visões sobre o universo desde sua origem, passando pelos dias atuais se lançando para o futuro. Pressupõe um tipo de conhecimento, norma, lei ou visão que nos une como processos e resultados que nos antecedem, nos acompanham e nos conectam como seres vivos e como partes de um todo muito maior do que podemos compreender.
Em muitas civilizações esse mesmo princípio está presente orientando comunidades, sociedades e religiões. Kojo Baiden, Adobe Santann e Hórus são algumas das materializações desse conceito, ora como um princípio ou entidade, em comum entre elas a representação de um olho que se apresenta como a totalidade do universo e a ordem natural e social das coisas. Oniscientes, aqui no plural, faz justamente uma conjunção e convergência de olhares sobre a possibilidade de, mesmo em tempos, contextos e personagens diferentes, algo pode estar a nos conectar e impulsionar.
biarritzzz (1994, Fortaleza, vive e trabalha em Recife, Brasil) é uma artista transmídia que atua entre linguagens, traduções e códigos. Põe em jogo a questão da tecnicidade versus amadorismo e ciência versus magia na criação de realidades. Em seu trabalho remixa cultura pop, vídeoarte, política de memes, estéticas de videogame e poesia com as novas mídias. Investiga as infinitas linguagens dessa intersecção, e suas criptografias a partir dos corpos não hegemônicos, como ferramenta de poder.
Uma das primeiras artistas brasileiras expoentes em GIF arte, já expôs nacional e internacionalmente, incluindo a plataforma Satélite (Pivô Arte e Pesquisa), Centro Cultural São Paulo, A.I.R Gallery, The Wrong Biennale, FILE, IMS (Instituto Moreira Salles), entre outros festivais e exposições coletivas. Atualmente integra o corpo de artistas do projeto Unfinished Camp.
ABROS – Interdisciplinaridade e diversidade são as tônicas da obra de Bros (28). Natural da cidade de Camaragibe-PE. Como multiartista, conduz investigações poéticas repletas de sobreposições de linguagem, onde a pintura, a performance, a arte urbana, a arte-educação e diversas outras práticas ocupam o mesmo espaço. Integra o Coletivo Carni de arte negra e indígena desde 2018 e o Coletivo Mural (Movimento urbano de arte do lambe) desde 2019 e a partir de 2020 representa a Nós Galeria (SP). Desenhista e Ilustrador pelo Senac/PE. Participou das Residências artísticas “Inarte urbana” em Natal-RN, “Bahia de Todas as cores” em Salvador (BA), “Arte SESC Confluências” em Garanhuns (PE), Ilha do massangano (PB), Juazeiro e Petrolina. Ainda a residência “Terra, poder e território” em Surubim-PE, e a Cuíca residência em Niterói (RJ) em 2020.
OBRA: Caminhar Para Trás: Onde os sinais que nos rodeiam falam para quem tem a chave
Em uma busca por vestígios do que já existiu, um ser encantado sobrevoa o rio Pinheiros anunciando a chegada de um guardião. Numa parceria inédita, biarritzzz e Abròs Barros criam a animação Caminhar Para Trás: Onde os sinais que nos rodeiam falam para quem tem a chave. Essa chave atravessa os tempos e aparece à vista, de onde nunca saiu. Os rios, a mata, os povos e os bichos que aqui viviam, habitam uma terra invisível de teias suspensas, que flutuam à espera de um novo colapso. O fogo que anda segue caminhando, e esta caminhada não olha para frente”.
Dentro de uma leitura não linear de tempo, o trabalho revisita duas obras de grafitti realizadas por Abròs em períodos distintos em Camaragibe e Maracaípe (PE), que alimentam um mesmo imaginário compartilhado, num movimento que segue outros ciclos de produção de imagem, simbologia e significados, revelando outra camada dessas produções para além do aqui e agora.
No universo da apropriação digital e da linguagem do chromakey, biarritzzz desenvolve a animação partindo de uma pesquisa de mapas do entorno da própria Casa Natura, local onde é exibido o trabalho, e de imagens de drone sobre Rio Pinheiros, curso de água enforcado pela metrópole paulista que dá nome ao bairro onde a casa está localizada. A mata da Serra do Mar, de onde nascem as águas que lhe formam, é fundo, fim e recomeço da narrativa, que remonta aos olhos dos encantos, que nas sobras e restos ainda protegem, mas também se vingam.
Pavuna Kid é a persona de incorporação criativa de Theuse Luz d’Pavuna, artista visual & performer carioca não binária que combina a corporeidade das danças urbanas com dinâmicas do audiovisual criando obras que questionam a ideia de performance de gênero e a relação entre corpa-cidade.
OBRA: Quem Tem Coragem?
Avenida Brasil. Rodovia mais movimentada do Rio de Janeiro. Liga o extremo da Zona Oeste ao Centro da Cidade, rota principal de muitos trabalhadores e estudantes periféricos. O familiar ambiente caótico, da correria e do trânsito pesado, dá lugar a uma atmosfera onírica.
Em “Quem tem coragem?” a artista, sensei da House of BUSHIDŌ pertencente à comunidade Ballroom, ressignifica esse espaço de fluxo ao performar a Voguing em um espaço que em primeira vista parece comportar a diversidade, mas que na verdade é codificado e inabitado. Reavendo o seu direito de passar e transpassar, Pavuna Kid questiona: Quem tem coragem de lutar pela verdade?
Koral Alvarenga é artista digital, formada em Artes Visuais e pós-graduada em Fundamentos da Cultura e das Artes pela UNESP, pesquisa a tridimensionalidade da arte na intersecção entre o digital e o físico, mesclando processos de modelagem 3D, escaneamentos 3D, tecnologia 360º e realidade virtual e impressão 3D.Dentre os seus trabalhos desenvolve o projeto “Guerrilheira” no qual conecta imagens em diferentes formatos com filtros do Instagram em AR e modelagem para impressão 3D. Outras linhas poéticas apresentadas em seus trabalhos são o pós-humano, a cyborguização, as narrativas imagéticas sobre identidade, as conexões entre as pessoas, o universo e os tempos, trazendo em suas criações elementos e símbolos que permeiam a existência humana com um olhar futurista.
É co-criadora do Coletivo VIA, compõem a rede de artistas digitais da Brazil Immersive Fashion Week e dentre as exposições e projetos que participou, destacam-se: Dreaming The Cities conexão Lahore, Paquistão x São Paulo, Brasil, Do Palco às Ruas | Coletivo Coletores | Re-Sankofa” no CCSP -Centro Cultural São Paulo, Women Music Event (WME) na Casa Natura Musical, Festival GRLS!” no Memorial da América Latina, Fragmentos da Memória do projeto Entre-Linhas premiado com o Edital VAI,LOTE –LUGAR,OCUPAÇÃO,TEMPO E ESPAÇO no Instituto de Arte-UNESP, Imagísticas femininas no Centro Cultural Butantã, Telefone sem fio na Ocupação Cultural Mateus Santos,1º Salão de Artes Visuais da Quarentena, Projeto Tebas/Rememória II do Coletivo Coletores, Imaginários Coletivos da IMAGECON, além de realizar dois trabalhos didáticos com arte e tecnologia na Pinacoteca de São Bernardo do Campo
OBRA: Guerrilheiras
Pensando o feminino e o seu direito a cidade, “Guerrilheira” se manifesta como eixo de discussões para transformação/ inovação social e digital dentro do território periférico. A obra traz em sua poética questões acerca do feminino, reflexões de como é resistir e existir em territórios de alta vulnerabilidade, sendo necessário o uso de mascaras físicas e simbólicas para se proteger de inúmeros abusos, lançando um novo olhar sobre o feminino periférico digital.
A ideia do trabalho é discutir a cidade e refletir sobre espaços de luta, liberdade, criação artística feminina e ao mesmo tempo um espaço de medo e segregação e opressão tecnológica em relação ao feminino, trazendo em sua narrativa experiências visuais que reflitam sobre como a cidade pode se tornar um espaço amigável para as mulheres se expressarem criativamente podendo existir da maneira que elas são e sendo retratadas através do viés tecnológico e artístico.
Thásya Barbosa – No ambiente urbano ou em meio à natureza, o trabalho fotográfico de Thásya tem como protagonista o corpo e suas possibilidades tanto anatômicas, quanto de inserção e correlação com o espaço que o circunda. Inspirada por inúmeras mulheres, na filosofia e nas artes, a artista encontrou na fotografia a sensibilidade estética que se faz para além da captura de imagens, permitindo contar histórias e prazeres no reconhecimento de si na imagem de outras mulheres Hoje a fotógrafa está radicada no Rio de Janeiro e por meio de suas obras participou de exposições nacionais e internacionais em espaços como Itaú Cultural, DriveThru.Art, Galeria de Arte Luís Maluf, G. Wickbold Studio, Brazil Foundation, ApArt, The 55 Project, POSTER Mostra, Mulheres Ocupam (projeto Nike). Mulher, negra, artista brasileira, Thásya usa sua voz para espalhar carinho, empatia e denúncia.
Série: Futuro Ancestral
Panaceia, Boldo, Colônia, Jurema, Levante, Guiné e Arruda. Busco a cura através dos meus ancestrais. Lavo cabeça, limpo meu corpo e alma. Assim eu me deito sentindo o aroma da cura que me atravessa e acalma. A série “Futuro Ancestral” retrata o ritual de limpeza espiritual através de raízes e ervas, feito na cidade de Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro, no T.E. Espírita CAB 7 Flechas e Ilê do Oxosse, onde nasce o reencontro e reconexão da fotógrafa com seus ancestrais.
Serviço NA FAIXA – OUTROS FUTUROS/TERRITÓRIOS IMINENTES Até 1º de abril de 2022 Horário: De terça-feira a domingo, das 17h às 23h Gratuito | Livre
CASA NATURA MUSICAL Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo www.casanaturamusical.com.br Facebook | Instagram | Twitter
O público de São Paulo já pode vivenciar uma experiência imersiva do filme O Beco do Pesadelo no Shopping Frei Caneca (Bela Vista). O espaço conta com fotos e materiais exclusivos, photo-opportunities e outras experiências que fará os visitantes imergirem na nova produção da Searchlight Pictures.
A exposição terá a duração de 3 semanas e estará disponível no horário de funcionamento do shopping (segunda a sábado das 10h às 22h; domingos e feriados das 14h às 20h).
O Beco do Pesadelo tem a direção do vencedor do Oscar® Guillermo del Toro e a produção de Bradley Cooper que também faz o papel do protagonista. No longa, Stanton Carlisle (Bradley Cooper), um ambicioso trabalhador de um parque de diversões itinerante com um talento para manipular as pessoas através das palavras, se une à psiquiatra Lilith Ritter (Cate Blanchett) que é ainda mais perigosa que ele.
A produção está em cartaz nos cinemas nacionais. Aperte o play e confira o trailer!
Completando a programação natalina e cultural de Campos do Jordão, a Fundação Lia Maria Aguiar apresenta seu espetáculo musical de fim de ano, o original ‘Ele é o Amor”, realizado pelo Núcleo de Teatro, de produções como “A Princesinha”, “Uma Luz Cor de Luar” e “Além do Ar – Um Musical Inspirado em Santos Dumont”. Escrito por Viviane Santos e Thiago Gimenes – o responsável também pelas composições inéditas e direção musical -, a atração, que tem a direção geral colaborativa da equipe do Núcleo, será encenada gratuitamente na Concha Acústica, na Praça do Capivari, nas noites de 10, 11, 12, 17, 18 e 19 de dezembro.
Trata-se de um espetáculo ao estilo “pocket”, estrelado pelos alunos do curso teatral, e que conta com uma sinopse bastante familiar, conectada com a realidade: um professor precisa desenvolver um espetáculo natalino com jovens de origens distintas e diferentes histórias de vida. Enquanto tenta conduzir esse projeto, o docente tem a importante missão de ressignificar a mensagem do Natal para seus alunos e torná-lo ainda mais especial.
“Quando a gente sente falta de alguma coisa, passa a dar mais valor para aquilo que perdemos. Esse é o sentimento que experimentamos agora ao voltar a produzir espetáculos presenciais. Sempre foi maravilhoso, gostamos muito dessa troca de energia com o público, levando nossas mensagens e nossa Arte. Depois de ficarmos privados, percebemos agora que tem um valor ainda maior. Os alunos estão muito animados e estão até mais seguros e com perspectivas de futuro a partir desse retorno”, celebra Viviane Santos, Coordenadora do Núcleo de Teatro.
Ao todo, 100 crianças e jovens estão envolvidos na produção, que conta com as coreografias de Keila Fuke, além de muito circo, assinado por Jeisel Bomfim, e muito sapateado, por Alessandra Dimitriou. Além da participação dos alunos, dois convidados especiais foram convocados para a celebração: os atores Marcos Lanza e Ubiracy Brasil, ambos com vasta experiência no teatro musical brasileiro, experiência essa que é partilhada com os alunos da instituição durante todo o processo do trabalho, seguindo a linha de outros projetos realizados.
Lanza esteve em diversas produções, incluindo o recém-encerrado “Barnum – O Rei do Show”, musical que encantou e surpreendeu plateias em São Paulo, além de em 2019 ter feito parte do elenco da segunda montagem de “O Fantasma da Ópera” no Brasil. Já Ubiracy integrou o elenco de clássicos da Broadway no país durante a última década, entre eles “Alô, Dolly!” e “O Homem de La Mancha”, além de espetáculos nacionais como “Merlim e Arthur – Ao Som de Raul Seixas”.
Serviço – Musical Natalino “Ele é o Amor”
Onde: Concha Acústica – Praça do Capivari
Av. Macedo Soares, 1 – J Elizabete, Campos do Jordão – SP
Agenda:
Dia 10/12 – 19h30 à 21h30
Dia 11/12 – 22h
Dia 12/12 – 19h30
Dia 17/12 – 19h30
Dia 18/12 – 19h30 e 21h30
Dia 19/12 – 18h30
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre
É necessária a apresentação do comprovante de vacinação e uso de máscaras no local.
A 16ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo acontece de 10 a 17 de dezembro, em edição híbrida com parte da programação disponibilizada online e outra parte presencialmente no Circuito Spcine em São Paulo. A programação é totalmente gratuita.
Com um total de 38 filmes, entre longas e curtas de 12 países, o festival se firma como uma das mais importantes vitrines destas cinematografias junto ao público brasileiro. Este ano o evento celebra o protagonismo feminino na indústria cinematográfica da América Latina e Caribe, em suas mais diversas vertentes: direção, atuação, produção, fotografia, com filmes inéditos, debates, masterclass e uma homenagem à diretora argentina Liliana Romero.
A Cerimônia de Abertura acontece no dia 10/12, sexta, às 19h, online, com uma breve apresentação dos diretores e parceiros do festival. Após a cerimônia, os filmes estarão liberados nas plataformas do festival, “Sesc Digital”, “Spcine Play” e “InnSaeitv”, e também nas sessões presenciais, no Centro Cultural São Paulo e Spcine Roberto Santos, conforme a programação.
A tradicional mostra Contemporâneos reúne as mais recentes produções cinematográficas latino-americanas e caribenhas, sendo a maioria inéditas no circuito comercial. Um dos destaques, é a première nacional de “Clarice Lispector – A Descoberta do Mundo”, da diretora pernambucana Taciana Oliveira, com registros e imagens de arquivo inéditos sobre a escritora, apresentando novas faces desta que é uma das mais importantes expoentes da história da literatura brasileira. O filme será exibido somente de forma presencial, no Centro Cultural São Paulo.
Também em destaque a mais recente obra da cineasta paraguaia Paz Encina, o filme “Abajures”, inédito no Brasil e que acaba de estrear no circuito de festivais no Doc Buenos Aires. Em seu terceiro longa-metragem, realizado durante a pandemia da COVID19, a diretora regressa ao tema de todos os seus filmes: a memória histórica de seu país, o Paraguai, e em particular de uma das ditaduras mais longas e obscuras da América Latina, a de Alfredo Stroessner (1954-1989). A diretora é convidada do festival e participa de uma masterclass online.
A cinematografia emergente latino-americana – mais uma vez – está presente no festival com várias pré-estreias de longas-metragens também com foco no protagonismo feminino. Entre elas, os documentários argentinos “O Sonho da Montanha”, de Ailén Herradón, sobre os esforços de uma comunidade para conservar suas origens mapuches, e “Anos curtos dias eternos”, de Silvina Estévez, sobre a maternidade. O delicado drama de ficção venezuelano “Um lampejo interior”, protagonizado por Silvia, uma mulher forte que padece de uma séria doença e precisa traçar o seu destino e de sua filha, e o filme de suspense “Matar a la Bestia”, de Agustina San Martín, uma coprodução Argentina, Brasil e Chile, também estreiam no Brasil. Inéditos em São Paulo, a ficção “A grande viagem ao país pequeno”, da diretora uruguaia Mariana Viñoles, sobre refugiados sírios no Uruguai, e “Hope, Soledad”, da diretora mexicana Yolanda Cruz, sobre os dramas pessoais de duas mulheres imigrantes no México, são alguns destaques.
Os filmes brasileiros trazem um olhar diferente que visibilizam a pluralidade do cinema nacional. Alguns títulos serão exibidos pela primeira vez numa sala de cinema de São Paulo, como o premiado “Carro Rei”, de Renata Pinheiro, o documentário “Ossos da Saudade”, de Marcos Pimentel, o suspense “As Almas que dançam no escuro”, de Marcos DeBrito, o drama “Desterro”, de Maria Clara Escobar, inédito em São Paulo, e o híbrido “Alianças Profanas – esquizoanálise de uma mente fragmentária”, de Well Darwin, inédito no Brasil. O público deverá consultar a programação e confirmar a disponibilidade de cada filme.
A diretora argentina Liliana Romero é a grande homenageada desta edição e ganha uma programação especial voltada ao reconhecimento de suas obras, entre longas e curtas premiados em importantes festivais internacionais, incluindo o seu mais recente trabalho, o longa de animação, “O Gigante Egoísta”. A diretora, que trabalha em cinema de animação desde os anos 90 e transita por diversas técnicas em cada um dos seus trabalhos, participa do encontro virtual “A Arte da Animação, Técnicas e Adaptações”, na plataforma do Sesc Digital e no Youtube do festival.
A sessão Contemporâneas no Curta lança um olhar para a realização nos últimos anos de cineastas brasileiras com obras potentes, ousadas e questionadoras. Entre os filmes que integram esta sessão está o documental “Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma”, de Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa, selecionado para o Festival Internacional de Cine de Huesca, a ficção “Menarca”, de Lillah Halla, que teve estreia mundial na Semana da Crítica de Cannes, integrou o Festival de Havana e foi premiado como melhor filme do público no Cinelatino de Toulouse.
A programação traz uma novidade o ‘Foco Cinema Afro-Colombiano’, com 4 títulos produzidos, realizados e protagonizados por pessoas afrocolombianas trazendo histórias que propõem vias de acesso a outras realidades sócio-históricas e culturais como as dos afrodescendentes na América Latina. São eles: “Fullhd”, de Catalina Navas e Carolina Torres, “Marímbula”, de Diana Kuéllar, “O Homem Universal”, de Andrés Morales e “O Mal dos Sete Dias”, de Victor Alfonso González Urrutía.
Para finalizar o Festival preparou a ‘Coleção Marcelo Sampaio’ com uma seleção de 7 títulos entre longas e curtas assinados pelo diretor. Entre eles: “Eldorado – Mengele Vivo ou Morto?”, “Trilha dos Ratos – A Fuga de Nazistas para América”, e os curtas “O Escritor Das Ruas”, “O Guardado”, “Pixote 30 Anos Depois” e “A Menina da Estrada”.
Atividades Paralelas
O 16º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo promove uma série de encontros virtuais com nomes expressivos ligados à realização, produção e circulação de produtos audiovisuais latino-americanos. Entre eles, a Masterclass Mil Ventos na Encenação de Documentários, com a diretora paraguaia Paz Encina; o Encontro de Mulheres e a Indústria Cinematográfica Latino-Americana, o Encontro Circuitos de Distribuição e Exibição Cinematográfica na América Latina, e o Encontro A Arte da Animação, Técnicas e Adaptações, com a homenageada Liliana Romero, que irá compartilhar ideias e experiências sobre a importante contribuição que as mulheres vem realizando historicamente no universo da animação latino-americana.
A direção do 16º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é assinada por João Batista de Andrade, Jurandir Müller, Maria Tereza Urias e Vicky Romano. O evento é realizado pela Paleotv, com patrocínio da Spcine, empresa pública de cinema e audiovisual ligada à Prefeitura de São Paulo, e correalização do Sesc São Paulo. Conta com o apoio dos consulados sediados em São Paulo dos seguintes países: Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai e Uruguai.
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