Conheça o premiado fotógrafo Pablo Roniere


Créditos: Pablo Roniere


O paraense Pablo Roniere, 30 anos, é um exemplo de fotógrafo que conseguiu unir a paixão pelas câmeras fotográficas com a disciplina e a determinação do empreendedorismo, se tornando um profissional completo e realizado.

Natural de Capanema, no interior do Pará, Pablo vive em Belém desde 2010. Na capital, o fotógrafo conseguiu fixar sua marca e expandir para outros estados como, por exemplo, Rio de Janeiro e São Paulo. Além de experiência nacional, Pablo fotografou casamentos na França e Portugal.

Pablo tem muito orgulho da sua terra natal e busca imprimir referências da região norte do país, em especial a Amazônia, no seu trabalho. Com um olhar sensível e genuíno, elementos da natureza fazem parte das suas composições fotográficas.

Créditos: Divulgação

O reconhecimento é fruto de um trabalho sério e personalizado. Pablo é detalhista, pesquisa a história do casal, aplica um questionário e busca atender as expectativas de cada cliente.

“Antes de ligar a máquina fotográfica, faço uma reunião com o casal para entender o que eles estão buscando realmente. Gosto de conversar bastante, entender o mood e a partir daí fazemos o ensaio para não termos nenhuma surpresa indesejada no grande dia. Minha missão é entregar uma experiência incrível para o cliente”, comenta.

A maturidade profissional vem através de cursos e anos de prática. Pablo iniciou a carreira em 2016, buscou capacitação no Wedding Brasil, em São Paulo, além de passar pela Mentoria WedPRO e cursar: Introdução a Fotografia Digital.

Além do reconhecimento dos clientes, Pablo conquistou dois prêmios ao longo da carreira: Fotografo do Mês (Iphoto) e Honra Ao mérito pelos serviços prestados a sociedade, concedido pela Câmara Municipal de Castanhal-PA. Para maiores informações:  @pabloronierefotografias

Organizações socioambientais e indígenas anunciam Festival Amazônias


Créditos: Danila Bustamante/Instituto Goethe


“Como criar conexões genuínas entre as Amazônias – seus povos e tradições – e São Paulo?”, essa foi a pergunta que fez nascer o Festival Amazônias, que realiza a primeira edição entre os dias de 17 a 21 de abril, ocupando diversos espaços em São Paulo, como o Theatro Municipal e a Praça das Artes, no Centro. Artistas, agitadores culturais e ONGs se uniram devido à emergência de falar sobre o cuidado com a floresta, sobre os movimentos em prol da população indígena e da região norte do país e, sobre a importância de discutir e entender a maior bacia hidrográfica do planeta.

A iniciativa é promovida por diversas ONGs de meio ambiente: COIAB, Engajamundo, Escola de Ativismo, Greenpeace, Saúde e Alegria. O Festival também conta com o apoio do Instituto Goethe e da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo.

Com a proposta de ligar afetos entre a cidade e a floresta, o evento contará com 100 artistas e ativistas da Amazônia e 30 de São Paulo, agregando também na programação residências artísticas, oficinas, exposições, encontros e rodas de conversa. Para definir a programação, uma pesquisa foi realizada por produtores, artistas e articuladores de todos os estados da Amazônia Legal – que inclui Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre, Tocantins, Mato Grosso e parte significativa do Maranhão.

O festival se propõe a pensar até onde os fluxos que emergem das Amazônias chegam. A imagem de rios que nascem ao norte e agora vão desaguar em São Paulo vai pautar os ativistas e artistas, criando um espaço para debater, construir e agir juntas e juntos, pensando que cuidar da Amazônia é cuidar da maior cidade do país e de todo o planeta.

Informações sobre a programação serão divulgadas em breve.

Expedição S.O.S Terra 2019 a Groenlândia e a Amazônia


Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images


O projeto S.O.S Terra completa 10 anos – uma ação artística e ambiental liderada por Thiago Cóstackz, um dos artistas plásticos mais ativos de sua geração. A iniciativa usa o poder instigador da arte para chamar atenção às consequências da ação humana à vida no planeta.

Thiago Cóstackz acaba de chegar da jornada “Tupiland Goes to Greenland” – Expedição 2019 a Groenlândia e Amazônia. O artista e sua equipe percorreram mais de 43 mil quilômetros durante 38 dias, passando por regiões do Ártico como Groenlândia, Islândia e Dinamarca, e áreas da Floresta Amazônica. “O objetivo foi mostrar o avanço dos problemas ambientais encontrados nas primeiras viagens e fortalecer a ideia da interconexão entre esses problemas e as regiões visitadas”, afirma Cóstackz.

Para a comprovação dessas realidades, foram captadas imagens fortes e provocativas, muitas vezes beirando o “bizarro”, com o intuito de incentivar o debate acerca dessas questões, além de entrevistas com cientistas que apresentam tristes índices de um retrato nada agradável sobre a situação do planeta.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

“Espécies têm se extinguido a um ritmo até duas mil vezes maior do que é considerado normal. Tudo isso está relacionado ao que pode ser uma nova extinção em massa. Mas, dessa vez, com o gatilho humano”, aponta o artista. A expedição tem como objetivo mostrar que não existem “eles” ou “nós” quando nos referimos a mudanças climáticas e problemas ambientais, e que mesmo acontecimentos em locais isolados podem contribuir com catástrofes em diferentes regiões do planeta.

Performances artísticas – Entre as ousadas intervenções artísticas da viagem, Cóstackz realizou a dança performática “The Great Tupi Mother on Ice” sobre um iceberg em pleno Oceano Glacial Ártico. “Um grande risco em nome da arte e da causa”, comenta. E em visita a uma tribo Tuiúca, no meio da Floresta Amazônica, o artista executou a performance “The Great Artic Mother in Amazon”, uma dança cerimonial com os índios da aldeia. “Foram alguns dos feitos mais importantes da minha carreira. Uma especial satisfação pelas realizações de um lado, mas de outro, uma pesada consciência por denunciar tantas ações humanas contra o meio ambiente e extermínio dos povos originais”.

Intervenção na Avenida Paulista

O lixo mais comum encontrado durante a expedição foi o plástico, acumulado mesmo em locais de natureza vasta e intocável. Para chamar a atenção para o problema, no dia 24 de fevereiro, Cóstackz realizará mais uma de suas impactantes intervenções urbanas. Será instalada em plena Avenida Paulista o “Oceano Plástico” – um enorme balão no formato de uma baleia cachalote gigante, com cerca de 7 metros de comprimento.

A estrutura será alimentada por gás hélio doado pela empresa Air Liquide, principal patrocinadora da ação no Brasil e no exterior, juntamente com o aplicativo Rhapidus. “A ideia é conscientizar e alertar a população sobre o grave problema do plástico nos oceanos”, afirma. Voluntários já pré-selecionados vão juntar plástico reciclável durante uma semana de suas vidas para “alimentarem” a enorme baleia, o que deverá causar estranhamento e debate na mais famosa avenida da cidade.

E por que a Avenida Paulista?

“Como o objetivo é chamar a atenção, não poderia ser outro o lugar escolhido. A Avenida Paulista é um cenário muito especial no coração dos paulistanos, é um lugar extremamente importante para as lutas que acontecem na cidade e fazer a intervenção num domingo, quando ela fica cheia e quando as pessoas estão sem pressa, é uma oportunidade para que elas parem, ouçam o que a gente tem a dizer, absorvam um pouco da nossa causa (que é de todos nós) e quem sabe levem um pouquinho do que ouviram para o dia a dia delas, diminuindo seu impacto sobre o planeta”, diz Thiago.

Em sua última intervenção na metrópole paulistana, o artista instalou um balão de polvo gigante que fazia alusão à vida marinha severamente ameaçada pelo aquecimento das águas dos oceanos. A intervenção pode ser vista abaixo:

Expedições

Na Groenlândia, Cóstackz e sua equipe enfrentaram as piores condições climáticas possíveis. Desceram em um dos aeroportos mais perigosos do mundo. Foram dias de fortes tempestades no verão ártico, acompanhadas de rajadas de ventos que os impediam de caminhar e buscar alimento, em uma área de ursos polares (cada vez mais famintos, eles têm migrado em direção ao sul). Escaladas mortais e até escassez de comida os obrigaram a racionar comida e a pescar. Porém, nada disso os impediram de realizar ambiciosas captações de imagens e ousadas intervenções artísticas, como a dança performática: “The Great Tupi Mother on Ice”, feita sobre um iceberg em pleno Oceano Glacial Ártico.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

Além dessa performance, o artista realizou instalações como: “Cactus in Artic”, em que instalou grandes esculturas de acrílico translúcido reciclado que sumiam em meio à paisagem gélida e apocalíptica da região. Outra obra foi instalada na Baía de Narsarsuaq, ao sul da ilha, lotada de icebergs que se desprendem da Grande Capa de Gelo da Groenlândia, a segunda maior massa de gelo da Terra, hoje a mais ameaçada pelo aquecimento global. Além disso, a turma registrou o avanço do degelo e escurecimento do gelo, que tem sido coberto com poeira cada vez mais seca e com resíduos poluentes provenientes de diversas partes do mundo, um grave e desconhecido problema.

Floresta Amazônica

Cóstackz e sua equipe visitaram regiões de devastação na maior floresta tropical do mundo, regiões de impacto do agronegócio e do crescimento desordenado de uma grande cidade como Manaus. Visitaram também os grandes rios. Quilômetros percorridos de barco, horas de caminhada dentro da selva tropical, sempre carregando quilos de equipamentos de filmagem e grandes obras a serem instaladas, em meio ao calor e ao risco do encontro com animais selvagens, entre outros perigos relacionados aos donos das terras, cujas devastações foram registradas. Mas nada os fez parar. Em cada local colheram dados, conversaram com moradores afetados por problemas atuais, tudo para entender melhor os conflitos e o desmatamento que voltou a crescer fortemente na região.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

O artista instalou obras no Rio Negro, como a escultura “Estrada para lugar nenhum”, e a obra “Dead in Amazon” em áreas de desertificação que um dia estiveram cobertas pela mata. Ambas as esculturas feitas em vidro e espelhos, refletindo os ambientes, se fundindo com eles. Em visita a uma tribo Tuiúca, no meio da floresta, Cóstackz realizou a performance “The Great Artic Mother – visita a Amazônia” juntamente com os índios, que executaram uma dança cerimonial com o artista.

Todas as roupas das performances foram produzidas sem o uso de peles ou quaisquer outros produtos de grande impacto. A maioria dos tecidos foi proveniente dos restos de confecções do Brás, achados em lixos – cortes finais de rolos de tecidos, geralmente com defeitos – e de materiais certificados em sua maioria. Cóstackz procurou ao máximo evitar agressões ao planeta, tendo até o transporte e compra do material sido feito de bicicleta.

Islândia

No gélido país europeu, o artista entrevistou vários cientistas e especialistas em mudanças climáticas, como a biologista ártica Ingibjörg Svala Jónsdóttir e o prestigiado pesquisador de geologia glacial e geomorfologia Olafur Ingolfsson, ambos importantes professores das Universidades da Islândia e de Svalbard, na Noruega. Além dessas conversas, Cóstackz visitou e realizou uma performance nos campos devastados por lava e desertificação no sul do país, a 300 km da capital, Reykjavík.

Antes, o local era o lar de uma grande floresta boreal, que foi completamente destruída pelos primeiros colonos vikings, há cerca de mil anos, e que até hoje não conseguiu se recuperar, mesmo com todos os esforços do país em reflorestar a área. Com a destruição das florestas, os solos sofrem enormemente e sua recuperação é difícil. Situação que pode ser vista como exemplo para o Brasil.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

Thiago Cóstackz é artista plástico brasileiro multimídia, documentarista e ativista ambiental. Nos últimos 10 anos, esteve envolvido em mais de 50 ações pelo Brasil e em países como Rússia, Islândia, Holanda, EUA, Inglaterra, Groenlândia e Itália, além de intervenções em lugares como o Oceano Glacial Ártico, Atlântico Sul, Caatinga e Florestas tropicais. Colaborou com astros internacionais, como Roger Waters (ex-Pink Floyd), que o escolheu para realizar uma intervenção invocando questões ambientais e de Direitos Humanos no show The Wall, realizado no Brasil em 2012.

Seu engajamento ambiental lhe rendeu uma homenagem do Ranking Benchmarking Sustentável, entregue no MASP, em 2012, onde também fez uma exposição. Foi durante seis anos Embaixador Nacional de Sustentabilidade da marca alemã Puma Sports e realizou, de forma pioneira, em 2014, a 1º expedição artístico-científica já registrada por 10 lugares ameaçados no “Planeta”, que percorreu mais de 62 mil km instalando obras que faziam conexão com problemas ambientais nestes locais.

Esta expedição originou o livro e o documentário  Caminhando sobre a Terra, com direção de Cóstackz, neto de uma índia potiguar e de imigrantes do leste europeu.

Patrocinado pelo aplicativo Rhapidus e Air Liquide, o projeto S.O.S Terra foi realizado com apoio da Secretaria de Estado da Cultura, por intermédio do Programa de Ação Cultural – PROAC do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço

Data: 24 de fevereiro de 2019

Horário: 10h às 18h

Local: Avenida Paulista

Mais informações : http://www.costackz.com

costackz@yahoo.com.br

Exposição sobre populações negras da Amazônia chega à CAIXA Cultural SP em outubro




Fotos trazem a diversidade dos povos negros que compõem a Floresta Amazônica,
partindo de Rondônia para contar os percursos e diásporas não exploradas pela história oficial brasileira

Por Redação
A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 7 de outubro a 17 de dezembro, a exposição (Re)Conhecendo a Amazônia Negra, da fotógrafa Marcela Bonfim. A mostra traz obras que ilustram as mais diversas identidades e culturas presentes entre os povos negros do local e a importância social das religiões de matriz africana na construção do Brasil. No dia 11 de novembro, haverá o lançamento do catálogo e um bate-papo com a fotógrafa.  O patrocínio do evento é da Caixa Econômica Federal, com visitação gratuita e classificação livre.

Chico Remeiro – Foto: Marcela Bonfim
Ao todo, são 55 obras que trazem de maneira sensível e original as mais diversas expressões dos grupos que residem na região norte do país, dentre eles remanescentes quilombolas, afro-indígenas, barbadianos e também haitianos. Todos carregam em seus traços as heranças socioculturais de uma parcela importante da população brasileira que ainda não é reconhecida historicamente.
As fotos foram produzidas a partir de 2013, durante as visitas de Marcela a comunidades quilombolas, tradicionais, indígenas e urbanas, além de terreiros e festejos religiosos na região do Vale do Guaporé (RO), em um processo que coincidiu com o próprio reconhecimento da fotógrafa enquanto mulher negra. Nesta edição, a exposição traz também imagens do Mato Grosso (MT), Maranhão (MA) e Pará (PA).
Segundo Marcela, a proposta é utilizar a fotografia como instrumento de resgate da memória dessas populações e mostrar sua importância e legado para a construção da sociedade brasileira.

Foto: Marcela Bonfim
Expressões de fé

Organizada em dois núcleos, a instalação prevê um verdadeiro mergulho na cultura e subjetividade dos povos negros da Amazônia, trazendo histórias de vida e também de expressões religiosas de matriz africana.

Logo na entrada, o visitante irá encontrar um altar trazendo alguns dos objetos de variadas religiões, encaminhando-o à primeira parte da mostra, com 35 retratos distribuídos ao longo da galeria e também em uma grande estrutura de madeira no hall principal.

O corredor de fotos levará até a Sala dos Ritos e Cultos Religiosos, com 20 imagens das mais variadas expressões de fé impressas nos detalhes de mãos, pés e semblantes de um povo que mantém fortemente suas tradições e festas religiosas. Elementos como espadas-de-são-jorge e sal grosso também irão compor a expografia, no intuito de apresentar ao público um pouco dos costumes presentes no cotidiano dos povos fotografados.
Serviço
Exposição (Re)Conhecendo a Amazônia Negra – Marcela Bonfim
Local: CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo – SP – próxima à estação Sé do Metrô)
Abertura: 7 de outubro, sábado, às 11h.
Visitação: de 7 de outubro a 17 de dezembro (terça-feira a domingo)
Horário: 9h às 19h
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Entrada franca
Acesso para pessoas com deficiência
Lançamento do catálogo e bate-papo com a fotógrafa Marcela Bonfim
Data: 11 de novembro, sábado, às 11h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo

10 anos de Amazônia – de Gálvez a Chico Mendes




Por Leina Mara

Há 10 anos estreava na Rede Globo a série primorosa Amazônia – de Gálvez a Chico Mendes. Escrita por Glória Perez e com direção de Marcos Schechtman, a série, de 55 capítulos, conta a história do Acre ao longo de 100 anos. A trama fictícia começa em 1899 contando sobre a vida no seringal. Entre ficção e realidade, a trama mostra a história entorno de seus três heróis: Gálvez, Plácido de Castro e Chico Mendes.

Foto: Divulgação

A minissérie foi baseada em dois romances de autores acreanos: “O Seringal”, de Miguel Jeronymo Ferrante, e “Terra Caída”, de José Potygara.

Cássio Gabus Mendes, Alexandre Borges, Christiane Torloni, José Wilker, Giovanna Antonelli, Alessandra Maestrini e Juca de Oliveira são alguns nomes que compuseram o elenco de Amazônia.

A autora Glória Perez foi homenageada na época pelo então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pelo trabalho desenvolvido durante a série. A homenagem ocorreu durante um evento em comemoração a Plácido de Castro e aos 104 anos da Revolução Acreana.