Festival das Marias no Brasil estreia série em versão online


Créditos: Divulgação


A edição brasileira de 2021 do Festival das Marias – Festival Internacional de Artes no Feminino, em razão do Dia Internacional da Mulher, apresenta a série Vozes de Marias, composta por 14 micro documentários, que será exibida pelos canais do projeto no Youtube, Instagram e Facebook, entre os dias 8 e 12 de março.

O Festival das Marias é palco do feminino para discussões de temas pertinentes ao fazer artístico da mulher, colocando suas criações sob os holofotes para incentivar e difundir o fazer nas artes pelo feminino e provocar reflexões sobre o impacto das desigualdades na vida das mulheres.

Foram convidadas protagonistas mulheres brasileiras, artistas de música, circo, teatro, literatura e artes visuais, que integraram a primeira edição do Festival das Marias no Brasil, em novembro de 2020. São elas: Fabiana Cozza (cantora), Consuelo de Paula (cantora, compositora e violonista), Bruna Caram (cantora, compositora e poeta), Renata Machado (atriz), Renata Pizi (cantora e compositora), Bebé Salvego (cantora), Woman Summer Quartet com Marina Dias, Sara Oliveira, Carol Uchôa e Camila Hassel (instrumentistas), Ana Sevá (cantora e compositora), Suia Legaspe (atriz e diretora), Troupe Guezá com Rubia Neiva, Joy Domingoz e Hermana Pacha (atrizes acrobatas), Bárbara Francesquine (bailarina e performer com bambolês), Painé Santamaria (palhaça e malabarista), Marina de La Riva (cantora e poeta) e Dan Agostini e Dani Sandrini (fotógrafas).

Bárbara Francesquine – Créditos: Divulgação

Para gravar os vídeos depoimentos, as artistas foram provocadas pelo ator e diretor teatral Antonio Revez, curador artístico internacional do festival, em duas situações. Na primeira, uma reflexão sobre a sensibilidade feminina na criação artística (como transparece e como se destaca da masculina). Na segunda, um depoimento sobre possíveis discriminações ou tolhimentos em relação à suas artes ou manifestações artísticas em uma sociedade onde a criação é, na maioria das vezes, dominada pelos homens.

Os relatos gravados para o Vozes de Marias são fortes e, ao mesmo tempo, sensíveis para ambas as questões colocadas por Ravez. “É surpreendente e emocionante acompanhar os depoimentos dessas mulheres para entender como se dá o feminino na narrativa poética de seus trabalhos e como elas lidam com a própria sensibilidade em um mundo essencialmente masculino”, comenta Adriana Belic, diretora do Festival das Marias no Brasil.

Bebé Salvego – Créditos: Divulgação

A primeira edição do Festival das Marias – Festival Internacional das Artes no Feminino, ocorreu em novembro de 2019, em Portugal, quando contou também com a colaboração de Adriana Belic como curadora de música para a América Latina, arregimentando artistas do calibre de Adriana Calcanhotto, Francesca Ancarola e Marina de La Riva que representaram as mulheres atuantes na música latino-americana. No Brasil, a primeira edição aconteceu em novembro de 2020 em formato online e gratuito, partir da cidade de São Paulo, SP. O evento foi programado para acontecer simultaneamente ao de Portugal, onde foi cancelado devido às medidas restritivas impostas pela pandemia do coronavírus.

Micro documentários: Vozes de Marias

Festival das Marias – Festival Internacional das Artes no Feminino

De 8 a 12 de março de 2021 – a partir de São Paulo/SP, Brasil

Grátis. Duração: até 10 minutos cada. Classificação: Livre

Canais de transmissão:

Facebook: @marias.festival

Instagram: @marias.festival

YouTube: FestivaldasMarias

8 de março (segunda)

12h – Dan Agostini

16h – Bárbara Francesquine

19h – Consuelo de Paula

9 de março (terça)

12h – Woman Summer Quartet: Marina Dias, Sara Oliveira, Carol Uchôa e Camila Hassel

16h – Painé Santamaria

19h – Bebé Salvego

10 de março (quarta)

12h – Troupe Guezá: Rubia Neiva, Joy Domingoz e Hermana Pacha

16h – Ana Sevá

19h – Marina de La Riva

11 de março (quinta)

12h – Dani Sandrini

16h – Renata Pizi e Renata Machado

19h – Bruna Caram

12 de março (sexta)

16h – Suia Legaspe

19h – Fabiana Cozza

Eduardo Kobra transforma cilindro inativo em obra de arte em prol da vida


Créditos: Alan Teixeira


Na primeira ação do recém-criado Instituto Kobra, que tem como base a premissa de que a arte é um instrumento de transformação, o conhecido muralista brasileiro Eduardo Kobra transformou um cilindro de oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra de arte, exemplar único, chamada “Respirar”. Kobra pintou o cilindro como se fosse um recipiente transparente, com uma árvore plantada dentro.

Inicialmente o artista colocaria a obra em um leilão e doaria 100% do valor a instituições que estão sofrendo com a falta de oxigênio. “A mensagem central é a importância da vida. Que o sopro da minha arte ajude a levar um pouco de oxigênio para os hospitais mais necessitados e, ao mesmo tempo, provoque a reflexão sobre a importância de usar máscaras, lavar as mãos constantemente, manter o isolamento social e, claro, de preservar a natureza, que é um patrimônio de toda a humanidade”, diz o artista.

Créditos: Alan Teixeira

Através da ONE, do Grupo VG, parceiro para onde Kobra desenvolve todas as peças do Grafite Garden, o movimento UniãoBR tomou conhecimento da iniciativa e resolveu adquirir a obra “Respirar’, unindo cotas de seis famílias. A obra foi adquirida por 700 mil reais. Os recursos obtidos com a venda da peça serão aplicados integralmente na instalação de duas usinas de oxigênio, que ainda nesta semana, entre 9 e 12 de fevereiro, começam a operar em duas cidades do Amazonas: Alvarães e Itacotiara.

Na prática, isso significa que serão 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene, que ficará como legado para a cidade. Em um dia, a usina vai gerar 480 horas de oxigênio. Em um mês, serão 14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito de UTI com oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega equivalente à usina, seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês. Com 700 mil conseguiríamos comprar 350 cilindros, o que equivaleria a 3.500 horas”, conta o muralista.

“Ficamos sensibilizados com a delicadeza do Kobra em desenvolver uma obra especialmente para essa situação tão delicada que estamos passando. Ele é um artista por quem temos carinho, e está sempre conectado às causas sociais e ambientais. O cilindro será colocado no Shopping Iguatemi ( Piso Térreo – a partir do próximo domingo – 14 de fevereiro) , em São Paulo, para que o público possa ver e se engajar”, conta Gabriela Marques Conti, diretora de Operações da UniãoBR. Após a exposição, a obra deverá ser levada para o Hospital Israelita Albert Einstein, também em São Paulo.

Bruno Watanabe, CEO do Grupo VG, destaca o envolvimento do parceiro Kobra nessa ação, bem como valoriza a receptividade da UniãoBR. “Foi um encontro feliz, de dois lados que estão comprometidos com uma causa maior, que é cuidar das pessoas”, diz Watanabe.

Instituto Kobra: a arte como instrumento de transformação social

Nasce agora, em favereiro de 2021, o Instituto Kobra, entidade que acredita na arte como instrumento de transformação social de adolescentes e jovens em estado de vulnerabilidade no Brasil. Fundada e presidida pelo artista Eduardo Kobra, a instituição parte da própria biografia de seu criador para fundamentar a importância e o papel da cultura como agente transformador de vidas e realidades.

O Instituto Kobra deverá promover ações, prioritariamente em comunidades periféricas, levando manifestações artísticas — não só das artes plásticas e do grafite, mas também da música, do teatro e da literatura — àqueles que costumam ter menos acesso a museus e centros culturais.

Uma experiência embrionária foi o projeto Galeria Circular, realizado em 2019. Transformado em galeria itinerante de arte, um ônibus adaptado percorreu 12 bairros da região metropolitana de São Paulo apresentando 14 obras de Kobra que estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo. O artista idealizou e participou de todos os dias do projeto, interagindo muito com o público.

O Instituto Kobra surge também para funcionar como um espaço para promoção de causas por meio da arte — principalmente aquelas que fazem parte dos princípios do muralista, como a defesa do meio ambiente, o discurso pacifista, a pauta antirracista, o respeito entre os povos e a luta pela liberdade.

Neste sentido e considerando o momento sensível atravessado pelo País no combate à pandemia de covid-19, a primeira ação concreta da instituição foi usar sua arte para levar oxigênio para hospitais de Manaus. Eduardo Kobra transformou um cilindro inutilizado em uma obra de arte.

Mas o Instituto Kobra não se resumirá a ações desse tipo. No projeto estão previstas outras maneiras de promover a cultura, com palestras e oficinas e realização de pinturas públicas em comunidades mais vulneráveis. Além do próprio Eduardo Kobra, a entidade viabilizará a presença de outros muralistas e grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, que, por meio de intercâmbios culturais, irão levar sua arte, seu conhecimento e suas histórias de vida a esses jovens de periferia.

A sensibilidade do muralista para o tema vem do berço. Kobra nasceu em 1975, no Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana. Da mesma maneira como a arte mudou sua vida, ele acredita que a cultura em geral pode ser uma ferramenta de transformação social para muitos jovens brasileiros.

Para viabilizar esses projetos, o Instituto Kobra está aberto a firmar parcerias com empresas e outras entidades que queiram promover ações culturais junto a adolescentes e jovens de periferia. Por conta do estado de pandemia, o Instituto Kobra definiu que, neste primeiro momento, todas as suas atividades devem ser estruturadas online. Quando — espera-se que em um futuro próximo — a situação atual for superada e eventos públicos puderem tornar a ocorrer com segurança, atividades presenciais serão divulgadas.

Tropicália é tema de peça on-line

Tropicália é tema de peça on-line de grupo jovem alemão

Créditos: Divulgação


2020 mudou a história do mundo. De uma hora para outra precisamos rever nossa vida e todos os setores da cultura tiveram que se adaptar a uma nova realidade. E, com certeza, um dos meios que mais foram afetados foi o teatro. Mas como arte é resiliência e inquietação, um grupo teatral situado em Colônia (Alemanha) percebeu que essa também poderia ser a hora de se expressar, e sentindo que a discussão sobre criar em tempos de pandemia é muito forte e necessária, criaram a peça virtual “Revoluções Tropicalistas: uma experimentação cênica“.

A concepção da peça nasceu em formato digital, e sem encontros presenciais, desde o início, já que a Alemanha enfrentava lockdown e quarentenas estendidas. Mesmo assim, o grupo, que partilha o interesse pela língua portuguesa e pela cultura lusófona, resolveu em junho de 2020 contar essa história no meio da pandemia.

Mas como manter a teatralidade inerente ao texto estando a um palmo de uma câmera? Começaram longos ensaios diários, estudos de texto, pesquisa de linguagem, e junto com tudo isso o medo da capacidade de se adequar a tantas mudanças. Mas o medo deu vazão à vontade de criar. Foram três meses de preparação, onde todos os participantes se debruçaram em pesquisa, levantando todo o tipo de material sobre a Tropicália: de livros a documentários, passando por músicas e filmes da época, além de entrevistas e conversas informais com pessoas que viveram o movimento.

Revoluções tropicalistas: uma experimentação cênica” é encenada por onze atores, de diferentes origens e nacionalidades. Aproveitando-se da vantagem do encontro virtual, enquanto a maioria dos participantes reside em Colônia, na Alemanha, o experimento também conta com atores do Brasil e França. A peça é toda falada em português com legendas em alemão para que o público local também possa entender.

Desde o primeiro encontro do grupo há uma pergunta que permeia todos os ensaios: Estamos fazendo teatro? e após meses de discussões, concluímos que a resposta não é tão importante quanto o efeito que a pergunta nos causa. Ao discutir as formas do fazer teatral, nos fortalecíamos diariamente como indivíduos e como grupo, com a participação de alguns integrantes que não se conhecem pessoalmente, mas que compartilham das mesmas dores deste ano pandêmico. E chegamos à conclusão que sendo teatro ou não, temos a certeza de que estamos aqui pelo teatro, pela arte e pela cultura“, explica Alexandra Marinho, carioca que mora na Alemanha desde 2014 e é diretora da peça.

A apresentação é transmitida gratuitamente e de forma exclusiva pela plataforma Zoom, às 20h na Alemanha e 15h no Brasil. Após todas as apresentações, os atores e o diretor continuam na plataforma para conversar com o público sobre este caminho que estão seguindo e responder dúvidas dos espectadores.

SERVIÇO

Datas e horários: dias 9, 16, 23, 30 de Janeiro às 15h (seguido por debate)

A sala de espera estará aberta a partir das 14h30

IMPORTANTE: necessário fazer a inscrição previamente

Inscrição e programa do espetáculo: Clique aqui!

Colaboração consciente:

Conta Brasil:

Andrea Piol

Banco do Brasil

Ag 2917-3

C.c 16555-7

CPF 883.937.713-15

Conta Alemanha:

Gabriel Frey

IBAN: DE82 3705 0198 1932 1253 52

BIC: COLSDE33XXX

Sparkasse KölnBonn

Paypal: Clique aqui!

Sanches volta este mês com exposição inédita em SP


Sanches em Art Basel Miami 2020 – Créditos: Renan Cordeiro


Requisitado por grandes marcas e celebridades, que o convidam a participar de suas campanhas ou para decorar seus espaços, o artista plástico Sanches agora abre as portas de sua recém inaugurada galeria em São Paulo para o grande público e apreciadores da arte. Denominada Composições, a exposição tem o lettering e a arquitetura como pilares de sua fundação artística e conecta a forte representatividade tipográfica, base dos trabalhos mais conhecidos de Sanches, ao seus mais de 10 anos de pesquisa arquitetônica, até então encubada.

Eu sempre brinquei que quem acha o centro de SP feio é porque anda olhando para o chão. Quando se olha pra cima lá está, arte. A arquitetura, a volumetria, a estética, a simetria, as cores, o céu. A busca do tema nasceu daí, ele sintetiza um olhar do meu trabalho tipográfico num horizonte que resgata uma pesquisa artística de 10 anos com a arquitetura”, comenta Sanches, que cursou arquitetura na Faculdade Belas Artes de SP.

Por isso, a exposição Composições convida o espectador a se utilizar da capacidade associativa que todos possuímos para montar sua própria interpretação através de novas materialidades, tridimensionalidade, e até à possibilidade de “escutar” a diferentes cores. A ideia é dar um sentido único e determinado pela bagagem subjetiva que acompanha cada indivíduo.

Por ser autoral, único e impossível de ser refeito, o letrismo imprime a alma do solicitante ao trabalho e foge das fontes pré-existentes no mundo digital. E é por esta e outras razões que, nos últimos anos, a pesquisa tipográfica de Sanches resultou em trabalhos que compuseram os mais diferentes cenários. Desde a customização de um carro para o lançamento nacional da BMW, até a assinatura criativa de campanha anual da Johnnie Walker no Brasil. O artista plástico também tem obras nas casas de famosos como KondZilla, Neymar, Anitta e Steve Aoki.

Obra 1000 Museum, Zaha Hadid – em Miami | Créditos: Sanches

Os murais e exposições na Main Street Wynwood (Miami), Dublin e Amsterdam, não são mera coincidência com o fato de Nike, Coca-Cola e Google terem assimilado o desafio do artista e contado com suas criações em diversas campanhas.

Serviço
Artista: Sanches
Exposição: Composições
Datas: 28/01 – convidados | 29/01 a 29/02 – aberta ao público em geral
Local: Garden Art Gallery | Rua Cunha Horta, 38 – Consolação, SP
Horários: Segundas a sextas – 13h às 19h | Sábados: 11h às 18h
Valor da entrada: Entrada Gratuita

MuBE abre mostra institucional de Tony Cragg


Créditos: divulgação


Expoente da arte contemporânea e reconhecido internacionalmente por sua obra escultórica, o artista britânico Tony Cragg apresenta um representativo conjunto de sua produção na exposição Espécies Raras, a partir de 23 de novembro, no MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia.

Esta exposição enfatiza a produção realizada a partir dos anos 2000, mas traz ainda peças emblemáticas feitas nas décadas de 1980 e 1990. São 43 esculturas e cerca de 70 desenhos provenientes da coleção do próprio artista e que permitem ao público uma imersão no processo criativo de Cragg.

Multidisciplinar, Cragg trabalha com uma diversidade de materiais e processos criativos. O artista se empenha constantemente na busca por novas relações entre pessoas e o mundo material, não havendo limites para as ideias ou formas que possa conceber, ele investiga os limites dos volumes, linhas e superfícies. Faz uso de materiais como madeira, bronze, gesso e cerâmica, além de plástico, poliestireno, aço e vidro.

Na mostra a ser exibida no MuBE, figuram importantes obras históricas, a exemplo de Minster (1988), feita de anéis e engrenagens de aço; Eroded Landscape (1999), uma escultura construída por várias camadas de objetos de vidro como: copos, vasos, lustres, garrafas; Secretions (1995), construída a partir de dados colados. Estas obras revelam um processo construtivo a partir da justaposição de objetos pré-existentes. Outras séries de esculturas utiliza materiais diversos como madeira, bronze, fibra de vidro, alumínio, de tal modo que o próprio material da escultura conduz às soluções formais e estéticas das mesmas.

Ao longo de seu processo de criação, Cragg instiga uma dupla movimentação ontológica: um corpo que antes não existia passa a estar no mundo com sua forma e matéria, ao mesmo tempo em que os corpos viventes e falantes transformam-se.

Serviço

Espécies Raras, individual de Tony Cragg
Local: MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia
Data: 23 de novembro, sábado, de 15h às 18h
Período expositivo: de 24 de novembro a 01 de março de 2020
Endereço: Rua Alemanha, 221, Jardim Europa, São Paulo
Entrada gratuita

Favelagrafia revela potências criativas das favelas


Créditos: divulgação


O projeto social Favelagrafia, que ganhou repercussão na imprensa mundial há três anos e chegou a ter uma de suas fotos compartilhada em uma rede social pelo rapper americano Snoop Dogg, anuncia a realização da segunda edição. Intitulada “Favelagrafia 2.0”, o projeto apresenta novamente os trabalhos dos nove fotógrafos moradores de nove favelas cariocas envolvidos no trabalho anterior, mas, desta vez, dando visibilidade às potências criativas das favelas do Rio de Janeiro.

Os fotógrafos Josiane Santana (Complexo do Alemão), Omar Britto (Babilônia), Anderson Valentim (Borel), Magno Neves (Cantagalo), Jéssica Higino (Mineira), Saulo Nicolai (Prazeres), Joyce Marques (Providência), Rafael Gomes (Rocinha) e Elana Paulino (Santa Marta) passaram três meses pesquisando, nas favelas onde moram, os artistas das mais diferentes manifestações artísticas e culturais das localidades. E, ao invés de fotos, produziram pílulas de videoarte, filmagens curtas onde eles apresentam um pouco do trabalho desses moradores. No site e nas redes sociais do projeto será possível conhecer com mais detalhes o trabalho de cada um.

Os trabalhos poderão ser conhecidos pelo grande públicos em exposição inédita e multimídia no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio).
O projeto mostra ainda uma dupla de modelos com estilo afropunk, um dançarino de passinho, um skatista e até um surfista. O resultado do Favelagrafia 2.0 vai virar uma exposição no Museu de Arte Moderna (MAM Rio), em Novembro, e estará também no site oficial e no perfil deles do Instagram.

Créditos: Divulgação

Aulas para as crianças das favelas

Uma outra novidade desta nova edição do projeto, foi a oportunidade que os fotógrafos tiveram para disseminar o conhecimento nos locais onde moram. Cada um ficou responsável por organizar uma grande aula de fotografia, que tinha como público prioritário os jovens e crianças das nove favelas envolvidas com o projeto.

Talentos descobertos, beleza (re) descoberta

Em 2016, os talentos em fotografia descobertos durante a primeira edição do Favelagrafia participaram de diversos workshops e expuseram suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Eles também têm mais de 40 mil seguidores no perfil oficial do projeto no Instagram @favelagrafia.

Na primeira edição, o projeto selecionou nove jovens moradores de nove diferentes favelas do Rio, buscando aqueles que tivessem um olhar único da sua própria comunidade e que gostassem de fotografia. Uma vez que os moradores foram selecionados, eles passaram por workshops com profissionais renomados para se instruir em como utilizar ferramentas digitais, buscar inspirações e aprender técnicas de fotografia utilizando um telefone celular, bem como workshops com o SEBRAE RJ para entender como transformar a fotografia em um negócio.

Serviço:
Favelagrafia 2.0
9 nov – 8 dez 2019
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio)