CCBB São Paulo recebe a mostra 100 anos de Athos Bulcão




Visitação: De 1o de agosto até 15 de outubro
Por Andréia Bueno 
A potência dos traços de Athos Bulcão na azulejaria, nos desenhos, na pintura, nas fotomontagens, nos cenários e figurinos e na estreita relação que o artista estabeleceu entre arquitetura e arte pode ser conferida e vivenciada a partir de 1o de agosto no CCBB São Paulo. O universo riquíssimo do artista, que no Memorial da América Latina em São Paulo, tem um de seus mais notáveis painéis de azulejos, será exibido na mostra “100 Anos de Athos Bulcão”, que comemora o centenário de nascimento do artista e propõe um profundo mapeamento e imersão na diversidade de seus trabalhos e técnicas.

Série Carnaval – Foto: Fundação Athos Bulcão
A exposição, com curadoria de Marília Panitz e André Severo, oferece ao espectador a possibilidade de conhecer o seu especial processo de produção, com a exibição de mais de 300 trabalhos, alguns dos quais inéditos, realizados entre os anos 1940 e 2005. Obras de artistas mais jovens que direta ou indiretamente foram influenciados por Athos também serão apresentadas. Com o patrocínio do Banco do Brasil e apoio da BBDTVM, realizada pela Fundação Athos Bulcão e produzida pela 4 Art, a exposição, que já esteve em Brasília e Belo Horizonte, após sua permanência em São Paulo, fará sua última escala no CCBB Rio de Janeiro, em outubro.

Dividida em núcleos, “100 anos de Athos Bulcão” vai além da arte da azulejaria: destaca também a pintura figurativa do artista realizada nos anos 1940 e 1950, antes de Brasília. – A série dos carnavais e sua relação com a pintura sacra é extraordinária – afirma Marília Panitz, ao destacar que Athos Bulcão utilizou uma mesma estrutura composicional para trabalhos sacros e profanos, citando como exemplo A Vida de Nossa Senhora, que está na Catedral do Distrito Federal.

A mostra contém ainda os croquis que Athos Bulcão fez para o grupo de teatro O Tablado, do Rio de Janeiro, os figurinos das óperas Amahl e Os Visitantes da Noite de Menotti, paramentos litúrgicos modernistas, grande acervo de seu trabalho gráfico e até os lenços que desenhou quando estava em Paris. No Estado de São Paulo, outro trabalho público se destaca: o relevo em madeira pintada no foyer do Teatro de Araras, em 1991.

Outro aspecto relevante da exposição é a interatividade, desenvolvida a partir do caráter urbano e democrático da obra pública de Athos Bulcão inserida nas cidades. Através de um aplicativo criado especialmente para a mostra, o público será convidado a interagir e apropriar-se de projetos do artista.
As obras do Núcleo 1 – A cor da fantasia – exibem o caráter figurativo, e menos conhecido, no conjunto de criação de Athos Bulcão. Com figuras simplificadas e uma paleta particular, as cores puras e os tons terrosos predominam. O universo imaginário do artista formalmente aproxima as festas profanas com as imagens religiosas que produziu, ainda no início dos anos 1960, para a Catedral de Brasília. Nesse núcleo estão também as vestes litúrgicas e projetos para painéis e vitrais de igrejas, assim como os desenhos realizados no final da vida do artista, quando o tema do carnaval que aparece como lembrança ancestral, reaparece.
As fotomontagens são um momento único na obra de Athos Bulcão. No Núcleo 2 – Devaneios em preto e branco – elas apontam para certo pensamento tributário das experimentações surrealistas e de certa vertente construtiva presente nos desdobramentos da experiência da Bauhaus. Trata-se também da utilização daquilo que o aprimoramento do offset e das revistas possibilitou. Aqui é possível identificar a maestria da composição associada a um viés de humor. Além das fotomontagens pertencentes ao acervo da Fundação Athos Bulcão, a mostra exibe pela primeira vez as colagens que deram origem a elas – todas pertencentes a uma coleção particular.
Na abertura do Núcleo 3 – É tudo falso – surge o artista segurando uma máscara que é a reprodução de uma outra, ancestral. O título do núcleo toma uma fala de Athos Bulcão que questionava a ideia de originalidade e, portanto, a de falsificação, assim como outros artistas seus contemporâneos. Junto a essas “pinturas objetos” estão pinturas, gravuras e desenhos em torno do mesmo tema da documentação antropológica imaginária. Ainda estão presentes alguns dos bichos – coleção de esculturas criadas em pequena escala, à maneira dos seres imaginários de Borges, e depois construídas em tamanho maior para ajudar o desenvolvimento do aparelho locomotor das crianças da Rede Sarah de hospitais.
No Núcleo 4 – A geometria e a poesia – se pode observar mais profundamente o grande colorista Athos Bulcão e sua paleta de cores. Em um tríptico estão reunidos os três vieses desse grupo de obras pictóricas desenvolvidos entre o final dos anos 1960 e os anos 1990: as máscaras, que quase desfaziam a figuração; a associação de recortes quadrados que se espalhavam sobre o fundo monocromático; e as texturas com pequenos círculos, pontos, cruzes, quase ideogramas particulares criados pelo artista, que se espalham por toda superfície da tela e definem, sutilmente, formas que parecem instáveis dando-se a ver e desaparecendo sob o olhar do observador. Em diálogo com as telas, estudos de painéis de azulejos, desenhos e gravuras que comprovam o parentesco conceitual nas diversas experimentações: coerência e diversidade.
O Núcleo 5 – A forma reinventada e seus modos de usar – reúne as experiências do artista em diversos campos como capas de revistas e livros, ilustrações de jornais, projetos de estamparia em lenços e capas de discos. Também são apresentadas suas incursões no teatro – em especial, junto ao grupo O Tablado, de Aníbal Machado – onde foi cenógrafo e figurinista, além de designer dos programas das peças. Os projetos para mobiliário, realizados em residências particulares e também para a Rede Sarah, completam esse núcleo. É um bom momento para refletir como, a partir de uma clara proposta estética e conceitual, o artista se aventura por outros campos de fazer.
O Núcleo 6 – Construções/Montagens: a invenção de uma forma de integração da arte à arquitetura – é o maior núcleo da mostra. Dele fazem parte os trabalhos que evidenciam essa integração reconhecida em muitas cidades no Brasil – Brasília (mais massivamente), Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Natal, Recife, Salvador, Fortaleza, São Luiz, Teresina, Cuiabá, Aracajú, Vitória – e no exterior – Buenos Aires (Argentina), Praia (Cabo Verde), Lagos (Nigéria), Nova Delhi (Índia), Milão (Itália), Saint-Jean-Cap-Ferrat (França). Nesse conjunto de obras é possível observar o método do artista, sua precisão e sua abertura para a surpresa, para o inesperado, o que mantêm sua obra com um frescor perene.
À maneira de um jogo, o visitante é convidado a interagir e apropriar-se de projetos de painéis de azulejos (marca maior do trabalho do artista). O exercício proposto no Núcleo 7 – Interagir com Athos Bulcão, transformar a cidade – ocorre através da utilização de um aplicativo desenvolvido especialmente para a mostra. A reprodução de imagens projetadas na parede da sala permite que o público possa experimentar os azulejos de Athos Bulcão sobre superfícies de prédios escolhidos dentro do repertório oferecido pelo jogo.
O Núcleo 8 – Rastros de Athos Bulcão – mostra a influência de Athos no trabalho de artistas contemporâneos. Obras de alguns artistas que reconhecem de alguma forma a presença de Athos Bulcão em suas poéticas são exibidas junto a obras de Athos Bulcão, que correspondem a esta zona de influência.

Athos Bulcão – Foto: Fundação Athos Bulcão

Ao longo de toda a mostra encontra-se a reprodução em escala de alguns dos relevos acústicos que foram desenvolvidos pelo artista, assim como algumas divisórias utilizadas em diversos prédios públicos, cuja originalidade e funcionalidade são marca do trabalho, sem precedentes, de integração entre arte e arquitetura proposto por Athos Bulcão.
No espaço externo um cubo de 9m2 propõe uma aventura aos visitantes: documentar viagens imaginárias, a partir de fotos realizadas junto à figura geométrica. Cada uma das faces do cubo é revestida com painéis de azulejos do artista encontrados em prédios públicos devidamente identificados. A dimensão generosa do cubo possibilita ao público a experiência do corpo a corpo com os painéis e também propicia a aventura de “estar” nos vários locais onde se encontram os trabalhos do artista, com um só clique.
SERVIÇO
100 anos de Athos Bulcão
Visitação: De 1o de agosto até 15 de outubro
Entrada franca | Livre para todas as idades | Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 9h às 21h

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo – SP

(Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô)

(11) 3113-3651/3652 | Quarta a segunda, das 9h às 21h


Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja

Estacionamento conveniado: Estapar – Rua Santo Amaro, 272.

Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.

Valor: R$ 15 pelo período de 5 horas.

É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.

Festa Junina gratuita no CCBB




Por Nicole Gomez

Para finalizar o mês de junho com chave de ouro, a CCBB preparou uma Festa Junina para toda a família curtir! E o melhor é que a entrada é gratuita. Imperdível! Confira a programação:

Foto: Divulgação


Sampa e você — História Oral

Uma barraca de quermesse para que, através do relato das pessoas sobre sua relação com a cidade em narrativas registradas em áudio e vídeo, os visitantes possam contribuir com atividades futuras, contação de histórias, construção e teias de memórias. 

A relação desta atividade com o contexto junino é confirmada pela importância da oralidade, do afeto e memória expressas na cultura tradicional popular de caráter inter-regional, tão presente no espaço urbano e social em que estamos transitando diariamente – o entorno do centro histórico do município de São Paulo. 

Troca de Livros

Uma barraca para trocar os mais diversos livros e, com isso, trocar ideias e experiências.

Pesca

Uma das brincadeiras mais clássicas das festas juninas não poderia ficar de fora! A pesca será um espaço de entretenimento que permitirá o visitante ganhar alguma prenda.


Foto: Divulgação

Correio Elegante

Para conexão entre a área interna e externa do CCBB, o correio elegante terá troca de mensagens, além de alguns recados especiais que serão lidos ao público. 

Oficina e Cortejo

Realização de oficina de instrumentos musicais reciclados. Na sequência, será conduzido um cortejo pelo entorno, permitindo que os participantes da oficina possam utilizar o material produzido e encerrando a Festa Junina do CCBB.

SERVIÇO:
Data: Sexta-feira, 29 de junho

Horário: das 16h às 19h

Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo/SP. Próximo às estações Sé e São Bento do metrô.
CEP: 01012-000
Informações: (11) 3113-3651
Estacionamento conveniado: Estapar – Rua Santo Amaro, 272.
Serviço gratuito de van entre o estacionamento e o CCBB, das 14h até o horário de encerramento do último evento, com parada no trajeto da volta na Estação República do metrô.

III SPHarpFestival – Festival Internacional de Harpas no CCBB São Paulo




Por Andréia Bueno

De 22 a 25 de junho, sexta a segunda, o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta o III SPHarpFestival – Festival Internacional de Harpas com vários números musicais durante o dia e um total de 12 apresentações de música popular, folclórica e erudita. Os eventos acontecem no teatro com entrada franca. Serão vários tipos de harpas: clássica, koto (japonesa), paraguaia e céltica. Algumas são elétricas, outras acústicas.

Foto: Divulgação
Entre os destaques internacionais estão dois paraguaios: Vivian Duré Prado que interpretará folclore latino-americano, música paraguaia e clássicos e Lucas Zaracho que é proveniente de uma longínqua cidade do 12º departamento de Ñeembacú. O harpista tem trilhado o caminho da arte com o projeto “Sonidos de la Tierra”. Há um argentino, Dario Andino que se apresenta com o grupo Yassi que traz 13 músicos, sendo 8 harpistas. O repertório é de MPB. 

Com influência japonesa, o Trio Kagurazaka é formado por Shen Ribeiro que toca flauta shakuhachi, Tamie Kitahara que toca koto e shamisen, tradicionais instrumentos de cordas do Japão, e Gabriel Levy no acordeom. Tamie Kitahara é japonesa, migrou para o Brasil em 1955. Em 1987, Shen Ribeiro foi morar por vários anos no Japão, onde estudou shakuhachi, instrumento de sopro oriental que vai tocar na apresentação.
Uma novidade deste ano é o espetáculo “O Retrato de Dorian Gray”, inspirada na estética da Belle Époque, com canções consagradas do rock. Toca nesse número a harpista Tatiana Henna com participações de Cristina Harumi (apresentação e bongô), Doug Almeida (violão), Nayane Spigoti (teclado) e Paulo Keller (vocais). A programação completa você encontra em www.bb.com.br/cultura.
Serviço:

III SPHarpFestival – Festival Internacional de Harpas

Entrada gratuita, com retirada de senha a partir de 1 hora antes do início das apresentações.

22 a 25 de junho, sexta a segunda 
Sexta, domingo e segunda: 13h, 15h e 18h
Sábado: 15h, 18h e 20h

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo -SP

(Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô)

(11) 3113-3651/3652 | Quarta a segunda, das 9h às 21h


Exposição: Ex África




Por Nicole Gomez

A exposição apresenta uma diversidade de encontros culturais e interações com obras. Se apresenta uma diversidade de artistas do continente por meio de esculturas, fotografias, instalações, performances, pinturas e vídeos, por meio de quatro eixos distintos: Ecos da História, Corpos e Retratos, O Drama Urbano e Explosões Musicais.

Foto: Divulgação
Confira a programação com eventos especiais nos dois dias de abertura da exposição:

28 de abril, às 11h – Performance de Jelili Atiku, “Alaagba”

“Alaagba” é o título do performance e instalação do artista nigeriano Jelili Atikum, que faz parte da exposição. Com referências diretas à ética da religião, valores e prática de Egungun, a proposta da performance é reabrir e revisitar discussões sobre a questão da descolonização da África, através de processos performativos de etutu (rituais) de limpeza. Atiku convida o público a um passeio ao ar livre, que é concluído em sua sala dentro da exposição. 
Classificação indicativa: LIVRE.

29 de abril, às 15h – Palestra com Alfons Hug, curador da exposição

Alfons Hug, curador da exposição, bate um papo sobre a produção artística e os caminhos entre Brasil e África, com a participação de um artista convidado, colocando em pauta os desafios e aproximações entre ambas as nações no mundo contemporâneo. 
Classificação indicativa: LIVRE. A entrada é franca, mediante retirada de ingresso a partir de 1 hora antes do início do evento.

SERVIÇO:
Exposição “Ex Africa”
Curadoria: Alfons Hug
De 28 de abril a 16 de julho de 2018
Agendamento gratuito através do site: http://bit.ly/ExAfricaCCBBSP
Classificação Indicativa: livre.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo/SP. Próximo às estações Sé e São Bento do metrô.
Informações: (11) 3113-3651
Estacionamento conveniado: Estapar – Rua Santo Amaro, 272.
Serviço gratuito de van entre o estacionamento e o CCBB, das 14h até o horário de encerramento do último evento, com parada no trajeto da volta na Estação República do metrô.

Basquiat supera 170 mil visitas nos dois primeiros meses de exposição em São Paulo




Retrospectiva do artista, já bateu recorde de público. São mais de 80 peças de sua obra, entre quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados, com entrada gratuita



Por Andréia Bueno

Tão intensa quanto a obra de Jean-Michel Basquiat tem sido a frequência do público no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) São Paulo, onde estão expostas, para prestigiá-la. Desde a abertura da exposição do artista, em 25 de janeiro, cerca de 172 mil visitantes já passaram por lá. A média diária de visitas tem sido de 3,7 mil pessoas.


Procissão, Jean-Michel Basquiat, 1986, Acrílico e relevo de madeira, 162 x 244 cm, ©The Estate of Jean-Michel Basquiat. Licensed by Artestar, New York


Essa é a primeira retrospectiva da carreira do artista, que faleceu aos 27 anos quando ainda estava no auge da sua produção em 1988. Seu trabalho tem sido cada vez mais difundido e pesquisado e, em 2017, uma de suas obras foi a mais cara já vendidas por um artista americano, por US$ 105 milhões em um leilão.

As peças exibidas no Brasil fazem parte do acervo particular da família do industrial Mugrabi, um dos maiores colecionadores tanto de Basquiat quanto do pintor pop Andy Warhol (1928-1987). Elas foram disputadas por diversos países, entre eles Coreia do Sul, Japão e Rússia, e só vieram ao Brasil depois de dois anos de negociação.

As obras de Jean-Michel Basquiat ficam na capital paulista até o próximo 7 de abril para, em seguida, serem expostas em Brasília (de 21 de abril, aniversário da capital federal, a 1o de julho), Belo Horizonte (16 de julho a 26 de setembro) e Rio de Janeiro (12 de outubro a 8 de janeiro de 2019). Depois do Brasil, Alemanha (Frankfurt) e França (Paris) receberão o acervo.
Serviço
CCBB – SP | Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Entrada Gratuita
Até 7 de abril

CCBB SP recebe a Mostra Depardon Cinema




25 produções, entre documentário e ficção, integram a programação que tem entrada franca

Por Andréia Bueno

O deserto, as instituições, o mundo rural, a política, a justiça e a psiquiatria são alguns dos temas abordados pelo cineasta Raymond Depardon, de 75 anos, em sua vasta cinematografia. Oriundo da fotografia, já afirmou que suas obras trazem suas reflexões visuais. E são elas que o público poderá conhecer através dos 25 filmes, entre documentários e ficção, que integram a “Mostra Depardon Cinema” que acontece no Centro Cultural do Banco do Brasil de São Paulo entre 3 a 22 de janeiro de 2018, à tarde. Produzidas entre 1969 e 2017, na seleção estão obras de destaque de sua carreira entre elas, 12 Dias, seu último filme exibido no Festival de Cannes desse ano.

La Captive du Désert – Foto: Divulgação
A mostra é parte da retrospectiva em homenagem ao fotógrafo e cineasta francês que conta ainda com a exposição “Un moment si doux” em cartaz somente no CCBB do Rio de Janeiro até o dia 5 de fevereiro. São 170 fotos produzidas entre 1950 e 2013, sendo a maior parte inédita, em cores e dimensões variadas. Entre as imagens, estão paisagens, autorretratos e personagens de diferentes países da Europa, África e América Latina, incluindo o Brasil. As imagens estiveram expostas entre 2014 e 2015 no imponente Le Grand Palais, em Paris, no museu MUCEM, em Marselha, e, recentemente, no Centro Cultural Recoletas, na Argentina.

Curtas, médias e longas-metragens compõem os filmes da “Mostra Depardon de Cinema”. Sobre o universo psiquiátrico estão San Clemente, Urgences, e 12 Dias, sendo que este último integrou a seleção oficial no Festival de Cannes 2017. O mundo camponês está presente nos três longas da série Perfis Camponeses, realizados entre 2000 e 2008; o Chade em La captive du désert; o sistema judiciário em Presos em flagrante e Instantes de audiência; o mundo político em 1974, Um presidente em campanha, e a vida cotidiana francesa em Jornal da França e Os habitantes, sempre com um olhar humanista.

Harar, Etiópia, 2013 – Un Moment si Doux  – Foto: Divulgação
Além do olhar de Depardon para os diversos temas, o público poderá conhecer também um pouco de seu autor. No curta de 2005, Alguma novidade em Garet, o diretor e seu irmão conversam sobre seus pais e seu trabalho na fazenda da família que é posta à venda. Já em Un moment si doux, de 2013, traz uma entrevista do cineasta sobre a exposição Un moment si doux.

Em conjunto com a exibição de longas-metragens, haverá uma palestra sobre o longa “12 Dias”, de Raymond Depardon, com a presença de um convidado, no dia 18, quinta-feira, às 19h30. A entrada é gratuita com distribuição de senhas uma hora antes.
Depardon começou a fotografar no final dos anos 50 na agência Dalmas, para a qual chegou a cobrir as guerras da Argélia e do Vietnã. Em 1966, montou com Gilles Caron sua própria agência, a Gamma e, em 1978, ingressou no time da famosa agência Magnum, onde está até hoje.  A maioria de suas obras é em preto e branco, mas também fotografou a cores desde o início da sua carreira.
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira, 03/01

19h – Os Habitantes (Les habitants) / La France de Raymond Depardon

Quinta-feira, 04/01

19h – Presos em flagrante (Délits flagrants) / Cartagena

Sexta-feira, 05/01

18h30m – Faits Divers / 10 minutes de silence pour John Lennon

Sábado, 06/01

15h45m – Urgences / New York, NY

18h – San Clemente / Ian Palach

Domingo, 07/01

15h30m – La Captive du desert / Contacts

17h45m – Journal de France / Un Moment si doux
Segunda-feira, 08/01

18h45m – Faits Divers / 10 minutes de silence pour John Lennon


Quarta-feira, 10/01

18h15m – Empty quarter, une femme em Afrique / Les annes déclic

Quinta-feira, 11/01

19h – Urgences / New York, NY


Sexta-feira, 12/01

16h – San Clemente / Ian Palach

19h – Presos em flagrante (Délits flagrants) / Cartagena

Sábado, 13/01

15h15m – Reporters

18h15m – Os Habitantes (Les habitants) / La France de Raymond Depardon

Domingo, 14/01

15h – La Captive du desert / Contacts

17h15m – Reporters


Segunda-feira, 15/01

15h45m – Journal de France / Un Moment si doux

18h15m – Empty quarter, une femme em Afrique / Les annes déclic

Quarta-feira, 17/01

17h – Perfis Camponeses – O cotidiano (Profils paysans le quotidien) / Amour

19h – Perfis Camponeses – A aproximação (Profils paysans l´approche)

Quinta-feira, 18/01

15h45m – 1974, um presidente em campanha

18h – 12 dias (12 jours) – Seguido de debate

19h30m – Debate sobre o filme com presença de convidado

Sexta-feira, 19/01

16h30m – Perfis Camponeses – A aproximação (Profils paysans l´approche)

19h – Perfis Camponeses – A vida moderna (La vie moderne) / Alguma novidade em Garet (Quoi de neuf au Garet?)

Sábado, 20/01

16h – Perfis Camponeses – O cotidiano (Profils paysans le quotidien) / Amour

18h – Instantes de audiência (10e chambre instants d´audiences)

Domingo, 21/01

16h – Perfis Camponeses – A vida moderna (La vie moderne) / Alguma novidade em Garet (Quoi de neuf au Garet?)

18h – 1974, um presidente em campanha


Segunda-feira, 22/01

17h – 12 dias (12 jours)

19h – Instantes de audiência (10e chambre instants d´audiences)

SERVIÇO

MOSTRA DEPARDON CINEMA (25 filmes) | 03/01/2018 a 22/01/2018

Horário: Quarta-feira a segunda-feira, a partir das 15h às 21h 

Entrada franca*.

Retirada de ingressos para a mostra 1 hora antes do início da sessão.

CCBB SÃO PAULO

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo-SP

Acesso ao calçadão pelas estações Sé e São Bento do Metrô

Informações: (11) 3113-3651/3652

E-mail: ccbbsp@bb.com.br

Horário de funcionamento: Quarta a segunda, das 9h às 21h

Mais informações: bb.com.br/cultura
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja
Clientes do Banco do Brasil têm 10% de desconto com Cartão Ourocard na cafeteria, restaurante e loja

Estacionamento conveniado: Estapar – Rua Santo Amaro, 272, Bela Vista – São Paulo-SP
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.

Valor: R$ 15 pelo período de 5 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.