Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator Fhilipe Gislon
Por Leina Mara
Divulgação/60! Doc. Musical – Caio Gallucci
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, “60! Década de Arromba – Doc.Musical volta ao Theatro NET Rio para uma curta temporada! Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer.
“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
No intuito de continuar apresentando ao público um pouco mais sobre o elenco, voltamos com o projeto #Elenco60 divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista com Fhilipe Gislon.
Divulgação/Foto: Caio Gallucci
Conte-nos um pouco mais sobre sua carreira e trajetória no teatro musical?
Sempre fui um ator muito curioso. Sempre me interessei em buscar coisas novas e conhecer gêneros diferentes. Na maioria das vezes me encantava quando conhecia algo novo e sempre tinha muita vontade de fazer aquilo também, e corria atrás até conseguir. Com o Teatro Musical não foi diferente. Conheci o gênero em 2010, já trabalhava com teatro há um tempo, fiquei encantado, e prometi a mim mesmo que eu faria daquilo a minha vida. Dai em diante comecei a estudar mais a fundo, e aprimorar todas as ferramentas que eu precisaria ter para trabalhar com teatro musical. Em 2012, morando em Curitiba, fiz audição para uma montagem acadêmica de “Les Misérables”, sem nem conhecer muito a obra e sua importância dentro do meio. Dias depois, recebi uma ligação dizendo que eu tinha sido escolhido para interpretar o personagem “Marius”, e começava aí minha carreira como ator de musical, e minha paixão pelo gênero e por aquela obra. Foi uma experiência incrível e muito especial que guardo pra sempre dentro do meu coração. Depois disso segui meu caminho estudando teatro, canto, dança e todas as variáveis artísticas possíveis. Minha carreira profissional no teatro musical começou em 2015 quando fiz minha primeira grande audição em SP para o espetáculo “Chaplin, O Musical” e passei, sendo este meu primeiro musical profissional. Uma experiência incrível e inovadora onde convivi com pessoas maravilhosas e já super experientes no meio, que me ajudaram e ensinaram muito. Depois que Chaplin terminou continuei morando e estudando em SP, até surgir a oportunidade de entrar no 60! , esse espetáculo maravilhoso que faço até hoje!
Como Marius em montagem acadêmica de “Les Misérables” – Foto: Arquivo Pessoal
Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de ator?
Eu acho que o que mais me inspira a seguir essa carreira é a arte em si e o que ela pode comunicar, ou causar nas pessoas. O que me leva a admirar um artista é o que ele causa em mim quando aprecio sua obra. Sou muito movido pela música, e na maioria das vezes pelas melancólicas, apesar de ser uma pessoa super extrovertida e alegre. Acredito muito na arte e o olhar poético e sensível de Alexandre Nero, que antes de ser um ator muito famoso, já tinha uma carreira artística muito bonita. Vejo que hoje em dia ele sabe transitar muito bem entre o ser comercial sem ter que abandonar o ser artista que ele sempre teve dentro de si, e isso é algo que me inspira. Sempre admirei muito Claudia Raia também, antes mesmo de saber o que era musical, quando só a via na TV mesmo, e depois que a conheci, ela se tornou alguém muito inspiradora também, pela pessoa doce que é, pela disciplina e determinação. A vida foi muito boa comigo de ter me colocado nas mãos dela, que foi quem me abriu a primeira porta para o mercado profissional de teatro musical.
Mas quem realmente me inspira muito profundamente são alguns dos meus colegas de trabalho. Sempre tão batalhadores e estudiosos, que buscam dar o melhor de si para apresentar um bom trabalho, se realizar artisticamente, ser pessoas de bem que possam viver fazendo o que mais amam. Que buscam sempre ir além do que podem, para alcançar objetivos e sempre sonhando. Quando encontro pessoas assim no meu caminho, elas sim, tornam-se inspiração pra seguir em frente na carreira de ator.
Em Chaplin, O Musical | Foto: Caio Gallucci
Existe algum papel que ainda almeja interpretar?
Nossa, muitos! Acho que ainda tenho tanto a fazer e muito a aprender! Quero muito trabalhar com cinema nacional, com teatro clássico, com musical, quero fazer muitas coisas. Tenho muita vontade de participar de uma montagem profissional de “Les Misérables”, que foi o espetáculo que me abriu as portas para esse meio, e é minha paixão até hoje! Mas também tenho muita vontade de participar de montagens profissionais de “Into The Woods” e “Sweeney Todd”.
Cartaz do curta “Feriado” – Foto: Arquivo Pessoal
Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical?
R: O 60! Foi uma grande surpresa na minha vida. Eu entrei na peça em junho do ano passado para fazer uma substituição. Tudo aconteceu muito rápido, eu fiz o teste e fui aprovado, 5 dias depois eu tinha que estrear. Tive 5 ensaios para pegar o show inteiro. Ensaiava o dia todo no teatro, e de noite ia pra casa e ficava estudando tudo na frente de um espelho. Mas tudo correu bem e foi muito prazeroso e divertido. Eu não teria conseguido sem a ajuda dos meus colegas Victor Maia, Marcelo Ferrari, Rodrigo Morura e Leticia Mamede que me ajudaram muito.
Qual sua parte favorita no musical? Por que?
Antes de ingressar ao elenco eu já tinha assistido ao espetáculo 4 vezes, e desde lá já tinha minhas partes favoritas, que são as mesmas até hoje! Eu amo muito a cena do “Filme Triste”, que as meninas choram, pela interpretação brilhante da Amanda Doring e afinação surpreendente das meninas. Sou apaixonado pela cena em que as Barbies Negras cantam Jackson’s 5 porque sempre gostei muito de Michael Jackson, e achei brilhante a concepção e ideia da cena. E minha cena favorita do espetáculo sempre foi “Barbie e Ken” por que me encantava muito o trabalho corporal da Fernanda Biancamano e do Marcelo Ferrari que pareciam bonecos de verdade em cena, e é a cena que hoje tenho o prazer de fazer!
Como Ken em 60! Década de Arromba | Foto: Julio Leão
Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?
Me sinto lisonjeado de ter essa oportunidade. A cada dia que passa eu a admiro mais, pela garra e força que ela tem. Ela é um doce de pessoa, muito muito forte e batalhadora. Conviver com Wanderléa é uma aula todos os dias. Queria que mais pessoas da minha geração pudessem conhecer seu trabalho e história de vida.
Quais seus planos futuros?
Pretendo continuar seguindo em frente, investindo em mim e na minha carreira, e correndo atrás dos meus sonhos. Espero aprender muito mais do que imagino que possa, e viver mais experiências incríveis como essa que estou vivendo atualmente!
Em seu solo “Esqueça” em 60! Década de Arromba | Foto: Julio Leão