Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator Rodrigo Serphan
Por Leina Mara
Foto: Divulgação/60! Doc. Musical
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, em 2016, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” repete o feito também em São Paulo, com temporada prorrogada no Theatro Net São Paulo.
Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer.
“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
No intuito de apresentar ao público um pouco mais sobre o elenco, divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o entrevistado é o ator Rodrigo Serphan.
Foto: Divulgação
Rodrigo Serphan, ator formado pela CAL e autor do livro “Maria no Mundo da Música”. Compôs elencos de estudos nos espetáculos acadêmicos “Quase Normal” (CEFTEM) e “Into the Woods”(TERG). Participou de peças da CESGRANRIO e na casa Julieta de Serpa sendo o “60! Década de Arromba – Doc. musical” seu primeiro espetáculo no segmento profissional musical de porte grande.
AC: Conte-nos um pouco sobre sua carreira e trajetória no teatro musical. Como começou?
RS: Venho dos espetáculos acadêmicos. Participei de uma montagem musical na CAL, com o grande professor Paulo Afonso de Lima sobre o “poetinha” Vinicius de Moraes, da montagem “Quase Normal” do CEFTEM e de “Into The Woods” do TERG. Institutos de ensino que me colocou de frente com pessoas da área, mas foi uma audição para a New York Film Academy que me trouxe um grande momento na vida. Alessandra Maestrini fazia parte da banca, me assistiu e deu um feedback sobre a carreira e sobre o dom , que culminou em um convite para um pocket show que ela realizaria naquele ano.
AC: Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de ator ? Existe algum papel que ainda almeja interpretar?
RS: Ouço Barbra Streisand desde sempre, tenho ela como exemplo de profissional e artista. Alessandra Maestrini, que me olhou nos olhos e disse que tudo é possível e que o trabalho é árduo. Não almejo um personagem de forma específica, apenas trabalhar com essa área que tanto amo.
Em cena do espetáculo Into The Woods – foto: Dias Castro
AC: Como foi seu processo de preparação para 60! Década de Arromba – doc. Musical?
RS: Li tudo que encontrei sobre os movimentos sociais e artísticos da década. Estar ao lado de artistas que eu já admirava foi chocante. Meu primeiro musical fazendo parte de um elenco tão talentoso e especial.
AC:Qual sua parte favorita no musical? Por quê?
RS: Meu momento preferido é “Súplica Cearense”. Meus pais são cearenses e é uma canção que diz, de forma tão profunda, o que é o chão vermelho e rachado do nordeste tão presente nos contos de Rachel de Queiroz e que me emocionam.
Em seu solo no 60! cantando Non, Je Ne Regrette Rien de Edith Piaf – foto: Divulgação
AC: Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?
RS: Ela é uma ternurinha, mesmo. Foi muito especial o processo com ela e eu sou muito grato ao Frederico e ao Marcos por uma ideia tão genial em montar este espetáculo com a grande rainha da década.
Com Wanderléa, no camarim com o seu Livro “Maria no Mundo da Música.” – Divulgação
AC: Quais são os planos para o futuro?
RS: Ser artista é uma tarefa árdua. Metade do que fazemos é visto “atravessado” até mesmo por colegas de trabalho, mas o que se deixa nos palcos vira história. Quero fazer mais espetáculos, usar com sabedoria o exercício da palavra em cena e poder trabalhar com gente tão querida como as que me cercam agora. “Dentre as coisas maravilhosas que o “60!” me proporcionou, uma delas foi o lançamento do meu primeiro livro que escrevi aos 19 anos e que somente agora, aos 26, pude mostrar para as pessoas. É um conto de três crianças que não se dão bem e que se perdem no “Mundo da Música”. Passeando de Ptolomeu e Pitágoras até o impressionismo, eles aprendem a lidar com as diferenças e a acrescentar o conhecimento sobre a música que tanta mudança fez para o mundo.” Maria no Mundo da Música” lançado pela editora Giostri.
Foto: Caio Gallucci