Com Virginia Cavendish e Ana Cecília Costa,”Mary Stuart” estreia em São Paulo


Créditos: Priscila Prade


Em uma montagem moderna, vibrante e acessível ao grande público, o espetáculo MARY STUART traz a versão contemporânea dos bastidores da rivalidade histórica entre a rainha da Escócia Mary Stuart e a rainha da Inglaterra Elizabeth I, protagonizadas, respectivamente, por Virginia Cavendish e Ana Cecília Costa. Com direção de Nelson Baskerville, a peça gira em torno da famosa disputa de poder entre as monarcas e estreia para público dia 19 de agosto de 2022 no Teatro do SESI-SP. Trata-se da adaptação de Mary Stuart, obra clássica do teatro alemão (escrita por Friedrich Schiller), feita por Robert Icke e traduzida por Ricardo Lísias. Esta montagem aconteceu em Londres, em 2017, onde obteve estrondoso sucesso.

Na pesquisa inicial para a encenação, o diretor dirige seu olhar para o universo dark medieval das histórias de reis e rainhas. “O contraste claro/ escuro na iluminação e nas cores dos cenários remete ao cinema noir; assim como a luz indireta, ao expressionismo alemão”, diz. A proposta de Baskerville é fazer com que o texto de 1800 se comunique de forma contemporânea com o público de hoje, provocando identificação, no sentido de se fazer reconhecer em uma trama de poderosos do hemisfério Norte nossa própria história e mazelas. “A intenção é trazê-la para os dias de hoje, mantendo alguns elementos clássicos como coroas e vestimentas, sem prejuízo de sua essência e ao mesmo tempo tentar faze r com que nos reconheçamos dentro desse mundo com suas injustiças e disputas acirradas de poder”.

Créditos: Priscila Prade

No cenário, dois ou mais níveis vão proporcionar a ideia do poder e seus ‘degraus’, “embora tanto o palácio de Elizabeth como a masmorra de Mary Stuart retratem a mesma prisão observa Nelson: “É interessante notar que as duas rainhas estão aprisionadas – Mary em sua masmorra e Elizabeth em seu mundo cercado de homens que tentam submetê-la às suas regras”. Atores estarão em cena praticamente o tempo todo para criar o clima constante de que ninguém nesse lugar estará sozinho, mesmo que pense que sim; pessoas escutam através das paredes e tramam. Na música, o diretor conta que “a inspiração inicial é a de Rick Wakeman e sua clássica obra As Seis Mulheres de Henrique VII, álbum icônico dos anos 1970, onde o compositor lançando mão de outro gênio, Bach, dedica uma música para cada uma das mulheres do rei; e sabemos que uma das homenageadas nessa obra é Ana Bolena, casada com Henrique, decapitada por ele e mãe de Elizabeth de nossa peça”.

Ficha Técnica:

Adaptação: Robert Icke Tradução: Ricardo Lísias. Direção artística: Nelson Baskerville Elenco: Virginia Cavendish, Ana Cecília Costa, Chris Couto, Genézio de Barros, César Mello, Fernando Pavão, Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor, Alef Barros, Letícia Calvosa.

Cenografia: Marisa Bentivegna. Figurinos: Marichilene Artisevskis. Iluminação: Wagner Freire. Trilha Sonora: Daniel Maia. Direção de Imagem e Videomapping de André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo). Ilustrador: Luciano Feijão. Adereços: Marcela Donato.

SERVIÇO

MARY STUART – Teatro do SESI-SP. Avenida Paulista, 1313. Temporada: de 19 de agosto de 2022 até 27 de novembro de 2022. Quintas, sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 19h. Reservas gratuitas pelo Meu Sesi (www.sesisp.org.br/eventos). Recomendação etária – a partir de 14 anos. Duração – 110 minutos. Pré-estreia para convidados – dia 18 de agosto.

Sandy lança “NÓS, VOZ, ELES 2”


Créditos: Rafaela Azevedo/Divulgação


Canções que conversam entre si, acalentam o corpo e alma, onde imperam a leveza e a suavidade para falar do que toca fundo nossos corações: amor-próprio e amor pelo outro, superação, empoderamento e o valor das pequenas alegrias da vida. É com essa energia e vibração que Sandy lança o “NÓS, VOZ, ELES 2”, nova etapa do projeto que reúne episódios inéditos de uma websérie exclusiva e três EPs com seis faixas inéditas, em parceria com a Universal Music Brasil. O primeiro EP e os dois videoclipes chegam às plataformas digitais com as músicas “Leve”, em parceria com Wanessa Camargo, e “De Cada Vez”, com participação de Agnes Nunes.

Os milhões de fãs que acompanham o projeto desde o começo já conhecem a dinâmica: vai ao ar no canal da cantora no YouTube um novo episódio da websérie, onde Sandy abre o estúdio da sua casa e recebe grandes artistas da música brasileira para compartilhar e criar memórias. Na sequência, são apresentados nas plataformas digitais os clipes e as músicas inéditas. O primeiro episódio da nova etapa já está no ar e traz as gravações realizadas com Wanessa Camargo e Agnes Nunes.

O clima do vídeo é de muita descontração, aconchego e boas risadas, como se o público estivesse ali, compartilhando o sofá e a intimidade das estrelas – Sandy conta, por exemplo, um pouco sobre os exercícios de aquecimento que costuma fazer antes das apresentações, ou mesmo sua paixão por aromaterapia, que é compartilhada por Wanessa.

De autoria de Sandy, Lucas Lima, Bibi, Bárbara Dias, Mike Tulio e Guto Oliveira, “Leve” traz uma toada tranquila para lembrar a importância de desacelerar e aproveitar o momento. Já “De Cada Vez”, assinada por Edu Tedeschi, é um verdadeiro convite ao relaxamento e a encarar o dia a dia com mais serenidade.

Nas próximas semanas, “NÓS, VOZ, ELES 2” trará mais surpresas para os fãs, com novos episódios da websérie e mais faixas inéditas, com ilustres convidados. A cantora também vai viajar pelo Brasil em turnê com este projeto, incluindo as músicas novas no show conforme seus respectivos lançamentos.

Lançado em 2018 por Sandy em parceria com a Universal Music, o projeto “NÓS, VOZ, ELES” traz como inspiração a vontade de reunir boa música, grandes histórias e muita emoção, tudo compartilhado com o mundo inteiro nas plataformas digitais. Seu primeiro volume trouxe oito canções inéditas e contou com a participação de Maria Gadú, Lucas Lima, Mateus Asato, o duo ANAVITÓRIA, Thiaguinho, a banda Melim, IZA e Xororó. Além de se divertir e, em certos momentos, até se comover com os episódios da websérie e clipes – alguns com mais de 14 milhões de visualizações – o público teve ainda a oportunidade de conferir as faixas inéditas ao vivo, em turnê homônima realizada no mesmo ano em diversas cidades do Brasil.

Doc Musical ‘Elas Brilham’ realiza curta temporada no Rio de Janeiro


Créditos: Fabiola Loureiro


Dos mesmos criadores de 60! DÉCADA DE ARROMBA e 70? DÉCADA DO DIVINO MARAVILHOSO esse novo DOC. MUSICAL foi criado para dar voz e contar as histórias de mulheres que quebraram preconceitos, venceram o machismo e abriram as portas para o futuro da humanidade. Mais que um espetáculo, ELAS BRILHAM pretende celebrar a mulher e abrir um espaço de fala, tão necessário, a elas.

Em cena, Sabrina Korgut, Ivanna Domenyco, Jullie, Thalita Pertuzatti, Débora Pinheiro, Ludmillah Anjos e Diva Menner cantam do soul de Aretha Franklin, ao rock de Rita Lee e Tina Turner, do talento de Elis Regina, às composições autorais de Dona Ivone Lara, da voz eterna de Whitney Houston ao pop da Madonna, do feminejo de Marília Mendonça às novas vozes que continuam a iluminar o mundo. ELAS são cantoras, escritoras, cientistas, atrizes, pintoras, professoras, donas de casa. São vozes que brilham, transformam o mundo e estão representadas pela música neste espetáculo.

Elas Brilham. Vozes que iluminam e transformam o mundo Doc.Musical estreou em  29 de julho, no Teatro Claro Rio, e os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.sympla.com.br e na bilheteria física da casa. O espetáculo é uma realização da Brain+ e, após a temporada carioca, sairá em turnê pelo país e passará por capitais como Belém/PA, Recife/PE, Salvador/BA, Brasília/DF, São Paulo/SP, Porto Alegre/RS, Vitória/ES e Belo Horizonte/MG.

Créditos: Robert Schwenck

O roteiro deste doc. musical apresenta uma cronologia histórica de lutas e conquistas que vão de Lilith (mito da primeira mulher de Adão) à Anitta (cantora brasileira que está reinventando o marketing do showbiz em 2022). Toda a costura no palco é recheada de recursos audiovisuais contendo dados históricos, recortes de reportagens e gravações da época.

O DOC.MUSICAL é a experimentação de um novo gênero cênico que une ferramentas do documentário, teatro e música para contar a história dos grandes momentos da humanidade. O espetáculo não apresenta a biografia de nenhum artista, porque o olhar está no coletivo, no grupo, numa época, portanto, é de fato, a música a grande protagonista. A utilização de material de arquivo (fotos, vídeos e depoimentos reais) somado a cenas, textos e canções cantadas ao vivo pelos atores é um dos recursos adotados para que o público tenha a oportunidade de reviver fatos históricos e descobrir, por exemplo, a verdadeira origem das músicas de sucesso da época, como elas surgiram, em que contexto foram criadas e como afetaram a vida do artista e da geração que o acompanhou.

Em Elas Brilham, Vozes que iluminam e transformam o mundo Doc.Musical, o formato foi pensado pois a história da humanidade registrada em livros e ensinada nas escolas é em grande parte contada a partir do ponto de vista masculino, as mulheres raramente estão em foco, apontando sempre os homens para que sejam vistos como exemplo e como única fonte capaz de revoluções ou conquistas. Por isso, o espetáculo propõe uma nova narrativa histórica que tem as mulheres como protagonistas, inovadoras, pioneiras e transformadoras do mundo e da música.

Nos anos 30 e 40, na Era de Ouro da Rádio no Brasil, Ângela Maria, Carmem Miranda e as cantoras da rádio enfrentaram o preconceito por serem artistas quando a profissão não era considerada decente e brilharam. Vozes modernistas como a de Bertha Lutz foram importantes na conquista de direitos básicos como o direito ao voto feminino.

O Soul/Jazz/Blues com Aretha Franklin, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Etta James e Sarah Vaughan apresenta os movimentos de mulheres negras na conquista de direitos civis no mundo.

A mulher que deu origem ao rock and roll, Sister Rosetta, Janis Joplin, Wanderlea, Rita Lee, Marina Lima, Cássia Eller, Annie Lenox, Tina Turner desconstroem padrões do papel feminino e enfrentam as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar o comportamento das mulheres. No Samba, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Alcione, Clara Nunes, Beth Carvalho e Jovelina Pérola Negra resgataram o poder ancestral da força divina das mulheres e dominaram o gênero musical que antes era exclusivo dos homens.

Créditos: Fabiola Loureiro

Na MPB, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Baby do Brasil, Fafá de Belém, Sandra de Sá e muitas outras artistas provam que com sua voz ser mulher no Brasil já é um ato político. Conquistas como a pílula anticoncepcional, o divórcio e a delegacia da mulher possibilitaram um avanço nos direitos femininos.

O movimento da Disco Music com Donna Summer, Glória Gaynor e Frenéticas, a Era do Brilho, época em que as mulheres autoafirmaram-se frente à sociedade machista e utilizaram-se de figurinos sexy e luxuosos para demonstrar também a sua importância e seu esplendor para todos que as discriminavam. No Pop Music e no R&B, Madonna, Beyoncé e muitas outras conquistam o topo da indústria musical, com salários milionários, vendas estratosféricas e mostram ao mundo que mulheres podem e devem ser poderosas, chefes, líderes, livres e escreverem suas próprias histórias.

Os gêneros FORRÓ com Elba Ramalho, o AXÉ com Margareth Menezes, Ivete, Claudia Leitte, o FUNK com Fernanda Abreu, Tati Quebra Barraco, Luísa Sonza, Anitta, o FEMINEJO com Simone e Simaria, Maiara e Maraísa, Naiara Azevedo e Marília Mendonça provam que as mulheres conquistaram o sucesso e dominam as paradas em gêneros musicais que antes eram exclusivamente masculinos. Mulheres devem ocupar todos os espaços.

Outras Mulheres incríveis que mudaram o mundo e que são homenageadas em ELAS BRILHAM: Dandara, Chiquinha Gonzaga, Nísia Floresta, Angela Davis, Rosa Parks, Simone de Beauvoir, Lélia Gonzalez, Tia Ciata, Bibi Ferreira, Leila Diniz, Dorina Nowill, Dercy Gonçalves, Maria Da Penha, Malala, Michelle Obama, Preta Gil e muitas outras.

SERVIÇO

ELAS BRILHAM. VOZES QUE ILUMINAM E TRANSFORMAM O MUNDO DOC.MUSICAL

Temporada Rio de Janeiro: de 29 de julho a 22 de agosto de 2022

Local: Teatro Claro Rio

Shopping Cidade Copacabana

Endereço: Rua Siqueira Campos, 143 – 2º Piso – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ, 22031-071

Capacidade: 659 pessoas

https://teatroclarorio.com.br/

Classificação: livre

Duração: 100 minutos

Acessibilidade

Ar-condicionado

Sessões

• sexta-feira, às 17h

• sábado às 17h

• domingo às 20h30

• segunda-feira às 20h30

Ingressos

Público em geral: R$37,50 a R$ 180

Clientes Brasilprev: R$37,50 a R$90

Obs.: Confira legislação vigente para meia-entrada

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS:

sympla.com.br – com taxa de serviço

Bilheteria física – sem taxa de serviço

Teatro Claro (Shopping Cidade Copacabana) – de segunda-feira a domingo, das 10h às 22h, exceto feriados.

Mais informações em https://teatroclarorio.com.br/bilheteria/

Descontos:

50% de desconto destinados a:

Cliente e colaborador Brasilprev: desconto para compras de ingressos, Cliente Claro Clube: limitado a 4 ingressos por sessão. necessário informar o número do CPF do titular no ato da compra e apresentação da fatura na entrada do evento, válido nas compras realizadas na bilheteria do teatro e site da Sympla.

Meia-entrada: confira as regras da lei de meia entrada em www.bileto.sympla.com.br/meia-entrada

Descontos sobre o valor inteiro dos ingressos e não cumulativos.

Informações importantes:

Não é permitida a entrada no teatro após o início do espetáculo. Em caso de atraso, não haverá devolução do valor dos ingressos e nem a troca para outro dia ou sessão. Caso haja liberação no teatro, o assento automaticamente se tornará livre.

Entrevista exclusiva com o diretor e elenco do espetáculo ” A Noite do Choro Pequeno”


Créditos: Priscila Palumbo


Após um mês de sucesso, com casa cheia, o espetáculo A Noite do Choro Pequeno prorrogará a temporada no Teatro do Shopping West Plaza até o dia 25 de junho.

A peça estrelada pelas atrizes Daliléa Ayala e Letycia Martins, com texto do autor português João Ascenso e direção de Ricardo Brighi conta a história de duas mulheres – Luísa e Maria Ana – que passam a noite numa estação rodoviária em Lisboa.

A ação se passa nos anos de 1960, no período da Ditadura Salazarista em Portugal. Isoladas do olhar dos outros, elas aguardam o primeiro trem da manhã, enquanto vão conhecendo um pouco da vida da outra. Luísa é pobre, saiu da prisão há algumas semanas e espera reencontrar-se com o passado.

Vítima de violência sexual, tentou assassinar o estuprador e por isso foi presa. Na penitenciária dá à luz a seu filho, que é entregue ao “pai”. O desejo de Luísa é reencontrar a criança, ainda que não consiga estabelecer com ela o laço materno.

Maria Ana foge do passado. Casada com um médico, viu sua vida se reduzir à vida doméstica, ao trato do filho e do marido. Não se sente amada, anulou-se em função do casamento, está infeliz. Decidiu fugir, acreditando ser essa a solução para suas frustrações. Aos poucos, a conversa entre as duas deixa a verdade à solta e o amanhecer revela duas mulheres diferentes.

Créditos: Priscila Palumbo

A Noite do Choro Pequeno teve sua primeira montagem em Portugal em 2015 e voltou à cena em 2018 / 2019, com as atrizes portuguesas Sofia Nicholson (Luísa) e Alexandra Sargento (Maria Ana).

Conversamos com o diretor Ricardo Brighi e  com as atrizes Daliléa Ayala e Letycia Martins que revelaram detalhes e curiosidades sobre o espetáculo. Confira!

AC: Qual a importância de dirigir ‘A Noite do Choro Pequeno’ um drama português, com histórias de mulheres tão fortes?

Ricardo Brighi: Fui movido a dirigir a peça pela simplicidade e força do texto e da montagem. Nesses tempos difíceis que estamos vivendo, a história escrita por João Ascenso privilegia as relações humanas, denuncia as diferenças sociais e de gênero e expõe a tortura psicológica dos governos ditatoriais. Apesar da história se passar nos anos 60, ainda hoje há muitas mulheres como Maria Ana e Luísa. Uma é a síntese da mulher perfeita, a que ficava em casa, com a função de manter a ordem, o asseio do lar e a educação dos filhos, numa doce submissão ao marido. A outra tem estampadas em si a mulher proletária, camponesa ou fabril, a mulher sem trabalho que enfrenta a fome e o sexismo, a mulher objeto, a mulher vítima da violência sexual e entregue à sua própria sorte. Apesar de ser um texto que contempla personagens femininas, a história não é apenas para mulheres. Afinal, a busca pelo passado, a realidade muitas vezes dura do presente e o anseio por um futuro mais justo e feliz são elementos inerentes a qualquer um de nós. É um espetáculo que privilegia o texto e a interpretação e isso me encanta demais.

AC: Daliléa,  Luiza,  sua personagem, é uma mulher com uma vida sofrida, mas sempre com alto astral. Você acha que isso que a deixa próxima do público tanto aqui no Brasil como em Portugal?

Daliléa Ayala: A Luiza vive nos anos 60, mas sua luta para sobreviver diante de tantos desafios não está muito longe dos dias de hoje. Portanto é uma personagem igual a maioria das mulheres no mundo, o que justifica a identificação com a mulher de hoje. No entanto seu lado simples e generoso p com o desconhecido, deixa evidente que, o que a fortalece diante dessa luta constante de proletariada é a sua Fé.

Créditos: Priscila Palumbo

AC: Vocês fazem a peça com sotaque português falado em Portugal, como foi essa preparação , como se fossem atrizes portuguesas mesmo?

Letycia Martins: A preparação da atuação e construção de personagens para interpretarmos com sotaque português deu-se na concepção criativa do diretor Ricardo Brighi e da produção de Gerardo Franco onde o texto de João Ascenso, que é Português, já aponta a sonoridade das palavras ditas. Como o teatro com base dramatúrgica é a ação do texto escrito, o processo de preparação do sotaque veio também da escuta de pessoas nascidas em Portugal como os áudios de Axel que gravou o texto em áudio para nós atrizes. A observação corporal e gestual de mulheres portuguesas das diferentes regiões do país e relembrar a estada em Portugal foram importantes laboratórios. Os ensaios com a atriz Dalilea Ayala trouxeram dicas importantíssimas. Os canais de TV , Rádios e Documentários tem sido fontes permanentes. Tenho tido o hábito de conversar com amigas e amigos portugueses para buscar o realismo e naturalidade na fala. E por fim, busco na memória e ancestralidade de um país multicultural, a própria origem gaúcha porto-alegrense e taquariense que é também Açoriana e de trejeitos de mulheres com raízes bem portuguesas na maneira de ser.

SERVIÇO:
LOCAL: Teatro West Plaza- Sala Nicette Bruno(Av. Antártica 408, – Água Branca), 111 lugares. Com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
DATA: até 25/06 (Sábado 20h)
INGRESSOS:R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
INFORMAÇÕES: 11 2649 1688
DURAÇÃO:80 min
CLASSIFICAÇÃO:Livre

Após estreia em formato on-line, “AZÁFAMA; SUBSTANTIVO FEMININO” chega aos palcos em versão presencial


Créditos: Bob Sousa


Coletivo de artistas NOSSO PROJETO, em parceria com a SP Escola de Teatro, apresenta musical original de Bruno Narchi, AZÁFAMA; SUBSTANTIVO FEMININO, um dos seis musicais selecionados pelo Festival Paulista de Teatro Musical, em 2021.

O espetáculo, que fica em cartaz de 21 de junho a 27 de julho, flerta com a saga do herói clássico, mas a partir da perspectiva de uma heroína, mergulhada na história de muitas mulheres. Ao abordar mitos, tradições e costumes enraizados em nossa sociedade, que até hoje “assombram” o ser feminino, o espetáculo propõe uma discussão sobre essas definições impostas ao longo de tantos e tantos anos ao papel da mulher, e coloca em destaque o desprendimento daquilo que é dado como certo, e das difíceis escolhas que se fazem necessárias em prol de uma ruptura do que já está pré-estabelecido.

Com texto, letras e músicas de Bruno Narchi, arranjos vocais de Thiago Machado e Gui Leal, coreografias de Zuba Janaina, e arranjos instrumentais e orquestração de Gui Leal & Studio KUMKANI, o musical junta em cena nove atrizes – Letícia Soares ( Rosalina), Helena Lazarini ( Rosa Linda) , Juliana Bógus ( Destino / Caos), Larissa Carneiro ( Cloto, a Moira 01 / Chorona) , Pamella Machado ( Láquesis, a Moira 02 / Lilith), Thaís Piza (Átropos, a Moira 03 / Medeia), Leilane Teles ( Iansã) , Giovanna Moreira (Romeu) e Zuba Janaina ( Oxum) – todas figuras conhecidas dos nossos palcos, dentro da potente sala multifuncional da SP Escola de Teatro, localizada na Praça Roosevelt.

“Ao buscarmos uma possível casa para esta peça, procurávamos uma sala com novas possibilidades de encenação, um formato intimista e, acima de tudo, um local que favorecesse a imersão no espetáculo. A SP Escola de Teatro viria a oferecer exatamente isso. Após uma feliz conversa com Miguel Arcanjo, que intermediou esse encontro, eis aqui nosso AZÁFAMA, carregado pelo trabalho de nove atrizes fantásticas, com suas diferentes formações teatrais e experiências musicais, envoltas por um berço teatral onde podemos mesclar as potências e talentos desse elenco, e abrir novas portas ao público. Um teatro musicado cumprindo sua função social, e uma mensagem social guiada pelo entretenimento.” (Bruno Narchi)

Sobre o coletivo de artistas NOSSO PROJETO, esse surgiu a partir da ideia de um curso, ministrado por Bruno, Thiago Machado e Zuba Janaina. Um curso criado para estimular não só o lado artístico dos alunos, mas também criativo, empreendedor e administrativo. Uma forma de mostrar diferentes caminhos dentro do teatro: a produção independente, a formação de um grupo de artistas e a escrita autoral.

Créditos: Julianna Bettim

 

Além da peça DIÁLOGOS e SORRIA, ESSA PEÇA É UMA COMÉDIA, que já fizeram suas primeiras temporadas e tiveram 100% das casas esgotadas, o coletivo ainda conta com outros três textos musicais ainda inéditos, e segue na criação de novos projetos. Também vale destacar que, em 2021, AZÁFAMA e DIÁLOGOS foram dois dos musicais autorais brasileiros selecionados pelo primeiro Festival Paulista de Teatro Musical (FPTM).

FICHA TÉCNICA COMPLETA:
Texto, letras e músicas: Bruno Narchi
Arranjos instrumentais e orquestração: Gui Leal & Studio KUMKANI
Arranjos Vocais: Thiago Machado e Gui Leal
Direção Geral: Bruno Narchi
Direção Musical: Gui Leal e Thiago Machado
Coreografias: Zuba Janaina
Cenografia: Thiago Machado, Júlia Lacomb e Ágatha Perez
Cenotécnico: Jhonatta Moura
Figurinos: Hugo Zuba
Desenho de Luz: Bruno Narchi e Vini Hideki
Operação de Luz: Vini Hideki
Adereços: Bruno Narchi
Assistente de Produção: Nany Cristina
Assistentes de Direção: Julianna Bettim e Marjorie Joly
Realização: NOSSO PROJETO

SERVIÇO

AZÁFAMA; SUBSTANTIVO FEMININO
Sala Alberto Guzik (60 lugares) – SP Escola de Teatro, Unidade Roosevelt
Praça Franklin Roosevelt, 210 – Consolação
Terças e quartas-feiras, 20h30
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$30,00 (meia)
Vendas: www.sympla.com.br
Duração: 70 minutos
Recomendação: 12 anos
Temporada: de 21 de junho a 27 de julho

Murilo Reuter, do projeto Locomotive, e Marcus Bessa lançam clipe de “Te Virar”


Créditos: Divulgação


Os artistas Murilo Reuter, do projeto Locomotive, e Marcus Bessa lançam o clipe da faixa “Te Virar”. O single que é um pop acústico que chegou na última sexta-feira (27) e ganhou o trabalho audiovisual no sábado, abordando a diversidade das mulheres independentemente do gênero, cor e etnia, destacando a sua força, determinação e o empoderamento feminino.

“Ao longo dos anos as mulheres conquistaram o seu merecido espaço em todos os setores da sociedade, particularmente achamos as mulheres muito mais evoluídas que os homens em todos os aspectos, mesmo assim ainda vivemos em um mundo machista onde o crime de feminicídio se encontra com as maiores taxas, principalmente nesse tempo de isolamento da pandemia. Então a ideia foi apresentar dois personagens masculinos cantando para todos os tipos de mulheres, etnias, cor, gênero, por isso rola essa troca de mulheres no movimento da câmera que mostram a diversidade e para que elas se sintam importantes e reverenciadas como de fato são, é uma reafirmação em total respeito pelo gênero feminino”, explica Murilo Reuter.

Junto a Murilo, a canção conta com a experiência de Marcus Bessa, muito conhecido por seus trabalhos como ator.

“Antes de entrar pro teatro e TV, eu comecei no canto, com 11 anos de idade, quando eu fui cantar no Programa Raul Gil, foi lá que eu me apaixonei pela música. Hoje, eu sinto muito mais necessidade de estudar música do que interpretação pra TV, por exemplo. A música me exige mais preparo, estudos, e um repertório mais completo.”, revela Marcus.