A cantora Gabily é um dos nomes que hoje vem ganhando força no atual cenário pop. A revelação nacional acaba de lançar a faixa “Cara Quente“, em colaboração com DJ Pelé. A música chega acompanhada de um videoclipe, dirigido por Isabelle Lopes, e gravado na comunidade Tavares Bastos, no Catete, no Rio de Janeiro. Os moradores, principalmente as crianças, receberam a Gabily e o DJ Pelé com muito carinho. A comunidade parou para assistir e acompanhar as gravações, que duraram cerca de dez horas.
Gabily conta mais detalhes sobre este nova fase em sua carreira e revela algumas mudanças: “Eu estou muito empolgada com este novo momento da minha carreira. Além de música nova, eu também dei uma repaginada no meu visual. E em outubro vem o meu primeiro álbum; cheio de novidades e participações“, diz.
Composta por Umberto Tavares e Jefferson Jr. e produzida por Umberto e Mãozinha, a faixa traz uma letra empoderada e cheia de malícia. Meses antes, ela se juntou com o MC WN e apresentou o single “Toma“, seguido de um videoclipe. Disponibilizado no canal Funk Hits, a produção acumula mais de 4.8 milhões deviews.
Aproveitamos o lançamento de “Cara Quente” para conversar com Gabily que contou detalhes e curiosidades sobre esta nova fase em sua carreira. Confira!
Acesso Cultural: Quando foi o seu primeiro contato com a música?
Gabily: Desde quando eu nasci, a minha mãe ela sempre foi envolvida em projetos musicais na igreja, meu pai também, eu tenho até um videozinho meu cantando com 3 anos de idade, cantando pela primeira vez na igreja, então acho que foi desde quando eu nasci, eu sempre tive esse contato com a música.
AC: Quando decidiu seguir carreira profissionalmente? Você teve apoio familiar?
G: Tive total apoio, mas eu comecei tudo muito sozinha, né. Porque os meus pais, eles me deram uma criação muito individual, pra eu me virar sozinha sempre. Então, desde de pequena, eu sempre fiz as minhas coisas sem ficar aí pai, aí mãe, o que você acha? E foi assim na minha carreira, eu comecei a trabalhar muito cedo, comecei a sair e fazer umas participações com os grupos de pagode, eu já sabia que era isso que eu queria pra minha vida, só que eu não sabia que eu poderia chegar a ser a Gabily um dia, né. Eu ainda fazia isso como Gabriela, aquela menina que cantava em alguns lugares, até que eu conheci a pessoa certa, que me levou no lugar certo e eu conheci os meus produtores musicais, Umberto Tavares e o Mãozinha, e foi quando eu falei, cara agora eu vou ser a Gabily que eu tanto sonhei e vou ter uma carreira profissional. E aí foi quando tudo começou acontecer na minha vida, tem basicamente uns 4 anos.
AC: Como surgiu a ideia e o conceito do single “Cara Quente”?
G: “Cara Quente” surgiu de uma idéia minha, eu queria fazer um funk 150bpm, uma parceria com alguém que tivesse influência dentro disso. Foi quando eu propus para o Pelé da gente fazer essa música, o Pelé toca em vários bailes de comunidades, ele tem uma influência diretamente no funkão, porque ele trabalhou muitos anos com o Nego do Borel e aí eu já conhecia ele e falei: “Cara, tô com vontade de fazer um projeto assim, assim, assim.” e ele falou: “Vamos fazer!”. Criei a música junto com os meus produtores, ele produziu e surgiu “Cara Quente”.
AC: Como é trabalhar com o DJ Pelé?
G: Ah, foi incrível! O Pelé é muito de boa, fala Pelé tem que fazer isso, ele tá vamos fazer, além de ser muito parceiro, tá me dando muita força nesta nova música aí e eu fiquei muito feliz de ter gravado com ele.
AC: Como foi o processo de gravação do clipe?
G: Foi muito tranquilo, né? A gente gravaria numa outra comunidade lá no Vale da Colômbia mesmo, só que devido alguns lances de locações e tal, a gente não conseguiu gravar lá. Até que eu fui apresentada pra comunidade Tavares Bastos, eu não conhecia lá, foi a minha primeira vez lá. Foi incrível, a gente foi abraçados de uma forma, assim, sensacional, foi aconchegante gravar lá, sabe? Os moradores e tudo mais, fui recebida com muito carinho e foi uma experiência incrível pra mim, não foi um clipe que sugou as energias e foi cansativo, rolou tudo muito natural e a gente terminou de gravar e parecia que a gente tava gravando, sei lá, tinha 1 hora e quando a gente foi ver tinham 10 horas de gravação.
AC: Quais são os planos para 2019? Podemos esperar por mais parcerias?
G: Sim, com certeza! Tenho um álbum pra lançar agora em Outubro, então eu tô muito feliz porque é o meu primeiro álbum de toda a minha carreira. Nesse álbum eu tô trazendo uma diversificação muito grande musical, do meu estilo em si, tô cantando da música lenta à música a 150bpm, enfim. Tô trazendo bastante conceito neste álbum pra galera conhecer de fato o que eu tenho para agregar no mercado. Eu tô muito feliz! E tem parcerias sim pra vir junto com o álbum.
Gabily começou sua carreira em meados de 2015 e lançou um EP especial com três remixes da música “Deixa Rolar”, que tem a participação do cantor Mika (Micael Borges, ex-Melanina Carioca e Rebelde). O single ganhou três versões remix assinadas pelos DJs Felipe Guerra, Ruxell e Ian Moreira. A cantora lançou também seu primeiro EP digital pela Universal Music, “Deixa Rolar”, com quatro músicas: a inédita “Agora tô Solteira”, com participação do MC Maneirinho, “Não enrola”, “Vale Tudo” e “Deixa Rolar”.