Entrevista: Manu Cabanas




Por Nicole Gomez




Manu Cabanas é cantora e atriz desde 2015, dona de singles como “Pode se Jogar” e “Ele Me Faz Tão Bem”, tendo em seu currículo cursos em escolas renomadas como Wolf Maya e também a Teen Broadway, onde desenvolveu técnicas de canto para musicais. 



Foto: Divulgação
Produzida por Rick Bonadio, Manu fez recentemente uma parceria musical com o ator e cantor Apollo Costa, ator da série Z4, além da banda pop JOLT. Juntos, interpretaram um MashUp de Forget You, do CeeLo Gren, e Super Bass, da rapper Nicki Minaj. Confira nossa entrevista com Manu Cabanas:

Acesso Cultural: Como você acha que os cursos nas escolas de atores Wolf Maya e Teen Broadway te ajudaram em sua carreira até hoje?
Manu Cabanas: Esses cursos me ajudaram na desenvoltura, no controle da inibição e na capacidade de recriar e improvisar. Quando me inscrevi nesses cursos já tinha como foco a música. Foram aprendizados que agregaram muito na minha carreira.
AC: Qual é a sensação de já ter uma carreira tão brilhante e promissora tão jovem?
MC: A sensação é de muito compromisso com toda a equipe que sempre me acompanhou e confia no meu trabalho, mas sobretudo com meus fãs e público. Tenho comigo que todas as minhas músicas sempre falem de vivências e sentimentos verdadeiros, ou seja, que traduzam uma Manu Cabanas real e verdadeira.
Foto: Divulgação
AC: Você sonha em gravar com alguém em especial? Quem?
MC: Gostaria muito de gravar com a Sandy, quando eu era pequena foi minha primeira referência de cantora, sabia todas as músicas do Sandy&Júnior era muito fã! Acho ela uma artista incrível e seria maravilhoso gravar com uma artista que eu admiro muito.
AC: Qual é o cover que você gravou, que até hoje é seu queridinho?
MC: No Tears Left To Cry da Ariana Grande. Eu acho essa música linda, melodia incrível! Sou suspeita para falar porque sou muito fã da Ariana Grande. Mas essa música tem um significado para mim também, então escolheria esse Cover.
Foto: Divulgação
AC: Qual o recado que você deixaria para seus fãs a respeito de seus próximos passos em sua carreira?
MC: Meus fãs sempre esperam muito do meu trabalho, mas essa cobrança é bastante positiva profissionalmente, pois me desafia a cada dia dar o meu melhor. E digo a todos os meus fãs que eles são os meus maiores motivadores e que me lançam a me superar a cada trabalho, então meu recado é “Muito obrigada por todo carinho. Vocês são incríveis, Amo vocês”.

Aperte o play e confira o novo trabalho de Manu Cabanas, “Pode se Jogar”: 



Entrevista com Gabriel Veschi




Por Andréia Bueno

Ele é bonito, estiloso, talentoso e canta muito! Gabriel Veschi é natural da cidade de Limeira interior de São Paulo, tem 18 anos de idade, vem de uma família de artistas circenses e promete conquistar o coração de muitas fãs pelo país afora.

Foto: Divulgação Tony Santos | Midas Studios

O jovem cantor e compositor é a grande aposta do escritório Midas Music do renomado produtor musical Rick Bonadio conhecido do grande público por emplacar nas paradas de sucesso nomes como Mamonas Assassinas, Kell Smith, Vitor Kley e NX Zero e por ter atuado como jurado dos realities-show “Idolos” da Record TV e “X-Factor Brasil” na Band.
Gabriel que faz o maior sucesso nas redes sociais acaba de lançar o clipe da linda canção a romântica “Algodão Doce”. A música que é de sua autoria foi produzida por Giu Daga e teve direção musical de Rick Bonadio e foi gravada e mixada no Midas Studios em São Paulo.
O jovem que tem como empresário Tião Lima, irmão da dupla Chitãozinho e Xororó e tio da ex dupla Sandy & Junior, que foi sucesso entre os adolescentes nos anos 90 se prepara para enfrentar uma extensa agenda fazendo uma maratona em programas de TV, Rádio e entrevistas em revistas, jornais e portais da internet. Aproveitamos um intervalo na disputada agenda e entrevistamos o cantor e compositor. Confira!

Foto: Divulgação Tony Santos | Midas Studios

Acesso Cultural: Com quantos anos você iniciou a carreira?

Gabriel Veschi: Canto desde criança, e sempre gostei muito de música, mas foi por volta dos 12 anos que comecei a perceber algo diferente, que tinha facilidade pra fazer certas coisas, e daí comecei a desenvolver o canto, a trabalhar em cima disso, e a sempre procurar a aprender mais.
Como é trabalhar com o produtor musical Rick Bonadio e com o empresário Tiãozinho Lima?
GV: O Rick é uma pessoa que tem um olhar comercial muito bom, e está sempre orientando em qual caminho seguir. O Tiãozinho é uma pessoa incrível, que esteve comigo desde o começo, e que sempre está junto, seja me ensinando algo, ajudando nas composições, ou me dando conselhos.


Quem são as suas influências musicais?

GV: Olha, eu sou bem eclético, gosto de vários estilos diferentes e de muitos artistas internacionais e nacionais. Gosto bastante de rock, folk, sertanejo, gospel, e muitos outros. E dentre cada estilo eu tento filtrar algo que encaixe no meu estilo próprio, e isso acontece de uma forma muito natural. E algo que eu acho muito importante é não perder sua identidade musical, independe da música/gênero, o que faz com que eu possa cantar desde Chitãozinho e Xororó até Elvis Presley, sem perder minha assinatura, o que torna os shows muito mais autênticos, e que qualquer pessoa que escute, possa reconhecer o artista Gabriel Veschi.
Me fale um pouco do processo de criação e dos bastidores da gravação do clipe “Algodão Doce”?

GV: Foi simplesmente incrível, desde as primeiras palavras que escrevi da música, até o dia da gravação do clipe.. Um sonho se realizando! A equipe do Midas é muito boa, eles são muito profissionais e muito atenciosos, e me instruíram da melhor forma possível desde o começo da gravação. Comecei meio duro mas logo me soltei e algo interessante é que eu chorei em vários takes da gravação, essa música é muito especial pra mim!
De onde vem suas inspirações para compor?

GV: De livros, filmes, músicas que eu gosto, e de tudo que acontece ao meu redor.. Procuro estar sempre atento aos mínimos detalhes e a tudo que acontece na minha vida.
Com qual artista gostaria de gravar uma música?
GV: Agora ficou difícil! Sou fã de muitos músicos, e ficaria muito feliz com uma parceria com qualquer um deles.
Foto: Divulgação Tony Santos | Midas Studios
Como é o seu relacionamento com os fãs?

GV: Eu acho incrível todo esse amor de fã que recebo, simplesmente deixa meu dia bem mais feliz com uma mensagem de carinho e admiração. Converso com vários deles, e sempre procuro responder todas as mensagens, e comentários.
Qual conselho você daria para quem está começando no mundo da música?

GV: Eu acho que você deve colocar mais esforço em três quesitos: aprender, aperfeiçoar, e trabalhar duro… Você tem que estar sempre procurando aprender algo novo, e melhorar aquilo que já sabe.
Deixe um recado para os internautas do site Acesso Cultural.

GV: Um beijão pra todo mundo do site Acesso Cultural, espero que tenham gostado da entrevista! E nunca desistam dos seus sonhos! 

Atualmente Gabriel segue em estúdio finalizando a gravação do seu primeiro “EP” e já está nos preparativos para percorrer por todo país com seu show e sua banda. A música já está disponível em todas as plataformas digitais como o Spotify, iTunes e Google Play.
Grave bem esse nome pois Gabriel Veschi tem tudo para ser um fenômeno entre os adolescentes. Confira o clipe de “Algodão Doce”:

Entrevista: Gaby Amarantos e Gloria Groove




Por Andréia Bueno

Ela é irreverente, inovadora e empoderada. Estamos falando de Gaby Amarantos, que chega a São Paulo com show especial ao lado de sua banda 100% feminina. É nesta sexta-feira (21), no Shell Open Air, logo após a apresentação do musical “Mamma Mia 2”, que a cantora recebe o publico com um grande espetáculo.

Foto: Divulgação
No repertório, um setlist escolhido especialmente para a ocasião, que incluem os grandes sucessos da artista, músicas da década de 80 e muito mais. Para abrilhantar ainda mais essa festa, Preta Gil e Gloria Groove reforçam o time de estrelas, cantando sucessos que não deixam ninguém parado.

Após o lançamento do hit “Sou + eu”, que fala sobre auto aceitação e o empoderamento feminino e de outras minorias que sofrem com preconceitos, a paraense decidiu mudar o seu formato de apresentação. A reformulação começou com sua banda, onde todas as integrantes são mulheres. Por trás dos palcos, agora, sua equipe técnica possui mais pessoas do sexo feminino do que masculino. “Eu quis colocar mulheres em cargos que, normalmente, são ocupados por homens. Elas são fortes e tão capazes quanto eles, então eu quis dar oportunidade. Às vezes não imaginamos mulheres em algumas posições, mas só falta uma oportunidade para elas mostrarem o que sabem fazer e o potencial que possuem”, explica a artista. 

Conversamos com Gaby que revelou curiosidades de sua carreira e da apresentação que acontecerá hoje a noite durante o Shell Open Air. Confira!

Acesso Cultural : Como surgiu o convite e qual a expectativa de se apresentar no Shell Open Air? O que os fãs poderão aguardar para a noite desta sexta-feira?

Gaby Amarantos: Será uma noite bem animada. Minha expectativa é de muita dança. Vai ser uma noite memorável e eu vou cantar com gente que eu amo. Tenho certeza que o público estará em êxtase e a minha expectativa é de levar muita alegria para as pessoas.

AC: Como foi o processo de escolha dos convidados como Gloria Groove e Preta Gil?

GA: Bom, estou dividindo o palco com a Preta e a Gloria porque a gente está num momento muito especial que é falar de representatividade e diversidade. Então, são artistas diferentes mas que por uma causa musical se unem e é uma causa de alegria, de festa e de brilho, eu acho que isso nos une. Essa coisa da gente ser mulher, de ter o feminino na gente mas de ter esse feminino que é da festa, da alegria, do brilho, desse espírito ABBA de ser, então é isso, diversidade no palco.




AC: Por falar em música,  qual o top 5 de hits que toca na playlist da Gaby Amarantos?

GA: Meu top de 5 hits que toca na minha playlist é uma parada que fica sempre variando porque eu gosto de ficar trocando os hits. Eu posso dizer que essa semana, em especial, eu posso listar com certeza, Mamma Mia, Dancing Queen e Gimme! Gimme! Gimme! como três hits do ABBA que estou ouvindo muito por conta do show, por conta de entrar no espírito desse show. Sempre tenho Beyoncé na minha playlist, então eu posso nomear uma música dela que me traz muito para este espirito também, que é “Crazy In Love” , eu acho que é uma parada dela que tem muito a ver com essa época. E Cher. Ela é uma cantora que acabou de lançar uma música nova com clipe falando de sororidade, de mulheres juntas, então estou ouvindo muito esse novo lançamento dela. Cher também está sempre na minha playlist, porque ela também conversa muito com esse universo.

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Além de Gaby, hoje a noite teremos Preta Gil e uma das maiores drag queens da atualidade, Gloria Groove que abriu o coração para nós do AC e falou sobre sua carreira e sobre a participação no show de duas divas do mundo LGBTQ+. Confira:
AC: você é tida como a artista com melhor voz no que diz respeito as drag queens no Brasil. Antes de se montar, você já cantava. Como você se descobriu e como foi esta transição para drag?
Gloria Groove: Eu já conhecia a arte drag meio que “de longe” por acompanhar no YouTube algumas drags nacionais e outras bichas gringas que faziam make. Mas a iniciativa mesmo só veio no final de 2014, através do meu contato com o teatro musical e também a febre de RuPaul’s Drag Race entre as gays aqui no Brasil. Por ter a música presente na minha vida desde cedo, uma vez que desenvolvi fascínio por ser drag queen, sempre soube que seria uma drag cantora.

AC: E por falar em carreira, existe algo que você almeja realizar e que ainda não se concretizou?

GG: Com certeza! Tenho muitos sonhos a serem realizados. Como o de ser um músico formado teoricamente, saber pelo menos mais 2 idiomas, ter uma carreira internacional e consolidada, fazer shows em estádios… São tantos!

AC: Depois de Léo Santana, Pabllo Vittar e Aretuza Lovi, podemos esperar um feat com Gaby Amarantos e Preta Gil?

GG: Gaby e Preta são irmãs de alma com quem eu trabalharia até de olhos fechados! Referenciais pra mim não somente como artistas, mas também enquanto ativistas do corpo, da vida de minorias que ainda são invisibilizadas e marginalizadas… Tenho orgulho de ser fã e ainda ter o privilégio de ter conquistado o respeito e a parceria de cantoras icônicas como elas.


Após a exibição do musical “Mamma Mia 2”, o gingado paraense e a potência vocal de Gaby Amarantos entram em cena, com músicas de seu repertório e hits da banda ABBA. Para abrilhantar ainda mais essa festa, Preta Gil e Gloria Groove vem com tudo, cantando sucessos que não deixam ninguém parado. 

Show da nossa Super Tela e no palco do Shell Open air! Para maiores informações, acesse: http://openairbrasil.com.br/

Entrevista: Cristiana Pompeo, a Matilda de Deus Salve o Rei




Por Walace Toledo

Reconhecida nacionalmente pelo trabalho no humorístico “Zorra Total” (hoje “Zorra” / Rede Globo) por quase uma década, Cristiana Pompeo migrou das esquetes do cotidiano atual para a era medieval. Em “Deus Salve o Rei” (Rede Globo), sua primeira novela, ela é Matilda, a justa e simpática dona da taverna no Reino de Montemor.

Foto: Rede Globo

Cristiana atua, canta, dança, compõe, dubla; uma artista completa a serviço da arte. Atriz veterana nos espetáculos musicais, estrelou “Um Violinista no Telhado” (2011), “O Mágico de Oz”(2012), “Os Saltimbancos Trapalhões” (2014) entre outros sob a direção de Charles Moëller & Claudio Botelho. Em agosto esta parceria com a dupla retorna aos palcos em “Pippin”, no papel de Catharina, uma camponesa que se envolverá de certa forma com o protagonista. 

Entre as gravações do folhetim, conversamos com a artista sobre os recentes trabalhos e ela ainda nos confessou um desejo profissional antigo. Confira!


Foto: Divulgação

ACESSO CULTURAL – Cristiana, você ficou muito conhecida pelo trabalho no “Zorra Total”. Como está a resposta do público após se transportar das esquetes para sua primeira novela?

CRISTIANA POMPEO – A resposta do público e o reconhecimento, tem sido muito imediatos. Torcem, me abordam na rua, opinam. Estou adorando!

AC – Matilda, a dona da taverna, é uma das personagens mais queridas pelo público. Não acredita nos boatos, é uma mulher forte, gentil e justa! O que vocês têm em comum? 

CP – Acho que tenho uma independência e um temperamento forte como o dela. Também tenho um senso de justiça aflorado. Quando vejo algo errado que me deixa indignada, tenho tendência a opinar em alto e bom tom como ela faz (risos).

AC – No começo do folhetim, as cenas com Matilda eram mais cômicas, porém com os acontecimentos na trama, refletindo nas interações dentro da taverna, começaram a tomar mais carga dramática. Como você vê esse amadurecimento da personagem e para você como atriz?

CP – É sempre muito bacana poder explorar nuances, sair da zona de conforto. Essa é a graça da nossa profissão. Também tenho a sorte de contracenar com atores maravilhosos neste núcleo da taverna, o que me ajuda e faz com que as cenas ganhem mais brilho ainda.


AC – Dizem que Matilda carrega uma maldição sobre os homens que ela se relaciona. Quem assiste a novela meio que comprovou isso hehehe. Você acredita nisso ou é só praga das recalcadas solteironas?

CP – Bom, ela enterrou quatro maridos, né? Tá puxado pra ela! (risos). Acho que alguma maldição tem aí, mas a sorte é que ela sempre consegue “sacudir a poeira e dar a volta por cima”.

AC – Quase na reta final de “Deus Salve o Rei”, qual FIM você daria para Matilda? E para o reino de Montemor?

CP – Acho que Matilda merecia algum cargo de confiança ali ao lado de Amália se ela voltar a ser rainha, hein? Ela defendeu tanto a moça, que algum reconhecimento merecia ! Montemor também merece finalmente ter paz, ter abastecimento de água e reis justos e equilibrados. Sou do time do casal #Afonsália, como a Matilda! Torço por eles!

Uma publicação compartilhada por DE CAROLIS (@felipedecarolis) em 15 de Jun, 2018 às 7:45 PDT

AC – Pós-novela você já encara novo desafio, o clássico musical “Pippin”, nova parceria com a dupla Möeller & Botelho. Você tem uma história com M&B, como é trabalhar com eles? E qual destes musicais foi mais prazeroso de fazer até agora?

CP – Eu adoro trabalhar com eles e minhas experiências sempre foram muito felizes. A dupla domina a arte dos musicais com muita propriedade. Um trabalho que me marcou, foi o primeiro que fiz com eles: “Um Violinista no Telhado”. Era uma obra-prima, e na minha opinião um dos mais lindos que já realizaram em termos de dramaturgia, música, enfim… em todos os aspectos.

AC – Conte-nos um pouco da sua personagem em “Pippin”.

CP – Faço a Catharina, uma camponesa que se apaixona pelo Pippin (interpretado por Felipe De Carolis). Na peça, sou a atriz que faz essa personagem. É metalinguagem: uma peça sendo encenada dentro de outra. Na medida em que ela se envolve com ele, não consegue manter-se focada e se perde, se enrola no texto. A personagem tem comicidade e ao mesmo tempo vive um drama.

AC – Tem algum musical que você adoraria estar no elenco se fosse montado aqui? (aquela pergunta que é #ficadica para os diretores)

CP – Eu adoraria fazer algo autoral, musicado. Tenho tido vontade de encontrar parcerias. Tenho textos e músicas “na gaveta”. Alô diretores e produtores, vamos trabalhar juntos? (risos)

AC – Além de “Pippin”, há novos projetos em vista que você já pode compartilhar com a gente? 

CP – Estou tentando, há algum tempo, captar patrocínio para um monólogo. É um projeto antigo que tenho muita vontade de fazer e espero realizar em breve.

Entrevista com Alê Abreu




Por colaboradora Anyelle Alves

Desenhista, artista plástico e cineasta, lançou seu primeiro filme em 1984, Memória de Elefante e dai em diante lançou diversos trabalhos que lhe renderam prêmios como Melhor Direção de Arte ( Festival Imagem Mágina 93, Brazillian Film Festival of Miami 99), Melhor Filme de Animação (Video Festival de São Carlos), Melhor Trilha Sonora (I Animage – Festival Int. de Animação de Pernambuco), assim como diversos outros.

Sua obra mais conhecida é “O Menino e o Mundo” que lhe rendeu 51 prêmios, incluindo o Annecy, Annie, Zagreb e Ottawa, como também foi indicado ao OSCAR de melhor filme de animação em 2016.

Foto: Arquivo Pessoal
E para aqueles que querem conhecer mais sobre o trabalho desse grande artista, acompanhe a entrevista que realizamos, abaixo:

Acesso Cultural: Alê, como começou essa vontade de produzir animações?

Alê Abreu: Antes de tudo o desenho, que sempre foi algo involuntário pra mim. O desejo de fazer animação veio depois da paixão pelas histórias em quadrinhos, e cresceu  a partir do curso de animação que frequentei no MIS, aos 13 anos.

AC: Você tem alguma fonte de inspiração? O mais te desperta a curiosidade na hora de produzir?

AA: Inspiração é algo que precisa ser cultivado. Pra mim vem de um trabalho diário. As vezes longos períodos trabalhando em peças soltas, que parecem não se conectar, e de repente tudo parece ficar claro. A música me ajuda muito a encontrar estes momentos especiais.

AC: Como é para você ser a inspiração de muitos jovens que sonham em trabalhar com curtas e longa-metragem de animação? Que dica você passaria para eles?

AA: Sou muito grato a tudo. Acho uma grande responsabilidade ser esta inspiração. Lembro com imenso carinho dos mestres que me inspiraram. Diria o que sempre digo, pra serem sinceros com o trabalho. É a melhor forma de evitar a armadilha que é tentar fazer o que imaginamos que esperam de nós.
Arte: Arquivo Pessoal


AC: O que uma animação precisa para fazer sucesso?

AA: Sucesso pode significar muitas coisas. Acredito que qualquer filme precisa, antes de tudo, ser uma expressão sincera de seu realizador.

AC: Por mais que animações ainda sejam vistas como algo para o público infantil, você coloca críticas sociais nos seus trabalhos. Como você trabalha a dosagem para que os trabalhos fiquem leves e ao mesmo tempo carreguem mensagens tão importantes?

AA: Sou sempre o principal público de meus filmes. Faço os filmes pra mim acreditando que se eu for honesto com o que desejo ver na tela, atingirei outras pessoas. No fundo somos todos muito iguais.

AC: “O Menino e o mundo” é um sucesso estrondoso que serve de referência para muitos animadores que querem mostrar sua voz ao mundo. Como foi para você ver “O Menino e o mundo” sendo indicado ao Oscar?

AA: Foi uma imensa alegria. A sensação de que o grito que há neste filme chegou na grande festa da industria onde era importante ele ser ouvido.

AC: O que o público pode esperar de “Viajantes do Bosque Encantado”?

AA: Embarcar numa viagem às profundezas de um bosque fantástico e  perigoso. É uma fábula sobre a possibilidade do amor num mundo de muros e tensões entre diferentes.

AC: Você ainda tem algum sonho para realizar no sentido profissional? 

AA: Sempre fico imaginando que há um universo desconhecido e personagens de um filme incrível, pronto pra ser feito, bem aqui ao meu lado. Que bastaria acessa-lo, quase como um sonho que a gente não lembra direito. Passo os dias tentando “lembrar” destes filmes. Sonhar é o sentido de tudo. 

Atualmente ele trabalha na pré-produção de seu novo filme “Viajantes do Bosque Encantado” e na supervisão artística da série Vivi Viravento, com direção de Priscilla Kellen.

Entrevista com a Youtuber Fê Longoni




Por colaboradora Anyelle Alves

Fê Longoni para quem não conhece, é uma youtuber de 20 anos que aborda em seus vídeos assuntos que relacionam criatividade e cotidiano, conseguindo assim se aproximar do seu público através do carisma. 

Foto: Arquivo Pessoal
Com seu jeito alto astral e vídeos que despertam a vontade de criar e a curiosidade de seus espectadores através do seu canal intitulado “Femingos”. Tendo o carinho de quem a acompanha pelas redes sociais e pelos seus vídeos, se sente realizada por conseguir produzir um conteúdo relacionado ao que ama e ao mesmo tempo despertar nas pessoas o lado bom da vida criativa.

Nessa entrevista Fê nos conta mais sobre como é a vida de um produtor de conteúdo e como é ser artista para ela.

Acesso Cultural: Porque você decidiu ser youtuber?

Fê Longoni: Sempre assisti vídeos e me interessava demais pela produção de conteúdo e decidi criar meu canal, para colocar as coisas que eu gosto, as coisas que eu faço, que eu gostaria de assistir e ainda não tinha e também para encontrar outras pessoas que gostam das mesmas coisas que eu, para assim se eu tivesse sorte, encontrar uma comunidade.

AC: Você acredita que desperta no seu público um lado mais criativo?

FL: Acabou que eu foquei meu canal nesse aspecto de vida criativa, porque eu amo muito
esse lado e a amplitude que ele tem, dá pra explorar muita coisa nele e também porque eu poderia me desafiar através dele, sair da minha zona de conforto e assim criar a vida que eu quero ter. Porque eu acredito que isso é que é ter uma vida criativa, você criar sua própria vida. E pela resposta do público eu estou fazendo algo certo, pois estou conseguindo incentivar e inspirar outras pessoas. Acho muito legal isso das pessoas assistirem a jornada de alguém e despertar a vontade de querer mais, buscar mais e ser mais e eu acho que eu tenho conseguido despertar isso.

AC: Como funciona para você a criação de um vídeo? De onde vêm as ideias?

FL: Para criar o conteúdo eu sempre penso no que eu gostaria de assistir e está dando muito certo. Sempre buscando assuntos que gosto e que ainda não vi ninguém falando sobre isso, coisas que me agradam e que outras pessoas também podem gostar.

Foto: Arquivo Pessoal
AC: Como é conciliar a vida pessoal com a exposição na mídia? É difícil se envolver
com novas pessoas e criar amizades?

FL: A única mudança que percebi com a exposição é que quando eu conheço uma pessoa nova, algumas vezes ela já me conhece da internet e acaba sabendo muito da minha vida enquanto eu não sei nada sobre a dela. No começo foi muito estranho, mas agora eu acabei me acostumando. Minha tática é sondar o que a pessoa já sabe e também mostrar coisas novas para assim criar uma conexão. Até hoje tem dado tudo certo, acabei conhecendo muitas pessoas do mesmo meio, fazendo assim com que eu conhecesse muito da vida dela e ela da minha, criando assim uma empatia e ficando mais fácil de abordar assuntos em comum.

AC: Você traz um pouco da sua formação profissional para os vídeos, você acha que
isso auxilia no alcance ao público?

FL: Eu acabei envolvendo minha graduação no meu conteúdo porque eu percebi que isso era algo que faltava ainda na internet, faltava muito conteúdo falando sobre faculdade, sobre o cotidiano dela e os conteúdos que a mesma tem. Ainda mais sobre meu curso de design, que foi algo que eu procurei muito quando eu estava na época de vestibular e eu não achava, então foi mais uma coisa que eu queria assistir e eu trouxe para o meu canal.

AC: Qual sua opinião sobre a frase “ser artista não é profissão”?

FL: Minha trajetória prova o contrário sobre isso. Acho isso bem engraçado, pois na época que eu fui fazer os vestibulares eu procurei coisas que eu era boa e eu cheguei a conclusão que eu sou criativa, era a única coisa que eu conseguia me classificar e perguntei pra mim mesma “O que eu sou?” e respondi, sou uma artista. E nisso chegamos aos dias de hoje, onde eu consegui criar um nicho no youtube, um grupo que é baseado na arte, criando assim minha própria carreira, pois mesmo o youtube já existindo eu pude criar meu conteúdo através dele e hoje posso dizer que eu consigo ganhar dinheiro com a minha arte.

AC: Para as pessoas que querem ser youtuber ou querem seguir algum ramo artístico, qual sua dica?

FL: Seja você mesmo, a arte se trata disso, ela se trata de expressividade. Cada pessoa é única e é tão bom você poder ser você, cada pessoa é seu próprio superpoder, por isso eu também falo que no youtube não há competição, porque mesmo tendo várias pessoas, cada uma é de uma forma. Eu sou a Fê Longoni e não há ninguém no youtube que também possa ser a Fê Longoni, porque eu tenho o meu próprio jeito, minha personalidade está envolvida nisso. Eu pesquisei muito para saber o porque meus youtubers favoritos, eram meus favoritos e descobri que era por conta da pessoa deles, da personalidade deles e isso vale para qualquer ramo artístico, pois todos requerem um carisma, as pessoas se identificarem com você.

AC: Quais são seus planos para o futuro?

FL: Pretendo crescer no meu canal, sendo cada vez mais criativa, criando coisas que ninguém pensou em ver no youtube, mudar o jeito de fazer vídeo, misturar áreas diferentes, trazer coisas diferentes da nossa realidade, mais artísticas, mais malucas, mais opções criativas e interessantes, coisas que as pessoas não tem contato e querem saber mais, quero elevar ao máximo essa questão da criatividade, mas para isso eu mesma tenho que me desconstruir, sair da caixa e assim alcançar isso, algo que é muito difícil mas faz parte dos meus planos.