Entrevista Exclusiva com Luiza Meiodavila




Por Andréia Bueno e Rodrigo Bueno

Filha da artista plástica Rita Selke e do fotógrafo Klaus Mitteldorf, Luiza Meiodavila é a entrevistada da semana. A cantora e compositora realizou o show de pré-lançamento do CD  “Florescer” no JazzB nesta segunda-feira (6), em São Paulo.

Foto Divulgação

Durante a apresentação, Luiza intercalou canções do CD com sucessos de artistas consagrados como Esperanza Spalding (na interpretação de I Know You Know), Bill Withers, Tom Jobim e Snarky Puppy (na canção Amour T’es La).

Luiza interpretou Laços, Calma, Sister, Don’t You Go, Sabes, Ame (em versão acústica com violão), deu nova roupagem ao chorinho Doce de Coco (Jacob do Bandolim) e finalizou a noite ao som de “Romance de Novela”, canção escolhida como carro chefe para o lançamento deste álbum.

O lançamento no formato digital acontecerá no início de abril e no formato físico está previsto para o mês de maio, através da Gravadora Galeão – antiga Velas, fundada por Vitor Martins e Ivan Lins – que apóia sua carreira. Após o lançamento físico do disco, a cantora também pretende lançar uma remessa do álbum em vinil.

Com apresentações agendadas no Madeleine Jazz Bar (dia 08 de abril) e o lançamento oficial do CD “Florescer” que acontecerá no Tom Jazz, com show marcado para o dia 14 de maio.

Luiza é acompanhada pelos músicos Cuca Teixeira na bateria, Gabriel Gaiardo no piano, Felipe Galeano no baixo, Lipe Torre e Zé Victor Torelli nos violões e guitarras, Renan Cacossi no saxofone e na flauta com participações de Jarbas Barbosa na guitarra e Walmir Gil no flugel.
Sobre Luiza Meiodavila

Nascida em São Paulo, a cantora e compositora iniciou sua jornada musical aos 4 anos, quando começou a tocar flauta doce na escola. Passeando por diversos gêneros  musicais, Luiza carrega grande afinidade com o rock, soul e pop, porém apaixonou-se pelo mundo do jazz e da música brasileira, que resultou no CD “ Florescer” lançado em formato digital no início de abril.

Por incentivo da escola, decidiu aos 15 anos acrescentar o estudo do violão, aptidão que impulsionou seu canto. Muito tímida, sua relação com a música foi sempre muito particular. “Sempre tive a música como uma terapia, algo que entendia meus mais profundos sentimentos, e dividir isso com um público não era muito fácil.”, lembra.

Ficou curioso para saber mais sobre a vida e carreira de Luiza? Aperte o play e assista a entrevista na íntegra!



Believe lança novo EP ‘Nosso Tempo’




Por Walace Toledo
Fotos Larissa Pereira

A banda de pop rock paulistana BELIEVE, acaba de lançar nesta tarde em seu canal no YouTube o novo material de trabalho. ‘O Fluxo’, ‘Desapega’, ‘Tudo Faz Sentido’, ‘Pra Te Reconquistar’, ‘Agradecer’ e ‘Não Faz Cena’ compõem a tracklist. O EP ‘Nosso Tempo’ chega para os fãs após dois anos do último single.

O grupo formado por Dron di Santi (voz), Fabinho Oliveira (guitarra), Hélinho Basílio (guitarra) e Fê Cavden (baixo), foi reforçado com a entrada de Thur Favero (violão/backs) e P2 Scarton (bateria) nesta nova formação.
Há sete anos na estrada, a Believe conta com um álbum e três EPs em sua discografia: O Ciclo (2008), EP09 (2009), Chegou a Hora (2010), Sonhar, Lutar e Consquistar (2011), respectivamente. Os meninos que já ganharam o Prêmio Jovem Brasileiro, na categoria ‘Revelação’ chegam com tudo em 2015!

Confira nosso bate-papo com o vocalista Dron:
Acesso Cultural – O que os fãs podem esperar do EP “Nosso Tempo”? 

Dron – É um álbum totalmente diferente de tudo que a Believe já fez, é bem nítido o amadurecimento musical nesse trabalho, muita coisa mudou desde nosso último lançamento e essas mudanças refletem diretamente nas nossas inspirações na hora de compor. Exploramos novas métricas e colocações de voz, linhas de baixo mais “groovadas”, guitarras mesclando peso e swing, violão mais presente e uma pegada forte de rock na bateria.
AC – Como você definiria esta nova fase?

D – É uma fase maravilhosa, de muitas descobertas e provações. Conseguimos construir um ambiente bem sólido, que nos agrada muito, consigo enxergar que essa é nossa melhor edição. Como pessoas e músicos estamos totalmente preparados e na sede de sair novamente pelo Brasil fazendo os shows da nova tour.

P2, Fabinho, Dron, Fê, Thur e Hélinho formam a Believe
AC – Como foi o desenvolvimento deste projeto e a ideia de lançar não somente as músicas, mas unidas aos lyrics vídeos?

D – O projeto ‘Nosso Tempo’ já vem sendo preparado há muito tempo, começando na época da “Tour: Sonhar, Lutar e Conquistar’ com a composição das músicas ‘Tudo Faz Sentido’ e ‘Não Faz Cena’. No decorrer desse tempo criamos novos sons e fomos “lapidando”, até sentirmos que estavam totalmente do gosto de todos. Optamos em lançar junto aos lyrics, pois queríamos mostrar algo a mais das músicas, ir além, mostrando visualmente como sentimos a vibe e particularidade de cada som.
AC – A Believe está com nova formação. Conte mais sobre os novos músicos.

D – Os dois novos integrantes são: Thur Favero, que acrescentou muito nos backing vocals e violão e o P2 Scarton, ex-baterista do Edson & Hudson, que chegou com uma pegada bem diferente na bateria e nos agradou demais!
Muito simpático, Dron finaliza a entrevista deixando um recadinho, “O time tá feito e a gente não vê a hora de dar as caras por aí fazendo o que mais gostamos! E dia 28 de março tem show de lançamento no HANGAR 110 (SP), conto com a presença de todos! Muito obrigado aos nossos fãs, amigos e familiares e a vocês pela entrevista, fiquem na paz, até mais.
Nós que agradecemos! 

Confiram os lyrics vídeos do EP ‘Nosso Tempo’:

Entrevista Exclusiva com Marcos Breda




Por Rodrigo Bueno e Leina Mara

Com uma carreira consagrada no teatro, cinema e tv, o ator Marcos Breda coleciona personagens marcantes, dentre eles o Sargento Garcia, no curta-metragem Sargento Garcia, que lhe rendeu o kikito de Melhor Ator em 2000. Na tv, seu último papel foi como o bicheiro Alaor, na série Sexo e as Negas, da Rede Globo. Este ano, Marcos está se preparando para mais uma temporada da peça OLEANNA. Confira entrevista exclusiva para o Acesso Cultural!


AC: Você é um ator conhecido por sua versatilidade e com uma vasta carreira no teatro, cinema e tv. Fazendo uma retrospectiva, você sente que realizou tudo que gostaria dentro da sua carreira?

MB: De jeito nenhum. Tenho uma porção de projetos em teatro, cinema e televisão para curto, médio e longo prazo. Sou apaixonado por minha profissão e sinto/penso que ainda existem centenas de desafios pela frente. Sou um homem de sorte: faço o que gosto, por isso não preciso trabalhar.

AC: Dentre os trabalhos que você já fez, qual mencionaria como inesquecível?

MB: Em teatro eu poderia citar ARLEQUIM, SERVIDOR DE DOIS PATRÕES (2002 a 2004), trabalho fascinante onde fui o idealizador, protagonista e co-produtor. No cinema fiz o protagonista de FELIZ ANO VELHO (1988), um filme que literalmente mudou o rumo da minha carreira e da minha vida. Em televisão tenho um carinho especial pela novela QUE REI SOU EU?, novela que marcou época na teledramaturgia brasileira.

AC: Em dezembro, você levou o Bicampeonato do Kart dos Artistas. De onde surgiu esse amor por velocidade?

MB: Meu pai era militar e também um bom mecânico. Me ensinou a dirigir muito cedo, com menos de 10 anos. Sempre fui fissurado em automobilismo e assisto a todo tipo de corrida de Fórmula 1, Fórmula Indy, GP2, Fórmula 3, Stock Car etc. E também todo tipo de Kart, naturalmente. Kart para mim é um hobby, mas é uma atividade que levo tão a sério quanto minha profissão. A questão é que seriedade, para mim, não é sinônimo de sisudez. Me divirto prá caramba de um jeito e de outro.

AC: Atualmente, você estava em cartaz na peça Garagem, no Galpão do Folias. Como foi a participação? Já possui novos projetos para o teatro?

MB: GARAGEM foi uma peça na qual fiz uma participação pequena, especial e afetiva. Volto a São Paulo em maio para uma temporada de cinco semanas com outro espetáculo chamado OLEANNA, de David Mamet, com direção de Gustavo Paso, o mesmo diretor de GARAGEM. E ainda devo estrear em agosto BEIJO NA ASFALTO, de Nélson Rodrigues, com direção de Marco Antonio Braz. Três peças num ano está de bom tamanho…

AC: Como você avaliaria a qualidade do cinema nacional hoje?

MB: Avançamos muito em termos de sofisticação técnica e tivemos recentemente alguns ótimos filmes, como TROPA DE ELITE (José Padilha), O SOM AO REDOR (Kléber Mendonça Filho), JOGO SUBTERRÂNEO (Roberto Gervitz) e AINDA ORANGOTANGOS (Gustavo Spolidoro). Mas a grande maioria é composta de comédias despretensiosas, sem maior alcance. Tenho uma inveja branca do cinema argentino, de ótima qualidade, sobretudo no quesito “roteiro”. Adoraria que um filme como RELATOS SELVAGENS fosse “made in Brasil”.

Entrevista Exclusiva com Bruno Narchi




Por Rodrigo Bueno

Bruno Narchi é ator formado pelo Teatro-escola Célia Helena, com graduação em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Iniciou sua formação artística aos treze anos de idade na Oficina dos Menestréis.

Foto Jairo Goldflus

No campo musical, estuda canto há quatro anos com a professora Amélia Gumes, além das aulas de violão com Diogo Cardoso, na Escola Música Brasil. Por três anos, trabalhou com a Walt Disney Company no Brasil, e integrou o elenco dos musicais Mamma Mia! (ensemble e cover de Pepper e Eddie), Fame (como Schlomo Metzenbaum), Rock in Rio – O musical (ensemble e cover de Roger e Alef) e Cazuza – Pro dia nascer feliz (como Serginho e alternante de Cazuza).

Na comédia ‘Vanya e Sonia e Masha e Spike‘ em cartaz no Teatro Faap, Bruno interpreta Spike, um ator iniciante, jovem e sensual que ambiciona a fama.

Foto João Caldas

Em entrevista exclusiva ao Acesso Cultural, o ator fala sobre a peça de Jorge Takla. Confira!

AC:  Como é seu personagem?

BN: Spike é um garotão, um aspirante a ator, muito simpático, simples, deslumbrado e dotado de um talento bastante duvidoso. Ele é o mais novo namorado da Masha, que é 30 anos mais velha que ele, e essa diferença de idade nos faz pensar se não existe uma ambição meio escondida. Ele é um grande movimento, tem a energia da juventude, toma atitudes instintivas sem medir as conseqüências, gerando todos os tipos de reações, boas ou ruins. 

AC: Você tem algo do seu personagem?

BN: Tenho 28 anos, então temos quase a mesma idade. Somos da mesma geração. Acho que nos entendemos nesse lugar, e nessa energia da juventude.

Foto João Caldas

AC: O Que é a peça pra você?

BN: Um encontro familiar num final de semana, que por si só, gera todas as situações de comédia e drama. Os personagens nos são muito próximos, independente da família de cada um. Não precisamos ter uma família igual a que está sendo retratada na peça para nos identificarmos. São conflitos e situações muito comuns, normais e naturais. E é essa ‘simplicidade’ que torna a peça tão potente.

AC: Por que você aceitou fazer a peça?

BN: Por muitos motivos! Desde que me formei como ator, trabalhei apenas com espetáculos musicais. Estava com muita vontade de voltar ao teatro, fazer um trabalho exclusivamente como ator. Então, quando surgiu o convite pra audição, já fiquei muito interessado. Além disso, o convite veio do Jorge Takla, diretor cujo o trabalho eu já vinha acompanhando a algum tempo e com quem eu tinha muita vontade de trabalhar. Para completar, o texto da peça não só era maravilhoso, como também falava de um assunto que me é bastante próprio, a família. É um texto muito inteligente e aborda assuntos que comunicam facilmente com todos.

Veja o convite de Bruno Narchi aos nossos leitores!

Entrevista Exclusiva com Murilo Armacollo




Por Rodrigo Bueno

Ator, cantor, bailarino e dublador. Murilo Armacollo iniciou sua carreira artística na The Walt Disney Company Brasil. Seus trabalhos recentes em Teatro Musical incluem: Hairspray (Sketch), Aladdin (Gárgula), New York New York (Jackpot), Fame (Joe Vegas), Shrek (Humpty Dumpty/Cover Burro Falante), Jesus Cristo Superstar (Bartolomeu) e As Damas de Paus (Curinga).

Foto: Divulgação/Fék Benvenuti/Paula Carpi

Estreou na TV com a polêmica personagem transexual Julie Ventura em O Brado Retumbante na Rede Globo – indicado ao 41º Emmy Internacional como Melhor Série Dramática; E está no ar como Mc Top em Que Talento! no Disney Channel.

Murilo viverá o guitarrista Marcão, da banda Charlie Brown Jr, no musical ‘Dias de Luta, Dias de Glória’, que estreia no dia 13 de março na capital paulista.

Em entrevista exclusiva ao Acesso Cultural, o ator fala sobre o musical e seus projetos para 2015. Confira!

AC: Como surgiu a ideia e o convite de fazer parte do musical DIAS DE LUTA, DIAS DE GLÓRIA – CHARLIE BROWN JR? 

MA: O processo de audições e seleção começou em outubro do ano passado, e depois de uma verdadeira maratona de testes, enfim, o elenco estava formado. Entre 23 atores, cantores, bailarinos e b.boys, dividimos o palco com uma pista de skate e 3 skatistas, e também com a banda.

AC: Quais as dificuldades em atuar num espetáculo autobiográfico?

MA: É uma responsabilidade enorme. Porque além de estar ali para contar uma história real, o que gera uma cautela maior para passar toda a verdade dos acontecimentos, estamos lidando com figuras extremamente queridas e com um público cativo da banda que é muito exigente. O Charlie Brown Jr arrasta uma legião de fãs e ainda está completamente na ativa, ainda hoje nas mais tocadas da rádio, e trilha sonora de novelas e filmes.

AC: Fale um pouco mais sobre o seu personagem. E no repertório do musical, qual a sua canção favorita da banda?

MA: No musical sou o Marcão Britto, o Mito, o guitarrista do CBJr. Um personagem que tô tendo um enorme prazer em interpretar. Ele tem carga cômica e dramática fortes, já que o musical retrata o início, o ápice da carreira da banda e também os calorosos desentendimentos dos integrantes no bastidores. A preparação tem sido árdua, 2 meses com ensaios diários de 8 horas de canto, dança e interpretação, além dos workshops de guitarra, para a execução.

O Charlie Brown Jr sempre foi presente na minha vida, porque cresci ouvindo o som deles nas rádios e TV, e minhas músicas preferidas da banda que estão no musical são ‘Papo Reto’ e também ‘Champagne e Água Benta’.

Foto: Divulgação/Fék Benvenuti/Paula Carpi

AC: Tem algum projeto que você gostaria de atuar ou cantar?

MA: Muitos…. Tantos que nem consigo listar! Sou workaholic… Eu gosto muito de produções pop, energéticas, e com bastante dança e movimento. Tudo o que reúna o que eu gosto de fazer: entretenimento. Claro que quando reúne entretenimento com carga cênica dou pulos de alegria. Sou um cara que já trabalhou em muitas produções que eram meu sonho, então que venham as próximas, e que sejam muitas!

AC: Quais os projetos de Murilo Armacollo para 2015?

MA: 2015 será um ano recheado para mim, comecei trabalhando muito para a estréia do “Dias de Luta Dias de Glória: Charlie Brown Jr – o Musical”. Ficaremos em cartaz no Teatro Gamaro, em São Paulo, até meados de julho. Estaremos também no Festival de Teatro de Curitiba, nos dias 1 e 2 de abril.  E se der tempo, vou começar a trabalhar na gravação do meu próprio som, para que todo mundo conheça a minha música, meu sonho latente. Meu ano com certeza será recheado de muito rock’n roll e skate na veia, como já dizia Chorão.

AC: Para finalizar, deixe um recado para os leitores do Acesso Cultural.

MA: A todos que acompanham o Acesso Cultural, um enorme abraço! E eu como leitor, deixo aqui meu salve à equipe AC. Super beijos e muito obrigado pelo carinho de sempre.

Acompanhe Murilo Armacollo nas redes sociais:

Entrevista Exclusiva com Marília Gabriela




Por Rodrigo Bueno 

Com direção de Jorge Takla, Marília Gabriela estreia nesta sexta-feira (06) a peça ‘Vanya e Sonia e Masha e Spike‘, no teatro FAAP, em São Paulo.

Foto: Jairo Goldflus

A jornalista concedeu entrevista exclusiva para o Acesso Cultural, e nos contou sobre o seu retorno no mundo teatral, e sobre sua personagem Masha. Confira, está imperdível!

AC: Como é seu personagem?

MG: Sou a Masha do título, a irmã de Vanya, do fantástico Elias Andreato, e de Sonia, da maravilhosa Patricia Gasppar. Sou a irmã que foi embora e virou atriz de cinema, e volta para uma visita trazendo o namorado, o Spike, deliciosa personagem de Bruno Narchi. Ainda temos a Cassandra da sensacional Teca Pereira, e a belezura da Bianca Tadini, divina fazendo a Nina. Minha visita e seus motivos provocam a catarse familiar que se vê em cena.

AC: Quais semelhanças tem Masha e Marília Gabriela?

MG: Muitas, muitíssimas, duas mulheres driblando crise existencial, ativas, vivazes, redescobrindo e priorizando valores como a auto-aceitação e os laços familiares. Mas me identifico com todas as personagens em cena nesta peça e em todas as outras questões. Sou múltipla.

Foto: João Caldas

AC: O que te chamou mais atenção na peça?

MG: Sua excelência, para começar. Não foi à toa que seu autor, Christopher Durang, recebeu o Tony, prêmio máximo do teatro americano, em 2013. Nada se perde nela, nenhum riso, nenhuma personagem (seis), nada, nessa criação perfeita e inspirada. Um momento especial em que temas tão comuns a todos, dramas familiares tão presentes em Tchekhov (os nomes são de personagens de suas peças), são colocados de forma hilária e cativante, sem que seja necessário ser um conhecedor do autor russo. Puro deleite.

AC: Por que você se envolveu com o projeto?

MG: Quando Jorge Takla me convidou, esse profissional que respeito e admiro, tive um momento de hesitação, pois estava envolvida em outro projeto. Jorge elegantemente disse que não era para logo e sugeriu que eu lesse a peça, o danado. Me mandou o texto por e-mail rapidinho, e eu, enxugando as lágrimas das gargalhadas que soltei desde o primeiro parágrafo até o final, liguei e disse para ele ; “sou sua! “.

Foto: João Caldas

AC: Tem lido ou já leu  textos do Tchecov? Quais?

MG: Já li e, no momento, releio algumas de suas peças mais famosas: Ivanon, As Três Irmãs, o Jardim Das Cerejeiras, Vanya, A Gaivota. E tem o que li, há mais tempo, “A Dama do Cachorrinho” da editora 34, uma coletânea de 36 de seus melhores contos, com tradução de Boris Schnaiderman. Lindo!

AC: O que você acha da diferença de idade nos relacionamentos amorosos?

MG: Revigorante? Tonificante? Interessante? Sei lá, amor é amor. Quando existe a diferença de idade acho que há maior cumplicidade, paixão e coragem envolvidos, já que a sociedade sempre questiona uniões entre mulheres mais velhas com homens mais jovens, mas nunca o contrário. Há que ser forte pra agüentar.

AC: Quais gêneros (drama, comédia, musical) você tem mais desenvoltura? Qual o maior desafio?

MG: O próximo? Sou movida a desafios, não me venham com facilidades.

Foto: João Caldas

AC: Como está sendo voltar para os palcos?

MG: Ando inquieta, agitada, apreensiva, feliz, encantada, enfim, do jeitinho que sempre ficamos às vésperas de um evento muito importante e esperado em nossas vidas.
AC: Qual é a sua ligação com o teatro?

MG: Desde a primeira vez que assisti a uma montagem profissional de teatro, na adolescência em Ribeirão Preto, Raul Cortez no palco com Zoo Story de Edward Albee,  sabia que essa seria uma ligação indispensável em minha vida, que eu estava diante de um lugar sagrado onde discute-se, expõe-se a vida em suas indagações e buscas, em todo seu ridículo e dramático, em tudo que é real de fato e que no geral deixamos “passar batido” apesar do nó na garganta.

Veja o convite de Marília Gabriela aos nossos leitores!