Exposição MÃE PRETA abre temporada em São Paulo




Idealizada pelas artistas visuais Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, a mostra reúne vídeos, fotografias e instalações

Por Andréia Bueno
As conhecidas imagens das amas-de-leite negras, registradas desde meados do século 19 ao início do século 20, são o ponto de partida da pesquisa das artistas Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa para a realização da exposição “Mãe Preta”, que recebeu o Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais de 2016. 
Após grande sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, em 2016, quando foi exibida na Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea (dentro do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, na capital fluminense), com cerca de 2 mil visitantes, e também em Belo Horizonte,em 2017, no Palácio das Artes, a exposição chega a São Paulo, na Galeria Mario Schenberg, da Funarte. A exposição está em cartaz até 25 de novembro, reunindo fotografias, vídeos, instalações, performance e literatura.
Foto: Reprodução

O projeto surgiu de uma pesquisa artística de Isabel e Patricia, iniciada em 2015, que busca, visto que é um trabalho em constante progressão, traçar os elos e as ressonâncias entre a condição social da maternidade durante a escravidão por meio de releituras de imagens e arquivos do período, o desaparecimento da história escravocrata na malha urbana das cidades brasileiras e as vozes de mulheres e mães negras na contemporaneidade. O intuito da mostra é discutir a questão da memória da escravidão e o legado da mulher negra na formação da sociedade brasileira dentro da história visual do país.
Inédita em São Paulo, a exposição – que ainda seguirá para São Luís, no Maranhão, em dezembro – inclui o lançamento de um catálogo com contribuições de nomes nacionais e internacionais, como a antropóloga e curadora-adjunta para histórias e narrativas no Masp, Lilia Moritz Schwarcz (USP); a antropóloga e pesquisadora Martina Ahlert (UFMA); o escritor Alex Castro; o historiador e diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, Júlio César Medeiros da Silva Pereira (UFF); a historiadora da arte, educadora criativa e curadora britânico-nigeriana Temi Odumosu (Universidade. de Malmö – Suécia); e a fotógrafa, escritora e professora do ICP-Bard (EUA), a norte-americana Qiana Mestrich.
Um dos pontos altos da exposição é a vídeo-instalação “Modos de Fala e Escuta” (com 27 minutos de duração), que reúne o depoimento de sete mães negras sobre maternidade, racismo, memória, ancestralidade, violência e lutas cotidianas. Nesse sentido, outro destaque da mostra é a obra “Mural das Heroínas”, com 20 retratos de líderes negras, desde Luísa Mahin, Tereza de Benguela e Nzinga de Angola às feministas Lélia Gonzalez e Beatriz do Nascimento, além de figuras políticas como Laudelina de Campos e Marielle Franco, entre outras, que simbolizam as conquistas sociais, a luta, a resistência, a voz e o lugar histórico da mulher negra no Brasil. 
A exposição também conta, ainda, com a minibiblioteca Mãe Preta, que conta com publicações de autoras negras contemporânea se uma seção voltada para a literatura infanto-juvenil com títulos sobre protagonismo negro para consulta do público.
Dividida em oito séries, “Mãe Preta” apresenta instalações, colagens e intervenções em gravuras e fotografias, que, reunidas, propõem uma reinvenção poética da iconografia relacionada às mães pretas dentro de uma linguagem contemporânea tendo como ponto de partida imagens fotográficas do acervo do Instituto Moreira Salles, do Rio de Janeiro, e releituras de livros com gravuras de Jean-Baptiste Debret, Johan Moritz Rugendas e outros artistas. Isabel e Patricia criaram intervenções nessas imagens com objetos óticos, como lupas e lentes, que destacam a complexidade das relações das amas-de-leite com as crianças brancas de seus senhores e das mulheres escravizadas e seus próprios filhos dentro de contextos domésticos, urbanos e rurais. 
Para esta edição, as artistas fizeram uma imersão nos contextos específicos de São Paulo e São Luís, para onde a exposição viajará após a etapa paulistana. Na capital paulista, as artistas seguiram o debate sobre o apagamento da história negra da cidade e, no Maranhão, realizaram entrevistas com lideranças femininas dos Quilombos Santa Rosa dos Pretos e Santa Joana, que resultaram em obras inéditas que serão apreciadas pelo público.
O catálogo da exposição será lançado em 10 de novembro, na Galeria Funarte, em São Paulo. Na ocasião, haverá uma oficina gratuita com a escritora, poetisa e cordelista Jarid Arraes, cearense radicada em São Paulo e autora da coletânea “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”, lançado pela Pólen Livros em 2017.


SERVIÇO
“MÃE PRETA” – Concebida pelas artistas visuais Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa
Local: Galeria Mario Schenberg, Funarte, São Paulo
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos
Telefone: 3662-5177
Abertura: 4 de outubro,das 18h às 21h
Visitação ao público: 5 de outubro a 25 de novembro
Horário de visitação: segunda a sexta, das 11h às 19h; sábados e domingos, das 11h às 21h
Entrada: gratuita
Acesso a cadeirantes: sim
Estacionamento: conveniado

RECAPITULATIVO DAS ATRAÇÕES: 
10 de novembro: das 16h às 18h, oficina com Jarid Arraes (convites serão distribuídos meia hora antes do início da atividade)
10 de novembro: às 18h30 acontecerá o lançamento do catálogo

Morumbi Town Shopping recebe exposição Somos Todos Silvestres




Campanha traz famosos pintados como animais silvestres para alertar sobre o risco de extinção das espécies


Por Andréia Bueno
O Morumbi Town Shopping recebe uma exposição especial como forma de conscientização à proteção de animais silvestres. A campanha “Somos Todos Silvestres”, em parceria com a ONG AMPARA Silvestre, leva ao público informações sobre espécies ameaçadas de extinção a partir de fotografias que retratam artistas caracterizados como bichos da fauna brasileira.
Foto: Divulgação
A campanha é estrelada por personalidades como Sophie Charlotte, Astrid Fontenelle, Luísa Sonza, Paloma Bernardi, Derrick Green, entre outras, que apoiam a causa animal e o trabalho desenvolvido há oito anos pela instituição. A ideia é chamar a atenção para as causas do extermínio da biodiversidade, que ameaça o equilíbrio do planeta. O objetivo é ajudar no salvamento de diversas espécies de animais.
“É cada vez mais necessário pararmos para uma profunda reflexão sobre o que está acontecendo com a nossa natureza. Nosso objetivo é levar essa mensagem de conscientização ao nosso público, convidando a todos a pensar nos animais silvestres e na importância em cuidar e proteger nossas espécies mais raras”, comenta Gabriel Lima, Coordenador de Marketing do Morumbi Town Shopping.
Foto: Divulgação
A AMPARA Silvestre visa salvar espécies ameaçadas apoiando projetos de reintrodução para equilíbrio da biodiversidade e também oferecer condições adequadas aos animais que estão condenados ao cativeiro. 
SERVIÇO:
“Somos Todos Silvestres”
Data: Até 21 de outubro
Horário: horário de funcionamento do Shopping (de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h)
Local: Morumbi Town Shopping – 1º Piso (Av. Giovanni Gronchi, 5930 – Vila Andrade, São Paulo/SP)

Linha 4-Amarela recebe exposição sobre o mestre do suspense




Parte da mostra Hitchcock – Bastidores do Suspense, em cartaz no Museu da Imagem e do Som (MIS), circula entre as estações da linha

Por Andréia Bueno
A ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô, e o MIS (Museu da Imagem e do Som), instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresentam para os passageiros da linha um breve recorte da exposição Hitchcock – Bastidores do Suspense. Cartazes de filmes do cineasta, das décadas de 1950 e 1960, estão em exibição na Estação Higienópolis-Mackenzie desde o início de setembro e permanecem para visitação no local até o dia 17 de outubro.
Foto: Divulgação
Os cartazes contêm artes de divulgação de filmes como Janela indiscreta (1954), Um corpo que cai (1958), Psicose (1960) e Os pássaros (1963). As 20 imagens que compõem a exposição apresentam um resumo da obra de Alfred Hitchcock, um dos maiores nomes da cinematografia mundial e considerado o mestre do suspense.
A mostra completa, que conta com itens originais como fotografias, manuscritos, storyboards, croquis de figurinos, matérias de jornais e revistas, fica em exibição no MIS até outubro. A curadoria foi realizada pelo cineasta e ex-diretor do MIS André Sturm, com projeto expográfico e arquitetônico do Atelier Marko Brajovic.
Serviço
Exposição Hitchcock
Estação Higienópolis-Mackenzie – até 17 de outubro

Rafael e a Definição da Beleza, nova exposição do Centro Cultural Fiesp




Reunindo obras do ateliê de Rafael, de seus discípulos e contemporâneos, a exposição destaca o conceito de beleza atrelado ao percurso do artista renascentista

Por Andréia Bueno
Os primeiros anos do século XVI abarcam um dos mais ricos e importantes períodos da história da arte ocidental, a Idade de Ouro do Renascimento. Rafael de Urbino (1483-1520), o mais jovem da tríade formada também por Leonardo da Vinci e Michelangelo, foi considerado o maior e mais perfeito representante desta época. Sua obra inspira-se tanto na Antiguidade Clássica quanto na natureza, materializando-se como síntese de elegância e naturalidade. É para ele que se volta a Rafael e a Definição da beleza – Da Divina proporção à graça, exposição que o Centro Cultural Fiesp recebe de 19 de setembro a 16 de dezembro, com entrada gratuita.
La Perla di Modena, 1518-1520 | RAFAEL [Raffaello Sanzio]
Com curadoria de Elisa Byington e produção da Base7 Projetos Culturais, a mostra se antecipa às celebrações que marcam os 500 anos de morte de Rafael, em 2020. A exposição traz obras de grandes mestres do Renascimento de diversas coleções italianas como a Galleria Nazionale da Umbria e de Modena, a Galleria Borghese e o Palazzo Barberini de Roma, a Santa Casa e o Museo del Tesoro de Loreto, e o Museo Nazionale di Capodimonti de Nápoles. Conta também com obras inéditas da coleção Yunes, de São Paulo, da Fundação Eva Klabin, do Rio de Janeiro, e um conjunto de mais de 50 gravuras produzidas no ateliê de Rafael e seus discípulos que hoje integra o acervo da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Além das obras, a exposição conta com diversos recursos visuais que auxiliam o visitante a compreender o processo de elaboração dos trabalhos gráficos, como é o caso de O Massacre dos Inocentes, gravura influente e de elaboração meticulosa. Entre os destaques, uma projeção monumental de Escola de Atenas, seguindo a escala original da famosa pintura de Rafael que decora o salão Stanza della Segnatura, no Vaticano.
Organizada em oito seções, a mostra convida o público a um passeio pelo fecundo percurso criativo de Rafael e pelas mudanças que a ideia de beleza sofreu ao longo do Renascimento. A mostra tem início na seção intitulada A Divina Proporção, destacando as medidas exatas que orientavam a concepção da beleza à luz dos estudos tanto matemáticos, como o de Luca Pacioli, quanto artísticos, como os tratados de Vitrúvio e de Leon Battista Alberti. Esta seção aborda também a obra de Pietro Perugino, possível mestre de Rafael, que sobre ele exerceu forte influência estética durante parte de sua vida.
O percurso segue pela seção Virtudes da Imitação, que aborda o conceito de imitação como recurso fundamental ao sistema moral e estético do Renascimento. As obras dessa seção apresentam inúmeras referências ao mundo antigo, à natureza e ao próprio mundo das artes. Aqui o público conhece uma das discussões mais importantes da exposição: a imitação e a cópia não excluem a invenção e a originalidade, pelo contrário, instituem um sistema de referências e um clima de competição que vai caracterizar o ambiente renascentista.
A seção Idade de Ouro é dividida em duas partes. A primeira é a Escola de Atenas, famoso afresco de Rafael que decora a Stanza della Segnatura, no Vaticano. Executado entre 1508 e 1511, o afresco faz uma homenagem à Filosofia. A mostra apresenta uma projeção em tamanho real, em 5 por 7,7 metros, além da exibição digital de um cartão preparatório do afresco. A segunda parte trata da rivalidade entre Michelangelo e Rafael, representada pelos dois termos que intitulam a seção Terribilidade e Sprezzatura – em referência ao virtuosismo atormentado da arte de Michelangelo e à elegância e à harmonia da arte de Rafael, respectivamente.
A quarta seção Uma nova beleza marca a ascensão da maneira moderna, com a substituição da objetividade do pensamento matemático pela subjetividade do olhar artístico. A beleza feminina inaugura essa seção com três preciosas Madonas com menino, representantes da típica graça rafaelesca, e com La Perla di Modena, pequeno óleo sobre tela de Rafael, que traz a cabeça de uma mulher, revelando o sublime dos traços do artista. Vê-se também O Triunfo da Galateia, gravura de Marco Dente executada a partir do célebre afresco de Rafael destinado a decorar a Villa Farnesina, acompanhada por uma bacia em maiolica decorada com a mesma imagem.
A mostra conta ainda com um conjunto belíssimo de gravuras da Fundação Biblioteca Nacional, realizadas pela primeira geração de gravadores do artista, jovens assistentes que receberam os originais do próprio mestre ou de seus discípulos. Ainda que não fossem gravadas de próprio punho, as estampas eram marcadas pela inscrição Raphael Invenit – invenção de Rafael, em português -, artifício que distinguiu, pela primeira vez, o papel do gravador do papel do criador, a quem cabiam os direitos autorais e a propriedade da matriz. As gravuras de quase 500 anos despertam a curiosidade de especialistas em todo mundo e ainda são pouco conhecidas do público brasileiro, que terá essa grande oportunidade de vê-las.

Serviço:

Exposição Rafael e a Definição da Beleza – Da Divina proporção à graça
Período expositivo: até 16 de dezembro de 2018
Horários: de terça a sábado, das 10h às 22h e domingos, 10h às 20h
Local: Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp
Endereço: Avenida Paulista, 1313 – Cerqueira César (em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)
Agendamentos escolares e de grupos: (11) 3146-7439 ou ccfagendamentos@sesisp.org.br
Grátis. Mais informações em www.centroculturalfiesp.com.br

Maria Laet participa da 33ª Bienal de São Paulo




Inspirada no que é sutil e silencioso, a artista integra um dos 12 projetos individuais do evento, apresentando ao público vídeos inéditos

Por Andréia Bueno
As sutilezas do cotidiano serviram de inspiração para os vídeos inéditos que Maria Laet apresenta na 33ª Bienal de São Paulo. A artista se atém aos detalhes que passam despercebidos por olhares apressados e traz intervenções poéticas em sua obra. Em Abismo das superfícies I e II, o dançar de luzes e sombras ao som de pássaros do parque do Ibirapuera tomam o chão asséptico da construção modernista de Oscar Niemeyer. Os trabalhos integram o corpo de 12 projetos individuais comissionados pelo evento.
Terra, Parque Lage 2015, ( Maria Laet)
“Quando eu vim ao Pavilhão da Bienal, me impressionou o vazio imenso criado pela arquitetura que se impõe, tão forte. E justamente por ser tudo tão grande e importante, minha atenção se voltou ainda mais para as sutilezas desse espaço vazio, o que há de mais frágil e silencioso naquele contexto, o que não está sendo visto. O contraste entre esses mundos, e onde eles se encontram, é muito potente para mim”, explica Maria Laet.
Paralelamente à Bienal, a artista apresenta a individual Poro na Galeria Marília Razuk. Com curadoria assinada por Bernardo José de Souza, a exposição reúne 11 trabalhos desenvolvidos em suportes diversos: são vídeos, fotografias, monotipias, objetos e uma instalação. Com eles, a artista propõe ao espectador uma pausa no tempo para se despir da necessidade habitual e, muitas vezes, cartesiana, pelo controle. Poro fica em cartaz até 20 de outubro e ocupam as duas salas da Galeria.
Serviço:
33ª Bienal de São Paulo – Afinidades afetivas
Até 9 de dezembro de 2018
Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
Poro, individual de Maria Laet
Local: Galeria Marília Razuk
Endereço: Sala 1 | Rua Jerônimo da Veiga, 131 || Sala 2 | Rua Jerônimo da Veiga 62- Itaim Bibi, São Paulo – SP
Abertura: 25 de agosto, sábado, das 12h às 17h
Período expositivo: de 27 de agosto a 20 de outubro
Visitação: de segunda a sexta, das 10h30 às 19h | Sábado, das 11h às 16h
Entrada gratuita

JAPAN HOUSE São Paulo apresenta a exposição Dimensão do NONOTAK




Imersiva e tecnológica, a mostra retrata uma vertente moderna e jovem do Japão contemporâneo, aberto ao público a partir de 02 de outubro, no térreo do centro cultural

Por Andréia Bueno
Inspirada pela cena jovem e pulsante da cidade de Tóquio, a JAPAN HOUSE São Paulo apresenta Dimensão, do duo NONOTAK, que propõe a quebra entre as fronteiras das artes visuais e da arquitetura. São três instalações imersivas e sensoriais, que ficam em cartaz de 02 de outubro até 06 de janeiro de 2019, no térreo do centro cultural.
Foto: Divulgação
O trabalho de NONOTAK, fundado em 2011 pelo arquiteto e músico japonês Takami Nakamoto e a ilustradora Noemi Schipfer, marca presença em apresentações, instalações, site specifics (obras idealizadas para um ambiente e lugar determinado) e performances. Realizadas nos mais diversos espaços, seus trabalhos alteram a perspectiva espacial dos visitantes e apresentam uma nova relação entre arte, som, tecnologia e público por meio de uma linguagem dinâmica. A atuação do coletivo é uma forma de homenagem à cultura japonesa, mesclando ancestralidade e novas mídias de modo pioneiro e inovador. Suas obras cinéticas e luminosas, com trilha sonora própria, propõem uma experiência que subverte as noções de tecnologia e arquitetura, utilizando um viés poético e contemporâneo.
Com curadoria do THE FORCE, coletivo de tecnologia de arte, a mostra Dimensão levanta a reflexão sobre o permanente avanço da tecnologia e sua inserção no universo das artes por meio de três obras impactantes, como “Magnitude”, uma instalação sensorial com barras de LED e programação avançada que, partindo da presença do corpo físico, propõe uma imersão visual mediada pela interferência tecnológica.
Já a instalação imersiva “Daydream V.5 Infinite” é feita com projeção a laser, espelhos e sonorização, que dialogam com a sensação de infinito e geram distorções espaciais, que estabelecem uma conexão física entre o espaço real e o espaço virtual. Dentro dela, o espectador é convidado a viver um distanciamento da realidade, considerando que raios de luz são usados para gerar espaços abstratos, enquanto o som cria os ecos do espaço virtual.
Além de possibilitar aos espectadores essa vivência do que poderia ser uma nova dimensão de realidade, os artistas também usam a inovação das técnicas de iluminação para criar a obra “Zero Point Two”, instalação sonora e visual feita com fibra óptica laser, em que raios de luz são transmitidos aleatoriamente, desenvolvendo infinitas formas geométricas. Entre a criação de um losango ou um círculo, o público observa a rapidez de transformação em um espaço que traz a ilusão de ilimitado. Inovar a vivência do público com a arte e se reinventar no meio dos avanços tecnológicos, são os objetivos do duo NONOTAK, que enfatiza em seu trabalho a importância da interação entre o espectador e a obra.
Serviço – Dimensão
JAPAN HOUSE São Paulo – Avenida Paulista, 52 (Piso Térreo)
De 02 de outubro a 06 de janeiro 2019
Horário de funcionamento:
Terça-feira a Sábado: das 10h às 22h
Domingos e feriados: das 10h às 18h
Entrada gratuita
Confira a programação no www.facebook.com/JapanHouseSP/