Paisagem Ambulante 381 no Centro Cultural FIESP




A exposição do fotógrafo mineiro Daniel Moreira apresenta o longo registro que realizou da BR-381, revelando pessoas e paisagens singulares


Por Andréia Bueno
Numa plena e constante imersão pelo trecho de duzentos quilômetros da BR-381, o fotógrafo mineiro Daniel Moreira registrou a dinâmica social da rodovia por meio de retratos de andarilhos e suas paisagens, levando o espectador a refletir sobre a teia de relações que se estabelece entre o ser e a estrada.
Foto: Daniel Moreira
Neste longo e silencioso travelling, o artista flanou ao longo de cinco anos pelas bordas da BR-381, entregando-se inquieto às coisas do mundo, tecendo uma ontologia fotográfica que mapeia as reconfigurações e as estranhezas da paisagem habitada, buscando um outro tempo, um tempo de lentidão e pormenor.
Na sua poética, Daniel dá-nos uma nova dimensão da vida e revela-nos um retrato perturbador que emerge ternura, espanto e uma lufada de irrealidade. Ofuscado pela melancolia e pelo duro contraste com o real, estas imagens provocam uma estranheza inesperada, impondo um atrativo dramatismo idílico de documentação que poderia ser fictícia, mas não é.
A mostra contempla um conjunto de quarenta fotografias e um vídeo, em que fragmentos e fósseis de objetos recuperam o fio da sua geografia e situam o autor nas margens do mundo, na qual ele mesmo se mimetiza tal qual um andarilho a atravessar a paisagem.
Serviço
Até 14 de outubro
Terça a sábado, das 10h às 22h
Domingo, das 10h às 20h
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
Ficha Técnica
Fotografias: Daniel Moreira
Curadoria: Ângela Berlinde

CENTRO CULTURAL FIESP
Galeria de Fotos
Avenida Paulista, 1313

Esquinas que me Atravessam no CCBB




Por Nicole Gomez

O Centro Cultural Banco do Brasil, com curadoria de Mario Gioia,  apresenta a exposição “Esquinas que me Atravessam”, até o dia 22 de outubro. Trata-se de uma mostra individual de Rodrigo Rossi, que usa elementos descartados da construção civil para compor a mostra, dando um uso criativo às peças.
Foto: Divulgação
São cerca de 20 obras inéditas, feitas entre 2016 e 2018. O destaque da mostra é a grande instalação Corpo Acomodado (2018), peça central da exposição. Além desta, estão as esculturas de parede feitas de madeira, concreto e metal (séries “Walk the line” e “Cestas”, e as obras “Qualquer dia da semana é primavera”, “Ser reativo” e “Spyro Gyro”); além de uma série composta por cinco xilogravuras sobre papel, feita a partir de matrizes também originárias dos vestígios de edificações urbanas. 
Rodrigo Sassi é graduado em Artes Plásticas pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado. Nascido em São Paulo, já participou de diversas residências artísticas, como a Cité Internacionale des Arts de Paris (2014/2015) na França, e Sculpture Space nos Estados Unidos (2016). Realizou exposições individuais em galerias e instituições, no Brasil e no exterior, estando entre elas, “Mesmo com dias maiores que o normal”, no Centro Cultural São Paulo, em 2017 e “Las pequeñas distracciones que te llevan al desvío”, na galeria Arredondo Arozarena, na Cidade do México, em 2015.
Foto: Divulgação
SERVIÇO:
Rodrigo Sassi: Esquinas que me atravessam
Curadoria: Mario Gioia
Visitação: até 22/10/18; quarta a segunda, das 9h às 21h
Onde: CCBB – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro, São Paulo (Subsolo)
Entrada gratuita

Morro da Urca recebe exposição de arte




Dentro do projeto INTERVENÇÕES Bradesco ArtRio, mostra terá o tema “Monumento ao Monumento”

Por Andréia Bueno

O projeto INTERVENÇÕES Bradesco ArtRio, exposição de arte com obras de grande escala que acontece na mesma semana que a ArtRio, vai ocupar o Complexo Turístico Bondinho Pão de Açúcar de 25 a 30 de setembro. 

Foto: Divulgação
Com o título “Monumento ao monumento” a mostra terá 10 obras de artistas contemporâneos em um dos mais conhecidos cartões postais da cidade. A curadoria da mostra é de Ulisses Carrilho. Artistas presentes na mostra: Anitta Boa Vida / Carmela Gross / Eleonora Fabião / Laura Lima / Lenora de Barros/ Marcelo Cidade / Paulo Bruscky / Paulo Paes / Rafael RG e  Sara Ramos

Com foco em levar arte para espaços abertos com grande concentração de público, o INTERVENÇÕES Bradesco ArtRio é realizado desde 2013 e já teve edições nos jardins do Museu de Arte Moderna MAM/RJ, nos jardins do Museu da República e na Praça Paris.

Reconhecida como uma das mais importantes feiras de arte, a ArtRio se destaca pelos bons resultados alcançados pelos galeristas que participam no evento. Além de receber importantes colecionadores e curadores brasileiros e internacionais, a feira desenvolve um importante trabalho de estimular o crescimento de um novo público através do acesso à cultura. O evento faz parte do calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro.

Além da presença dos nomes de forte relevância já estabelecidos no segmento, a ArtRio possui como foco também apresentar novas galerias e jovens artistas, grandes apostas para o mercado de arte, trazendo frescor e inovação à feira.

Acesso

Nos dias de exposição, os visitantes da ArtRio terão 15% de desconto no ingresso do Bondinho com a apresentação de ingresso da feira ou da credencial VIP. Cariocas e moradores do Rio de Janeiro e Grande Rio têm 50% de desconto na compra do ingresso com a promoção Carioca Maravilha. Os descontos não são cumulativos e maiores informações estão disponíveis no site www.bondinho.com.br

SERVIÇO – INTERVENÇÕES BRADESCO ARTRIO 2018

Data: 25 a 30 de setembro (quarta-feira a domingo)

Abertura: 25 de setembro, 15h

Bondinho Pão de Açúcar – Avenida Pasteur 520

Horário de visitação: das 08h às 20h

Ingresso: R$ 110,00 (preço bilheteria / inteira) – R$ 99,00 (preço site / inteira)


SERVIÇO ARTRIO 2018

Data: 27 a 30 de setembro (quinta-feira a domingo)

Preview – 26 de setembro (quarta-feira)

Ingressos: R$ 40 / R$ 20

Passaporte para 4 dias (quinta a domingo) – R$ 100

Horários: Quarta a sábado – 13h às 21h

Domingo – 13h às 20h

Venda de ingressos: www.tudus.com.br (venda antecipada a partir de 14/08)

Nos dias de evento – bilheteria no local

Local: Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória

Estacionamento no local, sujeito a lotação

Metrô: Estação Glória



Instagram: @artrio_art

Casa de Vidro/ Instituto Bardi: exposição de Claudia Jaguaribe




Por Nicole Gomez



A fotógrafa Claudia Jaguaribe lança, na Casa de Vidro sua exposição De Claudia para Lina, a imagem de um entre-lugar, para criar novas imagens de e para o projeto de Lina Bo Bardi. A premissa da exposição, e o espectador pode entender isso assim que chegar à exposição, é um lugar atravessado pelas cicatrizes do tempo e do uso.

Foto: Divulgação

A fotógrafa faz um bom uso das instalações do local para criar belas imagens em azul e verde. Entre o orgânico e a solidez, o dia e a noite, ela se apropria das linhas da arquitetura e aproveita a abundância selvagem – tudo sob a condição de suspensão que também inspira e, mais ainda, orienta a montagem final da mostra.
Se o objetivo da arquitetura de Lina é encontrar “a comunhão entre a natureza e a ordem natural das coisas, opondo aos elementos naturais o menor número de elementos de defesa” – como a arquiteta descreve no texto Residência do Morumbi há 65 anos – Claudia registra e expõe isso com maestria. 

Serviço:
De Claudia para Lina, a imagem de um entre-lugar.
Data: até 28 de outubro de 2018
Local: Casa de Vidro – Rua General Aumério de Moura, 200 – Vila Morumbi, São Paulo – SP

A falta que você faz no MIS




Por Andréia Bueno

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apresenta a mostra imersiva A falta que você faz, com retratos da fotógrafa brasileira Marizilda Cruppe, no MIS. A instalação conta um pouco da história, desafios e angústias de 16 famílias que sofrem com o desaparecimento de um familiar, uma experiência invariável e incontestavelmente devastadora.

Foto: Divulgação

Realizados entre agosto de 2016 e dezembro de 2017, os retratos e depoimentos que compõem a mostra, com vídeos produzidos com apoio da Realejo Filmes, foram editados em videomapping por Rogério Costa especialmente para o espaço do museu paulistano. Assim, o visitante da exposição vivencia uma experiência de imersão no dramadas personagens.

“Quando se expande o material, você diminui o papel do espectador, que se vê cercado por imagens de grande apelo visual. Você vê a pele das pessoas, ouve seus relatos e sente empatia pelo sofrimento delas”, declara Marizilda, que acredita no potencial transformador e mobilizador da imagem.

Com essa exposição, que foi exibida no ano passado no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília, a fotojornalista e o CICV ampliam o alcance da questão do desaparecimento para um público mais vasto, sensibilizando-o quanto a esse tema que aflige milhares de pessoas.

Segundo um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) durante o ano de 2017,82.684 casos de desaparecimentos foram reportados às polícias civis no Brasil. Somente em São Paulo, onde o CICV desenvolve atividades para responder à problemática, foram registrados 25.200 desaparecimentos em 2017.

Serviço
A falta que você me faz
Até 30 de setembro

Horários
10h-20h ter a sáb
09h-18h dom e feriados

Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158, Jd. Europa
São Paulo – SP, Brasil
CEP 01449-000
11 2117 4777

Foyer LABMIS – 2º andar 
Ingresso: gratuito

Exposição Ajoelhou Tem que Rezar




Por Andréia Bueno

Obras autorais de Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann, elaboradas sobre suportes de madeira idênticos e sem assinatura aparente, formarão um painel único que convida o espectador, junto às artistas, a dar significado ao que está exposto.
“Ao Quadrado”,  da artista plástica Beth Turkieniez faz parte da exposição coletiva (Foto: Divulgação)

Em “AJOELHOU TEM QUE REZAR” o suporte é o ponto de partida. As artistas Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann trabalharam a partir de suportes de madeira idênticos, de 40X40cm, que serão expostos na Mônica Filgueiras Galeria de Arte de maneira a construir uma unidade, um único corpo, que será batizado com o nome da exposição. 

Assim, optou-se por não identificar as obras, diluindo a autoria e assumindo a forma de uma colcha de retalhos que convida o espectador, junto às artistas, a dar um novo significado ao que está exposto. Com a obra, BETH TURKIENIEZ, ELAINE GOMES E PATRÍCIA KAUFMANN propõem assuntos relacionados aos nossos conflitos diários, enraizados no desespero do excesso de informação que nos cerca, onde a privacidade é nula e tudo parece efêmero, líquido. Fragmentos do cotidiano, indagações, sentimentos, angústias, questionamentos e momentos que habitam o interior dessas mulheres, únicos e particulares, mas também universais e compartilhados. Soma-se isso ao intangível, que é costurado no espaço da Galeria, unindo os retalhos em harmonia.

Fragmento do painel “Ajoelhou tem que Rezar” (Foto: Divulgação)

A não conformidade e a quebra do padrão marcam a trajetória das artistas que há 14 anos têm suas carreiras intercaladas em Projetos, como o Tupyexxx-mulder, 1º coletivo abraçado por Mônica Filgueiras, em exposição exibida em 2007. Em tempos de liquidez e quebra do particular, torna-se latente a necessidade de escancarar o que está dentro de nós. Gritar e não ter receio da resposta. Assim como se estiver na chuva é para se molhar, se ajoelhou, tem que rezar! E se ajoelhou?!….Glória!
Serviço
AJOELHOU TEM QUE REZAR
Coletivo das artistas Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann.
Exposição: de 21 de setembro a 20 de outubro
Horário: de seg a sex: das 10h30 às 19h / sáb: das 10h30 às 14h30

MÔNICA FILGUEIRAS GALERIA DE ARTE
R. Bela Cintra, 1533 – Consolação
11. 3081.9492