O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, apresenta o 35º Panorama da Arte Brasileira




Por Monise Rigamonti

“Há porém duas maneiras bem definidas de participação: uma é a que envolve “manipulação” ou “participação sensorial corporal”, a outra que envolve uma participação “semântica”. Esses dois modos de participação buscam como que uma participação fundamental, total, não-fracionada, envolvendo os dois processos, significativa, isto é, não se reduzem ao puro mecanismo de participar, mas concentram-se em significados novos, diferenciando-se da pura contemplação transcendental”. Esquema Geral da Nova Objetividade, Hélio Oiticica 

Foto: Laysa Elias
Nesta semana, na terça-feira (26), abriu a exposição 35º Panorama da Arte Brasileira que leva o título de Brasil por Multiplicação e conta com a curadoria de Luiz Camillo Osório. A exposição está em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo até dezembro. 
Participam mais de 19 artistas e coletivos, consagrados e emergentes no circuito artístico brasileiro, as obras estão divididas entre a Grande Sala e a Sala Paulo Figueiredo, entre os artistas estão Dora Longo Bahia (SP), José Rufino (PB), Fernanda Gomes (RJ), Coletivo Mão na Lata e Tatiana Altberg (RJ).  No Projeto Parede participa o coletivo indígena MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin do Acre (AC), com uma pintura criada para o evento. Para a Sala de Vidro, o artista João Modé desenvolveu uma instalação inédita.  

Inspirada em dois textos críticos, um deles é do professor e crítico de literatura Roberto Schwarz chamado “Nacional por Subtração”, publicado em 1986. O outro texto é do artista multimídia Hélio Oiticica, com a nota Esquema Geral da Nova Objetividade, divulgado em 1967. 

Foto: Laysa Elias

O texto “Esquema Geral da Nova Objetividade” foi escrito em um momento nacional politicamente tenso. Hélio Oiticica, destaca seis características da arte brasileira: (1) vontade construtiva; (2) tendência para o objeto; (3) participação do espectador (corporal, tátil, semântica); (4) abordagem e tomada de posição em relação a problemas políticos, sociais e éticos; (5) tendência para proposições coletivas; (6) ressurgimento e novas formulações do conceito de antiarte. Esses conceitos foram a base para outras articulações da montagem da exposição e diálogo entre as obras de arte. 

Ainda sobre as reflexões do artista, o curador da exposição acrescenta “o pensamento se refere ao momento inaugural da produção contemporânea, o atravessamento entre arte e cultura, estética e política, indivíduo e coletividade estavam sendo inaugurados. O desafio do artista em colocar a sua voz pela primeira vez”. 

Reunidos diversos projetos, a mostra, tem como principal objetivo fazer um Panorama da Arte Brasileira. Encontramos instalações como o trabalho coletivo do RUA Arquitetos, MAS Urban Design e ETH Zurich, cuja a proposição do coletivo é trazer o Varanda Products, projeto de objetos funcionais para espaços que são ao mesmo tempo externos e internos e têm sua tradução mais popular nas lajes das periferias, entre eles o “ombrelone” que protege do sol e ao mesmo tempo capta água, a espreguiçadeira que também tampa a caixa d’água, cadeiras e mesas descartáveis, etc. Ou ainda o trabalho de João Modé, instalação inédita, que o carioca cria um jardim dentro da Sala de Vidro do MAM, em relação a uma escultura neoconcreta de Willys de Castro, na tensão entre natureza e cultura. 

    Romy Pocztaruk – Reator Argonauta – Foto: Laysa Elias

Há ainda projetos como do artista Ricardo Basbaum, na abertura apresentou uma performance chama “Conversas Coletivas”, constituído por uma leitura coletiva, que resultará em um diagrama desenhado na parede da Grande Sala, exibido durante a mostra. O trabalho do Cadu, instalação inédita, composta por uma mandala gigante feita de peças de crochê, e um vídeo. Podemos, através das diferentes obras e estéticas apresentadas na mostra, ver um Brasil entre a cidade e a floresta, as comunidades periféricas e os centros cosmopolitas, entre o caos, a indeterminação e o mito.

Quando questionado sobre o papel das artes no cenário atual, o organizador da exposição, Luiz Camillo Osório responde: “A arte sempre será sempre esse lugar de encontros inesperados, de encontros com a pluralidade, de conviver com as diferenças, esse é o grande ensinamento da arte, essa é a sua grande potência que a arte nos oferece nesse momento de crise, em que as diferenças são tão massacradas e as vozes tão enfatizadas. Como a arte pode desarmar essas reações e pensar uma outra proposição, uma outra possibilidade de invenção. O papel da arte é viabilizar a invenção e a experimentação, apostar na liberdade”. 

Por meio de diversos trabalhos artísticos como performances, vídeos, instalações, objetos e outros é possível estabelecer uma interação, dos mais diferentes níveis, envolvimentos e aptidões com o público, que de acordo com a sua vontade e disponibilidade pode criar outros olhares, interações e envolvimentos com as obras ali apresentadas. A exposição pretende criar um outro olhar para a arte contemporânea brasileira e as pluralidades culturais, étnicas, religiosas, ideológicas, que o nosso país atravessa. É possível perceber como diferentes recortes podem constituir um novo olhar menos separatista e mais unificador, se soubermos respeitar as diferenças. 


Serviço
35º Panorama da Arte Brasileira – Brasil por multiplicação
Visitação: 27 de setembro a 17 de dezembro de 2017
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera, próximo aos portões 2 e 3.
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até às 18h)
Ingresso: R$ 6. Gratuito aos sábados.
Agendamento gratuito de grupo: 5085-1313 | educativo@mam.org.br

Artistas que pintam com a Boca e os Pés assinam exposição no Continental Shopping




Atração interativa com tecnologia de realidade aumentada, faz com que o público tenha um novo olhar sobre cada obra

Por Redação

O Continental Shopping recebe até 30 de setembro a exposição “Arte da Boca aos Pés” e convida seus clientes e visitantes para uma experiência inédita.

Foto: Divulgação
Em homenagem à chegada da Primavera, o empreendimento em parceria com a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, reunirá obras de 15 artistas brasileiros, que utilizam a boca ou os pés como instrumento para criar pinturas diversas com técnicas de aquarela, pintura acrílica ou a óleo, que dão forma a paisagens e cenários coloridos que comemoram a estação mais florida do ano.

Unindo arte e tecnologia, o Continental Shopping disponibilizará durante a exposição gratuita uma experiência imersiva em cada quadro da atração.

Ao baixar o aplicativo CONTINENTAL SHOPPING RA, disponível para as plataformas iOS e Android, será possível obter um novo olhar sobre a obra, que ganha vida por meio da realidade aumentada, tecnologia geralmente utilizada em games e que integra elementos reais e virtuais num mesmo espaço.

Foto: Divulgação
Um painel, de 2,90 metros de altura, servirá como cenário para fotos, fazendo com que cada um se sinta ainda mais próximo da arte exposta.

A atração, localizada na Praça de Eventos, contará também com 10 aparelhos tablets para o público ter acesso à tecnologia de imagem.

No próximo sábado, dia 30 de setembro, o shopping receberá no mesmo espaço da mostra um artista que demonstrará seu dom pintando uma nova obra ao vivo. No local será possível conhecer um pouco mais do trabalho da organização e também adquirir cartões de diversos modelos com pinturas de artistas de todo o país.


Serviço

Exposição “Arte da Boca Aos Pés”

Período: Até 30 de ssetembro

Horário: De segunda a sábado das 10h às 22h e domingos das 14h às 20h

Local: Praça de Eventos – Piso 1

Endereço: Avenida Leão Machado, 100 – Jaguaré – São Paulo – SP

Mais informações: (11) 4040-4981 – www.continentalshopping.com.br

Fundação Edson Queiroz realiza exposição no Museu Coleção Berardo, em Lisboa




Por Redação

Alberto da Veiga Guignard: Balões (1947) | Óleo sobre tela – Foto: Divulgação

A partir de 27 de outubro, o Museu Coleção Berardo, de Lisboa, recebe a exposição Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz. A mostra reúne 76 obras do acervo da instituição brasileira – uma seleção dos mais expressivos trabalhos criados por artistas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1960.

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e projeto expográfico de Daniela Alcântara, a exposição faz parte da itinerância iniciada em 2015, com passagens pela Pinacoteca de São Paulo; Casa Fiat, em Belo Horizonte; Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre; Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e, mais recentemente, na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. Em Lisboa, a mostra segue em cartaz até 4 de fevereiro de 2018.

A coleção na mostra

Ao longo dos últimos 30 anos, a Fundação Edson Queiroz (FEQ), mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), constituiu uma das mais sólidas coleções de arte brasileira. No Museu Coleção Berardo, um dos destaques será Duas Amigas, de Lasar Segall, pintura referencial da fase expressionista do artista. A exposição percorre também os chamados anos heroicos do modernismo brasileiro, apresentando obras de Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret.

A segunda geração modernista, que desponta na década de 1930, está representada por artistas como Alberto da Veiga Guignard, Cândido Portinari, Ernesto De Fiori e Flávio de Carvalho. Deste período, merecem destaque as obras de Alfredo Volpi e José Pancetti, que estabelecem uma transição entre a pintura figurativa e a abstração.

“O recorte escolhido pela curadora possibilita também fazer as mais diversas associações entre a trajetória de nossos artistas e o contexto histórico e artístico internacional. Essas foram décadas marcadas por profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais em todo mundo”, frisa o vice-reitor de extensão da Unifor, professor Randal Pompeu.

Museu Coleção Berardo – Foto: Divulgação
O núcleo dedicado à abstração geométrica – tendência dos últimos anos da década de 1940 e que se consolida na década de 1950 – abrange pintores do grupo Ruptura, de São Paulo, e artistas dos grupos Frente e Neoconcreto, ambos do Rio de Janeiro. Alguns dos nomes presentes nesse segmento são Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Lygia Clark e Willys de Castro, entre outros. Dois pioneiros da arte cinética também participam desta seleção: Abraham Palatnik e Sérvulo Esmeraldo.

Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz encerra com a produção das décadas de 1950 e 1960, revelando uma diversidade de expressões artísticas, evidentes nas obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Iberê Camargo. A mostra reúne ainda uma seleção de nomes que não aderiram a nenhum grupo da época, mas que adotaram uma linguagem abstrato-geométrica singular, mesclando-a com certo lirismo. Destacam-se, nessa seção, os pintores Antonio Bandeira, Maria Helena Vieira da Silva e Maria Leontina.

Serviço

Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz

Local: Museu Coleção Berardo, Lisboa, Portugal

Endereço: Praça do Império, 1449-003 | Lisboa, Portugal

Coquetel de abertura: 26 de outubro/2017

Período expositivo: de 27 de outubro/2017 a 4 de fevereiro/2018

Rá-Tim-Bum, o Castelo fica até fevereiro no Memorial




Ingressos para a terceira temporada começam a ser vendidos na terça, dia 26/9, em www.ratimbumocastelo.com.br e na bilheteria do Memorial

Por Redação

Sucesso e líder de público no Brasil em 2017, a exposição Rá-Tim-Bum, O Castelo foi novamente prorrogada e poderá ser visitada até o dia 4 de fevereiro de 2018. O projeto é uma realização da Fundação Memorial da América Latina e do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a TV Cultura e a Caselúdico.

Foto: Daniela Agostini
“A decisão de prorrogar mais uma vez a exposição – explica Irineu Ferraz, presidente do Memorial da América Latina – levou em conta o grande número de pedidos que chegam todos os dias por nossas redes sociais. A prorrogação também atende aos interesses de muitos fãs do seriado que moram fora da capital e querem aproveitar a semana do Dia das Crianças e as férias escolares do final de ano para vir a São Paulo”.

A terceira temporada chega com uma novidade. Quem conta é o diretor Felipe Pinheiro. “Teremos um novo cenário dentro da exposição: um grande mural para que as pessoas extravasem suas  emoções, deixem seu autógrafo, façam selfies e, assim, eternizem o momento da visita”.

Público – Embora não haja, no Brasil, dados atualizados em relação à frequência de público em eventos artísticos e museológicos, “Rá-Tim-Bum , o Castelo” está entre as mais visitadas do mundo. De 31 de março, quando foi inaugurada,  até 30 de setembro – fim da primeira prorrogação  -570 mil pessoas terão visitado a exposição. A este número somam-se ainda 20 mil visitas com ingressos gratuitos, cedidos para escolas públicas, além de entidades filantrópicas e assistenciais.

De acordo com levantamento feito a partir de informações da revista britânica The Art Newspaper – que mapeia o público de museus -, esses números colocam o projeto entre os top 5 mais visitados em todo o mundo.

Em 2016, o Memorial da América Latina estabeleceu seu recorde histórico de público, com mais de 2,2 milhões de visitantes. Parcela significativa dessa marca coube ao evento em que o Memorial recriou a Vila do Chaves, em parceria com o SBT, visto por mais de 250 mil fãs do seriado mexicano.

Serviço
Rá-Tim-Bum, o Castelo – Terceira Temporada
Data: De 1/10/2017 a 4/2/2018

Visitações: Terça a sexta-feira, das 9h às 21h | sábados, domingos e feriados, das 9h às 22h
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada, R$ 10,00)
Bilheterias (Vendas a partir de 26/9): Memorial e www.ratimbumocastelo.com.br
Funcionamento da bilheteria do Memorial: terça a sexta-feira, das 9h às 18h | sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h.
Estacionamentos: portões 4, 8 e 15 (pagos)
Recomenda-se transporte público até o Terminal Barra Funda
Acesso: portões 8, 9 e 12
Classificação livre

By Kamy participa da exposição Vertical




Hermes Santos, em parceria com o Azimut Wealth Management, apresenta exposição que convida o público a viajar pelo tempo e espaço

Por Redação

O Instituto Europeo di Design (IED) recebe de 19 de setembro a 13 de outubro, a exposição individual Vertical de Hermes Santos. Em parceria de Azimut Wealth Management, são apresentadas as obras recentes do artista que convida o público a viajar pelo tempo e espaço, protagonizados por três universos: celestial, terrestre e marinho. 

Tarsila do Amaral – A Feira / Foto: Divulgação
Tendo como fio condutor a produção e evolução artística através dos tempos, unindo tecnologia, arte e design, Hermes traz o Espaço Tarsila By Kamy. Perpetuando tradições por meio da arte têxtil em tapeçarias exclusivas que são verdadeiras obras de arte, a By Kamy investe em obras da artista Tarsila do Amaral, que na exposição, serão apresentadas de forma única e contemporânea. 

No Espaço Gravidade, a Linha Orbis, em latim “mundo”, também exclusividade da marca da By Kamy, traz os tapetes tecidos em poliéster no formato circular através da confecção que mescla o processo industrial à expertise de tecelões qualificados, em composição com a Cadeira Vênus, nova aposta do artista, que explora a arte do design em seus projetos.


Serviço

Exposição Vertical

Data: 19 de setembro a 13 de outubro.

Horário: Segunda-feira a Sexta-feira, das 08h às 22h.

Entrada: Gratuita

Endereço: Istituto Europeo di Design (IED) – R. Maranhão, 617 – Higienópolis, São Paulo – SP.

By Kamy : www.bykamy.com

Exposição Desvendando o Universo de Amélie Poulain está no Shopping Frei Caneca




Mais de 100 peças retratam o mundo singelo e sensível da personagem

Por Redação
Com curadoria de Hugo Umberto Carmesim, o Shopping Frei Caneca traz a exposição “Desvendando o Universo de Amélie Poulain”, personagem principal do longa metragem francês, sucesso nos cinemas. A mostra tem 100 obras e 5 itens decorativos que destacam a ótica de diversos artistas plásticos para a vida de uma jovem tímida e sonhadora que vive em seu mundo particular.

Foto: Divulgação
Entre os objetos estão o Anão de Jardim, que traduz a forma encontrada pela personagem de dizer ao seu pai para aproveitar a vida. No filme, o objeto some e o senhor Poulain recebe diversas fotos do Anão de Jardim em várias partes do mundo. Outros vários objetos que serviram de metáforas no Longa, bolinhas de gude, alcachofra, saco de ervilha, entre outros, estão na exposição e contam um pouco da visão de cada um dos artistas que compõe a mostra.

Serviço

Exposição: “Desvendando o Universo de Amélie Poulain”

Período: De 22 de setembro a 15 de outubro

Local: Piso TS – entrada principal do shopping

Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César

Mais Informações: (11) 3472-2075 – www.freicanecashopping.com.br