Carybé ganha exposição na Caixa Cultural São Paulo




Por colaboradora: Michele Lemos

A Caixa Cultural São Paulo apresenta a exposição As Cores do Sagrado, um registro das tradições do candomblé da Bahia a partir de 50 obras com os traços leves, coloridos e minuciosos do artista Carybé. Argentino no nascimento (Lanus,1911), carioca por criação e baiano por opção, Carybé foi um dos mais produtivos e inquietos artistas que o Brasil abrigou.

Foto: Divulgação

As imagens foram produzidas ao longo de 30 anos de pesquisas, entre 1950 e 1980, e são registros de vivências pessoais do artista nos terreiros que frequentava. As casas estão entre as mais tradicionais da religiosidade de matriz africana, na tradição nagô, jeje e angola. Uma vez que não é permitido filmar ou fotografar cerimônias do candomblé, a memória fotográfica de Carybé foi o seu principal recurso para retratar com exatidão e riqueza de detalhes as práticas, desde os ritos de iniciação, passando pelas festas e incorporação dos orixás até os rituais fúnebres, em uma sequência didática dos cultos envolvidos.

As 50 obras selecionadas foram reunidas originalmente no livro Iconografia dos deuses africanos no candomblé da Bahia (1981). Composta por 128 aquarelas de Carybé, com introdução do escritor Jorge Amado e textos antropológicos do fotógrafo e etnólogo Pierre Verger e do historiador Waldeloir Rego, a publicação representa uma recriação da participação do elemento negro na cultura baiana ao passo que preserva a memória histórica do Brasil, por ter sido a Bahia a primeira porta de entrada da miscigenação no país. Esgotado desde a última edição, atualmente o livro é encontrado apenas nas mãos de colecionadores.

A mostra fica em cartaz até dia 28 de fevereiro na Caixa Cultural São Paulo.

Serviço:
Exposição “CARYBÉ As Cores do Sagrado”
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro)
Visitação: Até 28 de fevereiro de 2017 (terça-feira a domingo)
Horário: 9h às 19h
Informações: (11) 3321-4400
Classificação indicativa: livre
Entrada franca
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Mostra A Mão do Povo Brasileiro: 1969-2016, últimas semanas no MASP




Por colaboradora Débora Blair

Crédito: Divulgação
Já ouviu falar da Mostra “A Mão do Povo Brasileiro: 1969-2016”, em exibição no MASP desde 02/09/16? Ainda dá tempo de conferir: fica aberta até 22/01 (sábado), e eu garanto que você não vai se arrepender!

A mostra consiste em uma recriação da exibição quase homônima de 1969, também ocorrida no MASP no ano de sua inauguração na Avenida Paulista (para quem não sabe, o museu não foi sempre nos Jardins – nasceu na Rua 7 de Abril no ano de 1947). A diretora na época era ninguém mais, ninguém menos do que a arquiteta e design modernista Lina Bo Bardi, que contou com a ajuda do marido Pietro Bo Bardi (o então diretor geral do museu), do cineasta Glauber Santos e do diretor teatral Martim Gonçalves para realizar a exposição. 

O propósito de Lina com “A mão do Povo Brasileiro” era a dessacralização da cultura popular e valorização da mesma, em uma época na qual artistas verdadeiramente brasileiros não tinham seus trabalhos reconhecidos simplesmente por não terem estudos e nem grandes obras famosas. Dessa forma, ela desejava mostrar ao público que não existem barreiras entre arte, artefato e artesanato, já que a exposição é composta não somente por objetos convencionais como pinturas e esculturas, mas também por outros itens que devem ser considerados tão artísticos quanto. 

E por que eu disse “exibição quase homônima” lá em cima? Porque, obviamente, a mostra original não contava com a data de “1969-2016” em seu nome, já que aconteceu exclusivamente em 1969. Agora, na era pós-moderna, os curadores Adriano Pedrosa, Julieta González e Tomás Toledo recuperam o significado original da criação de Lina Bo Bardi e exibem quase 1000 objetos confeccionados por artistas autodidatas brasileiros como Agnaldo dos Santos, Agostinho Batista de Freitas e Madalena dos Santos Reinbolt. Desse total apenas 55 estavam na mostra original. O conteúdo varia desde mobília (armários, cadeiras, mesas, relógios “cuco”, arcas, baús) até artefatos religiosos (santos, carrancas, ferramentas de orixás) passando por utensílios de cozinha (recipientes de cerâmica, colheres de pau, panelas), vestimentas (adornos, joias, adereços indígenas), objetos de decoração e instrumentos musicais.

Tais itens são expostos em nichos de madeira e estantes rústicas, isso quando não estão pendurados diretamente nas paredes ou organizados em pequenas “ilhas” no chão; esse conceito atribui à mostra um caráter puramente original – a arte pela arte, a não necessidade de adornos. Além dos objetos, são exibidos também filmes e documentários relativos ao tema da cultura material popular – por exemplo, “A Mão do Povo” (Lydia Pape), “Deus e o diabo na Terra do Sol” (Glauber Rocha) e Ganga Zumba (Cacá Diegues).

O museu (Avenida Paulista, 1578) fica aberto de terça a domingo das 10h às 18h e o ingresso custa R$ 25,00 (meia R$ 12,00). Entrada gratuita toda terça-feira. SOMENTE ATÉ 22/01!!

Exposição coletiva: BR 2016




Por colaboradora Monise Rigamonti

Foto: Felipe Góes / Divulgação

Até o dia  25 de fevereiro acontece na Galeria Virgilio a exposição
coletiva “BR 2016” que engloba tanto os artistas representados pela galeria
quanto outros artistas convidados.

A
exposição engloba diversas poéticas representadas por diferentes técnicas como:
desenhos, instalações, pinturas, fotografias, audiovisual, entre outras. Cada
trabalhado fora cuidadosamente selecionado pela galerista Isabel Pinheiro e
representa um pouco do universo e das questões de cada artista. Analisando o
contexto geral da exposição vemos que temáticas como cidade, natureza, cenas do
cotidiano, relação do homem com o espaço, relação do homem com os objetos
cotidianos – entre outras, são expostas e questionadas de diversas maneiras em
cada trabalho.

Ao
entrarmos na galeria passamos pela sala principal onde somos seduzidos pelas pinturas
do artista Felipe Góes e da artista Mariana Mattos, trabalhos que são distintos,
porém a estética e a composição das cores nos envolvem e nos provocam a lembrar
de lugares cotidianos, de lugares que podem imaginados pela nossa própria
mente, ou de lugares possíveis percorridos na infância ou até mesmo de lugares
que já estivemos um dia e obtemos apenas alguns relances de memória. Podemos
conferir também os trabalhos dos artistas Daniel Caballero e Mônica Rubinho,
onde somos provocados pelos seus desenhos a olhar para a maneira como nos
relacionamos com a natureza – seja ela externa ou interna a cada indivíduo.

Prosseguirmos
com a exposição no corredor da galeria encontramos algumas obras que nos
despertam sobre o comportamento humano na cidade urbana, muito embora seja um
lugar transitório as obras podem ser vistas de uma maneira mais “corrida”, ou
seja, seguindo com o fluxo até outra sala. Mas se algo nos chamar a atenção nos
pedirá uma maior contemplação, um dos trabalhos que se destaca são as pinturas
da Marcia Cymbalista.

Caminhamos
para as salas do fundo, onde a temática da cidade e dos objetos cotidianos estão
fortemente representadas, podemos contemplar trabalhos de artistas como
Cristina Ataíde, Deborah Engle, Celina Yamauchi, Fabio Okamoto e outros
artistas, esses são trabalhos que pedem um tempo para serem apreciados e criarem
uma relação com o visitante, mexendo com as suas memórias afetivas e instigando
a olhar para a maneira como se relaciona com o espaço, sejam eles espaços
internos e de intimidade como a sua própria residência, ou espaços urbanos.

De
uma forma geral, se nos permitimos a contemplar os trabalhos e a deixar que os
nossos devaneios, nossas memórias e nossas bagagens nos conduzam podemos
estabelecer uma outra relação com as obras. A arte exige de nós uma troca: se
você der atenção para um trabalho e permitir a ser tocado sejam elas sensações
boas ou ruins terá uma experiência única e intransferível, porém se apenas se
locomover no tempo de passagem pelo local onde estão expostas as obras terá
apenas um olhar panorâmico que também pode se tornar uma experiência, tudo
dependerá do quando você estará aberto para a arte e para as sensações e
questionamentos que ela pode te transmitir, te tocar, te provocar e até mesmo
te transformar.  
Serviço:
Exposição
“Br 2016” – Galeria Virgilio
Duração
da exposição:
de 20/12/2016 à 25/02/2017
Visitação
de segunda a sexta-feira das 10h às 19hrs e sábado das 11h às 17h
Rua
Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426 – Pinheiros – São Paulo
Maiores
informações:
Site
da Galeria Virgilio:
Fan
Page da Galeria Virgilio:

Exposição: Você também quer sair dessa vida sem sentido?




Por colaboradora: Marcella Nascimento

A exposição “Você também quer sair dessa vida sem sentido?” dos artistas Ewbank, Chico Togni e Edu Marin fica em cartaz até 29 de janeiro no Mube, em São Paulo.

Foto: Divulgação

A obra traz aos visitantes arquitetura, paisagem urbana, em relação ao espaço; como também trabalho feito com material orgânico.

O espaço da exposição, faz com que a visitação, fique ainda mais interessante com  toda a  paisagem ao seu redor.

Em uma das partes, o visitante poderá conferir uma arquibancada montada ao ar livre, assim como boa parte da exposição e ainda apreciar todo o paisagismo que o Mube nos traz. Vale a pena conferir e é tudo gratuito, bora?

Serviço

Exposição:Você também quer sair dessa vida sem sentido?
Antônio Ewbank | Chico Togni | Edu Marin
Curadoria de Cauê Alves
Exposição até  29/01/2017
Entrada : gratuita
Horário: de Terça a Domingo, das 10h30 às 18h
Área externa MuBE
Av. Europa, 218, Jardim Europa, São Paul

Exposição São Paulo Arte no Iguatemi Alphaville




De 06 a 26 de janeiro, a mostra gratuita encanta os olhos dos amantes da metrópole

Kersul – Mauro Marques

Do dia 06 a 26 de janeiro no Espaço Cultural do Iguatemi Alphaville, com apoio da Galeria Glen Arte, acontece a Exposição São Paulo Arte 462. A mostra reúne obras de 47 artistas de diferentes regiões do país em uma coletânea exclusiva em homenagem aos 463 anos da cidade de São Paulo comemorados no dia 25 de janeiro.
Com a produção artística da Angela Oliveira, a exposição traz cerca de 60 obras apresentando técnicas e estilos variados com o objetivo de despertar no visitante um olhar mais atento e questionador. “É uma ótima oportunidade de ver São Paulo por olhos alheios nessa mostra étnica”, acrescenta a produtora.
Minhocão – Danilo Borges
Estarão expondo suas obras: Diego J. Cardoso, Danilo Borges, Georgia Rister, Marcos Caratta, Rosangela Vig, Edgard Lisardo, Adão Mestriner, Henrique Bulcão, Luan Ribeirovisk, Carla Stacanti, Vania Coutinho, Dri Santiago, Luciano Pina, João Macchado, Toni Braz, Leonardo Labriola, Xam, Valquiria Imperiano, Leca Araújo, Claudia Vampré, Mauro M. Kersul, Maria Chiavegatti, Diego Mendonça, Militão dos Santos, Carlos Magno, Tato Stefani, Claudia Vieira, Luciana Gomez, Mirela Fioresy, Renato Donzell, Cibele Alves Rodrigues, Sandra Montenegro, Camila Zeni, Maristela Casonatto Pastro, Adriano Bassegio, Dina Garcia, Paulo Nunes, John Nicholson, Gilberto Martins, Dema Reis, Petterson Silva, Gustavo Maia, Edith Pudles Marchi, Rico Maciel, Brenno Baessa, Maria Vieira de Souza e Ricardo Alves.

Serviço

Exposição São Paulo 462

Quando: de 06 a 26 de janeiro

Horários: Horário de funcionamento do Shopping

Onde: Espaço Cultural, piso Tocantins, do Shopping Iguatemi Alphaville (Alameda Rio Negro, 111 – Alphaville – Barueri, SP)

Exposição: Arte, Ofício/Artifício de German Lorca




Por colaboradora: Monise Rigamonti

Acontece no Sesc Bom Retiro de 28/10/2016 a 26/02/2017 a exposição “German Lorca: Arte Ofício/Artifício” com curadoria de Eder Chiodetto.

Foto: Divulgação

A exposição está dividida em três eixos desenhados em uma espécie de linha do tempo, são eles “Arte” “Ofício” e “Artifício”. No primeiro eixo “Arte” apreciamos a primeira fase do trabalho de German Lorca que se destaca por seu caráter experimental com as fotografias reveladas em preto em branco, tendo como principal influência artística nesta época o grupo Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB), no qual seus trabalhos eram considerados um pouco inovadores. 

No segundo eixo “Ofício”, Lorca inaugura seu estúdio fotográfico onde estabelece um vínculo da fotografia com a publicidade – mercado que crescia nos anos 50, vemos uma evolução do seu trabalho e o aprimoramento das suas técnicas. No terceiro eixo “Artifício”, seu trabalho prossegue com as fotografias em cores exibidos pela primeira vez nesta mostra, mas observamos que a métrica e a minuciosidade do seu trabalho continuam em destaque gerando uma harmonia de composição com as cores, provocando um olhar suave e instigante para as fotografias. 

No início da exposição também contamos com uma sala onde é exibido um pequeno documentário com o German Lorca relatando alguns dos seus principais processos criativos, seus “causos” ao conceber as fotografias, e uma espécie de linha do tempo também utilizada na narrativa da exposição. 

Por se tratar de um dos grandes fotógrafos brasileiros, de alguém que teve influência tanto de movimentos históricos como o surrealismo, abstracionismo e concretismo. Quanto influencias vindas da própria publicidade, esperava ver uma sala maior com uma leitura mais abrangente de seus trabalhos, a sala pequena cria uma espécie de intimidação ao visitante, que sente falta de relacionar seu trabalho com o espaço ao entrono.

Foto: Divulgação

O trabalho do German Lorca precisa de tempo, de espaço e de expansão para serem melhores apreciados e o ambiente pequeno em que foi desenvolvida a exposição concedeu uma espécie de incomodo, de aglutinamento dos trabalhos. Outra coisa que me incomodou na exposição foram as etiquetas catalográficas que estavam a baixo da margem dos olhos e com cores que destoavam da cenografia, recomendo mais cuidado ao expor um trabalho tão bem elaborado e envolvente. 

Serviço: 
Exposição: “Arte, Ofício/Artifício” de German Lorca – Gratuita 
Sesc Bom Retiro – Alameda Nothmann – 185, Bom Retiro – São Paulo (SP)
De 28/10/2016 a 26/02/2017 – terça, quarta, quinta e sexta das 09 ás 21hrs, sábado das 10 ás 21hrs e domingo e feriados das 10 ás 18hrs 
Agendamento de grupos e escolares na Central de Atendimento.